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terça-feira, 1 de março de 2016

Um Pouco de Miller Bolaños - Contratação do Grêmio







Começou sua carreira na base do clube Caribe Junior se destacando e sendo o artilheiro das categorias que disputou. Em 2006, começou a atuar profissionalmente no time Barcelona SC, porém em 2007, deu positivo no teste de doping para consumo de cocaína . Em 2010, se transferiu para a LDU de Quito onde conquistou vários títulos e chegou a decisão da Copa Sul-Americana de 2011 Na temporada de 2012 foi negociado com o Chivas USA na disputa da MLS o jogador não convenceu e voltou para o Equador em 2013 agora no Emelec, clube no qual o jogador conquistou a artilharia da Copa Sul-Americana de 2014. Em 7 de Fevereiro de 2016, Bolaños acertou a transferência para o Grêmio por cerca de U$ 5 milhões, o Grêmio ainda confirmou um contrato de 3 anos.



                                                                  


Clubes
EquipeTemporadaCampeonato
nacional
Copa
nacional
Competições
continentais
Total
JogosGolsJogosGolsJogosGolsJogosGols
Barcelona SC2006700070
200715300153
200815100151
Total37400374
LDU Quito200917671247
2010249713110
201121391304
Total62182338521
Chivas USA20122431000253
201350100060
Total2932000313
Emelec2013603191
201436191254824
2015342514114836
Total7644291710561
Total na carreira2046920522025889

Conquistas











Nacionais




Artilheiro da Copa Sul-Americana de 2014 - 5 gols
Artilheiro da Copa Sul-Americana de 2015 - 5 gols
Artilheiro do Campeonato Equatoriano de 2015 - 25 gols
Membro da Equipe ideal da América de 2015
Membro da Equipe reserva ideal da Copa Libertadores da América de 2015





fonte: wikipédia

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Kaio e Kaike: Unidos no nascimento, separados pela dupla Gre-Nal





Kaio nasceu um pouco antes. Cerca de um minuto, conta ele. Logo em seguida, a doméstica Ginalva Francisca deu à luz Kaike. Gêmeos idênticos, eles se criaram juntos em Várzea Grande, cidade ao lado de Cuiabá, capital do Mato Grosso. Mais do que irmãos, eles se consideram amigos, cúmplices e parceiros.



No futebol, Kaio Silva Mendes e Kaike Slva Mendes, hoje com 20 anos, também compartilharam as mesmas experiências. Começaram lado a lado em uma escolinha, foram apresentados juntos em um clube de empresários e conquistaram o Gauchão Juvenil com o Juventude. No final de 2012, porém, a trajetória mudou. Os gêmeos seriam separados por uma das maiores rivalidades do futebol brasileiro. O volante Kaio acertou-se com o Grêmio, e o lateral-esquerdo Kaike, com o Inter.

— Foi muito bom, mudou totalmente a nossa realidade. Fomos separados, mas por uma coisa melhor, que conquistamos jogando juntos — relembra Kaio.



Filhos de uma doméstica e de um conferente de depósito, os irmãos tiveram uma infância humilde, mas não passaram necessidades. Nas ruas do Bairro Jardim Paula 2, em Várzea Grande-MT, sempre estavam lado a lado.



O futebol começou na Escolinha do Chuvisco, atrás da casa de um dos avôs. Ao se destacarem em campeonatos da cidade, acabaram contratados pelo Brasil Central, time de empresários destinado à formação de atletas em Cuiabá-MT. Destro, Kaio era meia-direita da equipe. Kaike, canhoto, o meia-esquerda. O entrosamento, lógico, fluía naturalmente. Com apenas um olhar, eles já sabiam o que fazer.





Suspenso pelo irmão

A semelhança entre os dois era tanta que confundia. Em um campeonato, Kaio foi expulso, mas não havia reposição para a meia-direita. Na partida seguinte, Kaike cumpriu a suspensão pelo irmão.



Quando estavam com 14 anos, os gêmeos se separaram pela primeira vez. Kaio teria a chance de fazer testes no Juventude. Partiu em uma quarta-feira à noite do Mato Grosso e chegou em uma sexta pela manhã a Caxias do Sul. Saiu de casa decidido a não voltar mais. A meta era fazer carreira no futebol.

