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quarta-feira, 6 de junho de 2018

O caminho de volta... Crônica de Teta Barbosa

P/ ler c/ calma e guardar na alma...
Vi a placa de retorno e estou assim, procurando o caminho de volta...






"Que belo texto"

O caminho de volta...  
 (Teta Barbosa - jornalista, publicitária e mora no Recife)


"Já estou voltando. Só tenho 50 anos e já estou fazendo o caminho de volta. Até o ano passado eu ainda estava indo... Indo morar no apartamento mais alto, do prédio mais alto, do bairro mais nobre.  Indo comprar o carro do ano, a bolsa de marca, a roupa da moda. Claro que para isso, durante o caminho de ida, eu fazia hora extra, fazia serão, fazia dos fins de semana eternas segundas-feiras.  Até que um dia, meu filho quase chamou a babá de mãe!  Mas, com quase cinquenta, eu estava chegando lá. Onde mesmo?  No que ninguém conseguiu responder. Eu imaginei que quando chegasse lá, ia ter uma placa com a palavra "fim".  Antes dela, avistei a placa de "retorno" e, nela mesmo, dei meia volta.  Comprei uma casa no campo (maneira chique de falar, mas ela é no meio do mato mesmo).  É longe que só a gota serena! Longe do prédio mais alto, do bairro mais chique, do carro mais novo, da hora extra, da babá quase mãe. Agora tenho menos dinheiro e mais filho. Menos marca e mais tempo.  E não é que meus pais (que quando eu morava no bairro nobre me visitaram quatro vezes em quatro anos), agora vêm pra cá todo fim de semana?  E meu filho anda de bicicleta, eu rego as plantas e meu marido descobriu que gosta de cozinhar (principalmente quando os ingredientes vêm da horta que ele mesmo plantou). Por aqui, quando chove, a Internet não chega. Fico torcendo que chova, porque é quando meu filho, espontaneamente (por falta do que fazer mesmo), abre um livro e, pasmem, lê.  E no que alguém diz: "a internet voltou!", já é tarde demais, porque o livro já está melhor que o Facebook, o Instagram e o Snapchat juntos. Aqui se chama "aldeia" e tal qual uma aldeia indígena, vira e mexe eu faço a dança da chuva, o chá com a planta, a rede de cama. Aos domingos, converso com os vizinhos. Nas segundas, vou trabalhar, contando as horas para voltar... Aí eu me lembro da placa "retorno", e acho que nela deveria ter um subtítulo que diz assim: "retorno – última chance de você salvar sua vida!"  Você, provavelmente, ainda está indo. Não é culpa sua. É culpa do comercial que disse: "Compre um e leve dois".  Nós, da banda de cá, esperamos sua visita.  Porque sim, mais dia menos dia, você também vai querer fazer o caminho de volta..."

CUIDE DO SEU TEMPO, CUIDE DA SUA FAMÍLIA. Que possamos encontrar a “placa de retorno” e valorizar o que realmente é importante!❣💕🌹❤




Tags: cinquentão, cinquentona, volta, snapchat, caminhos, 

sábado, 28 de maio de 2016

NOJO Fabrício Carpinejar - Crônica sobre o estupro coletivo





NOJO

Tenho nojo de ser homem, tenho medo de ser pai. A adolescente de 16 anos vítima de estupro de 33 homens no Rio de Janeiro não me permite mais dormir, muito menos acordar. Fico como um zumbi sem vontade de sair para a rua, de falar com a família, de conversar com os amigos. A vida me roubou o respeito para sorrir. Meu sorriso morreu. Meu sorriso não tem mais graça. Pois uma criança dentro de uma mulher não terá mais infância para sorrir. Nem maturidade para chorar.
É a impunidade gloriosa: dopam e estupram, estupram e se revezam, e ainda mostram o objeto do estupro como um troféu na web e ninguém é preso imediatamente. Os agressores zombam, debocham, escarnecem sobre a fragilidade da vítima. Culpam a vítima por ser distraída e crédula. Culpam a vítima por ser mulher. A truculência vem sendo única razão nesta terra sem leis e sem prisão.
Não dá para ser mulher no país. Não dá para ser decente no país. Não dá para ter alma neste país. Ela se tornou um lixo, uma boneca com a sexualidade esfaqueada centenas de vezes, uma presa da mais insana misoginia. Que covardia pode ser maior que esta? Era menor, era indefesa, foi drogada, foi encurralada, não tinha como escolher, não tinha como se defender, não tinha como gritar, não sabia onde estava.
Por mais que tome banho, não se lava a memória. Poderia ser a minha filha. Poderia ser minha mulher.
É um ex-namorado que leva a uma emboscada, é um bando de animais brincando com armas, rindo de matar, rindo de ferir, rindo de abusar, rindo de destruir alguém. A brutalidade ri dos inocentes, o machismo ri dos direitos humanos. Enquanto a gargalhada da violência for maior que o gemido, for maior que a nossa dor, for maior que o nosso não, for maior que o nosso pedido de socorro, não me chamem mais de brasileiro. Deixou de ser uma nacionalidade, é uma acusação.



Fabrício Carpinejar


MOMENTO DE REFLEXÃO - Crônica





Vale a pena ler!

