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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Oração de Santo Agostinho





Seca tuas lágrimas e se me amas, não chores mais. "A morte não é nada. Apenas passei ao outro mundo. Eu sou eu. Tu és tu. O que fomos um para o outro ainda o somos. Dá-me o nome que sempre me deste. Fala-me como sempre me falaste. Não mudes o tom a um triste ou solene. Continua rindo com aquilo que nos fazia rir juntos. Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo. Que o meu nome se pronuncie em casa como sempre se pronunciou. Sem nenhuma ênfase, sem rosto de sombra. A vida continua sendo o que era. O cordão da união não se quebrou. Por que eu estaria fora de teus pensamentos, apenas porque estou fora de tua vista ? Não estou longe, somente estou do outro lado do caminho. Já verás, tudo está bem... Redescobrirás meu coração. E nele redescobrirás a ternura mais pura. Seca tuas lágrimas e se me amas, não chores mais."

Santo Agostinho

domingo, 16 de dezembro de 2012

André Luiz - Conhecendo os Espíritos




O ano de 1944 marca a estréia de André Luiz no mercado editorial espírita brasileiro, revolucionando, de certo modo, a con
cepção geral acerca da vida pós-túmulo. "Nosso Lar" descreve as atividades de uma cidade espiritual próxima à Terra, e transforma-se em objeto de estudo, discussão e deslumbramento nos círculos espíritas do país.
Portas até então cerradas se abrem de par em par, revelando vida e trabalho, continuidade e justiça onde imperavam dúvidas e suposições.

Todos querem saber mais sobre o autor.




André Luiz não é o seu verdadeiro nome.


Dele sabe-se apenas que foi médico sanitarista, no século iniciante, e que exerceu sua profissão no Rio de Janeiro, Brasil. Segundo suas próprias palavras, optou pelo anonimato, quando da decisão de enviar notícias do além-túmulo, por compreender que "a existência humana apresenta grande maioria de vasos frágeis, que não podem conter ainda toda a verdade".

Declara Emmanuel, no prefácio de "Nosso Lar", que ele, "por trazer valiosas impressões aos companheiros do mundo, necessitou despojar-se de todas as convenções, inclusive a do próprio nome, para não ferir corações amados, envolvidos ainda nos velhos mantos da ilusão."

Imensa curiosidade cerca a personalidade do benfeitor e aventam-se hipóteses, sem que se chegue à sua real identidade.

André Luiz, no entanto, fiel ao desejo de servir sem láureas, e atento ao compromisso com a verdade, prossegue derramando bênçãos em forma de livros, sem curvar-se à curiosidade geral.

Importa o que tem a dizer, de espírito à espírito.

A vaidade do nome ou sagrações passadas já não encontram eco em seu coração lúcido e enobrecido.


 
 André Luiz foi, positivamente, dentre todos os Benfeitores que escreveram aos encarnados o que manteve fidelidade maior aos postulados espíritas, notadamente à Allan Kardec. O seu trabalho, no que concerne à forma e ao fundo, notabiliza-se em tudo pelo respeito e lealdade mantidos, ao longo do tempo, ao Codificador e à Codificação.
Por mais de quatro décadas, André Luiz trabalhou ativamente junto a Seara Espírita, lhe exornando a excelência e clarificando caminhos.
Chico Xavier, o médium que serviu de "ponte", hoje desencarnado, não pode mais oferecer mão segura à transmissão de seus ensinamentos luminosos.
 Não sabemos se André Luiz retornará pela mão de outro médium.
Deste modo, resta apenas, aos espíritas e admiradores, o estudo de sua obra magnífica, calando interrogações para ater-se às lições ministradas, de mente despojada e coração agradecido.
Como ele, certamente, aguarda seja feito.




tags: andré luiz, espirita, espiritismo, pós-vida,além vida, médium, mediunidade 

domingo, 15 de julho de 2012

ALLAN KARDEC, MÉDIUM DO ESPÍRITO DE VERDADE

Guillon Ribeiro
"Médium de Deus" foi como Jesus o chamou, em comunicação dada a Alexandre Bellemare, um dos elevados Espíritos que o assistiram na elaboração da sua esplêndida obra "Espirita e Cristão", publicada na mesma época em que o foram as do excelso missionário da Terceira Revelação. Tão expressivo e justo achou este aquele cognome aplicado ao Mestre Divino, que, autorizado por Bellemare, também se serviu dele nalguns de seus livros, notadamente em "A Gênese", para designar o Filho do Homem no exercício do seu glorioso messianato
Pois bem, com igual propriedade pensamos poder aplicar ao seu grande servo dos modernos tempos uma designação semelhante, cognominando-o de "Médium do Espirito de Verdade".
É certo que, dentro do papel que Ihe coube no advento da Nova Revelação, ele foi, por excelência, segundo a denominação que se generalizou, o Codificador da Doutrina Espirita, com a tarefa especial de joeirar a imensidade de revelações parciais, de instruções e ensinamentos que do mundo invisível Ihe chegavam, através de diversos médiuns, como abundante material destinado à grandiosa edificação que lhe cumpria erguer sobre as mesmas bases do puro Cristianismo—os Evangelhos.
Encarado como trabalho meramente humano, esse joeiramento e essa edificação poderiam. parecer, embora com escasso fundamento, de importância secundária, em confronto com vários outros de gênero mais ou menos análogo, já anteriormente realizados


