sábado, 22 de junho de 2013

A História do tenis All Star

Que você é fã de Converse All Star, a gente já imagina – afinal, quem não é? Mas será que você sabe tudo a respeito dele? Se ficou na dúvida, a gente conta aqui algumas curiosidades sobre este já clássico modelo de tênis.
Um pouco de história
Um século atrás, a “Converse Rubber Company of Massachusetts”, nos Estados Unidos, criou um tênis atlético com a parte de cima feita em lona, sola grossa e biqueira em borracha. Ele passou a se chamar All Star – mas só até a Converse chamar o ex-jogador de basquete e estrela do esporte norte-americano Charles “Chuck” Taylor para o que poderia ser descrito como o primeiro contrato de patrocínio de um tênis. Ele foi recrutado para representar e vender o modelo, viajar pelo país e “evangelizar” os demais jogadores de basquete.

Charles “Chuck” Taylor em 1918


Chuck Taylor sugeriu algumas modificações no design, que foram implementadas no início da década de 1920. As vendas começaram a crescer muito e a Converse resolveu recompensar seu parceiro colocando sua assinatura junto do famoso patch com uma estrela, tão característico do modelo.

Pode-se dizer que, desde então, a base do Converse All Star permaneceu praticamente inalterada. Hoje, quase 800 milhões de pares depois, ele segue sendo um dos tênis mais populares do mundo.
Curiosidades
* Os “Chucks”, como ficaram conhecidos nos States, lá pelas tantas deixaram de ser usados nas quadras de basquete – mas permanecerem na vida dos americanos. Na Segunda Guerra Mundial, eles eram padrão entre os soldados. E – pasmem! – ainda hoje fazem parte do sistema de abastecimento militar dos EUA.
* Até a década de 1950, a assinatura de Chuck Taylor ficava dentro de uma estrela preta. A partir daí, passou a figurar ao lado da estrela azul.

* O Converse All Star de cano baixo, então chamado de “oxford sneaker”, foi lançado só nos anos 1960.
* Até 1966, só havia All Star em preto ou em branco. A partir daí, foram acrescentadas versões nas cores de times de basquete. Agora, estão disponíveis mais de cem cores e materiais!
* Os ilhoses de metal na parte lateral do tênis são um detalhe de design que faz parte do modelo desde o início.
* Se um Converse All Star branco custa hoje cerca de US$ 45 nos Estados Unidos, ele custava só US$ 6 em 1957.

Demais, né?



tags: tenis all star, converse, história,  

retirado do site: www.converseallstar.com.br

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Ipod Higiênico - Tecnologia em seu banheiro


Viciados por música, sorrí-vos. Esta nova invenção permite levar seu MP3 player para o banheiro numa boa, sem medo que o aparelhinho caia acidentalmente na àgua da privada ou em mistura pior..... Batizado de icarta stereo dock, este porta-papel higiênico vem com espaço para encaixar seu player e garantir segurança total para o seu som! 
Tecnologia de ponta em seu banheiro!!!




tags: ipod, ipad, porta ipod, ipod higienico, tecnologia,

segunda-feira, 27 de maio de 2013

10 COISAS QUE MACHO NÃO FAZ





01. Pedir caipirinha com adoçante.

Você pede caipirinha com adoçante?….Fala sério???!!! Tá de regime? Ou você bebe ou não bebe! Caipirinha é o seguinte: Limão, AÇÚCAR, gelo, pinga ou vodka. Se é pra pedir diferente, não chame de caipirinha, diga pro garçom o seguinte: Hoje vou pedir uma bebida de fresco, dá pra mim um copo com limão, vodka (ou pinga), gelo e adoçante.


02. Chupar um sorvete.

Verbo “chupar” não deve fazer parte do vocabulário de um homem, um verdadeiro homem quando COME sorvete e o faz com dentadas, não com chupadas.


03. Ter como bicho de estimação um gato.

Gato por si só não passa de um cão fresco; aquele lance de ficar se lambendo o dia todo e de não tomar banho é nojento. Fora o fato de o gato ter aquelas frescuras: gato faz pipi e popô, depois esconde embaixo da terrinha (entenda isso como se você sempre se metesse a abaixar a tampa a privada depois de usar o vaso). Bicho de homem é o cachorro: cachorro tá pouco se lixando pra tudo, mija e caga em qualquer lugar, bebe água da privada e até coça o saco. Ter gato em casa é coisa de boiola!