Um homem trabalhava num frigorífico.
Um dia, quando terminou o seu horário de trabalho, foi a uma das câmaras frigoríficas para fazer uma inspeção de última hora, mas por uma fatalidade, a porta fechou-se e ele ficou trancado.
Ainda que tenha gritado e batido na porta com todas as suas forças, ninguém o ouviu. A maioria dos funcionários já tinha ido embora e era impossível ouvir os gritos vindos de dentro da câmara.
Cinco horas mais tarde, quando o homem já estava à beira da morte, alguém abriu a porta. Era o segurança que lhe salvou a vida.
Após recuperar-se, o homem perguntou ao segurança como foi possível ele passar e abrir a porta, quando isso não fazia parte da rotina do seu trabalho.
O segurança explicou: “Eu trabalho nesta empresa há trinta e cinco anos”. “Centenas de trabalhadores entram e saem todos os dias, mas você é o único que me cumprimenta pela manhã e se despede de mim à tarde”.
Os outros tratam-me como se eu fosse invisível.
Hoje, como todos os dias, você me disse
“OLÁ” na entrada, mas não ouvi o seu ‘ATÉ AMANHÔ. Espero o seu “


olá” e o seu “até amanhã” todos os dias.
Para você eu sou alguém...
Ao não ouvir a sua despedida, sabia que algo podia ter acontecido...


MOMENTO DE REFLEXÃO
Sejam humildes e amem o próximo.
Deem sempre provas de atenção, respeito, piedade, perdão, paciência. Troquem sinais de benevolência, apreço, afeto, gratidão, amor...

 DE AUTORIA DE SIMONE VERCOSA

Para vocês o meu... OLÁ E ATÉ AMANHÃ

quarta-feira, 4 de maio de 2016

A BELEZA QUE PÕE A MESA - FABRÍCIO CARPINEJAR





A beleza dura pouco. Dez minutos, um olhar, um aperto de mão, um beijo na face.

A beleza é provisória.

A beleza pode ser destruída rapidamente pela fala, pode ser desmanchada imediatamente por um gesto, pode ser derrubada velozmente por uma grosseria.

Se vejo uma mulher bonita, ela ainda não é bonita. Será bonita por aquilo que fizer. Ninguém é bonito por antecipação.

A aparência é efêmera e enganadora. A aparência tem pretensões de uma mentira. Igual à verdade, precisa de provas.

Mesmo que tenha o rosto formoso e simétrico, os lábios carnudos, as curvas do corpo na medida certa, nada assegura que seja bonita. É colocar cedilha no lugar errado, é ofender de graça, é cuspir ódio, que se torna feia.

Já vi mulher bonita muito feia. Já vi mulher feia se revelar essencialmente bonita.

A arrogância estraga a beleza. A humildade salva a beleza.

Saber-se linda e se achar feia são pretensões perigosas. Não enxergamos somente com a visão, mas com o olfato, o tato, o paladar e a audição.

Ser bonita para os olhos é raso. Quem canta, quem dança, quem conversa com as ideias encadeadas, quem explode uma primavera temporã em seus cabelos assume uma lindeza inédita e permanente.

A generosidade, a cordialidade, a esperança e a firmeza garantem a longevidade da atração.

Quando uma mulher linda se aproxima, espero pacientemente que ela se mostre. Não há pressa para descobrir. Será mesmo linda pela forma que segura o cálice, pela forma que cuida de quem está excluído, pela forma que procura manter ou acabar com o silêncio, pela forma que olha nos olhos e segura o mundo no queixo.

Não há nada mais bonito do que uma mulher com temperamento difícil. Aquela que briga por suas crenças é inesquecível. Não ser esquecido é o que cada um deseja secretamente para a sua vida, é a maior ambição do amor. Mulher que aceita tudo, sem alma nas palavras, por sua vez, é tão sem graça.

Não é a roupa que define o ângulo do arrebatamento, são a simplicidade e o despojamento. Estar confortável em si, demonstrar alegria de ser, rir com a língua mais do que com os dentes sustenta o charme.

A empatia é a beleza que fica. A beleza é um mero cumprimento.



Publicado no jornal Zero Hora
Coluna Semanal, p.4
Porto Alegre, 03/05/2016
Edição 18515

domingo, 3 de abril de 2016

Sobre Michael Schumacher - Crônica






O cara venceu 91 GP. Foi 7(sete) vezes campeão mundial. Velocidade estava na "alma" , porém em um dia de lazer sua história mudou.
Hoje com 44 kg luta para "sobreviver" desde dezembro/2013.
A esposa começa a vender os bens para arcar com despesas milionárias. 







Ai vem a pergunta: Quem é melhor que alguém? A vida pode tomar rumos jamais imaginados. Como em um estalar de dedos, tudo pode mudar. Não adianta dinheiro, diploma, fama, sucesso. Diante de Deus todos somos iguais. Então pra que orgulho? Arrogância? Apego aos bens materiais. 





Tudo que temos é o hoje. E tudo que está ao nosso alcance é ser feliz enquanto a tempo. Para que, fazer de problemas, perto destes insignificantes, algo que nos "roube a vida". Faça o bem! Seja do bem! Como em um jogo de xadrez, no final rei e peão são guardados na mesma caixa.





sexta-feira, 25 de março de 2016

A Oportunidade Faz o Ladrão - Vai Ser Difícil Limpar o Brasil - Crônica









Quando você tem oportunidade de roubar R$ 0,50 (cinquenta centavos) tirando fotocópia pessoal na máquina Xerox do trabalho, você não perde a oportunidade.

Quando você tem oportunidade de roubar R$ 5,00 (cinco reais) levando para casa a caneta da empresa, você não perde a oportunidade.


Quando você tem a oportunidade de roubar R$ 25,00 (vinte e cinco reais) pegando uma nota mais alta na hora do almoço para a empresa reembolsar, você não perde a oportunidade.

Quando você tem a oportunidade de roubar R$ 50,00 (cinquenta reais) de um artista comprando um DVD pirata, você não perde a oportunidade.

Quando você tem a oportunidade de roubar R$ 250,00 (duzentos e cinquenta) comprando uma antena desbloqueada que pega o sinal de satélite de todas as TV’s a cabo, você não perde a oportunidade.