De executá-lo, porém, como ele o executou, com perfeição tal que nem os mais meticulosos adversários do Espiritismo ainda puderam encontrar ai, à guisa de brecha favorável ao esforço em que se empenham por demoli-lo, uma contradição, um deslize, uma desconexão, uma falha de clareza, de lógica, ou de concatenação absoluta de princípios, só um médium excepcional seria capaz, um médium apto a manejar com inteira segurança e completa eficiência o instrumento da intuição, de modo a receber, em toda a luminosidade, o pensamento, não de um ou alguns Espíritos mais ou menos elevados, porém do conjunto daqueles que formam a coorte do Espírito de Verdade refletor do pensamento do Cristo, Senhor do mundo terreno, diretor da humanidade que o habita, também, Ele mesmo, Espirito de Verdade.

É o que foi, acima de tudo, aquele a quem os espiritas chamam Mestre. Pela altitude que já o seu Espirito galgara, pela excelsitude das aquisições morais e intelectuais que já o haviam qualificado para fazer parte daquela coorte de proeminentes seres espirituais, pôde ele, como homem, antecipando-se ao tempo, servir-se em larga escala, para a sua obra de verdadeiro missionário, desse instrumento—a intuição profunda, que será no futuro, segundo "A Grande Síntese", o das pesquisas que conduzirão a humanidade às culminâncias do progresso, por todas as suas sendas.
Legitimo é, conseguintemente, que, do ponto de vista dessa obra, o qualifiquemos de "Médium do Espirito de Verdade" e nele reconheçamos um "super-homem", do tipo dos de que fala aquele mesmo formidável trabalho também de natureza mediúnica —"A Grande Síntese".



Allan Kardec foi, portanto, um modelo, modelo do que virá a ser o homem da porvindoura civilização do terceiro milênio, quando, integrados na verdadeira concepção de Deus e no seu amor, os encarnados viverão dentro de radiosa e sã atmosfera espiritual, em comunhão intima com os altos planos da espiritualidade, a alargarem cada vez mais, pela intuição inerente a essa comunhão, a implantação do reino de Jesus na Terra.
Quanto à sua obra, já estudada, analisada e aprofundada, quer sob o aspecto científico, quer sob o aspecto filosófico-moral-religioso, se pode resumir em poucas palavras, dizendo-se que consistiu e consiste em reconduzir o homem a Deus pela trilha do Evangelho em espírito e verdade, escopo que ainda "A Grande Síntese", em todos os seus pontos, confirma plenamente ser o da Terceira Revelação, visto que a Lei social do Evangelho é a que presidirá, no seio daquela civilização, a todas as relações entre os homens, a todas as atividades e labores humanos. Essa recondução, porém, das criaturas ao Criador, não se dará, é claro, por efeito de nenhum ato milagroso, nem se daria assim, mesmo que o milagre, no sentido de derrogação das leis divinas ou naturais, não fosse inadmissível, por absurdo.
Pelo que ora se passa no mundo inteiro, como corolário do que de há muito vem sendo preparado mediante a obliteração do senso moral, do endurecimento dos corações em virtude do ascendente cada vez maior do egoísmo e do orgulho nas almas, facilmente se percebe que aquela recondução tem de ser feita pelo caminho inverso do que elas, as criaturas, tomaram para se afastarem da Divindade e que foi o dos gozos materiais, da satisfação de todos os apetites grosseiros e de todas as ambições de que aqueles sentimentos enchem as almas. Esse outro caminho não pode, pois, ser senão o da penitência viva, ao qual elas serão levadas pelas grandes provações que aí estão e pelas ainda mais duras e aflitivas que se anunciam, a fim de que nos corações renasça a fé que o materialismo da ciência aniquilou, com a cumplicidade das religiões, por ele também invadidas.
O Espiritismo, portanto, mais não é, afinal, do que uma exortação, qual tão ampla e vibrante ainda não houve, à penitência, para salvação dos que trocaram o tesouro do céu pelos da matéria, em cujo bojo, aliás, só encontram o único bem que lhes pode ela proporcionar: as dores, os sofrimentos, as amarguras e as aflições, como meio exclusivo de redenção dos que pecaram, porque de remissão das culpas e pecados, que exprimem desobediência à Lei soberana do amor a Deus e ao próximo.

Assim, com o ser, de fato, o Consolador prometido, o Espiritismo também é novo Precursor de Jesus e o Mestre foi a voz humana pela qual se fez ele ouvir, advertindo novamente os homens, como o fez outrora João Batista, igualmente super-homem, visto que, "dos nascidos de mulher nenhum maior do que ele", da "cólera" que há de vir e está vindo, em cumprimento e no dizer das profecias.
Saudemo-lo, então, reverentes e agradecidos, bem do imo dos nossos corações, na data em que se verificou o seu aparecimento na Terra, para cumprir a preclara missão que trazia, de amor e caridade Reverentes, sim, ante a grandeza do seu Espirito e do seu mandato; agradecidos, por ter sido o veículo da misericórdia do Pai, facultando-nos meio de nos tornarmos penitentes, sem necessitarmos de que a consciência nos seja despertada pelas provas acerbas e pelas dores cruciantes, a menos que não compreendamos a verdadeira finalidade do seu labor, ou que, embora compreendendo-a, não cuidemos de aproveitá-lo para a reforma do nosso eu, a fim de que em nós reviva a fé naquele que é Caminho, Verdade e Vida, conforme Ihe tocou de novo proclamar no fim dos tempos da "abominação da desolação", quando se prepara a "purificação do santuário" — os corações, pela cristianização das almas