Kaike ficou em Várzea Grande e, um mês depois, rumou para Santos. Na Serra, Kaio sofreu nos primeiros meses. Em março de 2010, passou o primeiro aniversário sem a família e, logo depois, precisou encarar o inverno gaúcho. No primeiro frio longe de casa, não conseguiu dormir, só chorava.



Por mensagens e ligações, os gêmeos conversavam. No ano seguinte, se reencontraram no Rio Grande do Sul.

— Quando ele chegou com as malas, os caras do Juventude achavam que era eu que estava indo embora (risos). Em Caxias, moramos sempre no alojamento. A gente se ajudava muito. Já sabíamos o que um e o outro precisava — ressalta o hoje volante do Grêmio.



Depois do título do Gauchão Juvenil de 2012, surgiram as propostas da dupla Gre-Nal. Contratados, passaram a morar juntos em um apartamento do Bairro Menino Deus. No entanto, na hora do treino, era um para cada lado.

O encontro no Gre-Nal

Os gêmeos se enfrentaram apenas duas vezes, ambas em novembro de 2013, quando dois Gre-Nais decidiram a Copa FGF Sub-19. E quem viu, garante, saiu faísca do enfrentamento entre os irmãos. Volante pela direita, Kaio disputou espaço com Kaike, lateral-esquerdo. Ninguém tirou o pé. Depois do jogo, que terminou 2 a 2, foram embora juntos.

— Foi uma felicidade que não dá para expressar. Não imaginava que iria acontecer. Quando nos olhamos, vieram lembranças desde a escolinha. Pensei: "os dois em um clube grande, olha onde a gente chegou". É um momento que jamais vamos esquecer — recorda Kaio.


— O pessoal da comissão (técnica) até ficou meio surpreso, acharam que a gente poderia aliviar um para o outro. Pelo contrário, nos pegamos muito. Depois, a galera falou: "pô, nem parecia irmão" — acrescenta o lateral colorado.

Incomum mesmo foi a preparação para os clássicos. Durante a semana, os colegas de time pediam que Kaike tentasse arrancar do irmão informações do Grêmio, e o mesmo ocorria com Kaio. Os gêmeos, porém, garantem, nunca deram pistas. No segundo Gre-Nal, outro 2 a 2, e vitória do Inter nos pênaltis. Kaike conta que ficou feliz por sair vitorioso, mas sentido de ver o irmão triste.


Em Porto Alegre, os gêmeos moraram juntos até 2014, quando nasceu o filho de Kaio, Mikael, hoje com um ano e três meses. Mesmo assim, seguem residindo no mesmo bairro, o Menino Deus. E estão sempre lado a lado. Saem juntos, passeiam e conversam. As famosas brigas entre irmãos ficaram na infância e na adolescência. 






Clássico no profissional

Com 20 anos, os gêmeos Silva Mendes estão próximos da profissionalização. O volante gremista foi promovido ao grupo principal recentemente e chegou a ficar no banco de reservas em uma partida contra o Criciúma, pela Copa do Brasil. Kaio revela:

— O Roger me chamou. Disse que estava subindo por méritos meus, mas eu tinha que dar mais para me manter.

O lateral colorado teve destaque na conquista do Brasileirão Sub-20 de 2013, tanto que no ano seguinte foi convocado duas vezes pelo técnico Alexandre Gallo para a seleção brasileira sub-21. Atualmente, Kaike defende o time sub-20 do Inter.

O projeto dos guris é se reencontrar em um Gre-Nal, agora nos profissionais.

— É mais um sonho que a gente está buscando. Seria gratificante se enfrentar dentro da Arena ou do Beira-Rio — conclui Kaike.

Uma camisa de cada time

Inusitada também é a situação do conferente Aminalto José Mendes, 57 anos, pai dos gêmeos. Escolher a camisa do time sempre é uma dificuldade para ele.

— Para nós, é um orgulho (os filhos jogarem no Grêmio e no Inter), mas, às vezes, complica. Em uma semana, vestimos a camisa do Grêmio, na outra, a do Inter. O ideal seria ter uma camisa metade de cada time — diverte-se.





Fonte:
*DIÁRIO GAÚCHO

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Ilustres Torcedores do Grêmio FBPA - Tricolor Gaúcho


Sobre os times do coração das personalidades de televisão apresentando dez fãs do Grêmio. O destaque fica por conta da representação feminina de altíssima qualidade: Fernanda Lima, Ana Hickmann, Dani Bolina, entre outras… a ala até ofuscou a presença masculina dominada por jornalistas globais.