Quando você tem a oportunidade de roubar R$ 469,99 da Microsoft baixando um Windows crackeado num site ilegal, você não perde a oportunidade.
Quando você tem a oportunidade de roubar R$ 2.000,00 (dois mil) escondendo um defeito do seu carro na hora de vende-lo enganando o comprador, você não perde a oportunidade.

E você não perde nenhuma oportunidade, devolve a carteira mas rouba o dinheiro, sonega imposto de renda, dá endereço falso para adquirir benefícios que não tem direito, etc, etc. etc...

Bom, se você trabalhasse no Governo, e caísse no seu colo a oportunidade de roubar R$ 1.000.000,00 (um milhão) com certeza, como você não perde uma oportunidade, iria aproveitar mais esta oportunidade. Tudo é uma questão de acesso e oportunidade.

O povo brasileiro precisa entender que o problema do Brasil não são só a meia dúzia de políticos no poder lá em cima, pois eles, são apenas o reflexo dos quase 200 milhões de oportunistas aqui embaixo. Os políticos de hoje, foram os oportunistas de ontem.

Vai ser difícil limpar o Brasil...

A foto é de uma caneta BIC roubada. Foi a oportunidade de alguém.







domingo, 13 de março de 2016

MENSAGEM DE UM IDOSO, não deixe de ler! É muito lindo





Se meu andar é hesitante e minhas mãos trêmulas, ampare-me…
* Se minha audição não é boa e tenho de me esforçar para ouvir o que você está dizendo, procure entender-me…
* Se minha visão é imperfeita e o meu entendimento é escasso, ajude-me com paciência…
* Se minhas mãos tremem e derrubam comida na mesa ou no chão, por favor não se irrite, tentei fazer o melhor que pude…
* Se você me encontrar na rua, não faça de conta que não me viu, pare para conversar comigo, sinto-me tão só…
* Se você na sua sensibilidade me vê triste e só, simplesmente partilhe um sorriso e seja solidário…
* Se lhe contei pela terceira vez a mesma “história” num só dia, não me repreenda, simplesmente ouça-me…
* Se me comporto como criança, cerque-me de carinho…
* Se estou com medo da morte e tento negá-la, ajude-me na preparação para o adeus…
* Se estou doente e sou um peso em sua vida, não me abandone, um dia você terá a minha idade…
A única coisa que desejo neste meu final da jornada, é um pouco de respeito e de amor…
Um pouco…
Do muito que te dei um dia !!!





fonte:encontrei na fanpage >>>

sexta-feira, 11 de março de 2016

Boneca & Chico Xavier - Crônica



Chico Xavier tinha uma cachorra de nome Boneca, que sempre esperava por ele, fazendo grande festa ao avistá-lo. Pulava em seu colo, lambia-lhe o rosto como se o beijasse. O Chico então dizia: – Ah Boneca, estou com muitas pulgas !!!! Imediatamente ela começava a coçar o peito dele com o focinho. Boneca morreu velha e doente. Chico sentiu muito a sua partida. Envolveu-a no mais belo xale que ganhara e enterrou-a no fundo do quintal, não sem antes derramar muitas lágrimas. Um casal de amigos, que a tudo assistiu, na primeira visita de Chico a São Paulo, ofertou-lhe uma cachorrinha idêntica à sua saudosa Boneca. A filhotinha, muito nova ainda, estava envolta num cobertor, e os presentes a pegavam no colo, sem contudo desalinhá-la de sua manta. A cachorrinha recebia afagos de cada um. A conversa corria quando Chico entrou na sala e alguém colocou em seus braços a pequena cachorra. Ela, sentindo-se no colo de Chico, começou a se agitar e a lambê-lo.
– Ah Boneca, estou cheio de pulgas!!! Disse Chico.
A filhotinha começou então a caçar-lhe as pulgas, e parte dos presentes, que conheceram a Boneca, exclamaram:
– Chico, a Boneca está aqui, é a Boneca, Chico!! Emocionados perguntamos como isso poderia acontecer. Chico respondeu:
– Quando nós amamos o nosso animal e dedicamos a ele sentimentos sinceros, ao partir, os espíritos amigos o trazem de volta para que não sintamos sua falta. É, Boneca está aqui, sim, e ela está ensinando a esta filhota os hábitos que me eram agradáveis. Nós seres humanos, estamos na natureza para auxiliar o progresso dos animais, na mesma proporção que os anjos estão para nos auxiliar. Por isso, quem maltrata um animal vai contra as leis de Deus, porque Suas leis são as leis da preservação da natureza. E, com certeza, quem chuta ou maltrata um animal é alguém que ainda não aprendeu a amar.




segunda-feira, 7 de março de 2016

O Cavalo Cego… Crônica



“Na estrada de minha casa há um pasto. Dois cavalos vivem lá. De longe, parecem cavalos como os outros cavalos, mas, quando se olha bem,
 percebe-se que um deles é cego. Contudo, o dono não se desfez dele e
arrumou-lhe um amigo – um cavalo mais jovem. Isso já é de se admirar.
..

Se você ficar observando, ouvirá um sino.
.. Procurando de onde vem o som, você verá que há um pequeno sino no pescoço do
 cavalo menor. Assim, o cavalo cego sabe onde está seu companheiro e vai até ele.
 Ambos passam os dias comendo e no final do dia o cavalo cego segue o
 companheiro até o estábulo.

Você percebe que o cavalo com o sino está
 sempre olhando se o outro o acompanha e, às vezes, pára para que o outro
 possa alcançá-lo. O cavalo cego guia-se pelo som do sino, confiante que o
 outro o está levando para o caminho certo.

Como o dono desses dois cavalos,
 Deus não se desfaz de nós só porque não somos perfeitos, ou porque temos
 problemas ou desafios. Ele cuida de nós e faz com que outras pessoas venham
 em nosso auxílio quando precisamos. Algumas vezes somos o cavalo cego guiado pelo som do sino daqueles
 que Deus coloca em nossas vidas.