(Artigo de fundo, da lavra de Guillon Ribeiro, de "Reformador" de 1939, página 326.)
FONTE: REFORMADOR, OUTUBRO, 1978.

sábado, 30 de junho de 2012

BIOGRAFIA DE ALLAN KARDEC



Biografia de Allan Kardec
Como biografia de Kardec, narramos o Discurso de Camille Flammarion no funeral do codificador:É sob o golpe da dor profunda causada pela partida prematura do venerável fundador da Doutrina Espírita, que abordamos a nossa tarefa, simples e fácil para as sua mãos sábias e experimentadas, mas cujo peso e gravidade nos acabrunhariam se não contássemos com o concurso eficaz dos bons Espíritos e a indulgência dos nossos leitores.Quem, entre nós, sem ser taxado de presunçoso, poderia se gabar de possuir o espírito de método e de organização dos quais se iluminam todos os trabalhos do mestre? Sua poderosa inteligência podia concentrar sozinha tantos materiais diversos, e triturá-los, transformá-los, para se derramarem em seguida como orvalho benfazejo, sobre as almas desejosas de conhecerem e de amarem.Incisivo, conciso, profundo, sabia agradar e se fazer compreendido, numa linguagem ao mesmo tempo simples e elevada, tão longe do estilo familiar quanto das obscuridades da metafísica.Multiplicando-se sem cessar, pudera, até aqui, bastar a tudo. Entretanto, o crescimento diário de suas relações e o desenvolvimento incessante do Espiritismo faziam-lhe sentir a necessidade de acompanhar-se de alguns ajudantes inteligentes, e preparava, simultaneamente, a organização nova da Doutrina e de seus trabalhos, quando nos deixou para ir, num mundo melhor, colher a sanção da missão cumprida, e reunir os elementos de uma nova obra de devotamento e de sacrifício.Ele era só!… Chamar-nos-emos legião, e, por fracos e inexperientes que sejamos, temos a íntima convicção de que nos manteremos à altura da situação, se, partindo dos princípios estabelecidos e de uma evidência incontestável, nos fixarmos em executar, tanto quanto nos seja possível, e segundo as necessidades do momento, os projetos de futuro que o próprio Sr. Allan Kardec se propusera cumprir.Enquanto estivermos nesse caminho, e que todas as boas vontades se unirem num comum esforço para o progresso intelectual e moral da Humanidade, o Espírito do grande filósofo estará conosco e nos secundará com a sua poderosa influência. Possa ele suprir a nossa insuficiência, e possamos nos tornar dignos de seu concurso, em nos consagrando à obra com tanto devotamento e sinceridade, senão com tanto de ciência e de inteligência!Escrevera sobre a sua bandeira estas palavras: Trabalho, solidariedade, tolerância. Sejamos, como ele, infatigáveis; sejamos, segundo os seus desejos, tolerantes e solidários, e não temamos em seguir o seu exemplo repondo vinte vezes entre as mãos os princípios ainda discutidos. Apelamos a todos os concursos, a todas as luzes.


