Mostrando postagens com marcador musica. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador musica. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Secos & Molhados - Grupo Musical

Secos & Molhados foi o nome de um grupo musical que fizeram um megasucesso na década de 70 e também de onde surgiu um dos grandes fenômenos da música popular brasileira, o cantor Ney Matogrosso.

A história de Secos & Molhados tem início quando João Ricardo, Fred e Antônio Carlos formaram um conjunto e se apresentavam no bairro do Bixiga, em São Paulo, mas o conjunto acabou logo se desfazendo.

Fred e Antônio Carlos resolveram seguir suas carreiras solos e assim João Ricardo resolveu formar novamente o grupo e saiu a procura dos novos integrantes. Através da compositora e cantora Luli, João conseguiu conhecer Ney Matogrosso e logo ficou impressionado com a versatilidade dele e propôs o convite, logo aceito. Algum tempo depois um amigo de João Ricardo chamado Gerson Conrad, que também era seu vizinho, passou a incorporar o grupo.

Em 1973, o grupo conseguiu gravar o primeiro disco e logo conseguiu atrair a atenção de todos, com suas apresentações nunca vista, contando com um figurino inusitado, maquiagens exageradas sobre o rosto e o vocal com uma incrível sonoridade, que logo acabou chamado a atenção de todos e vendendo uma quantidade inimaginável de discos.

Chegaram a fazer um grande show no Maracanãzinho que chegou a bateu todos recordes de audiência nunca jamais visto no Brasil. Apesar de todo o sucesso, o segundo disco da banda demora a sair, assim como começam as primeiras discussões e brigas entre os integrantes do grupo. O segundo disco chega em 1974, mas não repete o mesmo êxito estrondoso do primeiro e pouco tempo depois o grupo acaba se desfazendo.

Ney Matogrosso resolve desenvolver um trabalho solo e se dá muito bem na sua carreira e se torna um nome conhecido até os dias de hoje. Gerson Conrad lança um disco juntamente com a Zezé Motta e também chega às paradas de sucesso com algumas músicas do disco. João Ricardo resolve adquirir os direitos sobre o nome Secos & Molhados, após meses de brigas judiciais.

Assim em maio de 1978, João Ricardo resolve lançar um terceiro disco dos Secos & Molhados, agora contando no grupo com Lili Rodrigues, Wander Taffo, Gel Fernandes e João Ascensão e consegue chegar às paradas de sucesso com “Que Fim Levaram Todas as Flores?”.

Dois anos depois em 1980, João Ricardo resolve lançar o quarto disco do grupo Secos & Molhados, agora juntamente como Mozarte Melo, Roberto Lazzarini, Alexandre e Dadi, mas esse disco não consegue nenhum sucesso comercial.

João Ricardo ainda tenta uma quinta formação em 1988 juntamente com Tôto Braxil, um álbum denominado “A Volta do Gato Preto”. Em 1999, João Ricardo grava um disco chamado”Teatro?”, depois em 2000 o disco “Memória” e finalmente o disco “Puto” em 2007.


fonte: http://www.tvsinopse.kinghost.net/

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A história da música Tears In Heaven de Eric Clapton

Em 1976, Clapton foi o centro de polêmicas devido a acusações de racismo, ao protestar contra a imigração crescente durante um show em Birmingham. Clapton disse que a Inglaterra estava "se tornando superpopulada" e implorou para que a platéia votasse em Enoch Powell para impedir que a Grã-Bretanha virasse uma "colônia negra". Seus comentários motivariam diretamente a criação do evento Rock Against Racism. Anos mais tarde, em sua autobiografia, Clapton afirma não se lembrar do episódio e cogita estar sob influência de drogas ou bebida durante a declaração, e defende-se dizendo que não faria sentido que fosse racista, afinal, todos os seus grandes ídolos eram negros. Nesta mesma época, seu nome começou a aparecer em álbuns lançados no Japão como "Eric Crapton" ("Crap" significa "fezes", em inglês), embora isso seja provavelmente mais um caso de "engrish" do que de malevolência.

O final dos anos 1970 viu um Clapton com dificuldades de se acertar com a música popular, causando uma recaída no alcoolismo que o levou a ser hospitalizado e depois internado para um período de convalescença em Antígua, onde ele mais tarde apoiaria a criação de um centro de reabilitação existente até hoje, chamado Crossroads Center, e, mais tarde, criou um evento chamado Crossroads Guitar Festival, que visava arrecadar dinheiro para contribuir com o tratamento dos dependentes de drogas. Em 1985 Clapton conheceu Yvone Khan Kelly, com quem ele começaria um relacionamento. Eles tiveram uma filha, Ruth, que nasceu no mesmo ano. Clapton se divorciaria de Yvone Khan Kelly em 1988.