 Outras vezes, somos o cavalo que guia, ajudando outros a encontrar
 seu caminho.

..

E assim são os bons amigos. Você não precisa vê-los, mas eles estão
 lá.

 Por favor, ouça o meu sino. Eu também ouvirei o seu!!!

Viva de maneira simples… 
Ame generosamente…
 Cuide com devoção… Fale com bondade…
 Pense antes de agir para não se arrepender e CREIA, deixando o resto para
 DEUS…


Autor desconhecido.

quinta-feira, 3 de março de 2016

BEBO PARA ESTAR, NÃO PARA SER, POR FABRÍCIO CARPINEJAR




Gosto de beber socialmente. Com amigos ou com a namorada. Mas jamais fico bêbado. Jamais atravesso a fronteira para a inconsciência. Tive raras crises de diva pelo álcool.

Qualquer um que abusa perde a noção do ridículo: canta samba como se fosse ópera, canta funk como se fosse MPB.

Não bebo para melhorar a minha vida, ou me melhorar, bebo para ficar à vontade. Eu relaxo e deixo os pensamentos rirem um pouco da seriedade dos dramas domésticos.

Não bebo para conquistar nenhuma mulher, coragem não se pega emprestada.

E sei parar no momento certo, sem soar careta, sem usar desculpa de que estou tomando antibiótico ou que vim de carro. Paro na hora em que o trago perderá a graça e se aproxima da letra E (Engov, Eno e Estrago).

Eu sei recusar um copo sem alimentar a culpa, não sofro do medo de desagradar.

Não bebo para os outros, para receber elogios de como sou forte e resistente, para ser um viking, um irlandês, um corsário. Não bebo para me exibir, como um teste de masculinidade, concorrendo entre os colegas para descobrir quem bebe mais. Gincana é coisa de criança.

Não bebo para esquecer um amor porque é uma ilusão: quem enche a cara para apagar um relacionamento destruirá todo o resto, menos a pessoa desejada.

Não bebo para fugir dos problemas, ou para não ser cobrado.

Beber é a arte de degustar o tempo vago.

Bebo pela companhia, para olhar nos olhos e ouvir confidências e histórias que só cabem em mesa de bar. A bebida é um pretexto, não o centro das atenções.

Tem gente que carrega facilmente o isopor com cerveja gelada durante quilômetros pela praia e não segura as dores do amigo em cinco minutos de conversa.

Sou do segundo time, capaz de parar de beber e consumir água só por solidariedade a um camarada que está se sentindo mal.

Quem extrapola os limites é egoísta, é uma criança birrenta.

Nada é mais chato do que um bêbado. Pois você saiu para dançar com alguém e este alguém bebe tanto que passa a dançar sozinho, a desaparecer em suas alucinações, a pisar nos seus calos.

E não adianta aconselhá-lo a parar de beber, será linchado pelos fantasmas da criatura, com sermões tipo "vai me controlar?" ou "quer mandar em mim?".

O bêbado tem certeza que vem agradando e provocando barulho. É um megalomaníaco das pedras do gelo, um cleptomaníaco de garrafas.

Pois você saiu para bater papo com alguém e este alguém começa a falar sozinho, a desencavar palavrões desconexos, a chamar o garçom para sentar junto.

Pois você saiu para dividir a alegria com alguém e este alguém se vê poderoso o suficiente para provocar briga, ofender estranhos e mandar no lugar.

Beber acentua o que você já era sóbrio.




Fonte: O globo

quarta-feira, 2 de março de 2016

O ORGULHO DE SER GAÚCHO por Fabrício Carpinejar



Carpinejar

Nunca vi tanta gente do bem dizer que pretende sair do Rio Grande do Sul e morar em outro Estado. Experimentamos uma semana farroupilha ao contrário.

E não são desertores, são sofredores, são desesperados, que não aguentam 40 homicídios num final de semana, não aguentam a soltura de bandidos assim que são presos por falta de condições nos presídios, não aguentam comerciantes morrendo com bala perdida quando vão levar seu cachorro para passear de noite, não aguentam óbitos violentos de adolescentes por motivo banal, em nome de um celular ou de um tênis, não aguentam brigadianos e policiais circulando em subcondições, sem um vencimento que honre a insalubridade da profissão, cansaram da esperança, não aguentam o abandono das ruas e dos parques, não aguentam os buracos das estradas, não aguentam a ansiedade e o nervosismo quando os filhos demoram a retornar ao lar, não aguentam as más notícias nas patas dos quero-queros.

Nossa alma pilchada está cada vez mais pichada de frases de protesto.

Nossas tragédias são modelos para toda terra.

O orgulho de ser gaúcho foi ferido. Falar o que de bom daqui? Como exaltar o turismo se não há como sair em segurança de casa?

Antes, os professores faziam greve para aumentar os seus pequenos salários, hoje estão fazendo greve para manter os seus pequenos salários. Os tempos se agravaram. Manter o emprego é a única promoção que existe. O governo não poderia ter parcelado o salário do funcionalismo, ainda mais num Estado absolutamente familiar, absolutamente centrado na proteção familiar. Ele não constrangeu categorias profissionais, deixou de ser uma negociação com sindicatos, feriu a todos, baqueou o coração da família gaúcha.

Os servidores precisam mendigar o que merecem por direito para sustentar as suas crianças. Obrigações desandaram em reivindicações. Não houve mobilização civil e popular que preparasse o ambiente para uma crise, e sim decretos, em que benefícios foram suprimidos de repente. O funcionalismo virou uma horda de indigentes assalariados, voluntários forçados a seguir sem nenhuma palavra de afeto, condenados a tomar um veneno amargo diante da inexistência de bula. Trabalhar para quê? Como trabalhar sabendo que aquilo que está ruim tende a ficar pior? Ter ou não ter emprego não garante mais nada no final do mês. Estamos à mercê da roleta-russa da arrecadação.

