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sábado, 22 de junho de 2013

A História do tenis All Star

Que você é fã de Converse All Star, a gente já imagina – afinal, quem não é? Mas será que você sabe tudo a respeito dele? Se ficou na dúvida, a gente conta aqui algumas curiosidades sobre este já clássico modelo de tênis.
Um pouco de história
Um século atrás, a “Converse Rubber Company of Massachusetts”, nos Estados Unidos, criou um tênis atlético com a parte de cima feita em lona, sola grossa e biqueira em borracha. Ele passou a se chamar All Star – mas só até a Converse chamar o ex-jogador de basquete e estrela do esporte norte-americano Charles “Chuck” Taylor para o que poderia ser descrito como o primeiro contrato de patrocínio de um tênis. Ele foi recrutado para representar e vender o modelo, viajar pelo país e “evangelizar” os demais jogadores de basquete.

Charles “Chuck” Taylor em 1918


Chuck Taylor sugeriu algumas modificações no design, que foram implementadas no início da década de 1920. As vendas começaram a crescer muito e a Converse resolveu recompensar seu parceiro colocando sua assinatura junto do famoso patch com uma estrela, tão característico do modelo.

Pode-se dizer que, desde então, a base do Converse All Star permaneceu praticamente inalterada. Hoje, quase 800 milhões de pares depois, ele segue sendo um dos tênis mais populares do mundo.
Curiosidades
* Os “Chucks”, como ficaram conhecidos nos States, lá pelas tantas deixaram de ser usados nas quadras de basquete – mas permanecerem na vida dos americanos. Na Segunda Guerra Mundial, eles eram padrão entre os soldados. E – pasmem! – ainda hoje fazem parte do sistema de abastecimento militar dos EUA.
* Até a década de 1950, a assinatura de Chuck Taylor ficava dentro de uma estrela preta. A partir daí, passou a figurar ao lado da estrela azul.

* O Converse All Star de cano baixo, então chamado de “oxford sneaker”, foi lançado só nos anos 1960.
* Até 1966, só havia All Star em preto ou em branco. A partir daí, foram acrescentadas versões nas cores de times de basquete. Agora, estão disponíveis mais de cem cores e materiais!
* Os ilhoses de metal na parte lateral do tênis são um detalhe de design que faz parte do modelo desde o início.
* Se um Converse All Star branco custa hoje cerca de US$ 45 nos Estados Unidos, ele custava só US$ 6 em 1957.

Demais, né?



tags: tenis all star, converse, história,  

retirado do site: www.converseallstar.com.br

domingo, 16 de setembro de 2012

Quem foi Joana D'Arc?



NOME: Joana d'Arc (19 anos)

QUEM FOI: Heroína da Guerra dos Cem Anos, durante a qual tomou partido pelos Armagnacs, na longa luta contra os borguinhões e seus aliados ingleses. Descendente de camponeses, gente modesta e analfabeta, foi uma mártir francesa canonizada em 1920, quase cinco séculos depois de ter sido queimada viva.

NASCIMENTO: 6 de janeiro 1412 - Domrémy-la-Pucelle, França

MORTE: 30 de maio 1431 - Rouen, França.

CAUSA DA MORTE: Queimada viva (pela Inquisição).

OBS.: Médium extraordinária, foi queimada viva, como bruxa, pela Santa Inquisição. A cerimônia de execução aconteceu na Praça do Velho Mercado (Place du Vieux Marché), às 9 horas, em Rouen. Antes da execução ela se confessou com Jean Totmouille e Martin Ladvenu, que lhe administraram os sacramentos da Comunhão. Entrou, vestida de branco, na praça cheia de gente, e foi colocada na plataforma montada para sua execução. Após lerem o seu veredito, Joana foi queimada viva. Suas cinzas foram jogadas no rio Sena, para que não se tornassem objeto de veneração pública. Era o fim da heroína francesa.


Ilustração mostrando Joana d'Arc antes de ser queimada.


Inquisição

A Inquisição foi criada na Idade Média (século XIII) e era dirigida pela Igreja Católica Romana. Ela era composta por tribunais que julgavam todos aqueles considerados uma ameaça às doutrinas (conjunto de leis) desta instituição. Todos os suspeitos eram perseguidos e julgados, e aqueles que eram condenados, cumpriam as penas que podiam variar desde prisão temporária ou perpétua até a morte na fogueira, onde os condenados eram queimados vivos em plena praça pública.



tags: quem foi? joana d'arc, bruxa, heroína, queimada viva, inquisição


http://mortenahistoria.blogspot.com.br

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Imigração Italiana para o Rio Grande do Sul - 1875


A Chegada no Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul recebeu seus primeiros descendentes de italianos em maio de 1875. Três famílias milanesas de Monza instalaram-se em Nova Milano (hoje, Farroupilha), iniciando um núcleo que marcaria de forma definitiva a cultura e a economia do Estado. Até 1914, mais de 80 mil imigrantes, vindos sobretudo da Lombardia, do Vêneto e do Tirol, enfrentaram as condições precárias de travessia nos navios e a instalação no território selvagem e pouco acolhedor da serra gaúcha. Conforme a Lei Estadual do Estado do Rio Grande do Sul, ficou estabelecida a data de 20 de Maio de 1875, como o marco zero da imigração italiana em terras gaúchas.
As primeiras colônias italianas criadas no Rio Grande do Sul foram as de: Conde D'Eu, Dona Isabel e Nova Palmira (atualmente Garibaldi, Bento Gonçalves e Caxias do Sul, respectivamente).

