quinta-feira, 19 de abril de 2012

Joan Jett critica o machismo no mundo dos guitarristas





RIO - Joan Jett ama rock and roll, sem dúvida. Mas isso não é tudo. Ela tocava guitarra quando isso não era coisa de meninas, foi amiga dos Sex Pistols, brigou com os machistas integrantes do Rush, fundou uma das primeiras gravadoras independentes dos Estados Unidos, ganhou o título de uma das mulheres mais "quentes" da música pela revista "Blender" (independente dos boatos, nunca confirmados, de que é gay) e foi vivida por Kristen Stewart no cinema, num filme sobre sua ex-banda, a 100% feminina The Runaways.E, claro, é dela a versão definitiva de "I love rock and roll", uma música originalmente gravada pelo obscuro grupo inglês Arrow em 1975 e que teve, desde então, inúmeras versões (incluindo um pavoroso >ita

- Não seria louca de fazer um show sem tocar "I love rock and roll". Essa é uma das canções que transcendem gerações e modismos - afirma ela, falando de Nova York, onde mora sozinha, acompanhada por seus gatos. - Sou uma garota solitária.

Quando se aventurou na música pela primeira vez, como uma adolescente vivendo em Los Angeles no começo dos anos 1970, apaixonada por David Bowie e Suzi Quatro, Joan ouviu de um professor de violão que meninas não poderiam tocar guitarra, muito menos rock.







- Ouvi isso depois muitas outras vezes e sempre achei ofensivo. Mulheres podem aprender a tocar violoncelo ou harpa, mas não podem aprender a tocar guitarra? Por quê? Além do óbvio machismo, isso é um preconceito social.

Cinco discos com as Runaways

Ignorando os conselhos, ela acabou criando, junto com Lita Ford e Cherie Currie, as Runaways, pioneiras do rock feminino nos EUA. Com o grupo, gravou cinco discos, entre 1975 e 1979. Mas num show em Detroit, abrindo para o Rush, Joan teve que encarar novamente o machismo que tanto a ofendia, dessa vez partindo dos integrantes do grupo canadense.



- Eles achavam que éramos bonecas e ficavam rindo e fazendo piadas enquanto passávamos o som. Tive uma discussão séria com um deles e com os >ita

Quando as Runaways desplugaram as guitarras, Joan foi para Londres, que vivia a explosão punk dos anos 1970. Ali, conheceu Paul Cook e Steve Jones, dos Sex Pistols, com os quais gravou uma primeira versão de "I love rock and roll". Mas quando voltou para os EUA e tentou lançar sua nova carreira, já com os Blackhearts, não conseguiu encontrar uma gravadora. Criou, então, a Blackheart Records, que existe até hoje. Por ela, lançou quase todos os seus discos, desde 1982.






- Hoje existem todas as facilidades para os independentes, mas nos anos 1980 era uma loucura se lançar no mercado dessa forma - conta. - Mas fomos persistentes, sobrevivemos e tenho certeza de que ensinamos muitas coisas para as gerações seguintes.

O culto dessas mesmas gerações em torno das Runaways levou ao filme "The Runaways", inspirado no livro "Neon angel", de Cherie Currie, vocalista do grupo. Lançado em 2010, ele trazia Dakota Fanning como Cherie e a senhorita Crepúsculo no papel de Joan.

- Eu juro que nem sabia do sucesso da série "Crepúsculo" quando escolhemos Kristen para o meu papel - diz Joan, que foi produtora executiva do filme. - Mas ela se revelou uma rocker de primeira. Kristen sabe tocar guitarra e tem atitude. Sinceramente, nem sei por que ela faz aqueles filmes de vampiros.









fonte: yahoo

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