Fernanda Lima

A apresentadora de Amor e Sexo já virou praticamente um símbolo do clube gaúcho. Bastante requisitada em eventos gremistas, Fernanda já realizou entrevistas os jogadores no vestiário do Olímpico, vestiu os filhos gêmeos com uniformes do clube e sempre que pode faz questão de reafirmar sua torcida pelo time.





Marcos Losekann


O jornalista da rede Globo residente em Londres, na Inglaterra, e tem uma descrição no perfil do Twitter que já entrega a sua preferência futebolística de: “Correspondente gremista – internacional/colorado de jeito nenhum”. Na timeline do perfil de Marcos Losekann é possível até mesmo ver alguns lamentos pela atual situação do clube no Brasileirão.






Gisele Bündchen



Mais um (excelente) exemplo de uma beldade-torcedora do Grêmio, a modelo brasileira já chegou a pedir para que o clube “faça alguma coisa para sair da crise”. Foi durante uma entrevista coletiva para o São Paulo Fashion Week de 2005. E como é difícil recusar o pedido de uma linda mulher: naquele mesmo ano, o Grêmio voltou à primeira divisão do futebol nacional com a vitória na famosa Batalha dos Aflitos.







Daniel Bueno

Grande vencedor da terceira edição de A Fazenda, Daniel Bueno deu um show no início do ano, durante apresentação do novo uniforme do Grêmio. Foi o mais animado sobre a passarela cheia de torcedores famosos e ainda roubou a cena ao fugir do script, ajoelhar-se em pleno palco e beijar a bandeira do clube.





    Ana Hickmann

Embora seja possível encontrar na internet imagens desta outra gata gremista com a camisa do São Paulo, o coração da apresentadora é azul e branco. “Sou Grêmio desde pequena, é tradição de família. Apesar de não morar mais no Sul, carrego essa paixão comigo”, disse certa vez em entrevista. A foto no clube paulista, pelo visto, foi apenas ossos do ofício de modelo.
  






Alexandre Garcia

O jornalista veterano da rede Globo já esteve em programas esportivos assumindo a torcida gremista, mas se diz um torcedor desiludido com o time. A postura começou depois do episodio em que a diretoria do clube promoveu um apagão no estádio Olímpico para beneficiar o Grêmio.







Dani Bolina

Gaúcha, a bela Panicat era vizinha do estádio Olímpico na infância e disse ter visto vários jogos da equipe no estádio. A ajudante de palco do programa Pânico na TV, aliás, foi escolhida como musa gremista na apresentação do novo uniforme, em fevereiro deste ano. A gata assumiu o posto que anteriormente já foi de Fernanda Lima e Deborah Secco (namorada do então gremista Roger). Que responsabilidade!





     Flávio Fachel


Outro representante internacional (ops!) da torcida do Grêmio, o correspondente da Globo também manda algumas tuitadas sobre o clube. A mais recente não poderia falar de outro assunto: a chegada de Roth ao time. Direto de Nova York, Fachel comenta: “Só volto a acreditar em Celso Roth se ele levar o Grêmio ao G4. Fora isso, sem comentários”. Dura missão para o treinador.





Sheron Menezes

Além de atriz global, a bela mulata ainda é madrinha de bateria da carioquíssima Portela, o que não a impede de torcer pelo clube gaúcho. A atriz até jantou com Ronaldinho Gaúcho quando o craque decidia sobre seu retorno ao Brasil. Pelo visto nem a bela companhia conseguiu convencer o jogador a voltar para seu ex-clube.







            Paulo Sant’Ana

Escritor e jornalista esportivo veteraníssimo da rede RBS, a isenção jornalística não impede que Paulo Sant’Ana revele sua paixão pelo Grêmio. Colunista do jornal Zero Hora há algumas décadas, Sant'Ana já pode ser considerado um torcedor símbolo do clube, o que não o impede de fazer comentários sobre o rival Inter. Alguns deles com bastante ironia.