Em 1877, foi fundada Silveira Martins, conhecida por 4ª Colônia, próximo a atual cidade de Santa Maria. Estas quatro colônias oficiais formaram o núcleo básico da colonização italiana no Rio Grande do Sul.
Boa parte desses retirantes do norte da Itália emigraram num período extremo de conflito entre os liberais e os católicos.
Os colonos buscaram reconstruir, em solo gaúcho, o mundo campesino, a temporalidade das aldeias, reconfigurando suas tradições e a sociabilidade principalmente em torno da Igreja católica. O dialeto, as narrativas, as festas, a massa, o galeto e o vinho, valores caros como o trabalho e a família, são elementos presentes até hoje no imaginário regional, constituindo uma espécie de saga da imigração italiana, envolvendo desde o estereótipo do colono até pequenos e expressivos hábitos arraigados no dia-a-dia.

Caxias do Sul em 1880

Em 24 de maio de 1870, o então Presidente Dr. João Sertório, criava as Colônias "Conde D'Eu" e "Dona Isabel".

Os primeiros imigrantes chegados a Dona Isabel, oriundos do norte da Itália, chegaram no dia 24 de dezembro de 1875. Ocuparam uma esplanada onde hoje localiza-se a Igreja Cristo Rei (Bairro Cidade Alta), onde ficaram aguardando a distribuição das terras.

Em 1881 é iniciada a abertura da primeira estrada de rodagem, chamada Buarque de Macedo, ligando as colônias Dona Isabel, Conde D’Eu, e Alfredo Chaves. É a atual RST 470, a mais antiga via do Rio Grande do Sul a ligar Montenegro até o Estado de Santa Catarina.

Em 1884, com a crescente chegada de novos imigrantes, os colonos começaram a atravessar o rio das Antas e assim foram criadas as colônias de Alfredo Chaves, de São Marcos e Antonio Prado, estas duas últimas em 1885. Essas colônias eram formadas por imigrantes italianos de várias proveniências, sendo que a predominância esmagadora era formada por vênetos.


A colônia Dona Isabel foi desmembrada da então colônia de São João de Montenegro através do Ato nº 474, de 11/10/1890 pelo Governador do Estado General Cândido Costa, com a denominação de Bento Gonçalves em homenagem ao General Bento Gonçalves da Silva, chefe da Revolução Farroupilha (que durou de 1835 a 1845) e Presidente da República do Piratini, hoje Estado do Rio Grande do Sul.

Causas da Imigração Vêneta

Emigrantes a bordo de navio


Inúmeras são as causas desse verdadeiro êxodo Vêneto que, no período de aproximadamente cem anos, esvaziou vilas e cidades, um fenômeno jamais visto nos tempos modernos.

A grande emigração vêneta fez com que milhares de homens, mulheres e crianças tivessem que abandonar, desordenadamente e sem auxílio do governo, a terra natal para, procurar trabalho e melhores condições de vida em lugares distantes e pouco conhecidos. Em primeiro lugar, devemos levar em conta a somatória de fatores locais vênetos, ocorridos nos últimos cinqüenta anos finais do século XIX, os quais, muito contribuíram para romper o relativo equilíbrio existente, agravando a já tão difícil vida de milhares de pobres agricultores, diaristas e pequenos artesãos.

A população vêneta, como de toda a Europa,
devido a melhoria das condições de higiene, principalmente com uma maior redução da mortalidade infantil, experimentou nesse período um aumento importante e nunca conhecido.

A agricultura vêneta nesta época, que antecedeu a grande emigração, era muito atrasada. Durante centenas de anos muito pouco foi acrescentado em novas técnicas, desde a introdução da batata e do milho nos séculos anteriores, produtos estes que contribuíram, ainda no governo da Sereníssima República de Veneza, para manter a população vêneta mais ou menos equilibrada. Pelo atraso em que se encontrava, não conseguiu suportar a concorrência de produtos importados de outros países, principalmente dos Estados Unidos da América, que chegavam por preços mais baixos.

Uma série de desastres naturais, também se abateu sobre todo o Vêneto neste período, com secas, inundações, granizo e pragas, contribuindo para agravar a já deficiente produção agrícola vêneta e a conseqüência foi a fome e doenças carenciais, como a pelagra.

O atraso da Itália em geral, e do Vêneto em particular, também ficava evidente no que diz respeito a industrialização, movimento que só apareceu na região em fins do século XIX, ainda que timidamente, não oferecendo trabalho suficiente para aquela mão de obra expulsa do campo.

Mapa da Província de Vêneto


A "independência" do Vêneto, ocorrida em 1866, que da esfera do poder áustro-húngaro desde o fatídico 1775, passou, então, a fazer parte do Reino da Itália, comandado pela piemontesa Casa de Savoia, criou inúmeros problemas em toda a região. Entre eles a proibição de uso das terras da Igreja, fonte de sustento de grande número de pequenos agricultores, criadores de gado e lenhadores, os quais com o seu trabalho, tiravam daqueles locais o sustento para suas famílias. Também a criação de impostos abusivos, que puniam sempre os mais fracos, tornando-os cada vez mais pobres. Entre esses odiosos impostos estavam a taxa sobre o volume de grãos moídos, que era cobrado diretamente no moinho e a taxa sobre a venda de sal.