A composição de "Tears In Heaven"

No começo dos anos 1990, a tragédia voltaria a atormentar a vida de Clapton em duas ocasiões. No dia 27 de agosto de 1990 o guitarrista Stevie Ray Vaughan (que estava em turnê com Eric) e dois membros de sua equipe de apoio morreram em um acidente de helicóptero. No ano seguinte, em 20 de março de 1991, Conor, filho de quatro anos de Clapton com a modelo italiana Lori Del Santo, morreu depois de cair da janela de um apartamento. Um instantâneo da dor de Clapton pôde ser visto com a canção "Tears In Heaven", My Father's Eyes (Pilgrim, 1998) e Circus Left Town (Pilgrim, 1998).

domingo, 17 de junho de 2012

Roger Waters: Carta aberta à Palestina




O controle repugnante e draconiano que Israel exerce sobre os palestinos exige que as pessoas, com sentido de justiça, os apoiem na sua resistência civil

Em 1980, uma canção que escrevi, “Another Brick in the Wall Part 2”, foi proibida pelo governo da África do Sul porque estava a ser usada por crianças negras sul-africanas para reivindicar o seu direito a uma educação igual. Esse governo de apartheid impôs um bloqueio cultural, por assim dizer, sobre algumas canções, incluindo a minha.


Vinte e cinco anos mais tarde, em 2005, crianças palestinianas que participavam num festival na Cisjordânia usaram a canção para protestar contra o muro do apartheid israelita. Elas cantavam: “Não precisamos da ocupação! Não precisamos do muro racista!” Nessa altura, eu não tinha ainda visto com os meus olhos aquilo sobre o que elas estavam a cantar.




Um ano mais tarde, em 2006, fui contratado para atuar em Telavive.


Palestinos do movimento de boicote académico e cultural a Israel exortaram-me a reconsiderar. Eu já me tinha manifestado contra o muro, mas não tinha a certeza de que um boicote cultural fosse a via certa. Os defensores palestinos de um boicote pediram-me que visitasse o território palestiniano ocupado para ver o muro com os meus olhos antes de tomar uma decisão. Eu concordei.Sob a protecção das Nações Unidas, visitei Jerusalém e Belém. Nada podia ter-me preparado para aquilo que vi nesse dia. O muro é um edifício revoltante. Ele é policiado por jovens soldados israelitas que me trataram, observador casual de um outro mundo, com uma agressão cheia de desprezo. Se foi assim comigo, um estrangeiro, imaginem o que deve ser com os palestinos, com os subproletários, com os portadores de autorizações. Soube então que a minha consciência não me permitiria afastar-me desse muro, do destino dos palestinos que conheci, pessoas cujas vidas são esmagadas diariamente de mil e uma maneiras pela ocupação de Israel. Em solidariedade, e de alguma forma por impotência, escrevi no muro, naquele dia: “Não precisamos do controle das ideias”.


Realizando nesse momento que a minha presença num palco de Telavive iria legitimar involuntariamente a opressão que eu estava a testemunhar, cancelei o meu concerto no estádio de futebol de Telavive e mudei-o para Neve Shalom, uma comunidade agrícola dedicada a criar pintainhos e também, admiravelmente, à cooperação entre pessoas de crenças diferentes, onde muçulmanos, cristãos e judeus vivem e trabalham lado a lado em harmonia.


Contra todas as expectativas, ele tornou-se no maior evento musical da curta história de Israel. 60.000 fãs lutaram contra engarrafamentos de trânsito para assistir. Foi extraordinariamente comovente para mim e para a minha banda e, no fim do concerto, fui levado a exortar os jovens que ali estavam agrupados a exigirem ao seu governo que tentasse chegar à paz com os seus vizinhos e que respeitasse os direitos civis dos palestinianos que vivem em Israel.


Infelizmente, nos anos que se seguiram, o governo israelita não fez nenhuma tentativa para implementar legislação que garanta aos árabes israelitas direitos civis iguais aos que têm os judeus israelitas, e o muro cresceu, inexoravelmente, anexando cada vez mais a faixa ocidental.