ATORES, APRESENTADORES E JORNALISTAS:
Alec Duarte
Ana Paula Arósio
Carla Fachim
Carlos Eugênio Lisboa (Cagê)
Carlos Villagrán (Kiko)
Carmo Dalla Vecchia
Clóvis Monteiro

David Coimbra
Duda Garbi
Eduardo Bueno (Peninha)
Jair Kobe (Guri de Uruguaiana)
Iglenho Bernardes (Porã)
José Aldo Pinheiro
José Antônio Pinheiro Machado
Juliano Cazarré
Klebber Toledo
Kleiton Ramil
Larissa Maciel
Léo Rosa
Luka
Luiz Mendes

Maurício Amaral
Mel Fronckowiak
Mel Lisboa
Miguel Roncato
Milton Jung
Mr. Pi
Pedro Ernesto Denardin
Rafael Cardoso
Roberto Birindelli
Roberto Thomé
Sérgio Xavier Filho
Sharon Menezes
Werner Schünemann




CANTORES, POETAS E COMPOSITORES:

Adriana Calcanhoto
Antônio Augusto Fagundes

Carlos Eugênio Knop
Elis Regina
Família Lima (todos)
Humberto Gessinger
Ivan Lins
Jaime Caetano Braun
João de Almeida Neto
Kleiton Ramil
Lucas Silveira
Luis Marenco
Luís Carlos Borges
Luka
Lupicínio Rodrigues - (compositor do atual hino do clube)
Michel Teló
Nico Fagundes
Nico Nicolaiewsky
Oswaldir Didoné Souto
Pedro Ortaça
Renato Borghetti
Ruy Biriva
Teixeirinha
Tico Santa Cruz
Wander Wildner
Vanessa Marques
Vítor Ramil
Yamandu Costa


DESPORTISTAS:


Adílson Warken
Airton Ferreira da Silva
Anderson Luís de Abreu Oliveira
Carlos Eduardo Marques
Emerson Ferreira da Rosa
Eurico Lara (maior ídolo da história do Grêmio)
Fabrício Werdum
Lucas Leiva
Lucas Saatkamp (Lucão)
Luiz Felipe Scolari
Marcel Stürmer
Mayra Aguiar
Mano Menezes
Mosiah Rodrigues
Rafael Camilo
Renato Portaluppi
Roger Machado Marques
Tiago Alves
Tiago Camilo
Valdir Espinosa
Yura






ESCRITORES:

Mário Quintana
Érico Veríssimo
Antonio Skármeta






EMPRESÁRIOS:

Alexandre Grendene
Cláudio Oderich
Flávio Steffli
Jorge Gerdau
Nelson Sirotsky
Ricardo Vontobel
Julio Mottin






MODELOS:

Alessandra Ambrósio
Daniel Bueno
Francine Piaia
Gabriela Markus
Jonas Fernando Sulzbach
Joseane Oliveira
Laisa de Moraes Portella
Mônica Huppes
Monique Amin
Natália Anderle
Natália Casassola
Priscila Machado
Rafaela Zanella
Raquel Zimmermann
Regina Krilow
Shirley Mallmann





POLÍTICOS:

Alceu Collares
Antônio Britto
Borges de Medeiros
Danrlei
Emílio Garrastazu Médici
Ernesto Geisel
Getúlio Vargas
Gilberto Gil
João Batista de Oliveira Figueiredo
João Goulart
José Fogaça
José Fortunati
José Ivo Sartori
Marco Maia
Paulo Odone
Yeda Crusius





OUTROS

sábado, 13 de abril de 2013

Crônica sobre a batalha dos aflitos - Gremistas devem ler

26/11/2005 - valeu a pena


Finalmente chegou o dia.
Finalmente o pacto terminou.
Foram longos e dolorosos cinco anos de angústia e sofrimento.
O preço que tivemos que pagar.
Não me arrependo.
Valeu a pena.

O que falar sobre a Batalha dos Aflitos que ainda não foi dito?
Qual história contar que ainda não foi contada?
Não há gremista nesse planeta que não se recorde com detalhes aquele 26/11/2005.
Pensei em escrever sobre como foi o meu dia.
Contar que estava aqui no Olímpico trabalhando.
Que não tive condições emocionais de fazer o texto para o site oficial.
Podia tentar descrever a emoção daquele momento.
Podia dizer que chorei.
Mas tudo isso seria chover no molhado.
Sendo assim, decidi reproduzir um texto escrito por mim alguns dias depois daquele jogo.
Pra mostrar que, só mesmo com a presença Dele nas arquibancadas dos Aflitos, o Grêmio conseguiria fazer o que fez:






PÉ QUENTE EM RECIFE:





Já havia decidido. Não adiantava tentar fazer com que eu voltasse atrás. Eu sei que tenho muito trabalho mas estava em dívida com o meu time do coração. Há mais de dois anos que eu não aparecia e esse era o momento certo. Além do mais, não poderia deixar de atender a tantos pedidos.
Achei minha camisa no fundo do armário. Não é a nova, mas trás boas recordações. Estava com ela naquele jogo contra o Corinthians, no Morumbi, na final da Copa do Brasil de 2001. Lembra? Aliás, aquele foi meu último jogo.
Dia de sol e calor em Recife. Com aquelas praias lindas, não resisti a um bom banho de mar pela manhã. Realmente eu tinha feito um ótimo trabalho.
Cheguei cedo aos Aflitos. Estádio pequeno, acanhado. Muito pior que o estádio da Ilha do Retiro, do Sport, que conheci no primeiro jogo da final da Copa do Brasil de 1989. Nos colocaram em um cantinho, atrás do gol, à direita do pavilhão. Estádio lotado, pressão de todas as partes. O jogo começou tenso. O time nervoso em campo, a torcida nervosa na arquibancada. Lance de perigo na área gremista e explosão da torcida adversária. Atônito, perguntei para um cara sem camisa ao meu lado que estava com um radinho na orelha:
- O que houve?
Ele resmungou:
- Pênalti.
O árbitro havia marcado penalidade máxima contra o Grêmio.
Prontamente falei:
- Não esquenta, vai errar.
Estiquei o pescoço para tentar ver a cobrança. O chute foi forte mas a bola estourou no poste. Delírio da torcida gremista que comemorou como se fosse um gol. O cara com o radinho na orelha pulou no meu cangote e gritava: “Tu é mago! Tu é mago!”.
Depois do pênalti perdido, o Náutico ainda teve duas grandes chances. Galatto salvou.
Estes talvez tenham sido os melhores lances da primeira etapa.
Me surpreendi com a qualidade desse jovem goleiro gremista.


Antes do início do segundo tempo, perguntei para o cara do radinho:
- Por que o Ricardinho não voltou?
- Sei lá, foi a resposta.
Lamentei por ter esquecido meu rádio.
- E quem é aquele alemãozinho? Perguntei já me dirigindo para outros torcedores. O gorducho de boné respondeu sem tirar os olhos do gramado:
- É o Lucas. Sobrinho do Leivinha.
Realmente eu precisava me atualizar mais.



O Náutico voltou determinado a vencer o jogo. O Grêmio recuou tentando manter o empate que dava a classificação.A cada gol perdido pela Portuguesa que jogava contra o Santa Cruz na outra partida, o cara do radinho soltava um palavrão. Achei interessante conhecer alguns xingamentos típicos do nordeste.
Aos 15 minutos, o técnico gremista colocou o Anderson em campo. Finalmente poderia ver ao vivo aquele menino de quem falavam maravilhas. Na frente de Galatto, o atacante Kuki perdeu um gol incrível. Essa eu tirei com os olhos!
Os donos da casa tentam mais um ataque pela direita. A bola bate na mão de Escalona que é expulso.
A apreensão está estampada na cara de cada gremista.
Dois minutos depois, o árbitro não marca uma penalidade sobre um atacante pernambucano.
 