O confisco das terras da Igreja pelo Reino da Itália, também criou um grande atrito na região do Vêneto, onde a presença de católicos eram a maioria. O desentendimento entre Igreja e Estado durou até próximo ao período republicano.

O tipo de relacionamento entre o capital e o trabalho, ainda herança da era medieval, onde o patrão, dono da terra, detinha o controle quase total do empregado, ao qual, sem leis específicas de proteção, só restava calar sempre, obedecer sempre.

A vontade de libertação do jugo do patrão, exercido ainda de forma medieval, juntamente com a fome crônica que grassava na região, com a falta de perspectivas para o futuro e, posteriormente, a ação desonesta de angariadores de mão-de-obra e divulgadores do "el dorado" brasileiro, foram, sem dúvidas, as causas mais próximas da grande emigração vêneta para o Brasil.


Links:

Fotos Hospedaria Ilha das Flores: http://www.cantoni.pro.br/ilhaflores/antigas.html

Referências Bibliográficas:

Jornal do MARGS (Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli); Maio 2005, número 107.

http://veneti.blogspot.com, acessado em 25 de janeiro de 2007.

http://www.imigrantesitalianos.com.br/

A história da família Martini no Rio Grande do Sul

A chegada em 1880

Italianos embarcando no Porto de Gênova


O casal Giovanni Martini e Catterina Zanatta eram moradores da frazione (aldeia) de Camalò, na pequena comune (cidade) de Povegliano, que pertence a provincia (estado) de Treviso, na regione (região) Veneto, no norte da Itália. Em meio a uma grande crise que atingia o país, resolveram tentar o futuro em outras terras. Saíram de seu país pelo Porto de Gênova, e chegaram ao Brasil, em 1880. Eram recém-casados e traziam no colo um filho, chamado Sante Angelo Martini, nascido em 08 de março de 1878. Entraram no Brasil pelo porto do Rio de Janeiro, dali foram encaminhados para a Colônia Conde D'Eu, localizada na Linha Figueira de Mello, atual cidade de Garibaldi/RS.


Porto de Gênova


Em 20 de janeiro de 1884, Giovanni Martini recebe o título provisório do lote 38, ala sul, da Linha Figueira de Mello. Neste ano, já era o nascido o segundo filho do casal, Luiz Martini.
João Martini e Catarina Zanatta - nomes que passaram a usar após a chegada no Brasil - tiveram ao todo sete filhos, sendo só o primeiro, Santo Martini, italiano, os demais, Luiz, Ernesta, Ricardo, João, Maria e Amabile, nasceram no Brasil.
João ficou viúvo de Catarina e casou-se novamente com Theresa Carissimi, cuja união não teve filhos. Faleceu em 30 de janeiro de 1931, em Garibaldi/RS.
Infelizmente só conhecemos a história de Santo Martini. Segundo informações coletadas com parentes, em torno de 1900, Santo e alguns de seus irmãos se dirigiram a atual cidade de Nova Bréscia/RS para iniciar a colonização. Outros permaneceram em Garibaldi/RS.


Brasão da família Martini
ARMAS: Vermelho, com uma faixa dourada com três cruzes azuis.
Significado: O vermelho denota magnanimidade.
TIMBRE: Uma águia preta, com coroa de ouro.
ORIGEM: ITÁLIA




Santo Martini casou-se com Angela De Lucca, na Paróquia São Pedro, em Garibaldi/RS, em 23 de abril de 1898. Residiram na Linha Pinheiros, em Nova Bréscia/RS e tiveram oito filhos
  • João Martini
  • José Martini
  • Sabina Martini (que passou a chamar-se Sabina Abegg após o casamento)
  • Basílio Martini
  • Rafael Martini
  • Inês Martini (que passou a chamar-se Inês Miorando)
  • Alberto Martini
  • Angelina Martini (que passou a chamar-se Angelina Fernocchi).
Angela De Lucca era filha de Antonio De Lucca e Pasqua Anduatti. Faleceu logo após o nascimento da última filha, em 1923, em Nova Bréscia/RS. Santo não se casou novamente e faleceu em 15 de abril de 1950, com 72 anos, em Nova Bréscia/RS.
OBS.: Visite o site oficial e conheça melhor Povegliano, a cidade de origem da família Martini.
NOTA: Pesquisa realizada por Daniele Martini e complementada por Alessandro Moraes.
Subpáginas (3): A Família de Alberto Martini A Família de Basílio Martini A Família de João Martini.