Aprendi nesse dia de 2006 em Belém alguma coisa do que significa viver sob ocupação, encarcerado por trás de um muro. Significa que um agricultor palestino tem de ver oliveiras centenárias ser arrancadas. Significa que um estudante palestino não pode ir para a escola porque o checkpoint está fechado. Significa que uma mulher pode dar à luz num carro, porque o soldado não a deixará passar até ao hospital que está a dez minutos de estrada. Significa que um artista palestiniano não pode viajar ao estrangeiro para exibir o seu trabalho ou para mostrar um filme num festival internacional.


Para a população de Gaza, fechada numa prisão virtual por trás do muro do bloqueio ilegal de Israel, significa outra série de injustiças. Significa que as crianças vão para a cama com fome, muitas delas malnutridas cronicamente. Significa que pais e mães, impedidos de trabalhar numa economia dizimada, não têm meios de sustentar as suas famílias. Significa que estudantes universitários com bolsas para estudar no estrangeiro têm de ver uma oportunidade escapar porque não são autorizados a viajar.


Na minha opinião, o controle repugnante e draconiano que Israel exerce sobre os palestinos de Gaza cercados e os palestinos da Cisjordânia ocupada (incluindo Jerusalém oriental), assim como a sua negação dos direitos dos refugiados de regressar às suas casas em Israel, exige que as pessoas com sentido de justiça em todo o mundo apoiem os palestinos na sua resistência civil, não violenta.


Onde os governos se recusam a atuar, as pessoas devem fazê-lo, com os meios pacíficos que tiverem à sua disposição. Para alguns, isto significou juntar-se à Marcha da Liberdade de Gaza; para outros, isto significou juntar-se à flotilha humanitária que tentou levar até Gaza a muito necessitada ajuda humanitária.


Para mim, isso significa declarar a minha intenção de me manter solidário, não só com o povo da Palestina, mas também com os muitos milhares de israelitas que discordam das políticas racistas e coloniais dos seus governos, juntando-me à campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) contra Israel, até que este satisfaça três direitos humanos básicos exigidos na lei internacional.


1. Pondo fim à ocupação e à colonização de todas as terras árabes [ocupadas desde 1967] e desmantelando o muro;



2. Reconhecendo os direitos fundamentais dos cidadãos árabo-palestinianos de Israel em plena igualdade; e


3. Respeitando, protegendo e promovendo os direitos dos refugiados palestinianos de regressar às suas casas e propriedades como estipulado na resolução 194 da ONU.


A minha convicção nasceu da ideia de que todas as pessoas merecem direitos humanos básicos. A minha posição não é antisemita. Isto não é um ataque ao povo de Israel. Isto é, no entanto, um apelo aos meus colegas da indústria da música e também a artistas de outras áreas para que se juntem ao boicote cultural.


Os artistas tiveram razão de recusar-se a atuar na estação de Sun City na África do Sul até que o apartheid caísse e que brancos e negros gozassem dos mesmos direitos. E nós temos razão de recusar atuar em Israel até que venha o dia – e esse dia virá seguramente – em que o muro da ocupação caia e os palestinianos vivam ao lado dos israelitas em paz, liberdade, justiça e dignidade, que todos eles merecem.


17 de Março de 2011

http://mariolobato.blogspot.com.br

Roger Waters - O gênio



Se ontem o dia era de celebrar os 65 anos do nascimento de Freddie Mercury, hoje também se comemora o aniversário de um gênio da música. Para mim, um dos maiores da história: Roger Waters, baixista, vocalista, compositor, fundador e principal mentor do Pink Floyd, que está completando 68 anos.

Depois de Syd Barret ter se afastado da banda, em 1968, Waters assumiu para si a responsabilidade de ser o letrista, ao passo que para a guitarra foi recrutado David Gilmour. Se à época estas mudanças podiam ser vistas com desconfiança, o tempo provou que elas transformaram o som e os rumos da banda, alçando-os à condição de ícones do rock, consagrando a banda que os fãs, como eu, aprenderam a amar de forma incondicional. Tornaram-se uma das maiores bandas da história da música.

Waters saiu da banda na década de 80, após o disco The Final Cut – que na visão equivocada de muitos críticos não é um bom disco. Ao meu ver, é um dos maiores trabalhos do Pink Floyd, ainda que praticamente seja um disco solo de Waters.

O baixista enveredeu por uma carreira solo com pouco apelo pop, após perder o direito de usar o nome Pink Floyd num longo litígio. Para nossa sorte, nos anos 2000, Roger resolveu botar o pé na estrada, apresentando gigantescas turnês desde então, levando a públicos inéditos, que nunca puderam ver sua antiga banda em ação, toda a genialidade e a grandiosidade de sua música e seus espetáculos. Ele é o único membro do Floyd que já se apresentou por terras brasileiras.