04. Saber o nome de mais de 4 coisas na padaria.


Homem entra na padaria e fala logo o que quer, no máximo quatro itens: normalmente são o pão, o café, o leite e a manteiga. Chegar na padaria pedindo um pote de queijo Philadelfia, 250 gramas de lombo canadense “bem fininho, viu?!”, ou então um salame (!!!), é sintoma grave de frescuragem.


05. Sair pra dançar.
Que merda é essa? Homem sai pra beber, pra zoar, pra pegar mulher. Homem que sai pra dançar não é homem! No máximo, você pode dar uns passos na pista de dança, com a intenção, é claro, de se aproximar da mulher que te chamou a atenção. Homem que sai pra dançar é fresco enrustido.


06. Bebidas com nomes exóticos.

Sex on the beach, Dry Martini, Bloody Mary….tudo coisa de fresco! Homem não tem frescura, bebe aquilo que todo mundo conhece: Vodka, Pinga, Whisky, Conhaque. Cerveja muita cerveja! Detalhes em copo de homem são: limão, gelo ou palito, dependendo da bebida. Canudinho e guarda-chuvinha nem pensar. Coisa de baitola!


07. Reparar como os outros estão vestidos.

Você é daqueles que repara que seu amigo está vestindo a mesma camisa de ontem? Você é baithola! Qual a diferença entre seu amigo sair para tomar uma cerveja com uma camisa dessas que não sai por menos de 100 pratas (coisa de fresco) e sair com uma camiseta que ele ganhou de brinde do cartão de crédito? Nenhuma! Se o cara tá ridículo, o problema é dele, ou melhor, sobra mais mulher pra você! Se você dá uma de Clodovil e repara se a roupa de seus amigos combinam, você é bicha!


08. Comer bolo em festa de aniversário.

Só fresco faz isso. Homem que é homem enche o prato de salgadinhos, bebe pra caramba, vomita. Quem come bolo é mulher, criança e VIADO.


9. Pedir meias porções ou meias doses.

O nome é porção ou dose porque já é calculado, ou seja, um homem come uma porção de gororoba, ou uma dose de birita. Então, quem come meia porção é meio-homem. Pior ainda são aqueles que pedem pratos terminados com “inho”,”por exemplo: Garçom, traz um arrozinho por favor? Isso é muito fresco.


10. Consolar ex-namoradas de amigos.

A única maneira do verdadeiro homem, fazer isso, é pensando em como levar ela pra cama ou então fazendo com que ela fale algo que possa ser usado pra zoar o seu amigo em questão. Do contrário, vá chorar no ombro da mamãe… bichona!


tags: hetero, gay, machão, machismo, coisa de macho, macho,

fonte: http://www.orgulhohetero.blog.br/2013/05/10-coisas-que-macho-nao-faz.html

segunda-feira, 20 de maio de 2013

DEPOIS DOS 35 ANOS por Fabrício Carpinejar - Crônica


"A cantora e ex-primeira dama da França, Carla Bruni, falou em entrevista para a revista Veja algo que acredito muito.

Que depois dos 35 anos, a beleza é resultado da simpatia, da elegância, do pensamento, não mais do corpo e dos traços físicos.
A beleza se torna um estado de espírito, um brilho nos olhos, o temperamento.
A sensualidade vai decorrer mais da sensibilidade do que da aparência.

Uma mulher chata pode ser bonita antes dos 35 anos.
Uma mulher burra pode ser bonita antes dos 35 anos.
Uma mulher egoísta pode ser bonita antes dos 35 anos.
Uma mulher deprimida pode ser bonita antes dos 35 anos.
Uma mulher desagradável pode ser bonita antes dos 35 anos.
Uma mulher oportunista pode ser bonita antes dos 35 anos.
Uma mulher covarde pode ser bonita antes dos 35.







 Depois, não mais, depois acabou a facilidade. Depois o que ilumina a pele é se ela é amada ou não, se ela ama ou não, se ela é educada ou não, se ela sabe falar ou não.
Depois dos 35 anos, a beleza vem do caráter. Do jeito como os problemas são enfrentados, da alegria de acordar e da leveza ao dormir.
Depois dos 35 anos, o sexo é o botox que funciona, a amizade é o creme que tira as rugas, o afeto é o protetor solar que protege o rosto.