Origem do sobrenome Martini

O sobrenome italiano Martini provém de um nome próprio de pessoa. Esses sobrenomes podem ser derivados do nome de um dos pais, ou do nome de batismo de um avô, ou de um antepassado mais remoto do progenitor da raça. Neste caso, o sobrenome vem do nome Martino, que por sua vez é derivado do latim Martinus. O nome se tornou popular graças à devoção ao Santo Martino di Cours, famoso santo do século IV, que patilhou seu manto com um pobre e que seu dia é celebrado em 11 de novembro. O sobrenome identificava então, originalmente “um filho ou descendente de Martino”. Variantes do sobrenome Martini são: Martino, Martinelli, Martinolli, Martinari e De Martino.
Uma das primeiras referências a esta família está relacionada com uma família de Florença de nome Martini Di Cino, ou Martini-Bonajuti. A família deu à cidade nove vigários, o primeiro deles foi Cino di Martino di Bonajuto em 1313. Os Martini de Palermo, originários de Florença, mudaram-se para a Sicília sob o rei Frederico II, a partir do qual Nicolò Martini ganhou o posto de capitão da praça, de Mineo e da ilha de Malta. Seu filho, Guglielmo foi senador de Palermo em 1335. Entre as muitas personalidades eminentes que levaram este sobrenome têm Bartolomeo Martini, cirurgião mencionado em 1707, Pietro Martini, nascido em 1738 e morto em 1797, que se distinguiu como pintor, e Michele Martini, masgistrato e patriota que morreu em 1806.
Outras referências ao nome estão em arquivos de vários centros da Itália. A Sinalunga (Siena) documenta o nascimento de um Alessandro Giovanni Martini em 23 de dezembro de 1572. Angelo Martini nascido em Bettolle (Siena), filho de Paolo Martini e Faustina Del Zazzara, em 22 de março de 1674. Giovanni Romedio Martini e Maria Domenica Preti celebraram seu casamento em Revo, na província de Trento, em 18 de maio de 1735.



tags: martini, família, brasão, imigrante, história, gênova, origem,

https://sites.google.com/site/familiamartinirs/colonizacao-italiana-no-rs

domingo, 26 de agosto de 2012

ARQUEÓLOGOS ENCONTRAM POSSÍVEIS RUÍNAS DA ARCA DE NOÉ

       Foto da formação encontrada no Monte Ararat (Imagem de Satélite) 



EQUIPE DE 15 PESQUISADORES AVALIAM MADEIRA ENCONTRADA NA TURQUIA


Uma equipe, formada por seis investigadores de Hong Kong e outros nove da Turquia e que conta com o apoio do Governo turco, revelou domingo, dia 25 de abril, que descobriu, em Outubro do ano passado (2009), durante as escavações no monte Ararat, um pedaço de madeira com 38 milímetros que terá cerca de 4800 anos, segundo os resultados das análises realizadas.

De acordo com Yeung Wing-Cheung, um dos investigadores, "a idade da amostra de madeira coincide com a data de construção da Arca de Noé apontada pela Bíblia".
Apesar de haver fortes indícios de que as amostras encontradas – de madeira a restos de cordas que se julgam ter servido para prender os animais – pertençam à Arca de Noé, os investigadores não confirmam, para já, esta tese, até porque, sublinha Yeung, nunca ninguém viu a arca”.
Porém, as amostras coincidem com os relatos históricos
, acrescentou.
O investigador alemão Gerrit Aalten, que também integrou a expedição ao Monte Ararat, considera que há uma grande quantidade de evidências sólidas de que a estrutura encontrada é a lendária Arca de Noé”.




O geólogo turco Ahmet Ozbeck observa que a baixa temperatura e as condições ambientais dos depósitos de glaciar e do material vulcânico ajudaram a preservar a estrutura de madeira encontrada a quatro mil metros acima do nível do mar.
A equipe de investigadores de Hong Kong e da Turquia não quis avançar com detalhes sobre o local da descoberta, alegando aguardar que o Governo turco crie ali uma área de preservação para a continuação das escavações.
O monte Ararat tem sido alvo de várias investigações sobre a eventual existência da Arca de Noé, sobre a qual não existe, até ao momento, qualquer certeza científica.
Em 2006, uma expedição arqueológica liderada por cristãos norte-americanos alegou ter encontrado uma formação rochosa nas montanhas do Irão que teria semelhanças com a arca, uma tese refutada por vários especialistas que levantaram dúvidas sobre a possibilidade de a estrutura ter sobrevivido milhares de anos.
Outros especialistas apontaram mesmo ser impossível um barco naufragar a uma altitude superior a 3000 metros.


tags: arca, noé, patriarca, dilúvio, ruínas


fonte: aforcadaesperanca.blogspot.com.br

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Museu de Che Guevara na Argentina.

Quando a figura se converte em mito, quando a imagem de uma pessoa se multiplica em camisetas em qualquer lugar do mundo, estamos em frente a um ícone. Este é o caso de Che Guevara que por conta de sua ideologia, podemos encontrar em pôsteres e botons em Paris, Hong Kong e pelo mundo afora.

Che Guevara nasceu e viveu muito de sua agitada vida na Argentina. Alta Gracia (província de Córdoba), San Martin de los Andes (província de Neuquén) e Buenos Aires ergueram museus a sua figura seguindo seus passos por ali.

- Museu Ernesto Che Guevara: em Buenos Aires. Uma iniciativa pessoal de um fã de Che, que resgatou algumas peças de um antigo e primitivo “museu” que fechou suas portas.

- Villa Nydia: A casa onde Che Guevara viveu 11 anos de sua infância. Se encontra em Alta Gracia, uma localidade serrana conhecida por seu clima benigno para tratar doenças respiratórias, como a que sofreu Che em toda sua vida.