 O gordo de boné tira os olhos do gramado pela primeira vez e sussurra baixinho em minha direção tapando a boca com as mãos talvez para que o árbitro não escutasse:
- Foi.
Eu respondi:
- Foi, mas ele não deu.
Não deu aquele. Mas não demorou muito para prevalecer a lei da compensação. Num lance rápido, lá do outro lado da área, uma suposta mão na bola do Nunes. Ele deu pênalti. Bateu o desespero. Dirigentes invadindo o campo, jogadores pressionando o árbitro. Deu até vontade de intervir mas prometi que ia me conter.
  Nunes, Patrício e Domingos expulsos na confusão. Só sete jogadores em campo contra 11 do Náutico. O gordo de boné sentou pela primeira vez e ali ficou. Olhando pro chão tentando acertar cascas de amendoim dentro de um copo de refrigerante cheio de xixi. O cara do radinho tentava enfiar o aparelho dentro do ouvido para ver se escutava o nome de quem havia sido expulso e quantos eram.
Depois de quase meia hora de bola parada, o lateral do Náutico ajeitou na marca da cal para fazer a cobrança.
No segundo degrau da arquibancada, um jovem torcedor identificado com a Alma Castelhana se virou, olhou em minha direção e gritou:
- Faz alguma coisa!
Mas “fazer o que?” pensei.
Quando o jogador partiu pra bola, escutei alguém dizer as minhas costas:
- Não esquenta, vai errar.
Galatto se atirou para o canto esquerdo e defendeu com as pernas.
Incrível a loucura que tomou conta dos torcedores gremistas. Muitos corriam pra cima e pra baixo sem saber o que fazer. O cara do radinho tentava recuperar as pilhas que haviam caído e dizia:
- Espera cobrar o escanteio. Espera cobrar o escanteio.
Olhei para trás em busca do dono daquela voz que havia repetido as minhas proféticas palavras do primeiro pênalti.
Tentando se esconder atrás do gordo de boné, lá estava ele.
- Só podia ser você! Exclamei sorrindo.
Eurico Lara desceu dois degraus e veio em minha direção.
- Oi Mestre, o pessoal lá de cima disse que eu ia te encontrar aqui - Falou me abraçando e completou - O que achou da defesa? Perguntou com um sorriso maroto de quem acaba de fazer arte.
- Tu não tem jeito mesmo, suspirei.
A apreensão era tanta que a torcida gremista passou a acompanhar o desfecho final em completo silêncio.
- Vai ser difícil agüentar a pressão com apenas seis jogadores na linha, disse Lara me olhando de canto de olho para ver a minha reação.
Devolvi a olhada e caí na gargalhada quando ele deu aquela balançada de sobrancelha como se estivesse perguntando “Tá. E aí? Vai ficar nisso?”.
- Não posso, lamentei.
Ele me olhou e apelou:
- O Senhor está me devendo essa desde aquele jogo contra o Ajax em 95 que não quis que a gente fosse.
O cara do radinho me olhou. Olhei pra ele, olhei pro Lara. Suspirei:
- Tá bom, tá bom. Deixa esse finalzinho comigo.
Anderson desceu com a bola pela esquerda e foi derrubado na frente do banco de reservas tricolor. Cartão vermelho para o zagueirão pernambucano.
Abatidos pela penalidade perdida e com pouco tempo para tentar um gol, os jogadores do Náutico não se deram conta quando a falta foi batida com rapidez. Em velocidade, Anderson passou por dois e largou a bola no fundo das redes.
Grêmio 1 a 0!
Nova loucura nas arquibancadas. O espacinho destinado ao torcedor gremista ficou pequeno para tamanha festa. Nessa hora, o cara do radinho já havia rolado até o alambrado e, com as costas esfoladas, estava abraçado ao policial militar que tentava se desvencilhar
. 

Olhei pro Lara e disse:
- Gostou? Grande vitória, né?
Com o espanto na cara, balançou a cabeça positivamente.
- Graças a Deus. Graças a Deus.
Com a missão cumprida já não restava mais nada a fazer ali e ainda tinha muito trabalho acumulado para resolver.
- Vamos comigo? Perguntei.
- Ainda não. Vou dar um pulo lá no Sul para ver como está a festa.
- Então faz um favor. Antes de subir, passa ali no Olímpico e me compra uma camisa nova da Puma. Depois a gente acerta. 



fonte:  http://www.marcioneves.net/2010/11/26112005-valeu-pena.html

domingo, 2 de dezembro de 2012

O último adeus ao estádio Olímpico Monumental

 

Adeus Olímpico, o fim de uma história thumbnail No dia 21 de junho de 1980, uma vitória de 1 a 0 sobre o Vasco da Gama, em partida amistosa, marcou a inauguração do Olímpico após a conclusão dos anéis superiores.
Victor Hugo Furtado 

Muita coisa está em jogo no Gre-Nal deste domingo, dia 02: tanto a despedida do místico e adorado estádio tricolor, quanto o resgate de um ano em que o Internacional colecionou fracassos.
Será demolido em março de 2013 o estádio que foi projetado pelo arquiteto Plinio Oliveira Almeida, o vencedor de um concurso realizado em 1950. Na época da sua construção, era considerado o maior estádio particular do mundo.

 
 
O jogador Vitor marcou os gols tricolores do jogo de inauguração antes da conclusão dos anéis superiores, entrando para a história por ter marcado o primeiro gol do estádio gremista. Na metade do ano de 1980, o Estádio Olímpico, com o fechamento da última parte do anel superior, teve sua construção concluída. O projeto final do estádio, sempre coordenado pelo seu autor original, arquiteto Plinio Almeida, teve também a participação dos arquitetos e co-autores Rogério de Castro Oliveira e Fabio Boni.
Desde então, a casa gremista passou a ser conhecida como Olímpico Monumental. No dia 21 de junho de 1980, uma vitória de1 a0 sobre o Vasco da Gama, em partida amistosa, marcou a inauguração do Olímpico concluído.
 