A beleza passa a ser linguagem, bom humor. A beleza passa a ser inteligência, gentileza.
Depois dos 35 anos, só a felicidade rejuvenesce."










tags: beleza, 35 anos, depois dos 35, 

sábado, 18 de maio de 2013

Chuck Norris assume homossexualidade em entrevista concedida à CBS







“Primeiramente, quero dizer que quem está falando aqui, nesta entrevista, é Carlos Ray Norris Junior. O homem que há mais de 40 anos tem sido abençoado com o carinho de seus fãs na América e no mundo. Este homem precisa falar a todos sobre sua vida e revelar algo muito sério”, dizia o lendário Chuck Norris no teaser de quinze segundos da última edição do programa 60 Minutes veiculado  recentemente durante os intervalos da programação da rede de TV norte-americana CBS. A chamada da entrevista, concedida pelo ator ao repórter Steve Kroft, ainda continha cenas em que Norris aparecia visivelmente emocionado. Não foi à toa que a exibição do programa no início da noite de hoje atingiu um público estimado de 112 milhões de espectadores, recorde de audiência nos EUA.



 

“Esta entrevista, com certeza, está entre os principais acontecimentos de minha vida. Vocês irão entender do que estou falando… É algo difícil o que tenho a dizer… Se me sinto menos digno em alguma coisa, talvez seja por não ter trazido isto antes ao conhecimento de todos. O fato é que eu… Minha orientação sexual sempre foi dirigida a homens. Homossexual, gay, bicha… Eu não sei qual é o termo assimilado por vocês para definir isso. Sei apenas que eu sou o que sou. Sou assim. Nunca me senti menos homem ou anormal por isto. 
Pelo contrário, homens memoráveis preencheram com felicidade a minha existência.“





Com tais palavras, Norris se declarou homossexual para o mundo. Ao longo de uma hora de entrevista, o astro, que, graças a um domínio quase sobre-humano de diversas artes marciais, adquiriu fama protagonizando dezenas de filmes de ação, relatou acontecimentos importantes de sua vida e algumas de suas experiências amorosas. A principal delas foi o romance de seis anos mantido em segredo com o ator Bud Spencer durante a década de 70. Spencer faleceu em junho deste ano e sua morte incentivou a decisão de Norris em revelar sua orientação sexual. “Bud foi o amor de minha vida… O que posso dizer sobre ele? Bud era um ursinho. Uma delícia, cara”, revelou emocionado. Questionado por Steve Kroft se temia reações negativas vindas da sociedade frente à sua manifestação, Chuck respondeu que conviveu com tal medo durante muito tempo.



 
“De certa forma, a pretensão dos covardes a praticar diversas formas de violência com quem se desvia dos padrões doentios do que é considerado por eles a normalidade foi o que me levou a aprender a lutar. Acho que já demonstrei durante minha carreira o que pode acontecer com quem me ameaça…. Mas, brincadeiras a parte, eu acho que essas pessoas deveriam temer a si mesmas. Não acredito que as almas que se realizam através da prática da intolerância estejam satisfeitas com o que vivem. Digo isso tanto sobre quem espanca um ser humano por dividir sua intimidade com alguém do mesmo sexo quanto de quem procura convencer o mundo de que isso é uma doença de qualquer tipo. Quem se orienta por valores assim acaba revelando aos outros uma natureza muito mais bizarra do que qualquer uma já atribuída a homossexuais em qualquer sociedade existente. É este o tipo de coisa que realmente destina a humanidade à perdição.“


Norris manifestou ainda que há alguns anos mantém uma fundação dedicada ao ensino de artes marciais a vítimas da homofobia. “Essas pessoas precisam recuperar seu sentimento de segurança de alguma forma. Mesmo que, para isso, tenham que aprender a eliminar o inimigo com apenas um gesto… Acredite, o toque de um dedo no lugar certo pode fazer qualquer otário desaparecer da sua frente, ou cair de amor aos seus pés”, declarou bem humorado encerrando a entrevista.