- La Pastera: Em 1952 Che e Granado chegaram a esta zona da Patagônia em seu percurso de moto. Cansados e com fome encontraram refugio em uma construção que era utilizada para armazenar comida para o gado do Parque Nacional Lanín nas imediações de San Martin de Los Andes.

Três pontos, três momentos da vida de Che Guevara, que não tardou a encontrar companheiros a medida que mais e mais lugares eram somados a sua peregrinação por terras argentinas. Pontos que vão configurando uma rota temática e que tentam pintar a vida de uma pessoa que se converteu em mito.




http://www.viajandonomundo.com.br

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A Argentina e os nazistas



A história do bispo inglês Richard Williamson que negou o holocausto e ontem foi deportado da Argentina é apenas a ponta de um iceberg. A relação Argentina-nazistas-judeus vem de muito antes, dos anos 30, 40 e 50.

Para se estabelecer no período 1943-1946, o presidente Perón incluiu seu amigo pessoal e empresário Rodolfo Freude entre os conselheiros econômicos do peronismo. Rodolfo Freude era reconhecidamente ligado as teorias nazistas, e isso foi refletido no período, quando a Argentina passou a permitir a entrada de capitais de industriais alemães após a batalha de Stalingrado, em 1943.

Depois, seu filho Rodolfo "Rudy" Freude assume cargo de secretario no governo, permitindo a entrada de milhares de criminosos e colaboracionistas nazistas à Argentina. Não só Alemanha, mas da Polônia, Croácia, França, etc.

Em 1947 é lançado o primeiro plano quinquenal, que incentiva a boa imigração, que permite a chegada dos últimos cientistas nazistas não absolvidos pelos aliados. Von Braun, cientista nazista que criara a bomba voadora B-2, tendo trabalhado depois na Nasa, veio à Argentina. Vários como Von Braun, tiveram suas penas diminuídas em Nuremberg. A intenção da Argentina era atrair esses cérebros a partir de 1947, depois de quatro anos atraindo capital.

Carlos Fuldner funda uma empresa em 1948 e abre para a chegada de nazistas, lançando licenças aos montes. Foi um ótimo negócio para ele, Fuldner, e para os nazistas recém-chegados, como Eichman.

Na mesma época, Perón concedeu documentos para tornar legais todos os imigrantes. Milhares de nazistas se regularizaram, como Otto Papper, que voltou a utilizar seu nome original, após alguns anos de clandestinidade na Argentina. Mengele é outro que regulariza seu nome. Ele chegou à Argentina com uma mala com tipos sanguinios e experimentos de Auschwitz.

Em 16 de setembro de 1955, as Forças Armadas, lideradas pela Marinha, promoveram a revolução libertadora e retiraram Perón do poder. Os militares contavam com a ajuda da Igreja, que passou a apoiar o golpe pouco antes, em março daquele ano, quando Perón lançou uma série de projetos como lei do divórcio, separação da Igreja e Estado.

A proteção militar, contudo, continuava efetiva aos criminosos. Logo após a queda de Perón, Adolf Eichman, que utilizava o nome de Ricardo Klement, assume cargo na Mercedes-Benz na Província de Buenos Aires.

A partir de 1956, o Estado de Israel já estava equilibrado e estabelecido. Com o apoio dos Estados Unidos, passa a colocar seu serviço de inteligência e espionagem para procurar os nazistas que viviam e trabalhavam na América Latina. O foco especial era, claro, a Argentina, um berço de refugiados.

Uma denúncia anônima de um colega de trabalho de Ricardo Klement (Eichman) ao serviço EUA/Israel no início de 1960 provocou uma prática nada ortodoxa. Os israelenses entraram na Argentina e sequestraram Eichman, entre abril e maio de 60, levando-o a Israel. Lá ele seria julgado e condenado à morte pelos crimes dos anos Hitler na Alemanha. Seria morto em 31 de maio de 1962.

A vida dos nazistas na Argentina funcionou normalmente nas décadas de 40, 50 e 60, a não ser pelas incursões dos israelenses ou por políticas da Alemanha (que depois de 45 seria dividida entre os ocidentais e a União Soviética). Em novembro de 1956, após anos de tranquilidade na Argentina - mesmo com as turbulências internas que depuseram Perón um ano antes - um alemão clandestino deu entrada em sua embaixada com nome verdadeiro: Joseph Mengele. Por quase três anos isso não gerou problemas a ele, que continuou levando a vida na Argentina com sua situação normalizada com a Alemanha. Em setembro de 1959, no entanto, a República Alemã pediu sua extradição à Argentina.

Mengele fugiu, indo se tornar nômade por um tempo, até entrar no Brasil, de maneira clandestina. Morreu nos anos 80, de ataque cardíaco, numa praia brasileira. Teria sido mantido pelo Estado alemão até alguns anos antes de sua morte.


fonte: http://joaovillaverde.blogspot.com.br

terça-feira, 24 de abril de 2012

Eu tenho um sonho - I have a dream... Martin Luther King Jr.






"Eu estou contente em unir-me com vocês no dia que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação.

Cem anos atrás, um grande americano, na qual estamos sob sua simbólica sombra, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que tinham murchados nas chamas da injustiça. Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros.
Mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre.
Cem anos depois, a vida do Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da segregação e as cadeias de discriminação.
Cem anos depois, o Negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade americana e se encontram exilados em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa condição.