Ano que vem ele desembarca no Brasil mais uma vez, apresentando o show The Wall. Lá estaremos, sem falta! Nos últimos anos, Waters e os remanescentes da banda reaproximaram-se, sendo que Nick Mason e David Gilmour até participaram de um dos shows desta sua turnê.

Parabéns e vida longa, Roger Waters! Sua música é indispensável e faz parte de minha formação.


tags: roger waters,pink floyd, rock, the wall, show de rock, genio,


fonte: http://debaixodochapeu.wordpress.com

sábado, 19 de maio de 2012

Baterista do Black Sabbath desiste de continuar com a banda

Vocalista Ozzy Osbourne. Foto: Getty Images

Os integrantes da lendária Black Sabbath anunciaram que o baterista Bill Ward não estará presente nos próximos shows da turnê de reunião do grupo, de acordo com informações do site Gigwise

Ward, por sua vez, confirmou a declaração dos colegas ao dizer que não foi possível chegar a um acordo em relação ao seu contrato. Ele também frisou que não ficou nada satisfeito com a oferta de tocar somente as três primeiras músicas da próxima apresentação da banda a ser realizada neste sábado (19), em Birmingham, Reino Unido. "Eu não estava disposto a participar desta oferta. Eu não estava preparado para ver outro baterista tocar uma música do Sabbath, enquanto eu tocaria apenas três músicas.".

A banda emitiu uma declaração dizendo: "nós decidimos não fazer nenhum comentário detalhado sobre a última declaração de Bill. Há dois lados em toda história". Além do show deste sábado, o grupo irá se apresentar no Festival Download nos dias 8 e 10 de junho.

sábado, 12 de maio de 2012

The Traveling Wilburys


1988-1990

A primeira reunião informal teve lugar no estúdio de gravação de Bob Dylan em Santa Mônica, Califórnia, onde se juntaram Roy Orbison, Tom Petty e George Harrison para gravar a canção "Handle with Care", que faria parte do lado B do single "This Is Love", extraído do álbum Cloud Nine de George Harrison.

Devido aos bons momentos que passaram juntos em estúdio de gravação, decidiram gravar um álbum em um período de dez dias, devido principalmente à iminente turnê de Bob Dylan, no que cada membro contribuiu com várias canções. Lançado em outubro de 1988, sob vários pseudônimos o álbum Traveling Wilburys Vol. 1 alcançou o posto número 79 da lista dos 100 melhores discos dos anos 1980 publicada pela revista musical Rolling Stone. Posteriormente, seria indicado como Álbum do Ano no prêmio Grammy.

Apesar da morte de Roy Orbison em 6 de dezembro de 1988, o grupo gravou um último álbum sob pseudônimos distintos, ainda que conservando o nome Wilbury. A modo de homenagem, no videoclipe da canção "End Of The Line" figura uma guitarra e um retrato de Roy Orbison. Durante certo tempo, a imprensa especulou sobre uma possível entrada no grupo de Del Shannon, mas seu suicídio em 1990 acabou com este projeto. O segundo álbum, chamado Traveling Wilburys Vol. 2, seria o último trabalho do grupo, precedido do single "Nobody's Child".

O falecimento de Roy Orbison, vocalista do grupo, e a onipresença compositora de Bob Dylan no segundo álbum, (mais da metade das canções foram compostas por ele), contribuíram para um final amistoso do grupo.

2007: O ressurgimento

Aos finais da década de 1990 e começo do novo milênio, os dois álbuns dos Traveling Wilburys estavam fora de catálogo. Harrison, como dono dos direitos sobre os álbuns, trabalhou neles antes de sua morte para um futuro lançamento, embora não tenha chegado a vê-lo devido a sua morte em 2001. Em junho de 2001, depois do anúncio de Tom Petty na XM Satellite Radio, os dois álbuns foram publicados em formato CD junto a um DVD adicional.

O nome

O nome "Wilbury" foi um termo familiar utilizado por George Harrison e Jeff Lynne durante a gravação do álbum Cloud Nine. Em inglês "We’ll bury them in the mix" pode ser traduzido como "nós os enterraremos na mistura". No início, George Harrison sugeriu o nome The Trembling Wilburys, mas posteriormente acabaram mudando para The Traveling Wilburys.

Integrantes

No álbum Traveling Wilburys Vol. 1:

No álbum Traveling Wilburys Vol. 3:

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Grandes Festivais da Música popular brasileira



Os Grandes Festivais da TV


Finalmente falaremos nesta coluna sobre um assunto que muitos leitores queriam que eu falasse...Os grandes festivais de música que marcaram uma época, não só na história da televisão, como a do país. Não é brasa, mora? Então é hora de agitarmos nossas memórias e irmos no balanço dos festivais!

