domingo, 22 de julho de 2012

Conheça alguns Dublador da turma do Chaves


Mário Ribeiro Villela (Porto Alegre, 12 de Agosto de 1923 — 1 de Dezembro de 2005) foi um dublador brasileiro. Deu sua voz a várias personagens. O mais famoso deles sem dúvida o Seu Barriga do seriado Chaves. Ainda no mesmo seriado dublou o Nhonho, o filho do Seu Barriga, só que com uma voz distorcida.Em 11 de Setembro de 2003 encontrou-se com o ator mexicano Edgar Vivar no programa Falando Francamente, de Sônia Abraão, no SBT. Morreu aos 82 anos, de falência cardíaca, a 1 de dezembro de 2005, quinta-feira, em São Paulo, após uma longa luta contra o diabetes.




Assim como Nelson Machado conseguiu fazer o Quico ficar mais engraçado com a sua voz do que na de Carlos Villagrán, pode-se dizer que Mário Villela (nascido em 12 de agosto de 1923) conseguiu o mesmo, fazendo o Nhonho e o Seu Barriga. Conseguiu ser mais engraçado que o próprio Edgar Vivar. Quem não se lembra do encontro entre Vivar e Mário, em setembro de 2003, no programa Falando Francamente, quando Mário começou a imitar o Nhonho com improvisos "Estava boa a feijoada, papai?" ou "Estou aqui no switcher", além do clássico "Toda vez que eu chego à vila você me recebe com pancada". Foi uma demonstração clara de que ele improvisava (sempre de forma genial) com seus personagens. Por exemplo, a fala que o Nhonho diz no episódio do Aniversário do Quico "Inclusive eu nem almoçei hoje pra arrasar com a festa" ou a do "Ratinho do Quico", que recentemente deixou de ser perdido: "Olha o passo do elenfantinho". Todos improvisos geniais! Como Seu Barriga também foi ótimo, seu "Tinha que ser o Chaves mesmo!" ficou tão bom quanto o "Tenia que ser El Chavo del Ocho!".

Grande amigo de Gastaldi, Mário sofreu muita discriminação depois da morte do MAGA. Muitos estúdios não lhe davam emprego, por considerá-lo velho e sem saúde. Mesmo assim, quem investiu em Villela não se arrependeu. Ao ser escolhido para dublar o Rato de Boné em "Bananas de Pijamas", fez mais um trabalho irretocável! "Afinal, eu sou um rato".

Mário, já com a saúde bem debilitada, foi convidado pela Amazonas Filmes e pelo fã-clube para dublar o ator Edgar Vivar nos Estúdios Gábia, e chegou a atuar em um episódio do Chompiras, em que fazia o Botijão. Infelizmente, não conseguiu continuar o trabalho por problemas de saúde e veio a falecer dias depois, em 1º de dezembro de 2005, vítima de diabetes. O material gravado com a voz de Mário foi deletado na Gábia, mas, em compensação, lhe foi feita uma homenagem póstuma nos créditos dos DVDs do primeiro box
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Link do encontro entre Mario Villela e Edgar Vivar:
http://www.youtube.com/watch?v=C9mGbBTbWlw

Nelson Machado e Carlos Seidl, dublador do Chaves e Chapolin

Nelson Machado Filho é filho do ator e radialista Nelson Machado, que já foi vereador em Santos e da atriz e também dubladora Dulcemar Vieira. Ele iniciou sua carreira como técnico de dublagem e dublador na extinta Arte Industrial Cinematográfica (A.I.C. São Paulo), tornando-se, com o passar dos anos, um profissional de destaque na sua área.

Dono de uma personalidade forte, Nelson Machado Filho é um homem que sempre diz o pensa, o que às vezes pode ser mal-interpretado por quem não o conhece direito (criou até a fama de antipático). Mas Nelson é um dos dubladores mais solícitos, sempre responde aos e-mails dos fãs e aos entrevistadores de sites CH (aliás, ninguém agüenta mais tanta entrevista com o Nélson...). Faz questão de responder a todas as perguntas dos fãs e está sempre presente em eventos que envolvem a dublagem. Escreveu uma biografia chamada "Versão Brasileira", e comanda um programa na emissora de internet TV Capricórnio, de mesmo nome. Também dirigiu a dublagem das séries CH em sua fase clássica no SBT.