De certo modo, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo americano seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa que todos os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vez de honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com
"fundos insuficientes".

Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça.

Nós também viemos para recordar à América dessa cruel urgência. Este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranqüilizante do gradualismo.
Agora é o tempo para transformar em realidade as promessas de democracia.
Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol da justiça racial.
Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a pedra sólida da fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus.






Seria fatal para a nação negligenciar a urgência desse momento. Este verão sufocante do legítimo descontentamento dos Negros não passará até termos um renovador outono de liberdade e igualdade. Este ano de 1963 não é um fim, mas um começo. Esses que esperam que o Negro agora estará contente, terão um violento despertar se a nação votar aos negócios de sempre

. Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física. Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade mostrou à comunidade negra que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas brancas, para muitos de nossos irmãos brancos, como comprovamos pela presença deles aqui hoje, vieram entender que o destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vieram perceber que a liberdade deles é ligada indissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar só.





E como nós caminhamos, nós temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos à frente. Nós não podemos retroceder. Há esses que estão perguntando para os devotos dos direitos civis, "Quando vocês estarão satisfeitos?"

Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não poderem ter hospedagem nos motéis das estradas e os hotéis das cidades. Nós não estaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e um Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não, nós não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e a retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza.

Eu não esqueci que alguns de você vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de você vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades das perseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Você são o veteranos do sofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixe caiar no vale de desespero.

Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.

Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.

Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.

Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta.






Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livre. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado.

"Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto.

Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,

De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"

E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.

E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire.

Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York.

Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania.

Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado.

Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia.

Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia.

Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee.

Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi.

Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade.

E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:

"Livre afinal, livre afinal.

Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."

terça-feira, 17 de abril de 2012

A epopeia dos irmãos Villas Bôas



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Escrito por Sérgio de Souza

Com sábia humildade, entregam ao País um documento de inestimável proveito para o autoconhecimento.

A história desses três irmãos lendários começa em 1941. Orlando, Cláudio e Leonardo moravam em São Paulo: o primeiro era escriturário na Esso, o segundo entregava avisos da Prefeitura e o terceiro era funcionário de uma empresa distribuidora de gás para geladeira. Orlando tinha 27 anos, Cláudio, 25 e Leonardo, 23.

De uma família de onze filhos, pai fazendeiro de café, os três tiveram de interromper os estudos na adolescência, depois que o pai ficou doente, vendeu a fazenda e trouxe todos para São Paulo. No ano de 1941 o pai morre e, cinco meses depois, a mãe. Os três deixam o casarão que a família ocupava no bairro de Pinheiros, alugam uma casa menor para os irmãos e vão para uma pensão na Vila Buarque, bairro no centro de São Paulo.

Criados no interior, não viam futuro na cidade grande. À noite, na pensão, liam e conversavam sobre o sertão, Cláudio abrindo grandes mapas do Brasil sobre os quais os três se debruçavam, deixando o sonho correr livre.

Até que em 1943 ficam sabendo que o governo federal acabara de criar a Expedição Roncador-Xingu, com o objetivo principal de “conhecer e desbravar as áreas que aparecem em branco nos mapas”. O país contava então 43 milhões de habitantes.

Sem imaginar que iriam passar 40 anos na selva, Orlando, Cláudio e Leonardo decidem inscrever-se. Procuram a Fundação Brasil Central, criada na mesma ocasião para orientar e administrar os trabalhos da Expedição Roncador-Xingu. São recusados. Por ordem superior, só eram aceitos “sertanejos”, porque “têm mais resistência que gente da cidade”.

Os três resolveram então ir diretamente para Barra do Garças, onde estava sendo montada a base da Expedição. Vão disfarçados de “sertanejos” e ganham o emprego: Cláudio e Leonardo, na enxada; Orlando, auxiliar de pedreiro.

O encarregado de montar a base da Expedição, único que não era sertanejo ali, não tinha com quem discutir ou dividir os problemas. Até que um dia um avião atola no campo da base e são chamados para ajudar no desencalhe os dois trabalhadores que estão mais próximos. Eram Cláudio e Leonardo. Na conversa, revelam-se educados e alfabetizados. No dia seguinte, Cláudio é nomeado chefe do pessoal, Leonardo chefe do almoxarifado e Orlando secretário da base.

Daí em diante começará a epopeia, que Orlando e Cláudio narram num diário detalhado, no livro que batizaram de A Marcha para o Oeste.

Essa aventura, sem paralelo na história do país e com contorno de ficção, deixou números impressionantes: 1.500 km de picadas abertas, 1.000 km de rios percorridos, 43 vilas e cidades nascidas no roteiro da marcha, 19 campos de pouso, sendo que quatro se tornaram bases militares e pontos de apoio de rotas aéreas internacionais, 5 mil índios contatados.

E a criação do Parque Nacional do Xingu, uma “Sociedade de nações”, como disseram os Villas Bôas, onde vivem atualmente 6 mil índios falando dez línguas diferentes. Em suas 18 aldeias, o Parque abriga cuicuros, calapalos, nauquás, matipuís, meinacos, auetis, uaurás, iualapitis, camaiurás, trumaís, txicãos, suiás, jurunas, caiabis, metotires, mencragnontires e crenacarores.