Shows e musicais



Não podemos deixar de lado os musicais e shows que prepararam o povo e o meio televisivo para a entrada dos grandes festivais. Tudo vem, com certeza, da herança da Era do Rádio. As "Cantoras do Rádio", o "Ring Musical" da Rádio Record e os programas musicais são pais do gênero na mídia, já que antes disso tudo no jornalismo não se tinha como utilizar um som. Outro importante fato é a criação do disco de vinil (78 rotações) no Brasil, já que a maioria vinha do exterior. Um dos primeiros, se não for o primeiro brasileiro, foi o do primeiro samba do mundo: "Pelo Telefone", de Sinhô. Antes do vinil só existia a pianola e a caixa de música, que apenas davam ao receptor a possibilidade de cantar junto ao som e não ouvir a voz cantada e o instrumento reproduzido. Nem cheguemos mais longe ainda, pois teríamos que falar dos shows, operetas, musicais e as partituras vendidas para o público tocar e cantar em casa. Mas voltando ao surgimento da televisão, aos poucos o gênero musical foi invadindo o meio. As emissoras de São Paulo e do Rio de Janeiro já estavam promovendo seus shows e musicais... Desde suas inaugurações! Exemplo disso está na inauguração da Tupi, da Record e da Excelsior. Mas o gênero musical aumentou mais ainda no início da década de 60. A Tupi tinha seu "Festival Cinzano da Canção Brasileira", a Record o "I Festa da Músical Popular Brasileira" e "O Fino da Bossa" (programa musical que inicialmente começou no centro acadêmico da Universidade Mackenzie), a Excelsior a "Cancioníssima-63" e "Noites da Bossa Paulista", a TV Rio tinha "A Mais Bela Canção de Amor", "Um Cantor por um Milhão", "Um Milhão por uma Canção" (os dois últimos no programa "Noite de Gala", que lançou Flávio Cavalcanti na TV). Isso tudo além dos festivais regionais de música que aconteciam por todo país. Hora de começar O público aplaudia e gostava do que via nos shows e musicais da televisão. Inspirado no Festival de San Remo, o profissional Solano Ribeiro, junto com os jornalistas Franco Paulino e Moraci do Val junto os músicos de São Paulo e Rio de Janeiro para fazer um grande festival de música. A inspiração em San Remo veio de Solano Ribeiro, que reparou que nas rádios da época entupiam-se de músicas italianas após este festival. O Boni, que era da TV Excelsior na época, chamou Solano Ribeiro para dirigir a programação da emissora...Nem sabia ele o que viria pela frente.



E foi com o patrocínio das Lojas Eduardo que eles juntaram Rio e São Paulo para criar o "Primavera Eduardo É Festival de Bossa Nova", onde pela primeira vez apareceu o nome "festival". Foi neste que Elis Regina começou.

Mas eles queriam mais... Queriam ficar mais próximos do de San Remo. Foi quando um grande número de jovens se inscreveu para o "I Festival de Música Popular Brasileira", que a mesma TV Excelsior realizou no ano de 1965. O Brasil entrava assim na onda dos festivais, acompanhado pelo piano de Amílson Godoy. Elis Regina novamente foi a revelação do festival, ganhando com a música "Arrastão" de Edu Lobo e Vinicius de Moraes. Este final aconteceu em 6 de abril de 1965, com Elis Regina ganhando o prêmio "Berimbau de Ouro" no Guarujá (SP). 


Neste "I Festival de MPB", nosso amigo David Grimberg ajudou na produção e foi responsável por ajudar Elis Regina a pular o muro dos fundos para entrar no local da transmissão, já que uma multidão de fãs não deixavam ela entrar pela porta da frente.

Elis trabalhava na TV Rio, quando Solano Ribeiro a convidou para trabalhar na Excelsior em São Paulo. Mas Edson Leite (criador dos bonecos "Ritinha e Paulinho"), superintendente do canal 9 achou besteira contratá-la. Foi nesta recusa que a Excelsior perdeu uma grande chance. A TV Record contratou Elis e ela fez grande sucesso com seu programa "O Fino da Bossa" (mais tarde Jair Rodrigues apresentaria ao lado de Elis). Era o "nascimento" de uma poderosa TV Record.