Tentaremos avançar com certeza antes que com rapidez, e os nossos esforços não serão infrutíferos, se, como disso estamos persuadidos, e como lhe seremos os primeiros a dar o exemplo, cada um se empenhar em cumprir o seu dever, colocando de lado toda questão pessoal para contribuir ao bem geral.Não poderíamos entrar sob auspícios mais favoráveis na nova fase que se abre para o Espiritismo, do que fazendo os nossos leitores conhecerem, num rápido esboço, o que foi, toda a sua vida, o homem íntegro e honrado, o sábio inteligente e fecundo, cuja memória se transmitirá aos séculos futuros, cercada da auréola dos benfeitores da Humanidade.Nascido em Lyon, a 3 de outubro de 1804, de uma antiga família que se distinguiu na magistratura e na advocacia, o Sr. Allan Kardec (Hippolyte-Léon-Denizard Rivail) não seguiu essa carreira. Desde sua primeira juventude, sentia-se atraído para o estudo das ciências e da filosofia.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=GhUqcT6ZSSo]Educado na Escola de Pestalozzi, em Yverdum (Suíça), tornou-se um dos discípulos mais eminentes desse célebre professor, e um dos zelosos propagadores do seu sistema de educação, que exerceu uma grande influência sobre a reforma dos estudos na Alemanha e na França.Dotado de uma inteligência notável e atraído para o ensino pelo seu caráter e as suas aptidões especiais, desde a idade de quatorze anos, ensinava o que sabia àqueles de seus condiscípulos que tinham adquirido menos do que ele. Foi nessa escola que se desenvolveram as idéias que deveriam, mais tarde, colocá-lo na classe dos homens de progresso e dos livres pensadores.Nascido na religião católica, mas estudante em um país protestante, os atos de intolerância que ele teve que sofrer a esse respeito, lhe fizeram, em boa hora, conceber a idéia de uma reforma religiosa, na qual trabalhou no silêncio durante longos anos, com o pensamento de chegar à unificação das crenças; mas lhe faltava o elemento indispensável para a solução desse grande problema.O Espiritismo veio mais tarde lhe fornecer e imprimir uma direção especial aos seus trabalhos.Terminados os seus estudos, veio para a França. Dominando a fundo a língua alemã, traduziu para a Alemanha diferentes obras de educação e de moral, e, o que é característico, as obras de Fénélon, que o seduziram particularmente.Era membro de várias sociedades sábias, entre outras da Academie Royale d’Arras, que, em seu concurso de 1831, o premiou por uma dissertação notável sobre esta questão: “Qual é o sistema de estudos mais em harmonia com as necessidades da época?”De 1835 a 1840, fundou, em seu domicílio, à rua de Sèvres, cursos gratuitos, onde ensinava química, física, anatomia comparada, astronomia, etc.; empreendimento digno de elogios em todos os tempos, mas sobretudo numa época em que um bem pequeno número de inteligências se aventurava a entrar nesse caminho.Constantemente ocupado em tornar atraentes e interessantes os sistemas de educação, inventou, ao mesmo tempo, um método engenhoso para aprender a contar, e um quadro mnemônico da história da França, tendo por objeto fixar na memória as datas dos acontecimentos notáveis e das descobertas que ilustraram cada reinado.Entre as suas numerosas obras de educação, citaremos as seguintes: Plano proposto para a melhoria da instrução pública (1828); Curso prático e teórico de aritmética, segundo o método de Pestalozzi, para uso dos professores primários e das mães de família (1829); Gramática Francesa Clássica (1831); Manual dos Exames para os diplomas de capacidade; Soluções arrazoadas das perguntas e problemas de aritmética e de geometria (1846); Catecismo gramatical da língua francesa (1848); Programa de cursos usuais de química, física, astronomia, fisiologia, que ele professava no LYCÉE POLYMATHIQUE; Ditado normal dos exames da Prefeitura e da Sorbonne, acompanhado de Ditados especiais sobre as dificuldades ortográficas (1849), obra muito estimada na época de sua aparição, e da qual, recentemente ainda, se faziam tirar novas edições.Antes que o Espiritismo viesse a popularizar o pseudônimo Allan Kardec, como se vê, soube se ilustrar por trabalhos de uma natureza toda diferente, mas tendo por objeto esclarecer as massas e ligá-las mais à sua família e ao seu país.“Por volta de 1855, desde que duvidou das manifestações dos Espíritos, o Sr. Allan Kardec entregou-se a observações perseverantes sobre esse fenômeno, e se empenhou principalmente em deduzir-lhe as conseqüências filosóficas.

Nele entreviu, desde o início, o princípio de novas leis naturais; as que regem as relações do mundo visível e do mundo invisível; reconheceu na ação deste último uma das forças da Natureza, cujo conhecimento deveria lançar luz sobre uma multidão de problemas reputados insolúveis, e compreendeu-lhe a importância do ponto de vista religioso.“As suas principais obras sobre essa matéria são: O Livro dos Espíritos, para a parte filosófica e cuja primeira edição apareceu em 18 de abril de 1857; O Livro dos Médiuns, para a parte experimental e científica (janeiro de 1861); O Evangelho Segundo o Espiritismo, para a parte moral (abril de 1864); O Céu e o Inferno, ou a Justiça de Deus segundo o Espiritismo (agosto de 1865); A Gênese, os Milagres e as Predições (janeiro de 1868); a Revista Espírita, jornal de estudos psicológicos, coletânea mensal começada em 1º de janeiro de 1858. Fundou em Paris, a 1º de abril de 1858, a primeira Sociedade espírita regularmente constituída, sob o nome de Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, cujo objetivo exclusivo era o estudo de tudo o que pode contribuir para o progresso desta nova ciência. O Sr. Allan Kardec nega a justo título de nada ter escrito sob a influência de idéias preconcebidas ou sistemáticas; homem de um caráter frio e calmo, ele observou os fatos, e de suas observações deduziu as leis que os regem; no primeiro deu a teoria e nele formou um corpo metódico e regular.“Demonstrando que os fatos falsamente qualificados de sobrenaturais estão submetidos a leis, ele os faz entrar na ordem dos fenômenos da Natureza, e destrói assim o último refúgio do maravilhoso, e um dos elementos da superstição.“Durante os primeiros anos, em que se duvidou dos fenômenos espíritas, essas manifestações foram antes um objeto de curiosidade; O Livro dos Espíritos fez encarar a coisa sob qualquer outro aspecto; então abandonaram-se as mesas girantes que não foram senão um prelúdio, e que se reunia a um corpo de doutrina que abarcava todas as questões que interessam à Humanidade.“Do aparecimento de O Livro dos Espíritos data a verdadeira fundação do Espiritismo, que, até então, não possuía senão elementos esparsos sem coordenação, e cuja importância não pudera ser compreendida por todo o mundo; a partir desse momento, também, a doutrina fixa a atenção dos homens sérios e toma um desenvolvimento rápido. Em poucos anos, essas idéias acharam numerosos adeptos em todas as classes da sociedade e em todos os países. Esse sucesso, sem precedente, liga-se sem dúvida às simpatias que essas idéias encontraram, mas deveu-se também, em grande parte, à clareza, que é um dos caracteres distintivos dos escritos de Allan Kardec.“Abstendo-se de fórmulas abstratas da metafísica, o autor soube se fazer ler sem fadiga, condição essencial para a vulgarização de uma idéia. Sobre todos os pontos controvertidos, sua argumentação, de uma lógica fechada, ofereceu pouca disputa à refutação e pre-dispôs à convicção. As provas materiais que o Espiritismo dá da existência da alma e da vida futura tendem à destruição das idéias materialistas e panteístas. Um dos princípios mais fecundos dessa doutrina, e que decorre do precedente, é o da pluralidade das existências, já entrevisto por uma multidão de filósofos, antigos e modernos, e nestes últimos tempos por Jean Reynaud, Charles Fourier, Eugène Sue e outros; mas permanecera no estado de hipótese e de sistema, ao passo que o Espiritismo demonstra-lhe a realidade e prova que é um dos atributos essenciais da Humanidade. Desse princípio decorre a solução de todas as anomalias aparentes da vida humana, de todas as desigualdades intelectuais, morais e sociais; o homem sabe, assim, de onde veio, para onde vai, e por que fim está sobre a Terra, e porque sofre.“As idéias inatas se explicam pelos conhecimentos adquiridos nas vidas anteriores; a marcha dos povos e da Humanidade, pelos homens dos tempos passados que revivem depois de terem progredido; as simpatias e as antipatias, pela natureza das relações anteriores; essas relações, que ligam a grande família humana de todas as épocas, dão por base as próprias leis da Natureza, e não mais uma teoria, aos grandes princípios da fraternidade, da igualdade, da liberdade e da solidariedade universal.