 Acima de tudo respeito
Em meio ao clima normalmente marcado por tensão e provocações que ocorre antes de cada Gre-Nal, o centroavante colorado Leandro Damião demonstrou grande respeito ao momento histórico vivido pelo Grêmio, que mudará de estádio no início de dezembro, do Olímpico para a Arena. Nesta semana, após o treino comandado pelo interino Osmar Loss, o atacante lamentou o fato de o Estádio Olímpico estar vivendo seus últimos dias de vida e elogiou a casa do rival.
Comenta o atacante: “Tenho muito respeito pelo Olímpico. É um estádio muito bonito, e várias coisas boas aconteceram ali. É triste para o futebol perder um estádio como o Olímpico, mas faz parte”.
 
 Jogos Memoráveis do Olímpico Monumental
1977 - O Grêmio viu o Internacional vencer o Gauchão  oito vezes  seguidas. Até 1977. O time tricolor comandado por Telê Santana se reforçou e tinha o objetivo de desbancar o adversário da hegemonia estadual. Mesmo tendo uma máquina comandada por Falcão e cia. o Inter acabou derrotado pelo Grêmio, no Olímpico, num clássico que ficou na memória. André Catimba que recebeu de Yura, colocou na rede e saiu para comemorar dando um salto de proporção fora do comum. Mas o salto falhou, ele se espatifou no chão, se machucou e precisou ser substituído. O Grêmio venceu, quebrou hegemonia dos colorados e entrou para história. No fim do jogo, os rivais provocaram uma grande confusão, com brigas e reclamações, o árbitro apitou antes do tempo, mas nada disso apagou o grande momento vivido.


1983 - o Grêmio havia chegado a Libertadores por ser vice-campeão do Brasileiro de 1982. Empenhado na conquista da América, o time tricolor superou adversários até uma difícil final. Pela frente o campeão da edição anterior do torneio: Peñarol. Mais do que isso, a equipe uruguaia já tinha no currículo quatro Libertadores e três Mundiais. Em Montevidéu, no jogo de ida, empate em1 a 1. No dia 28 de julho de 1983, o Grêmio conquistou pela primeira vez o continente. Com gols de Caio e César, jogando no Olímpico lotado, o time gaúcho carimbou passaporte para o Mundial em Tóquio, onde venceria o Hamburgo e ganharia o maior título de sua história.
 

1995 - A Libertadores de 1995 foi conquistada pelo Grêmio. Mas não seria não fosse à passagem pelo Palmeiras. Dois duelos memoráveis com Felipão no comando dos gaúchos e Carlos Alberto Silva no Palmeiras. O time paulista na sua famosa injeção de dinheiro da Parmalat tinha Rivaldo, Cafú, Roberto Carlos, Muller, muitos jogadores de qualidade. O Grêmio tinha Danrlei, Paulo Nunes, Dinho e Jardel em um time de cara Gaúcha. Mas logo de cara, no jogo de ida, em casa, o time gaúcho mostrou sua força. Aplicou5 a 0, gols de Arce, Arílson e três de Jardel. Na partida, ainda, houve a famosa briga entre Dinho e Válber, que trocaram socos no campo e fora dele após serem expulsos.



1996 - O bicampeonato brasileiro do Grêmio veio de forma dramática. Superando oponentes classificação após classificação, o time gaúcho chegou a final jogando por dois resultados iguais contra a Portuguesa, pois que teve melhor campanha na primeira fase. O jogo de ida foi preocupante. No Canindé, o time de Rodrigo Fabri, Zé Roberto, Clemer e companhia venceu por2 a 0. Mas no Olímpico lotado, acreditando sempre na vitória, Paulo Nunes abriu o placar e Aílton, que havia acabado de entrar por sugestão de Dinho a Felipão na beira do gramado arrematou aos 40 do segundo tempo e garantiu o título gremista. Vitória por 2 a 0 e mais um título atuando em casa.

 










Informações de grêmio.net e  esporte.uol.com.br

FOTO: reprodução / zerohora.clicrbs.com.br