Pois receber o valor do contracheque um mês depois, em parcelas a conta-gotas, apenas cria juros, empurra empréstimos goela abaixo e termina por criar um pânico financeiro.

Óbvio que haverá redução drástica do consumo, e aumento do endividamento. O salário atrasado não mais cobrirá despesas, e sim dívidas. Como alguém conseguirá atender as demandas fixas domésticas, irredutíveis, implacáveis com R$ 600?

O próprio governador dá o exemplo negativo: já que ele mesmo não paga as suas despesas e contraria as suas obrigações com a União.

Sirenes, apitos, buzinas, greves, protestos, passeatas e trânsito interrompido... Nem mais escutamos os sinos das igrejas avisando do meio-dia e da hora do almoço.







Publicado no jornal Zero Hora
Coluna semanal, p. 4, 15/9/2015
Porto Alegre (RS), Edição N° 18295

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

UMA REFLEXÃO PARA MULHERES


Quatro mulheres foram em uma reunião usando roupas muito indecentes que mostraram muito bem seus corpos.
O líder do lugar deu-lhes uma boa olhada e disse-lhes para se sentarem. Depois de olhar nos olhos delas disse algo que nunca vou esquecer na vida:

"Senhoras, tudo o que Deus tem feito valioso neste mundo é bem coberto e difícil de ver, encontrar ou obter. Por exemplo:

1. Onde você pode encontrar os diamantes? No fundo de uma caverna,
coberta e protegida.
2. Onde estão as pérolas? No oceano,
coberto e protegido em uma bela concha.
3. Onde você pode encontrar ouro?
Sob a terra, coberto com camadas de rocha e para obtê-lo você tem que trabalhar duro e cavar fundo.


Ele tendo dito isso, se virou para olhá-las atentamente e disse;
"Seu corpo é sagrado e único." Você é mais preciosa do que o ouro, diamantes e pérolas, e deve ser coberto também.E se você se preservar "Se você mantiver seus preciosos minerais como ouro, diamantes e pérolas profundamente cobertos, uma mineração organizada e respeitável com a maquinaria necessária vai realizar anos de exploração extensiva.

Primeiro você terá contato com o governo (a família), vai assinar contratos profissionais (casamento) e desenhar profissionalmente (casamento civil). Mas se você deixar seus preciosos minerais na superfície da terra, você sempre ira atrair um grande número de mineiros ilegais para entrar e explorar ilegalmente ...

Vista-se bonita, mas decente! Seu corpo é bonito, seu corpo é um tesouro, e um dia um homem bom, digno de descobrir você vai se sentir feliz em fazê-lo ..



Se você concorda ou discorda, deixe seu comentário!

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Quando esse homem morre num asilo, as enfermeiras encontram algo que muda suas vidas.

Em asilos ao redor do mundo, milhares de idosos esperam ansiosamente a visita ou, pelo menos, um telefonema de seus familiares. A realidade é que muitos se sentem abandonados e, no fim de suas vidas, seus corações batem amargurados e tristes. Porém, em uma casa de repouso na Alemanha, a morte de um idoso deixa todos de queixo caído. O homem era tido como rabugento pelas funcionárias do local, mas quando elas esvaziam e arrumam seu quarto, as mulheres encontram algo que parte seus corações.





Flickr/ Simon Loffler


Entre os pertences do paciente - testemunhas silenciosas de uma vida inteira - as enfermeiras encontram este texto:





"Enfermeiras, o que vocês vêem?
O que vocês pensam quando olham para mim?

Um velho rabugento, não muito inteligente,

com hábitos estranhos, olhar aborrecido.

Que baba enquanto come e não responde a nenhuma pergunta.

Se elas dizem em alta voz: "Eu gostaria que você tentasse."

Ele parece não notar nada a seu redor.

E sempre perde algo. A meia ou um sapato?

Independente do que ele queira, elas fazem o que bem entendem.

Com o banho e alimentação, o longo dia elas preenchem.

É isso que vocês acham? É isso que vocês vêem?

Então abram os olhos enfermeiras, vocês não me enxergam.

Eu vou lhes dizer quem sou.

Vou lhes explicar porque me sento aqui tão quieto

e sigo as instruções de comer que vocês passam:

Eu sou uma criança pequena, de 10 anos, com um pai e uma mãe,

e irmãos e irmãs que se amam.

Um jovem de 16 anos, com asas nos pés.

Cheio de sonhos de encontrar um amor em breve.

Um noivo de 20 anos, com o coração em sobressaltos,

pensando nos votos que eu prometi que iria manter.

Agora, com 25 anos, tenho meus próprios filhos

e sei que preciso garantir o sustento do lar.

De repente, me vejo um homem de 30 anos, meus filhos estão crescendo rapidamente,

e nossa familia permanece unida.

Com 40 anos, meus jovens filhos cresceram e já saíram de casa.

Mas minha esposa está ao meu lado, não me permitindo lamentar.

Com 50 anos, tenho bebês outra vez no meu colo.

Eu e meu amor aprendemos novamente a cuidar de crianças.

Dias negros se abatem sobre mim, minha mulher faleceu.

Eu penso no futuro, eu tremo de medo.

Os filhos do meu filho caçula já estão grandes.

E eu penso nos anos que se passaram e no amor que conheci.

Eu sou agora um homem velho e a natureza é cruel.

Eu brinco com a minha idade, como um tolo.

O corpo, ele se desintegra. Sua graça e força se vão.

Há agora uma pedra onde antes havia um coração.

Mas neste velha carcaça um jovem ainda perdura.

Emoções ainda sacodem meu coração desgastado.