“Em lugar do princípio: Fora da Igreja não há salvação, que entretém a divisão e a animosidade entre as diferentes seitas, e que fez derramar tanto sangue, o Espiritismo tem por máxima: Fora da Caridade não há salvação, quer dizer, igualdade entre os homens diante de Deus, a tolerância, a liberdade de consciência e a benevolência mútua.“Em lugar da fé cega que anula a liberdade de pensar, ele diz: Não há fé inquebrantável senão aquela que pode olhar a razão face a face em todas as épocas da Humanidade. À fé é necessária uma base, e essa base é a inteligência perfeita daquilo que se deve crer; para crer não basta ver, é necessário, sobretudo, compreender. A fé cega não é mais deste século; ora, é precisamente o dogma da fé cega que faz hoje o maior número de incrédulos, porque ela quer se impor e exige a adição de uma das mais preciosas faculdades do homem: o raciocínio e o livre arbítrio.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo.)Trabalhador infatigável, sempre o primeiro e o último no trabalho, Allan Kardec sucumbiu, no dia 31 de março de 1869, em meio dos preparativos para uma mudança de local, necessitada pela extensão considerável de suas múltiplas ocupações. Numerosas obras que estavam no ponto de terminar, ou que esperavam o tempo oportuno para aparecerem, virão um dia provar mais ainda a extensão e a força de suas convicções.Morreu como viveu, trabalhando. Há muitos anos, sofria de uma doença do coração, que não podia ser combatida senão pelo repouso intelectual e uma certa atividade material; mas inteiramente dedicado à sua obra, recusava-se a tudo o que podia absorver um dos seus instantes, às expensas de suas ocupações prediletas. Nele, como em todas as almas fortemente temperadas, a lâmina gastou a bainha.O corpo se lhe tornava pesado e lhe recusava os seus serviços, mas o seu Espírito, mais vivo, mais enérgico, mais fecundo, estendia sempre mais o círculo de sua atividade.Nessa luta desigual, a matéria não poderia resistir eternamente. Um dia ela foi vencida; o aneurisma se rompeu, e Allan Kardec caiu fulminado. Um homem faltava à Terra; mas um grande nome tomava lugar entre as ilustrações deste século, um grande Espírito ia se retemperar no Infinito, onde todos aqueles que ele consolara e esclarecera esperavam impacientemente a sua chegada!“A morte, disse ele ainda recentemente, a morte bate com golpes redobrados nas classes ilustres!… A quem virá agora libertar?”Ele veio, junto a tantos outros, se retemperar no espaço, procurar novos elementos para renovar o seu organismo usado numa vida de labores incessantes. Partiu com aqueles que serão os faróis da nova geração, para retornar logo com eles para continuar e terminar a obra deixada em mãos devotadas.O homem aqui não mais está, mas a alma permanece entre nós; é um protetor seguro, uma luz a mais, um trabalhador infatigável do qual se acresceram as falanges do espaço. Como sobre a Terra, sem ferir ninguém, saberá fazer ouvir a cada um os conselhos convenientes; temperará o zelo prematuro dos ardentes, secundará os sinceros e os desinteressados, e estimulará os tíbios. Ele vê, sabe hoje tudo o que previra recentemente ainda! Não está mais sujeito nem às incertezas, nem aos desfalecimentos, e nos fará partilhar a sua convicção em nos fazendo tocar o dedo no objetivo, em nos designando o caminho, nessa linguagem clara, precisa, que dele fez um tipo nos anais literários.O homem aqui não mais está, nós o repetimos, mas Allan Kardec é imortal, e a sua lembrança, os seus trabalhos, o seu Espírito, estarão sempre com aqueles que tiverem, firme e altamente, a bandeira que ele sempre soube respeitar.Uma individualidade poderosa constituiu a obra; era o guia e a luz de todos. A obra, sobre a Terra, nos terá o lugar do indivíduo. Não se reunirá mais ao redor de Allan Kardec: reunir-se-á ao redor do Espiritismo tal como o constituiu, e, pelos seus conselhos, sob a sua influência, avançaremos a passos certos para as fases felizes prometidas à Humanidade regenerada.(Revista Espírita, maio de 1869).