Nelson é famoso por exigir os direitos que merece, e por isso demorou a fechar contrato com a Amazonas Filmes e bateu de frente com o SBT na questão do desenho animado do Chaves. Em todos os casos, teve razão. Chegou até a discutir com integrantes do fã-clube por causa de piadas (que os fãs queriam e ele não nos episódios, como na citação à fictícia Lavadora Volkswagen, em que relutou a fazer), além de ter o costume de improvisar e mudar o texto adaptado pelo fã-clube, mas quase sempre, com razão. Consegue uma coisa fantástica: os personagens dublados pelo Nelson geralmente costumam ficar mais bacanas na voz dele do que na original. Muitos preferem o Quico de Nelson que o de Carlos Villagrán.

Foi o único dublador CH original (além de Leda Figueiró) que dublou a série do Kiko, exibida em 1991 pela Bandeirantes, que infelizmente não teve sucesso. Tem muito orgulho do trabalho de dublador e faz questão de sempre defender a língua portuguesa e seu uso correto. Seu mais recente projeto é a série "Ah, que Kiko!", que dublou, para a Amazonas Filmes, junto com Carlos Seidl.



Foi a segunda voz do Professor Girafales no Brasil, já que a primeira foi de Potiguara Lopes ("Não passa isso pra mim, moleque !", "Pegue esse charuto e me dê esse estilingue"). Criou diversas cenas engraçadas com seus improvisos, característica marcante do dublador. Quem não se lembra do "baunilha, chocoLHaaaaaate..." ou do "Gooooool de Pelé"? Foi um dos poucos dubladores que atuou no Clube do Chaves (o do SBT, já que, no programa Chespirito da CNT, foi outro dublador que emprestou a voz a Ruben Aguirre).

"TVS (SBT) era na Vila Guilherme na época e o Marcelo Gastaldi trabalhava lá. Como ele era amigo meu, me convidou para dirigir a série, pois após 15 episódios dublados, o diretor (Potiguara Lopes) que também era o tradutor e dublador do professor Girafales não queria mais fazer o personagem por falta de tempo, pois preferia ser tradutor. Assim, eu comecei a dirigir a série e a dublar o professor", relembra.

Osmiro Campos é mais conhecido como ator do que como dublador, pois esteve em cartaz com a peça "Trair e coçar é só começar". Por viver viajando o país com suas peças, não tem muito tempo para ir a eventos CH. Também vem atuando no desenho animado, dublando o Mestre Lingüiça.




# 7 - Horário nobre
por Gustavo Berriel


Carlos Seidl, dublador do Seu Madruga


Começo este episódio do CHespecial com a republicação de breve entrevista Carlos Seidl, o dublador do Seu Madruga, sobre o começo das dublagens de CH:

Gustavo Berriel: Você confirma o ano de 1983 como o começo do trabalho de dublagem de Chaves, lá na TVS?

Carlos Seidl: Eu já trabalhava no Rio, mas fui pra São Paulo no começo de 84 pra dublar o Seu Madruga. O Gastaldi, portanto, já estava com a série desde 83. Eu fui o último a dublar, já tinha o retorno das outras vozes em português.

GB: Afinal, o Gastaldi te dirigiu ou não?

CS: Olha, como eu sempre fazia minha parte no final e era muita coisa, o Gastaldi não tinha tempo de me dirigir. Ele tinha várias outras séries e era muito ocupado. Eu acabava me auto-dirigindo. Ele me dava uns toques e me dava liberdade para improvisar. Eu dublei vários episódios por dia, um atrás do outro, porque tinha que voltar pro Rio.

Nos primeiríssimos episódios dublados (O caçador de lagartixas; Seu Madruga leiteiro; Matando aula...), Gastaldi ainda fazia uma voz fininha para o Chaves e o Chapolin. A voz de Nelson Machado pro Quico também era diferente, mais esganiçada, mas logo ele também achou o tom. Os episódios de dublagem mais antiga também contam com Potiguara Lopes como dublador do Professor Girafales. Mas ele só fez alguns poucos episódios. Logo, Osmiro Campos entraria em seu lugar e se tornaria a voz brasileira oficial do Quilômetro Parado.