Os Festivais da Record

A Record lança para a história televisiva a moda do "iê iê iê" (Erasmo, Wanderléia, Roberto Carlos, Antonio Marcos, Vanusa, Celly e Tony Campello, ...), a Jovem Guarda e a Tropicália. Com estes três elementos ela chega a líder de audiência, graças aos seus festivais - que foram promovidos por Solano Ribeiro, que havia deixado a TV Excelsior. 



Se consagrou com o slogan "Record, a emissora dos musicais", porque além dos festivais ela continuava a promover shows com astros internacional, como Marlene Dietrich, Louis Armstrong, The Platters, Sammy Davis Jr., Frank Sinatra e tantos outros que lotaram o Teatro Record. Foi a Record que lançou programas como Bossaudade e Jovem Guarda (com Roberto Carlos).

Momentos Históricos

Na história dos festivais há um momento que não será esquecido. Em 10 de outubro de 1966 no "II Festival de MPB", realizado pela TV Record, Jair Rodrigues - que interpretava a música "Disparada" de Geraldo Vandré e Theo de Barros (que ainda tocou sua viola), acompanhado de Hermeto Pascoal no piano e completado Quarteto Novo, Nanini (percursão) e o Trio Maraya - competiu lado a lado com Nara Leão e Chico Buarque - interpretando sua música "A Banda". O público ficou indeciso com seus gritos e aplausos, metade queria consagrar "Disparada" como a vencedora, a outra metade queria "A Banda"... O mesmo acontecia com os jurados. Historicamente tiveram que dividir o título ao meio. 



O festival de 1967 entraria para a história dos Grandes Festivais por possuir um grande número de músicos de boa qualidade, desde Chico Buarque à Roberto Carlos, passando por Gilberto Gil (neste ano nasceu a Tropicália), Edu Lobo, Johnny Alf, Mutantes, entre outros. Mas neste mesmo festival cobriram os auditórios de vaias quando Jair Rodrigues foi desclassificado por causa de uma pequena torcida da gravadora e foi classificada a música "Beto Bom de Bola" de Sérgio Ricardo, que mostrava-se desafinado e com altos e baixos na melodia de sua música. No final do concurso as vaias aumentaram e Sérgio Ricardo, com muita raiva quebrou seu violão na perna e tacou-o na platéia. Naquela edição do festival começaram a surgir os protestos com tempáticas revolucionárias, anti-ditadura militar. A censura começou a pegar no pé com mais firmeza... 



E 1968 foi o ano do Tropicalismo nos festivais da Record, daí surgiu Tom Zé, que foi campeão com "São São Paulo Meu Amor" ao lado de Chico Buarque com "Bem Vinda". O último festival foi em 1969, o IV Festival de Música Popular Brasileira, que foi vencido por Paulinho da Viola e sua música "Sinal Fechado". Depois disso acabaram-se os festivais da Record e a emissora optou por reformular seu modelo de festival e criar a Bienal do Samba (a primeira aconteceu em 1968).



No ano seguinte vários incêndios se espalharam pelos estúdios das emissoras do Rio e de São Paulo, como também em seus teatros (exemplo disso é o caso do incêndio no Teatro Record - a emissora sofreu três incêndios em menos de um ano).

Outros Festivais

A Excelsior em 1966 deixaria de fazer o Festival de Música Popular Brasileira, como já disse aqui, e criaria o "I Festival da Nova Música Popular" (chamada pela própria também como "II Festival de MPB", como o que já acontecia na Record) e depois criou o "Brasil Canta" (em São Paulo) e "Brasil Canta no Rio", que revelou Taiguara.

A Secretaria de Turismo da Guanabara criou em 1965 o "FIC - Festival Internacional da Canção", que teve sua primeira realização feita pela TV Rio em 1966. O primeiro consagrou Nana Caymmi com "Saveiros" de Nelson Motta e de seu irmão Dori Caymmi. A partir do II FIC, a Globo foi a responsável - até 1972 quando ele foi extinto.

Foi através do FIC que Milton Nascimento, Beth Carvalho, Golden Boys, Belchior, Zé Rodrix, Jorge Ben (na época sem o segundo "jor") Edmundo Souto, Baden Powell, Paulinho Tapajós, Danilo Caymmi, Ednardo, Cynara e Cybele (que depois seriam responsáveis pela criação do "Quarteto em Cy", Paulo Sérgio Pinheiro, Tom Jobim e outros se consagraram. O FIC conseguiu mais força ainda quando Solano Ribeiro passou da Record para lá, ao lado de seu produtor Renato Corrêa e Castro em 1968. O FIC tinha até hino, composto por Erlon Chaves. 