tags: homossexual, gay, viado, ator gay, ator homossexual, ator de hollywood,

fonte: diario de pernambuco
 

Corpo de Inri Cristo é encontrado na Colômbia


 


Álvaro Thais, conhecido pelos brasileiros como Inri Cristo, morreu nesta sexta-feira na cidade de El Calvario, localizada no departamento de Meta, na Colômbia. Inri estava em uma peregrinação solitária pela América Latina. Ele era fundador e líder da Suprema Ordem Universal da Santíssima Trindade (SOUST), instituição religiosa que agrega cerca de 12 pessoas em todo o país. As circunstâncias de sua morte ainda não foram esclarecidas, mas a polícia local trabalha com a hipótese de assassinato. “O corpo não apresentava sinais visíveis de violência, mas a colina em que foi encontrado é local de desova de corpos das vítimas executadas pelo cartel de narcotraficantes Los Romanos. Iremos aguardar os resultados da necrópsia, que só poderá ser realizada na próxima segunda-feira. Por questões de segurança, até lá, o corpo será armazenado em uma caverna inviolável cuja única saída é constantemente vigiada e vedada por uma grande rocha”, afirmou Erón Antipas, governador da província. Ao contrário do que se imaginava, a falta de informações sobre a morte de Inri não causou expectativas entre seus seguidores, mas preocupação. “Ele sofria de narcolepsia e é possível que ainda esteja vivo. Esperar tanto tempo por esclarecimentos pode ser a diferença entre sua sobrevivência ou morte”, afirma Analgiza Magdalena, discípula da SOUST. A ordem religiosa já requisitou a intervenção do Ministério da Relações Exteriores no caso. O pedido, porém, só poderá ser acatado após aprovação pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.


tags: cristo, inri cristo, alvaro thais, colombia, morte, 
fonte: diario de pernambuco 

sábado, 13 de abril de 2013

Crônica sobre a batalha dos aflitos - Gremistas devem ler

26/11/2005 - valeu a pena


Finalmente chegou o dia.
Finalmente o pacto terminou.
Foram longos e dolorosos cinco anos de angústia e sofrimento.
O preço que tivemos que pagar.
Não me arrependo.
Valeu a pena.

O que falar sobre a Batalha dos Aflitos que ainda não foi dito?
Qual história contar que ainda não foi contada?
Não há gremista nesse planeta que não se recorde com detalhes aquele 26/11/2005.
Pensei em escrever sobre como foi o meu dia.
Contar que estava aqui no Olímpico trabalhando.
Que não tive condições emocionais de fazer o texto para o site oficial.
Podia tentar descrever a emoção daquele momento.
Podia dizer que chorei.
Mas tudo isso seria chover no molhado.
Sendo assim, decidi reproduzir um texto escrito por mim alguns dias depois daquele jogo.
Pra mostrar que, só mesmo com a presença Dele nas arquibancadas dos Aflitos, o Grêmio conseguiria fazer o que fez:






PÉ QUENTE EM RECIFE:





Já havia decidido. Não adiantava tentar fazer com que eu voltasse atrás. Eu sei que tenho muito trabalho mas estava em dívida com o meu time do coração. Há mais de dois anos que eu não aparecia e esse era o momento certo. Além do mais, não poderia deixar de atender a tantos pedidos.
Achei minha camisa no fundo do armário. Não é a nova, mas trás boas recordações. Estava com ela naquele jogo contra o Corinthians, no Morumbi, na final da Copa do Brasil de 2001. Lembra? Aliás, aquele foi meu último jogo.
Dia de sol e calor em Recife. Com aquelas praias lindas, não resisti a um bom banho de mar pela manhã. Realmente eu tinha feito um ótimo trabalho.
Cheguei cedo aos Aflitos. Estádio pequeno, acanhado. Muito pior que o estádio da Ilha do Retiro, do Sport, que conheci no primeiro jogo da final da Copa do Brasil de 1989. Nos colocaram em um cantinho, atrás do gol, à direita do pavilhão. Estádio lotado, pressão de todas as partes. O jogo começou tenso. O time nervoso em campo, a torcida nervosa na arquibancada. Lance de perigo na área gremista e explosão da torcida adversária. Atônito, perguntei para um cara sem camisa ao meu lado que estava com um radinho na orelha:
- O que houve?
Ele resmungou:
- Pênalti.
O árbitro havia marcado penalidade máxima contra o Grêmio.
Prontamente falei:
- Não esquenta, vai errar.
Estiquei o pescoço para tentar ver a cobrança. O chute foi forte mas a bola estourou no poste. Delírio da torcida gremista que comemorou como se fosse um gol. O cara com o radinho na orelha pulou no meu cangote e gritava: “Tu é mago! Tu é mago!”.
Depois do pênalti perdido, o Náutico ainda teve duas grandes chances. Galatto salvou.
Estes talvez tenham sido os melhores lances da primeira etapa.
Me surpreendi com a qualidade desse jovem goleiro gremista.