Tudo isso valeu aos irmãos quatro comendas estrangeiras, onze nacionais, seis títulos e diplomas de honra ao mérito, inclusão no Who’s Who, indicação para o Prêmio Nehru da Paz e para o Nobel da Paz. Valeu também, a Orlando e a Cláudio, 200 malárias para cada um.

Até aqui, Orlando e Cláudio escreveram doze livros, extraídos de sua experiência indigenista, e fizeram inúmeras conferências, depois da aposentadoria em 1978, quando deixaram o Parque Nacional do Xingu e vieram morar em São Paulo, como assessores da presidência da Fundação Nacional do Índio.

A última obra dos irmãos, A Marcha para o Oeste, é simplesmente um relato de tudo o que foi vivido pela Expedição Roncador-Xingu, sem preocupação especial com a pesquisa científica, mesmo porque não era o caso e porque ao longo da marcha sempre abrigaram e orientaram os estudiosos que foram ao seu encontro. No entanto, com sábia humildade, deixaram implícita a preocupação científica, e entregam ao País um documento de inestimável proveito para o seu autoconhecimento.


fonte: http://www.almanaquebrasil.com.br

sábado, 14 de abril de 2012

Fascismo e Nazismo - Saiba mais



O Fascismo não tem nada a haver com o socialismo, na realidade, são duas coisas opostas. E o Nazismo é uma forma de fascismo. Na Alemanha podem dizer que era nazista, fascista ou nazi-fascista => é a mesma coisa.

Houve a 1.ª Guerra Mundial, a Revolução Russa e a crise de 29. A I Guerra Mundial destruiu a Itália, em especial, o norte, que era a região mais rica, industrializada, vai sobrar apenas uma região agrícola e uma grande massa de desempregados, não vão ganhar nada com o tratado de Versalhes, morreram 700 mil soldados italianos e os que sobraram ficaram desempregados como veteranos de guerra. Com a Alemanha, a situação também ficou muito ruim. O tratado de Versalhes "acabou" com a Alemanha, onde também há desempregados, inflação e veteranos de guerra (como Adolf Hitler).

Então, numa sociedade como a da Itália ou da Alemanha, onde há muita crise e pouca esperança, onde todos já perderam a perspectiva de um mundo melhor e só numa sociedade como essa, quase no limite para se desfazer, é que é possível compreender o nazismo e o fascismo, porque ambos são irracionais => se colocarmos todas as idéias num papel, vamos contestá-las. Mas, como as pessoas que moram nesses países estão tão desesperadas, elas não vão contestar nada, vão apenas atender aos princípios do nazismo e do fascismo. 


Para entendermos melhor a situação vamos dar um exemplo: "você está num barco e este começa a afundar, mas você tem a perspectiva de escapar do naufrágio e que será salvo, mas depois que muito tempo se passa, você começa a perder as esperanças, até que depois de alguns dias, chega alguém e joga uma tábua para salvar as pessoas do barco, aí você não vai estar interessado em quem é a pessoa, nem de onde veio a tábua, você apenas se agarra nela para se salvar". Assim também ocorreu na Itália e na Alemanha, onde chega alguém que joga no meio do povo, que estava na desgraça, uma proposta de salvação e o povo vai se "agarrar" a essa proposta.

Na Itália, essa pessoa vai ser Benito Mussolini e ele diz para o povo desempregado: "Você acha justo ter seguido todas as regras e não conseguiu nada? Você está sozinho nesse sistema, a nossa sociedade é cruel e individualista" e diz para as pessoas que sozinhas elas não são nada, então ele mostra para o povo um graveto e o quebra dizendo que cada pessoas sozinha na sociedade é frágil. Mas, depois, Mussolini propõe que todos fossem unidos em torno de um objetivo em comum, atuassem em conjunto e se ajudassem uns aos outros, aí ele volta e dessa vez pega um feixe de gravetos e não consegue quebrar, mostrando que sozinhos eles são quebrados pelo sistema, mas juntos, são invencíveis. Daí vem a palavra fascismo => vem da palavra fácil que em italiano significa feixe => daí, o símbolo do fascismo ser um feixe de gravetos que era o símbolo do Império Romano (houve um resgate, da história do próprio povo, de um símbolo de união). Eles iriam se unir em torno do Estado => as pessoas atuariam em favor do Estado e estes protegeria, mas para isso, as pessoas deveriam abandonar todos os seus interesses individuais, deveriam pensar não o que é melhor para elas, e sim, naquilo que é melhor para o país delas. Esse tipo de idéia foi chamada de Totalitarismo (é uma concepção que mostra às pessoas que nada deve existir fora do Estado, nada existe além do Estado, tudo é o Estado).
Benito Mussolini diz, então, que quando um italiano nasce, ele é de sua responsabilidade => vai cuidar dele, dando saúde, trabalho, comida e salário e diz que o italiano só deixa de ser sua responsabilidade quando ele morre e quando isso acontece, Mussolini passa a sua alma para ser sepultada pela santa igreja católica. Se uma pessoa está com uma péssima vida e chega alguém prometendo todas essas coisas, ela não pensa duas vezes em apoiar esse alguém e vai ser isso o que vai acontecer.
Depois do totalitarismo (nada existe fora do Estado), é necessário nomear um líder e esse líder vai ser:

•Benito Mussolini - Itália; 


•Adolf Hitler - Alemanha; 


•Getúlio Vargas - Brasil; 


•Antônio de Oliveira Salazar - Portugal 

•General Franco - Espanha. 