domingo, 13 de maio de 2012

Visão espírita sobre a Depressão


Um panorama espiritual da depressão
A depressão é uma doença da alma. Sendo assim, infelizmente, a ciência materialista pouco pode fazer a não ser minimizar os sintomas do doente para que este possa conviver socialmente. Com isso, o máximo que ela consegue é limitar-lhe a capacidade mental e volitiva, afetiva e de memória.


Estima-se que 20% da população do planeta sofre deste terrível mal. Dados levantados por pesquisadores indicam que a depressão é a segunda maior causa de ausência no trabalho e metade dos deprimidos param de trabalhar e ter uma vida social. Normalmente, é catalogada pela medicina como uma enfermidade cujo tratamento é para a vida inteira, com 50% de chances de recaída.
A pior conseqüência da doença é o suicídio, uma vez que 15% desses nossos irmãos cometem este ato extremo.
Os principais sintomas são: insônia, tristeza persistente, desânimo, alteração do apetite, falta de energia, baixa produtividade, perda de prazer. Persistindo esses sintomas por mais de duas semanas significa que o indivíduo encontra-se em estado de crise.


Influências espirituais:
O espiritismo, que define o Espírito como a essência do próprio ser, explica a depressão como uma doença espiritual, uma fase avançada do processo obsessivo, resultante do assédio persistente de espíritos inferiores sobre a mente do homem e dos que o circundam. Portanto, quem não acredita no Espírito, ou ainda, pouco conhecimento tem sobre sua natureza, não está em condições de conhecer-lhe a causa e muito menos de tratá-la.



A verdade é que todos os seres humanos possuem uma certa sensibilidade mediúnica, ou seja, uma determinada e variável predisposição orgânica em ser "suscetível" ao mundo espiritual que o circunda. Essa suscetibilidade ocorre em nível mental-emocional, de inteligência para inteligência, em que predomina a lei de sintonia. O teor do pensamento determina o tipo da sintonia que estabelecemos, consciente ou inconscientemente, com homens ou espíritos.
A maioria das depressões nascem de um processo obsessivo, normalmente decorrente de uma fraqueza moral que abre campo para espíritos malfazejos e mal intencionados que passam a impor sua vontade sobre a vontade do deprimido.
Os espíritos ainda arraigados à materialidade precisam de alimento energético. Como ninguém gosta de cogitar sobre isso, ainda mais fácil se lhes torna o assédio.

O aflorar da mediunidade:
Desde o tempo de Allan Kardec os bons espíritos afirmam que, independentemente de crer ou não crer, a humanidade está alcançando um patamar evolutivo em que a torna mais sensível ao contato com os campos espirituais circunvizinhos à Terra. Estamos esbarrando no mundo espiritual e ainda não percebemos isso.
Ora, como é a sintonia que determina o tipo de contato com as inteligências das dimensões espirituais, para que se supere a depressão é necessário que o doente mude a sintonia que vem sustentando.

Interferências espirituais nocivas:
Os efeitos da obsessão instalada são óbvios: o próprio doente sente-se confuso em identificar a própria personalidade. Seus pensamentos tornam-se confusos e contraditórios, o que lhe gera insegurança e medo. Num quadro mais agravado observa-se a fraqueza crescente, que é a perda de energia vital. Por isso, em muitos casos, o deprimido sente fortes dores no estômago (perda de energia pelo plexo solar).
Todas as pessoas viciadas, por exemplo, são médiuns conscientes ou inconscientes.
As interferências espirituais nocivas, causadas pela presença atuante de espíritos malfazejos, nada mais fazem do que dinamizar a inconsistência moral sustentada imprudentemente pelo deprimido.


A porta da alma se abre pelo lado de dentro:
Quem trabalha efetivamente na doutrina espírita e atua num centro bem orientado sabe que é perfeitamente possível libertar-se, em breve tempo, do terrível flagelo que é a depressão.
De acordo com os Evangelhos, Jesus, o divino Mestre, outra coisa não fazia senão redirecionar a sintonia de inúmeros doentes do corpo e da alma para as esferas superiores do sentimento, com isso, curou inúmeros "endemoninhados" e "lunáticos".
É dele a máxima preventiva: "Vigiai e orai!"
O que a vítima da depressão precisa compreender e assimilar é o fato de que ninguém pode abrir a porta de nossa alma, mesmo que force, porque a fechadura está do lado de dentro. Somente nós mesmos podemos abrir a porta para aquilo que nos convêm.