A TV Globo naquele ano finalmente fez com que o FIC ficasse para história quando transmitiu com muita ousadia músicas anti-ditadura, como "É Proibido Proibir" de Caetano Veloso, "Questão de Ordem" de Gil e principalmente "Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores", que virou hino da luta contra a ditadura militar ("Caminhando e cantando e seguindo a canção..." - a música impressionou o povo mais ainda no Maracanãzinho, por ter sido cantada apenas por Vandré e acompanhado só do violão, mais nada, nem ninguém). A platéia quase chegou a agredi-los. Foram perseguidos após baterem de frente com o AI-5 (Ato Inconstitucional n.º 5, imposto pelo Presidente Costa e Silva). E o resultado foi o exílio da maioria dos cantores da época...Gil, Caetano, Chico Buarque, entre outros foram para o exterior, sem esquecer dos políticos e líderes de movimentos revolucionários.

A vitória de "Sabiá" de Tom Jobim no lugar de "Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores" é considerado por muitos como uma vitória injusta. Talvez seja por causa desta música que Tom Jobim seja taxado por muito como alguém que ficou omisso ao movimento anti-ditatura na classe artística da qual fez parte até sua morte. Solano Ribeiro até disse uma vez ao Jornal da Tarde que "houve uma forçada de barra, sim", quando se referiu à vitória de "Sabiá". Outra coisa que marcou o FIC era a frase do apresentador Hilton Gomes: "Boa sorte, maestro!".



Com a saída dos grande nomes, o festival começava a perder a graça. A censura no FIC fez com que Solano Ribeiro deixasse os festivais, sendo que Nara Leão também fosse impedida de participar do júri de 1972. A última edição revelou Raul Seixas, Maria Alcina, Fagner, Jorge Ben, Sérgio Sampaio, Belchior, Alceu Valença, Ednardo e outros. Mesmo assim não conseguiria mais resistir.

A Tupi se preocupou com os festivais a partir de 1968 quando realizou o "I Festival Universitário da Música Popular Brasileira", que durou até 1972. Neste surgiram Gonzaguinha, Aldir Blanc, Alberto Land, César Costa Filho, Clara Nunes, Ivan Lins, Waldemar Correia, Lucinha Lins (como Lúcia Maria, por ser menor de idade e ter que forjar até sua identidade), Taiguara, Walter Franco, entre outros. A emissora só volto a investir em festivais em 1979, um ano antes de sua falência, com o "Festival de MPB da Tupi", quando Fagner foi campeão com a música "Quem Me Levará Sou Eu". 



A Excelsior e a Tupi faliram, a Record não pensou mais no gênero; depois do FIC a Globo tentou com outros festivais também, como o "Abertura" (1975), "MPB-Minister" (1980), "MPB-Shell 81" (1981), "MPB-Shell 82" (1982), "Festival dos Festivais" (1985) e depois de um tempo lançou o "Globo de Ouro" que seria a saída para quem ainda gostava dos festivais, este acabou em 1990 e revelou talentos como Lobão, Legião Urbana, Titãs, 14-BIS, Blitz e Eduardo Dusek; a Manchete lançou seus musicais e a Band também (os do Chico Buarque foram de sucesso); a Cultura lançou o seu "Bem Brasil" e a MTV "nasceu para tocar música" para o jovem. Programas musicais começaram em todos os canais, até na Gazeta e no SBT, como no "Sabadão". 



A Globo em 1999 lançou o programa "100 Anos de MPB", que deu "Carinhoso" como a campeã e em 2000 lançou o "Festival da Globo" (apresentado por Serginho Groismann), mas não obteve repercussão e não consagrou nenhum talento como antigamente. Nunca mais existiram festivais como os antigos que mexeram com a história e com a cabeça do povo brasileiro. Vamos ver o que surgirá daqui pra frente... 


E vamos ficando por aqui novamente. E deixo vocês com "Arrastão", a primeira música a ganhar um dos grandes festivais de MPB.


"Arrastão
    (Edu Lobo / Vinícius de Moraes - Intérprete: Elis Regina)

    Eh!
    Tem jangada no mar
    Eh! Eh! Eh...
    Hoje tem arrastão
    Todo mundo pescar...
    Chega de sombra João
    Olha o arrastão entrando no mar sem fim
    Eh! Meu irmão me traz lemanjá pra mim
    Minha Santa Bárbara me abençoai
    Quero me casar com Janaína
    Eh! Puxa bem devagar

    Eh! Eh! Eh...
    Já vem vindo o arrastão
    Eh! A rainha do mar
    Vem, vem na rede João pra mim
    Glória de Deus
    Nosso Senhor do Bonfim
    Nunca jamais se viu tanto peixe assim..."