E a palavra do líder nunca deve ser questionada, por isso que todo regime totalitário é uma ditadura (Autoritarismo). Segundo Hitler e Mussolini, as nações precisavam de trabalho e prosperidade, não de liberdade. Se alguém é contra o líder, este pode mandar matá-lo. Hitler: "a força vital de um povo, o seu direito à vida, se manifestam, quando alguém aparece para conduzi-lo". Em cada país, esse condutor vai receber um nome especial:
•Duce - Itália - quer dizer condutor, aquele que conduz, Mussolini foi chamado de Duce.
•Führer - Alemanha - quer dizer condutor, aquele que conduz, Hitler foi chamado de Führer.
•Pai (figura masculina que está perto quando nascemos) - Brasil - Getúlio Vargas era chamado de o Pai dos Trabalhadores (Pobres).

» Nacionalismo: colocar a culpa no estrangeiro, tudo deveria ser feito para a Nação. Na Alemanha existe uma certa homogeneidade da raça => a raça germânica, se fosse colocado um negro dentro duma sociedade branca, este seria bem diferente e seria culpado pela desgraça do povo, no caso da Alemanha, os culpados foram os judeus (possuem cultura diferente, são mais baixos, nomes diferentes, tem sotaque, comem outro tipo de comida, possuem feriados em datas diferentes => são fáceis de serem identificados). Essa idéia de estrangeiro não poderia ser inserida no Brasil, pois há uma grande mistura de raças, mas ainda hoje existem organizações (no RS e SP) que são neo-nazistas (vão culpar os judeus pela desgraça do país), ainda vão haver grupos que vão culpar os EUA, os nordestinos, os negros e até as mulheres. E os estrangeiros vão ser eliminados do mercado de trabalho com o uso de armas => para Hitler, não existe solução que não passe pelo campo de batalha: "a luta é a mãe de todas as coisas, não é com princípios humanitários que o homem vive, mas unicamente por meio da luta mais brutal" - preparação para a guerra => matar o povo que está ocupando o lugar da "raça superiora". Ao mesmo tempo, Hitler diz: "quem tem aço, tem pão" => para que vamos produzir trigo, se podemos construir canhões e tomar o trigo de quem produz? Para que ser uma pátria de camponeses, se podemos ser os líderes? Porque só há uma raça: a germânica, as demais raças só servem para servir os germânicos.
Também houve o Militarismo. Pondo fardas (sentimento de igualdade entre as pessoas => Itália - Camisas Negras; Alemanha - Tropas de Assalto - Camisas Pardas; Brasil - Camisas Verdes - são os integralistas) nas pessoas e pagando um salário, cria-se empregos e prepara-se para a guerra ("a guerra regenera", a "luta é tudo", a "expansão salva"). Pôr o uniforme em uma pessoa em crise faz bem, porque faz a pessoa se sentir como parte de um conjunto, igual às outras. E isso serve em toda sociedade em crise, não importa a época.



Outra característica do nazi-fascismo é o Romantismo (é dar a vida pelo país, se preparar para o sacrifício, é totalmente irracional). Diziam que a razão não consegue solucionar os problemas do país, apenas a fé, o sacrifício, o heroísmo e a força é que conseguem resolver os problemas nacionais. Hitler: "a ruína de uma nação só pode ser impedida por uma tempestade de paixão, mas só os apaixonados podem despertar paixão nos outros" =>
paixão nesse caso não significa amor, e sim, esse romantismo. O povo deveria ter muita força de vontade.
Na hora de culpar o sistema, vão culpar os comunistas pelo caos reinante (Anti-comunismo). Na verdade, nem Itália, nem Alemanha são comunistas, elas são capitalistas, mas o povo não quer pensar nisso, apenas querem um culpado => os comunistas.
Ao mesmo tempo que é anti-comunista, é Anti-liberal, então mesmo sendo capitalista, o Estado vai dirigir as aplicações econômicas. Anti-liberal é diferente de anti-capitalista, é apenas um capitalismo dirigido => um Estado intervindo na economia.
Além dessas características gerais (totalitarismo, autoritarismo, nacionalismo, militarismo, anti-comunismo, anti-liberal e romantismo), ainda há características específicas dos países:




» Itália: existe o corporativismo => os sindicatos de trabalhadores e de patrões são extintos e, no lugar, aparecem associações (corporações) de produtores => junta-se o padrão e o empregado em um mesmo sindicato (uma mesma corporação). Isso é feito para que não exista a formação de sindicatos socialistas e, além disso, quando se junta patrão e empregado, retira-se a visão de capital e trabalho separados => eles acham que estão juntos e estar junto significa lutar pela nação, isto é, fortaleceu-se o nacionalismo.

» Alemanha: existe o racismo, principalmente o anti-semita (contra judeus). Culpa-se o "diferente". Hitler vai contar uma grande mentira => ele dizia que durante a I GM, os judeus vendiam os segredos dos alemães para a Tríplice Entente e que, na crise, o judeu se apropriava do capital que era alemão.
fonte: http://www.grupoescolar.com