Educando a sensibilidade:
Uma das sustentações doutrinárias do espiritismo é fazer com que o ser humano se esforce para não entrar em sintonia com as faixas inferiores da vida. Ao contrário, sintonizar-se com as faixas superiores.
Para isso é fundamental aprender a discernir o próprio pensamento do pensamento invasor. Fatores que aborrecem devem ser vencidos. Trata-se de lutar ou se entregar, forçar resistência ao aparentemente irresistível componente depressivo. Reconhecer a própria força de vontade -normalmente, subjugada pela vontade do agente perturbador- e novamente fortalecê-la.
Pedir auxílio ao Criador é o segredo. Assumir, com humildade e confiança, a condição de necessitados espirituais que somos, reconhecendo o poder soberano da luz divina que nos abençoa constantemente e, para a qual estamos temporariamente impermeáveis, em função de nosso arbitrário acrisolamento na dor.
Não aceitar a tristeza em hipótese alguma. Nem a mágoa, nem a autopiedade, nem a busca de isolamento ou de fuga excessivas.
A depressão cessa com a mudança da sintonia espiritual:
Muitos médiuns que hoje militam com segurança nas casas espíritas, equilibrados e sem alarde na mediunidade com Jesus, chegaram sob os mais constrangedores sinais de depressão. Alguns, com passagens em clínicas ou sanatórios para doentes mentais. Ainda assim, através da ajuda que permitiram a si mesmos, aproveitaram a boa acolhida dos benfeitores da casa, esforçaram-se no estudo edificante, na prece, na meditação, absorveram confiantes as energias revitalizadoras do passe e puderam "sentir a paz" proveniente dos bons espíritos que os assistem em nome de Deus.


Assim, uma vez reequilibrados, integraram-se no serviço de auxílio aos semelhantes, encaixaram-se nos trabalhos assistenciais e espirituais da casa mudando, conseqüentemente, a sintonia mental-emocional antes adotada para uma outra elevada e moralizada.
Isto é um fato muito comum não apenas no meio espírita e passível de comprovação.
Portanto, para superar a depressão é necessário mudar a sintonia espiritual. Como os bons espíritos que nos assistem não fazem outra coisa a não ser o bem, é imprescindível que, de nossa parte, aprendamos também a fazê-lo, o que, certamente, assegurará sua proteção e a possibilidade do desabrochamento seguro de nossas potencialidades latentes como filhos de Deus.

Obras consultadas:
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, tradução de J. Herculano Pires, EME Editora
O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, tradução de Guillon Ribeiro, FEB
A Obsessão, de Allan Kardec, tradução de Wallace Leal Rodrigues, Editora O Clarim
Depressão, Cura-te a ti Mesmo, de Salvador Gentile, IDE
Website:Conciência Espírita

terça-feira, 10 de abril de 2012

Entrevista com o palestrante espírita Laerte Santos

Tive o prazer de participar de algumas palestras deste senhor e posso dizer com toda a certeza para vocês que são ótimas e dificilmente você sairá da palestra sem se emocionar. Tive também o privilégio de encontrá-lo e conversar com ele em particular e trata-se de uma pessoa fora de série. Então curtam a entrevista que vale a pena.




Entrevista especial concedida por Laerte Santos (foto), um dos mais requisitados palestrantes do estado do Rio Grande do Sul.

Melhorar a auto-estima, fortalecer os laços familiares, valorizar o trabalho e fundamentalmente amar a VIDA, são seus temas prediletos.

Jornalista por formação... Radialista por vocação... Palestrante por missão... Escritor por paixão...

Para entrevistá-lo, a direção do portal contactou seus colaboradores mais diretos e o resultado aqui está, expresso em 18 questões.

A entrevista foi dividida em três temas: centro espírita, sociedade e assuntos pertinentes aos jovens.




Ei-la, a seguir, na íntegra:

Como você encara a importância do estudo para quem trabalha dentro de um centro espírita.

Não somente na Soc. Espirita , mas em todas as atividades do SER humano, o conhecimento é fundamental.
Na Doutrina Espirita o conhecimento reveste-se de uma importancia maior, pois o conhecimento é que nos levará a luz do entendimento das leis e ações de DEUS.

Na sua opinião, qual o papel do orador para a Doutrina Espírita?

O orador é extremamente importante , pois atraves das palavras torna-se um semeador.
Atraves das palestras deveremos despertar o interesse em conhecer mais profundamente esta Doutrina de Luz.
Despertar igualmente o quanto é importante a lapidação de seus sentimentos.




As Sociedades Espíritas deveriam realizar periodicamente cursos visando a formação de novos oradores beneficiando também seus próprios trabalhadores?

Não acredito na realização de cursos periódicos para a FORMAÇÃO de novos palestrantes. Acredito, isto sim, em cursos de aprimoramento das vocações naturais. Logicamente dar oportunidade aos trabalhadores que demonstrem vocação para palestrar e fazer um intercambio com outras sociedades, pois auxiliará no desenvolvimento desta tarefa.

O público que frequenta um centro espírita busca o que numa palestra?

10% de conhecimento,90% renovar sua auto-estima e ouvir uma mensagem reconfortante que fale ao seu coração.
Palestras abordando profundamente a Doutrina, deverá ser reservada para os Grupos de Estudos, quando as pessoas já estão com um pouco de conhecimento.




Segundo Divaldo Franco diz, o palestrante espírita é um "iluminador de almas", como você encara essa responsabilidade?

Não existe missão sem responsabilidade. Encaro com naturalidade pois em tudo deveremos buscar a racionalidade e fundamentalmente com a referencia a Fé de cada um.
Por isto o preparo do palestrante é fundamental, buscando cursos periódicos de aperfeiçoamento. A iluminação dar-se-á atraves do amor a Si próprio e aos seus irmãos.