Lembro-me das alegrias, lembro-me da dor.

E vivo e amo, num eterno 'replay'.

Eu penso nos anos, muito rápidos, tão poucos.

Eu aceito o fato de que nada pode permanecer.

Então, abram os olhos e vejam.

Eu não sou apenas um velho rabugento.

Olhem mais de perto, me ENXERGUEM de verdade!"




Flickr/ Addie VanDreumel




Nunca parta do pressuposto de que os idosos não estão notando nada à sua volta. Os velhos vovôs e vovós vivem e sentem exatamente como você. Em cada um de nós bate um coração que permanece jovem, mesmo quando o corpo já não é o mesmo.

Lembre-se destas palavras a cada vez que você estiver perto de um idoso e trate-o de maneira adequada. Não o descarte, não o infantilize. Todos nós um dia envelheceremos e podemos acabar na mesma situação. Compartilhe este artigo com seus amigos e transmita esta importante mensagem: todo mundo merece respeito, amor e atenção.






fonte: http://www.naoacredito.com.br/

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

“CARTA A MEU FILHO”, psicografia de um pai que foi ENVENENADO pelo próprio filho !




Meu filho, dito esta Carta para que você saiba que estou “Vivo”. Quando você me estendeu a taça envenenada que me liquidou a existência, não pensávamos nisso. Nem você, nem eu. A idéia da morte vagueava longe de mim, porque esperava de suas mãos apenas o remédio anestesiante para a minha enxaqueca. Entendi tudo, porém, quando você, transtornado, cerrou subitamente a porta e exclamou com frieza:

-Morre, velho! As convulsões que me tomavam de improviso, traumatizavam-me a cabeça...

Era como se afiada navalha me cortasse as vísceras num braseiro de dor. Pude ainda, no entanto, reunir minhas forças em suprema ansiedade e contemplar você, diante de meus olhos.

Suas palavras ressoavam-me aos ouvidos: __ “morre, velho!” Era tudo o que você, alterado e irreconhecível, tinha agora a dizer. Entretanto, o amor em minh’alma era o mesmo. Tornei à noite recuada quando o afaguei pela primeira vez.

Sua mãezinha dormia, extenuada... Pequenino e tenro de encontro ao meu peito, senti em você meu próprio coração a vagir nos braços...

E as recordações desfilaram, sucessivas. Você, qual passarinho contente a abrigar-se em meu colo, o álbum de fotografias em que sua imagem apresentava desenvolvimento gradativo em todas as posições, as festas de aniversário e os bolos coloridos enfeitados de velas que seus lábios miúdos apagavam sempre numa explosão de alegria...

Rememorei nossa velha casa, a princípio humilde e pobre, que o meu suor convertera em larga habitação, rica e farta... Agoniado, recordei incidentes, desde muito esquecidos, nos quais me observava expulsando crianças ternas e maltrapilhas do grande jardim de inverno para que nosso lar fosse apenas seu...

Reencontrei-me, trabalhando, qual suarento animal, para que as facilidades do mundo nos atendessem as ilusões e os caprichos...

Em todos os quadros a se me reavivarem na lembrança, era você o grande soberano de nosso pequeno mundo...

O passado continuou a desdobrar-se, dentro de mim. Revisei nossa luta para que os livros lhe modificassem a mente, o baldado esforço para que a mocidade se lhe erigisse em alicerce nobre ao futuro...

De volta às antigas preocupações que me assaltavam, anotei-lhe, de novo, as extravagâncias contínuas, os aperitivos, os bailes, os prazeres, as companhias desaconselháveis, a rebeldia constante e o carro de luxo com que o presenteei num momento infeliz... Filho do meu coração, tudo isso revi...




Dera-lhe todo o dinheiro que conseguira ajuntar, mas você desejava o resto.

Nas vascas da morte, vi-o, ainda, mãos ansiosas, arrebatando-me o chaveiro para surripiar as últimas jóias de sua mãe...

Vi perfeitamente quando você empalmou o dinheiro, que se mantinha fora de nossa conta bancária, e, porque não podia odiá-lo, orei – talvez com fervor e sinceridade pela primeira vez – rogando a Deus nos abençoasse e compreendendo, tardiamente, que a verdadeira felicidade de nossos filhos reside, antes de tudo, no trabalho e na educação com que lhes
venhamos a honrar a vida. Não dito esta carta para acusá-lo.

Nem de leve me passou pelo pensamento o propósito de anunciar-lhe o nome. Você continua sangue de meu sangue, coração de meu coração.

Muitas vezes, ouvi dizer que há filhos criminosos, mas entendo hoje que, na maioria das circunstâncias, há, junto deles, pais delinqüentes por acreditarem muito mais na força do cofre que na riqueza do espírito, afogando-os, desde cedo, na sombra da preguiça e no vício da ingratidão.

Não venho falar, assim, unicamente a você, porque seu erro é o meu erro igualmente. Falo também a outros pais, companheiros meus de esperança, para que se precatem contra o demônio do ouro desnecessário, porque todo ouro desnecessário, quando não busca o conselho da caridade, é tentação à loucura. Há quem diga que somente as mães sabem amar e, realmente, o regaço materno é uma bênção do paraíso.

Entretanto, meu filho, os pais também amam e, por amar imensamente a você, dirijo-lhe a presente mensagem, afirmando-lhe estar em prece para que a nossa falta encontre socorro e tolerância nos tribunais da Divina Justiça, aos quais rogo me concedam, algum dia, a felicidade de tê-lo novamente ao meu lado, por retrato vivo de meu carinho... Então nós dois juntos, de passo acertado no trabalho e no bem, aprenderemos, enfim, como servir ao mundo, servindo a Deus.