A marca mais importante dos episódios de dublagem mais antiga é a presença de Sandra Mara, a primeira dubladora da Chiquinha. Isso porque ela dublou a personagem durante toda a primeira fase de Chaves no Brasil. Isso quer dizer que, até o final da década de 1980, os brasileiros só conheciam a Chiquinha dublada por Sandra Mara. Outra coisa que vale destacar é que quase todos os episódios no restaurante da Dona Florinda são de dublagem mais antiga. Ou seja, a voz mais conhecida da Dona Neves é de Sandra Mara também. A Cecília Lemes entrou depois e começou dublando a Paty (no episódio O Dia das Crianças, Paty é dublada por Cecília; e a Chiquinha, por Sandra Mara). Mais tarde é que a Cecília passou a dublar a Chiquinha no lugar da Sandra, que foi morar fora do país. Com a chegada de novas levas de episódios, Cecília acabou dublando mais capítulos que a Sandra.

Chaves em horário nobre

"O que esse programa está fazendo em horário nobre?", "Aliás, o que esse programa tem que já está há três anos no ar?" Crianças de seis anos já se deliciavam com a graça de Chaves e, hoje, aos 26, continuam adorando aquilo tudo e rindo igual bocó. Afinal, por que o programa está no ar até hoje? Será que é pra ver quantos idiotas perguntam isso? 


"Show da Lucy" era o concorrente de "Chaves" em 1987 No segundo semestre de 1987, Chaves passou a ser exibido às 19h45, indo além das 20h, sendo considerado, portanto, programa de "horário nobre". Como sempre, o SBT não anunciou que apresentaria o seriado naquele horário, que era ocupado pelo Show da Lucy. Certa segunda-feira, na qual era para ser exibido um determinado episódio do Show da Lucy (que seguia uma seqüência exata assim como o Chaves), a série voltou para o episódio 1. E, no dia seguinte, em vez de Lucy, passou... Chaves! Lá estava o moleque outra vez caçando lagartixas em plena noite de terça-feira.

A Lucy tinha um concorrente que se mostrava cada vez mais forte e rico, apesar de fraco e pobre: o Chaves, que ganhou as terças, as quintas e os sábados. Para a Lucy, sobraram ainda as segundas, quartas e sextas.

Apesar de a programação da emissora anunciar o horário 19h45, na prática os programas começavam depois das 19h50, quase às 20h. É que, antes de começar, eles exibiam o "Momento Constituinte". Esqueceram que estávamos às vésperas da nova Constituição Brasileira de 1988? Eram pequenas matérias e informações sobre a elaboração da mesma. Isso durava cerca de cinco minutos. Até que essa dobradinha foi bem, porque tanto a Constituição de 88 quanto o Chaves estão valendo até hoje!

Antes de todas as atrações da TVS, passava uma vinheta que marcou época... Durava mais ou menos um minutinho. Uma musiquinha acompanhava o símbolo da TVS no espaço. Pena não ter como cantarolar aqui, mas se alguém achar no YouTube... Postaí! Logo após a vinheta, já começava o Chaves ou a Lucy, sem abertura nenhuma. Quando acabava a Lucy, exibiam os créditos finais e, depois, a tal vinheta que já anunciava a próxima atração. Era a mesma vinhetinha o dia inteiro! Já quando acabava o Chaves, NADA de créditos e a vinheta já entrava bem em cima, cortando de raspão a cena final.




dona Florinda


Marta conseguiu uma façanha: sempre que a atriz Florinda Meza apareceu aqui no Brasil, foi dublada por ela. Marta foi a única dubladora CH que atuou nas séries no SBT e também na CNT (Sandra Mara Azevedo também atuou nas duas emissoras, mas com uma grande pausa incluída). Além de fazer a voz da velha carcomida... digo, dessa digníssima dama que é Dona Florinda, ela adotou uma voz fanha para a Pópis (que é como Florinda fazia a voz da personagem no começo da série, logo mudando para uma voz comum). Só que Marta prefiriu manter a voz fanha também nos episódios do Clube e nos DVDs da Amazonas, decisão mais do que acertada. Marta também improvisou muito, especialmente como Pópis como na frase "Paçoca é um doce de amendoim".

Outro trabalho muito lembrado é da Chimoltrúfia, engraçadíssima personagem do Clube do Chaves, dublado com maestria por Marta (também nos DVDs). No Chapolin, era quem dublava mais, logo após Gastaldi. No Chapolin, fez trabalhos geniais como "Não, Quase Nada, não minha vida, não meu tudo. Saiba que sou única e exclusivamente sua, Quase Nada", "Vamos lá, faça um biquinho".

Pode-se dizer que, com a morte do MAGA e com os novos episódios do DVD da Amazonas, Marta Volpiani seja a pessoa que mais dublou "Chaves" e "Chapolin" no Brasil. Sem contar que ela dubla Dona Florinda também no desenho animado... Cada dia ela se encontra mais onipresente.