Suas palestras são marcadas por uma motivação pessoal muito grande, existe fórmula para isso?

Três regras básicas: Falar com simplicidade - Falar com o coração - E permitir a influenciação positiva dos mentores que normalmente estão ao nosso lado, sendo humilde o suficiente para saber que não passamos de um simples instrumento da espiritualidade.




Como demonstrar a importância do evangelho de Jesus em uma sociedade materialista e que vive instantes de grande violência?

O materialismo e a violência sempre existiram e sempre foram do tamanho da importâncias que damos no meio onde vivemos e aos acontecimentos a nossa volta.
Podemos demonstrar somente de uma forma e atraves da única formula que Jesus nos ensinou... Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a Si mesmo.

As Sociedades Espíritas representam um papel muito importante dentro da sociedade, mesmo assim, isso parece não ser muito reconhecido. Como você encara isso?

Tudo tem o seu tempo certo de maturação. É da natureza humana ir gradativamente mudando seu rumo de acordo com a melhoria do seu conhecimento.
É natural que tenhamos maneiras diferentes de encarar esta ou aquela situação. Caso todos tivessem o mesmo pensamento sobre a Doutrina, na haveria progresso e não teríamos Casas e Trabalhadores suficientes para atender a demanda. A Espiritualidade encarrega-se de ir regulando esta demanda.

Qual o maior desafio para a Doutrína Espírita atualmente dentro de um mundo tão materialista?

Mundo materialista é rotulo e eu não gosto de rótulos para não cair no erro da generalização.
O desafio não é só da Doutrina, mas como de todas as religiões, é demonstrar a imortalidade da alma e a necessidade de evoluir não só intelectualmente mas principalmente na sua moralidade, aperfeiçoando seus sentimentos mais nobres.

Como você encara o crescimento da publicidade em relação aos livros e filmes espíritas?

De maneira altamente positiva, pois isto faz parte dos projetos da espiritualidade e reafirma que nada é por acaso ou inútil na caminhada terrena.

A mídia atualmente vem colocando vários temas espíritas em suas programações com grande sucesso. De que forma pode isso ser bom e de que forma isso prejudica a doutrína?




Não vejo prejuízo algum, se o material for feito com seriedade e com base nas verdades da Doutrina.

De que maneira, o exemplo deixado por espíritos iluminados como Chico Xavier e Madre Tereza de Calcutá entre outros, podem contribuir para o avanço da sociedade buscando uma união para diminuir as diferenças sociais?

A educação e a evolução, dar-se-á sempre com 70% de exemplos e 30% de outras diversas formas, como palavras e leituras.
As diferenças sociais estão contaminadas maléficamente pelo desamor e somente poderemos diminuir este flagelo quando nos respeitarmos e nos ajudarmos como irmãos.

De que forma o centro espírita poderia auxiliar mais os jovens de hoje a fim de afastá-los das drogas, álcool e da violência?




Valorizando as relações na família. Falando e mostrando a importancia da família., pois a maior parte destes desvios tem como origem do mal ou do bem no seio das famílias, atraves da violência no lar, a falta de limites e de respeito. O que acontece em uma sociedade é a média do que acontece nas famílias

Como são encarados perante o espiritismo, exemplos de extrema violência como a deste menino de Novo Hamburgo considerado um "serial killer"?

Não tenho a pretensão de falar em nome de todos os Espíritas. Mas na minha opinião a resposta está na questão anterior, na família.

A evangelização dada dentro dos centros espíritas busca a preparação das crianças e adolescentes para viverem de um forma mais harmônica dentro e fora de suas casas mesmo assim, não existe uma frequência razoável deles nas aulas. Na sua opinião, qual o papel dos pais nisto?

Nas escolas fazem a mesma observação. Acontece que muitos pais são omissos na educação de seus filhos, na transmissão dos valores éticos e morais. Terceirizam a Educação achando que isto é um problema dos professores e na religião, acham que esta é uma tarefa dos religiosos. Engano fatal na formação das crianças e do futuro adulto, pois sem a participação responsável e direta dos Pais, continuaremos a assistir o desvio do caminho do bem de boa parcela de nossos irmãos.

A depressão, antes tida como uma doença apenas de adultos, atinge com cada vez mais frequência adolescentes. Como a busca maior pela religiosidade pode contribuir para a diminuição desse quadro?

Inflando sua auto-estima. A depressão tem origem na baixa estima e nos medos de enfrentarem no meio onde vivem.

Os jovens de hoje são e serão os futuros trabalhadores espíritas. Esse movimento tem crescido de forma agradável. A quem se deve isso?

A preparação responsável dos condutores das atuais Equipes de trabalho são responsáveis diretos por está situação.

Qual o seu recado para as crianças e adolescentes que se acham perdidas ou se sentem carentes de carinho pela família para que possam enfrentar os vícios de hoje?

Amarem seus Pais. Amarem-se independente de suas relações familiares. Amarem a Deus sobre todas as coisas e confiar no dia de amanhã pois jamais estaremos desamparados da providencia Divina.
Mesmo com a ausência da força e do carinho dos Pais materiais, o Pai Maior e os Pais da Espiritualidade sempre estarão apoiando e protegendo.