IRMÃO “J”.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

O TAPETINHO VERMELHO - CRÔNICA




Uma pobre mulher morava em uma humilde casa com sua neta, que estava muito doente.
Como não tinha dinheiro para levá-la a um médico e, vendo que, apesar de seus muitos cuidados, a pobre menina piorava a cada dia, com muita dor no coração, resolveu deixá-la sozinha e ir à pé até a cidade mais próxima, em busca de ajuda.


No único hospital público da região, foi-lhe dito que os médicos não poderiam se deslocar até sua casa; ela teria que trazer a menina para ser examinada.

Desesperada, por saber que sua neta não conseguiria sequer levantar-se da cama, ao passar em frente a uma igreja resolveu entrar. Algumas senhoras estavam ajoelhadas fazendo suas orações. Ela também se ajoelhou.

Ouviu as orações daquelas mulheres e quando teve oportunidade, também levantou sua voz e disse:

“Olá, Deus, sou eu, a Maria. Olha, a minha neta está muito doente. Eu gostaria que o Senhor fosse lá curá-la. Por favor. Anote aí, Deus, o endereço.”

As demais senhoras estranharam o jeito daquela oração, mas continuaram ouvindo.

“É muito fácil, é só o Senhor seguir o caminho das pedras e, quando passar o rio com a ponte, o Senhor entra na segunda estradinha de barro. Passa a vendinha. A minha casa é o último barraquinho daquela ruazinha.”

As senhoras que tudo acompanhavam esforçavam-se para não rir.

Ela continuou: “Olha Deus, a porta tá trancada, mas a chave fica embaixo do tapetinho vermelho na entrada. Por favor, Senhor, cure a minha netinha. Obrigado.” E quando todas achavam que já tinha acabado, ela complementou: “Ah! Senhor, por favor, não se esqueça de colocar a chave de novo embaixo do tapetinho vermelho, senão eu não consigo entrar em casa. Muito obrigado, obrigado mesmo.”

Depois que a Dona Maria foi embora, as demais senhoras soltaram o riso e ficaram comentando como é triste descobrir que as pessoas não sabem nem orar.

Mas, Dona Maria, ao chegar em casa não pode se conter de tanta alegria, ao ver a menina sentada no chão, brincando com suas bonecas.

“Menina, você já está de pé?!?”

E a menina, olhando carinhosamente para a avó, disse: “Um médico esteve aqui, vovó. Deu-me um beijo na testa e disse que eu ia ficar boa. E eu fiquei boa. Ele era tão bonito, vó! Sua roupa era tão branquinha que parecia até que brilhava. Ah! ele mandou lhe dizer que foi fácil achar a nossa casa e que ele ia deixar a chave debaixo do tapetinho vermelho, do jeitinho que você pediu

"Deus não quer palavras bonitas Ele quer palavras sinceras"

“Vosso Pai sabe o que lhes é necessário, antes de vós pedirdes.

Se leu e gostou repasse, se não leu repasse, pq alguém vai ler gostar e se emocionar
Desconheço a auditoria

BURRICE EXTREMA - Fabrício Carpinejar







Todo apaixonado é bobão, distraído, feliz demais para pensar em como se defender.

Não dá para amar e ser inteligente ao mesmo tempo.
Tem que escolher.
Quem banca o inteligente vai se proteger, vai criar estratégias, vai se esquivar, vai fazer restrições. Não se entregará para não penar. Só encontrará defeitos em sua companhia para não se envolver.
Quem é inteligente não ama.
Precisa ser burro para viver intensamente uma relação.
Só o burro entrega sua vida sem pensar nada em troca.
Só o burro não está preocupado em agradar os outros. Mergulha direto, com vontade, desprezando a temperatura da água e dos olhos.
O amor depende de uma reserva de ignorância.
É começar uma história e acreditar que será para sempre. Se começar uma história duvidando, ela termina. Se começar uma história sabendo que um dia irá acabar, ela acaba no primeiro mês.
Sou aquilo que você percebeu já na primeira frase: burro. Maravilhosamente burro. Alegremente burro. Graças a Deus.


Fabrício Carpinejar

Filhos de verdade não botam pais no asilo - Crônica






.Um filho Após o falecimento do pai.. colocou a sua mãe num asilo, e a visitava de vez em quando.. Um dia, recebeu uma ligação do asilo, informando que ela estava morrendo.. Foi correndo para ver a sua mãe antes que ela falecesse.. 
Perguntou para ela: o que quer que eu faça por você mãe?
Disse a mãe: quero que você coloque ventiladores no asilo porque eles não tem e quero que você compre geladeiras também, para que a comida não estrague, mutas vezes dormi sem comer nada!!

 O filho disse surpreso: mas agora está pedindo essas coisas, enquanto está morrendo?? Porque não reclamou antes?
A mãe respondeu triste: eu me acostumei com a fome e o calor, mas o meu medo é você não se acostumar quando seus filhos colocarem você aqui, quando estiver velho!!