Antes do início do segundo tempo, perguntei para o cara do radinho:
- Por que o Ricardinho não voltou?
- Sei lá, foi a resposta.
Lamentei por ter esquecido meu rádio.
- E quem é aquele alemãozinho? Perguntei já me dirigindo para outros torcedores. O gorducho de boné respondeu sem tirar os olhos do gramado:
- É o Lucas. Sobrinho do Leivinha.
Realmente eu precisava me atualizar mais.



O Náutico voltou determinado a vencer o jogo. O Grêmio recuou tentando manter o empate que dava a classificação.A cada gol perdido pela Portuguesa que jogava contra o Santa Cruz na outra partida, o cara do radinho soltava um palavrão. Achei interessante conhecer alguns xingamentos típicos do nordeste.
Aos 15 minutos, o técnico gremista colocou o Anderson em campo. Finalmente poderia ver ao vivo aquele menino de quem falavam maravilhas. Na frente de Galatto, o atacante Kuki perdeu um gol incrível. Essa eu tirei com os olhos!
Os donos da casa tentam mais um ataque pela direita. A bola bate na mão de Escalona que é expulso.
A apreensão está estampada na cara de cada gremista.
Dois minutos depois, o árbitro não marca uma penalidade sobre um atacante pernambucano.
 
 O gordo de boné tira os olhos do gramado pela primeira vez e sussurra baixinho em minha direção tapando a boca com as mãos talvez para que o árbitro não escutasse:
- Foi.
Eu respondi:
- Foi, mas ele não deu.
Não deu aquele. Mas não demorou muito para prevalecer a lei da compensação. Num lance rápido, lá do outro lado da área, uma suposta mão na bola do Nunes. Ele deu pênalti. Bateu o desespero. Dirigentes invadindo o campo, jogadores pressionando o árbitro. Deu até vontade de intervir mas prometi que ia me conter.
  Nunes, Patrício e Domingos expulsos na confusão. Só sete jogadores em campo contra 11 do Náutico. O gordo de boné sentou pela primeira vez e ali ficou. Olhando pro chão tentando acertar cascas de amendoim dentro de um copo de refrigerante cheio de xixi. O cara do radinho tentava enfiar o aparelho dentro do ouvido para ver se escutava o nome de quem havia sido expulso e quantos eram.
Depois de quase meia hora de bola parada, o lateral do Náutico ajeitou na marca da cal para fazer a cobrança.
No segundo degrau da arquibancada, um jovem torcedor identificado com a Alma Castelhana se virou, olhou em minha direção e gritou:
- Faz alguma coisa!
Mas “fazer o que?” pensei.
Quando o jogador partiu pra bola, escutei alguém dizer as minhas costas:
- Não esquenta, vai errar.
Galatto se atirou para o canto esquerdo e defendeu com as pernas.
Incrível a loucura que tomou conta dos torcedores gremistas. Muitos corriam pra cima e pra baixo sem saber o que fazer. O cara do radinho tentava recuperar as pilhas que haviam caído e dizia:
- Espera cobrar o escanteio. Espera cobrar o escanteio.
Olhei para trás em busca do dono daquela voz que havia repetido as minhas proféticas palavras do primeiro pênalti.
Tentando se esconder atrás do gordo de boné, lá estava ele.
- Só podia ser você! Exclamei sorrindo.
Eurico Lara desceu dois degraus e veio em minha direção.
- Oi Mestre, o pessoal lá de cima disse que eu ia te encontrar aqui - Falou me abraçando e completou - O que achou da defesa? Perguntou com um sorriso maroto de quem acaba de fazer arte.
- Tu não tem jeito mesmo, suspirei.
A apreensão era tanta que a torcida gremista passou a acompanhar o desfecho final em completo silêncio.
- Vai ser difícil agüentar a pressão com apenas seis jogadores na linha, disse Lara me olhando de canto de olho para ver a minha reação.
Devolvi a olhada e caí na gargalhada quando ele deu aquela balançada de sobrancelha como se estivesse perguntando “Tá. E aí? Vai ficar nisso?”.
- Não posso, lamentei.
Ele me olhou e apelou:
- O Senhor está me devendo essa desde aquele jogo contra o Ajax em 95 que não quis que a gente fosse.
O cara do radinho me olhou. Olhei pra ele, olhei pro Lara. Suspirei:
- Tá bom, tá bom. Deixa esse finalzinho comigo.
Anderson desceu com a bola pela esquerda e foi derrubado na frente do banco de reservas tricolor. Cartão vermelho para o zagueirão pernambucano.
Abatidos pela penalidade perdida e com pouco tempo para tentar um gol, os jogadores do Náutico não se deram conta quando a falta foi batida com rapidez. Em velocidade, Anderson passou por dois e largou a bola no fundo das redes.
Grêmio 1 a 0!
Nova loucura nas arquibancadas. O espacinho destinado ao torcedor gremista ficou pequeno para tamanha festa. Nessa hora, o cara do radinho já havia rolado até o alambrado e, com as costas esfoladas, estava abraçado ao policial militar que tentava se desvencilhar
. 