Imagens
Caetano Veloso canta "Alegria, Alegria" no III Festival de MPB. Arquivo Rede Record (1967). Jair Rodrigues, Nara Leão e Chico Buarque comemorando a vitória no II Festival de MPB. Arquivo Rede Record (1966).



fonte: http://www.sampaonline.com.br

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Hardcore punk / Melódico

Hardcore Punk

No contexto punk, refere-se à cena musical surgida internacionalmente através da “segunda onda do punk”, no começo da década de 1980, e mais comumente a um estilo de punk rock, caracterizado inicialmente por tempos extremamente acelerados, canções curtas, letras baseadas no protesto político e social, revolta e frustrações individuais, cantadas de forma agressiva.
Hardcore

Hardcore Melódico

É um estilo surgido no início da década de 80. O ritmo utiliza elementos característicos do hardcore punk tradicional, como tempo acelerado, guitarras distorcidas e músicas de curta duração. Entretanto, seus arranjos são mais elaborados e claramente distinguíveis, se aproximando mais da sensibilidade pop do que o estilo original. Hardcore é um filme de 1979 dirigido por Paul Schrader. Na cultura dos videogames, hardcore é o termo usado para descrever jogador ou jogo com conteúdo considerado mais profissional e difícil, e com público alvo voltado para jogadores mais experientes e entusiastas.

Como surgiu a dança Kuduro ?


Origem

Estilo de música e dança Angolana.

História

Dança recreativa de exibição individual ou em grupo. Tem influência na dança sul-africana denominado " Xigumbaza ", que significa confusão, que era dançada pelos escravos mineiros, enquanto trabalhavam mudos, e surdos só as vozes das botas se faziam ouvir como um canto de revolta.

É chamada Dança da Família por ser dançado geralmente em grupo exercitando o mesmo passo várias vezes em coreografia coordenada pelos participantes na dança. É dançada normalmente em festas ou em discotecas.

Música e técnica

Fusão da música batida, com estilos tipicamente africanos, criados e misturados por jovens angolanos, entusiastas e impulsionadores do estilo musical, adaptando-se a forma de dançar, soltando a anca para os lados em dois tempos subtilmente, caracterizando o movimento do baloiço duplo.


fonte: http://aeavanca.hopto.org/

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Músico de Men At Work é encontrado morto

Greg Ham foi encontrado em casa por dois amigos
Greg Ham, em foto de 1979 / Divulgação/MySpace
Greg Ham, em foto de 1979

Greg Ham, músico da banda rock Men At Work, foi encontrado morto por dois amigos em sua casa no subúrbio de Melbourne, na Austrália, nesta quinta-feira, dia 19.

Shane O'Connell, sargento da polícia australiana, falou à rede americana de televisão ABC que a causa da morte está sendo investigada e que alguns aspectos são "inexplicáveis".

"Neste momento, não estamos preparados para entrar em detalhes precisos do que aconteceu", disse O'Connel sem dar mais detalhes do caso.

O quarteirão foi isolado. Vizinhos e policiais do músico de 58 anos afirmam que ele morava sozinho. Os dois amigos que encontram o corpo se preocuparam com a ausência prolongada de Ham e foram visitá-lo.

De acordo com o jornal australiano "The Sydney Morning Herald", o artista estava enfrentando alguns problemas de saúde.

"Ele parecia bem chateado com isso", afirmou uma vizinha. Nos últimos anos, Ham estava trabalhando como professor de violão.

Greg Ham na ponta esquerda, junto com outros integrantes da banda Men at Work
Greg Ham na ponta esquerda, junto com outros integrantes da banda Men at Work - Divulgação/MySpace


A banda

Ham se juntou ao Men At Work em 1979, em substituição a Greg Sneddon. Na banda, tocava flauta, saxofone e teclado.

O grupo alcançou fama nacional em 1981 com a música "Who Can It Be Now?" e ganhou o mundo no ano seguinte com o álbum "Business as Usual". O disco liderou as paradas da Austrália, Estados Unidos e Reino Unido.

O músico ficou conhecido principalmente por tocar flauta no hit "Down Under", canção que acabou sendo acusada de plágio por um compositor. A banda precisou abrir mãos dos royalties e Ham afirmou que o episódio o deixou bastante abalado.

"Isso destruiu minha música. Estou muito desapontado que esta será a maneira que me lembrarei deste single", afirmou na ocasião.



fonte: band.com