Autor desconhecido


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

A Arte de Ser Avó - Rachel de Queiroz





"Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso, de repente lhe caem do céu... É como dizem os ingleses, um ato de Deus". Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do matrimônio, sem as dores da maternidade. E não se trata de um filho apenas suposto. O neto é, realmente, o sangue do seu sangue, o filho do filho, mais que filho mesmo...
Cinquenta anos, cinquenta e cinco... Você sente, obscuramente, nos seus ossos, que o tempo passou mais depressa do que você esperava. Não lhe incomoda envelhecer, é claro. A velhice tem as suas alegrias, as suas compensações, todos dizem isso, embora você, pessoalmente, ainda não as tenha descoberto, mas acredita. Todavia, também obscuramente, também sentida nos seus ossos, às vezes lhe dá aquela nostalgia da mocidade. Não de amores com paixões: a doçura da meia idade não lhe exige essa efervescência. A saudade é de alguma coisa que você tinha e que lhe fugiu sutilmente junto com a mocidade.
Bracinhos de criança. O tumulto da presença infantil ao seu redor. Meu Deus, para onde foram as crianças?
Naqueles adultos cheios de problemas que hoje são os filhos, que têm sogro e sogra, cônjuge, emprego, apartamento e prestações, você não encontra de modo algum suas crianças perdidas. São homens e mulheres- não são mais aqueles que você recorda.
E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe coloca nos braços um bebê. Completamente grátis - nisso é que está a maravilha.
Sem dores, sem choro, aquela criancinha da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade, longe de ser um estranho, é um filho seu que é devolvido.
E o espanto é que todos lhe reconhecem o direito de o amar com extravagância. Ao contrário, causaria espanto, decepção se você não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração.
Sim, tenho certeza de que a vida nos dá netos para compensar de todas as perdas trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes, que vem ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
E quando você vai embalar o menino e ele, tonto de sono abre o olho e diz: "Vo!", seu coração estala de felicidade, como pão no forno!


Rachel de Queiroz





quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Sua Vida é a Maior Empresa do Mundo - Papa Francisco

Belas palavras do Papa Francisco. Me sinto a cada dia mais fã deste argentino. Leiam com atenção:



"Você pode ter defeitos, ser ansioso, e viver alguma vez irritado, mas não esqueça que a sua vida é a maior empresa do mundo. Só você pode impedir que vá em declínio. Muitos lhe apreciam, lhe admiram e o amam. Gostaria que lembrasse que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, uma estrada sem acidentes, trabalho sem cansaço, relações sem decepções. Ser feliz é achar a força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor na discórdia. Ser feliz não é só apreciar o sorriso, mas também refletir sobre a tristeza. Não é só celebrar os sucessos, mas aprender lições dos fracassos. Não é só sentir-se feliz com os aplausos, mas ser feliz no anonimato. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões, períodos de crise. Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista para aqueles que conseguem viajar para dentro de si mesmo. Ser feliz é parar de sentir-se vítima dos problemas e se tornar autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas conseguir achar um oásis no fundo da nossa alma. É agradecer a Deus por cada manhã, pelo milagre da vida. Ser feliz, não é ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si. É ter coragem de ouvir um "não". É sentir-se seguro ao receber uma crítica, mesmo que injusta. É beijar os filhos, mimar os pais, viver momentos poéticos com os amigos, mesmo quando nos magoam. Ser feliz é deixar viver a criatura que vive em cada um de nós, livre, alegre e simples. É ter maturidade para poder dizer: "errei". É ter a coragem de dizer:"perdão". É ter a sensibilidade para dizer: "eu preciso de você". É ter a capacidade de dizer: "te amo". Que a tua vida se torne um jardim de oportunidades para ser feliz... Que nas suas primaveras seja amante da alegria. Que nos seus invernos seja amante da sabedoria. E que quando errar, recomece tudo do início. Pois somente assim será apaixonado pela vida. Descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Utilizar as perdas para treinar a paciência. Usar os erros para esculpir a serenidade. Utilizar a dor para lapidar o prazer. Utilizar os obstáculos para abrir janelas de inteligência. Nunca desista....Nunca renuncie às pessoas que lhes ama. Nunca renuncie à felicidade, pois a vida é um espetáculo incrível".

Papa Francisco.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

TUDO QUE VICIA COMEÇA COM C - LUIZ FERNANDO VERÍSSIMO




"Tudo que vicia começa com C. Por alguma razão que ainda desconheço, minha mente foi tomada por uma ideia um tanto sinistra: vícios. Refleti sobre todos os vícios que corrompem a humanidade. Pensei, pensei e, de repente, um insight: tudo que vicia começa com a letra C! De drogas leves a pesadas, bebidas, comidas ou diversões, percebi que todo vício curiosamente iniciava com cê. Inicialmente, lembrei do cigarro que causa mais dependência que muita droga pesada. Cigarro vicia e começa com a letra c. Depois, lembrei das drogas pesadas: cocaína, crack e maconha. Vale lembrar que maconha é apenas o apelido da cannabis sativa que também começa com cê. Entre as bebidas super populares há a cachaça, a cerveja e o café. Os gaúchos até abrem mão do vício matinal do café mas não deixam de tomar seu chimarrão que também - adivinha - começa com a letra c. Refletindo sobre este padrão, cheguei à resposta da questão que por anos atormentou minha vida: por que a Coca-Cola vicia e a Pepsi não? Tendo fórmulas e sabores praticamente idênticos, deveria haver alguma explicação para este fenômeno. Naquele dia, meu insight finalmente revelara a resposta. É que a Coca tem dois cês no nome enquanto a Pepsi não tem nenhum. Impressionante, hein? E o computador e o chocolate? Estes dispensam comentários. Os vícios alimentares conhecemos aos montes, principalmente daqueles alimentos carregados com sal e açúcar. Sal é cloreto de sódio. E o açúcar que vicia é aquele extraído da cana. Algumas músicas também causam dependência. Recentemente, testemunhei a popularização de uma droga musical chamada "créeeeeeu".  Ficou todo o mundo viciadinho, principalmente quando o ritmo atingia a velocidade... cinco. Nesta altura, você pode estar pensando: sexo vicia e não começa com a letra C. Pois você está redondamente enganado. Sexo não tem esta qualidade porque denota simplesmente a conformação orgânica que permite distinguir o homem da mulher. O que vicia é o "ato sexual", e este é denominado coito. Pois é. Coincidências ou não, tudo que vicia começa com cê. Mas atenção: nem tudo que começa com cê vicia. Se fosse assim, estaríamos salvos pois a humanidade seria viciada em Cultura..."










De: - LUIZ FERNANDO VERÍSSIMO