Como atriz, fez séries e novelas na televisão. Em 2007, esteve no ar no SBT no programa Câmera Café, como a personagem Geni Bulhões.


Dona Clotilde

Nascida em 1933, na verdade se chamava Lia Kalme. Helena Samara era seu nome artístico.

"O sobrenome é de origem letoniana. Sou mineira de Belo Horizonte, mas fui criada em São Paulo. Minha mãe tinha uma fábrica de chapéus na região da rua 25 de Março, no Centro. Um dia, olhando pela janela, vi o letreiro de uma loja chamada Tecidos Samara, e disse: 'mãe, quando eu trabalhar em rádio, vou me chamar Lia Samara'. Eu tinha 14 anos, mas já sabia que queria ser artista e ela achava que era um sonho impossível. Como na época em que comecei tinham muitas Lias, me deram o nome de Helena Samara. Hoje estranho quando alguém me chama de Lia", disse, em entrevista ao site Mofolândia. Iniciou sua carreira ao lado da irmã Elvira Samara, na Rádio Nacional, após abandonar o emprego de bancária. Trabalhou em dublagem desde os tempos da AIC (Arte Industrial Cinematográfica).

Essa dubladora consagrada fez um trabalho genial como a Bruxa do 71. Quem não morre de rir com Dona Clotilde falando "Boneco!" ou "Só o seu perfume, já me incendeia" ou "Seus olhos são de colibri, eles me fascinam" ou "Com li-cen-ça!" ou "Seu Madruga, que tal o senhor e eu, irmos quebrar a pichorrinha?" ou "Da parte de quem?"? Isso sem contar ela cantando: "Eu sei que eu sou bonita e gostosa...".

"Quando larguei o escritório do estúdio de dublagem, fui visitar alguns colegas dubladores no SBT, que ficava ainda na Vila Guilherme, nos anos 80. Ali, brincando com os colegas, o diretor Marcelo Gastaldi, que também faz a voz do Chaves, me convidou para fazer a voz da Bruxa do 71. Até hoje, é uma personagem que me dá muito sucesso. Depois disso, trabalhei no escritório do estúdio de dublagem Megasom, na Vila Mariana, por oito anos. Lá fiz poucos trabalhos porque atuava mais na administração", recorda.

Helena colecionou sucessos no meio da dublagem, como, por exemplo, Wilma Flintstone (a mulher do Fred) e Endora (a mãe da Feiticeira).

Helena faleceu no dia 8 de novembro de 2007, vítima de falência múltipla de órgãos. Seu último trabalho foi no desenho animado do Chaves, quando finalizou a primeira temporada como Dona Clotilde pouco antes de ser internada.



chiquinha

Cecília Lemes de Bortoli está na ativa desde os nove anos de idade. Nos anos 70, participou da série fonográfica "Sílvio Santos para Crianças", uma coletânea de compactos coloridos com histórias infantis narradas por Sílvio Santos, ao lado Marthus Mathias. Cecília deu voz à menina Lili, que, com o amigo Dentinho e do cachorro Cacá, passeavam pelos clássicos contos de fada.

Talvez seja a figura mais querida por todos os fãs, por seu temperamento doce e por sempre tratar os fãs com o maior carinho e respeito. Cecília, originalmente, começou nas séries CH dublando a Paty no episódio da escolinha em que Godinez responde "verdadeiro" ou "falso" através do cara e coroa da moeda. Depois que a genial Sandra Mara Azevedo se mudou para a Itália (por volta de 1988), Cecília assumiu a voz da Chiquinha, personagem que nunca mais largou.

Foi convidada para dublar a personagem nos DVDs da Amazonas e se saiu bem. Também está sempre presente em eventos e dando entrevistas para Sites CH. Tem um perfil no Orkut, onde sempre responde às perguntas dos fãs.

Em janeiro de 2006, foi premiada no evento Anime Dreams, e cantou uma música do seriado "Chaves" ao lado da banda Chespiritos (cover das músicas de Chaves e Chapolin) no evento AnimaWeekend, em Porto Alegre, revelando um grande carisma no palco.

Talvez seja a dubladora mais ativa da atualidade, com várias personagens de sucesso e é muito querida no meio artístico... até o Silvio Santos é fã dela. Como também dublou muitos animes, além da Chiquinha (sua personagem mais popular), é uma das dubladoras com maior legião de fãs no Brasil.



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fonte: http://portalchaves.com.cpweb0013.servidorwebfacil.com/

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