Olhei pro Lara e disse:
- Gostou? Grande vitória, né?
Com o espanto na cara, balançou a cabeça positivamente.
- Graças a Deus. Graças a Deus.
Com a missão cumprida já não restava mais nada a fazer ali e ainda tinha muito trabalho acumulado para resolver.
- Vamos comigo? Perguntei.
- Ainda não. Vou dar um pulo lá no Sul para ver como está a festa.
- Então faz um favor. Antes de subir, passa ali no Olímpico e me compra uma camisa nova da Puma. Depois a gente acerta. 



fonte:  http://www.marcioneves.net/2010/11/26112005-valeu-pena.html

sexta-feira, 29 de março de 2013

A origem do Gaucho





 O mito gaúcho é recente, sua data mais antiga é 1617, "mozos perdidos", que viviam inicialmente na proximidade de Santa Fé, atual Argentina.

Em Buenos Aires eram chamados de "cuatreros e vagabundos", que roubavam e assolavam o campo. Em 1642, os jesuítas registraram vagabundos que pilhavam as estâncias das missões. Em 1759, foram designados de "gaudérios ou gaúchos", estes homens que circulavam pela Capitânia de Rio Grande de São Pedro. Durante a época das safras eles conseguiam empregos temporários nas fazendas de criação de gado.

Durante a Revolução Farroupilha, eles perdem seu termo pejorativo e passam a serem considerados homens dignos, bravos, patriotas e destemidos. Eles são cultuados, a partir deste momento como indivíduos irreverentes, guerreiros, ligados as lidas do campo e do gado.

O gaúcho, foi uma figura masculina, que em meados do século dezenove já era mito. Símbolo dos pampas, no decorrer da história, torna-se um arquétipo de "Ser Nacional". Era-lhe atribuídos predicados múltiplos como: hombridade, valentia, espírito de luta entre outras. Um homem que havia forjado uma forma de vida sob a qual o estigma da liberdade sinaliza seus passos. Um ser indomável que vivia solitário e desprendido de qualquer conforto.
Foi estilizado e cultuado na literatura como um "centauro dos pampas"ou "monarca das coxilhas", um semi-deus que galopava livre distribuindo justiça e generosidade.
Grande parte da ideologia do gaúcho, encontra-se hoje preservada pelos atuais CTG's, que surgiram no final da década de 40, frutos de um desejo apaixonado de resgatar as raízes da cultura gaúcha. Através de suas atividades, reproduzem com orgulho os hábitos do homem do campo, que colonizou e fez crescer o Estado, mantendo sempre acesa a chama da história.

Todo o povo gaúcho, sempre exaltou a coragem de seus ancestrais, canta seu apego à terra e seu grande amor pela liberdade.




tags: gaucho, gaudério, raízes, nativo, pampas,