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quarta-feira, 21 de maio de 2014

THE OFFSPRING - PUNK ROCK DE VERDADE




1984.

George Orwell profetizou que seria o ano da rebelião contra o Big Brother.

Dois garotos, CDF's do colégio no condado de Orange, um dos mais belos e exclusivos lugares da costa californiana, para quebrar a monotonia dos estudos resolvem ir ao show da nova atração local: Social Distortion, uma punk-band liderada por Mike Ness, um cara que está levando o rock'n'roll a sério, tanto com as letras das suas músicas, tanto nas confusões em que está se metendo...




Nossos dois nerds, Bryan Dexter (é claro que o seriado do Dr.Dexter foi inspirado nele...) Holland e Greg Kriesel, como em todas as histórias de rock'n'roll , ficam tão impressionados com a energia de Mike Ness e Social Distortion que resolvem montar uma banda de punk-rock! Parece a história do The Clash no show do Sex Pistols em 1976...

Adeus aos óculos fundo-de-garrafa? Adeus aos livros e 'bora cair nas tentações malditas do rock'n'roll?



Nada disso! Dexter e Greg deixam a banda como um projeto paralelo e se dedicam aos estudos até conseguirem uma graduação com elogios, pressentindo uma carreira de sucesso na emergente indústria tecnológica californiana!

Ao longo da estrada se juntaram a eles James Lilja, que assumiu os tambores, e o guitarrista Kevin "Noodles" Wasserman, este último em principio pelo fato de que tinha mais de 21 anos e poderia providenciar cervas e whiskies (de acordo com as leis californianas, a venda e o consumo de álcool são permitidos somente aos maiores de 21 anos.... e não adianta: se você não demonstra fisicamente mais de 35 anos, qualquer atendente lhe pede sua identidade...). Dexter deixou a sua primeira paixão, a bateria, para se engajar na voz e na guitarra, enquanto Greg mandava no baixo.




Alguns anos depois, após o primeiro disco, lançado por uma etiqueta independente , elogiado por parte das mídias especializadas, foi a hora de tomar decisão: cair na farra ou seguir carreira com gravata e terno? E foi assim que o batera Lilja resolveu enfrentar os passos mais seguros de uma carreira de ginecologista... Para destruir caixa e bumbo foi selecionado o Ron Welty, um garoto de 16 anos com grandes potencial.



Nos anos sucessivos, a fama dos garotos só aumentava. O terceiro álbum SMASH, de 1994, alcançou o topo das paradas, emplacou 3 singles arrasadores, vendeu 6 milhões de cópias e ainda hoje é o disco mais vendido de uma etiqueta independente!

Após poucos anos, os garotos CDF's, com óculos fundo-de-garrafa que deixaram de ser funcionários da Microsoft ou da Google , já tinham ganho dezenas de milhões de dólares, tornando-se a banda punk mais rica do planeta!

As músicas Come Out And Play e Self Esteem tornaram-se os novos hinos geracionais da juventude rebelde e dos punks de todo o mundo. As letras deles, bem diretas e bem cortadas em cima dos sentimentos e da vida do jovem de classe média americano, insufladas pelos poderosos riffs de guitarra e sustentadas de solida base rítmica, criaram o novo modelo musical do punk-rock, ao qual bandas como Green Day e Blink 182 atingiram com grande sucesso.



A crista alta da onda do Offspring produziu ainda álbuns milionários e hits n.1 no mundo inteiro. Em 1998, o disco Americana, antecipado pelo compacto "Pretty Fly (for a white guy)" estourou no topo das paradas.

Pretty Fly, com seus breaks sem sentido (gunter glieben glauchen globen - You haven't told me baby - Ha-ha Ha-ha - Uno dos tres cuatro cinqo cinqo seis) ajudada por um vídeo muito espirituoso, com suas letras sarcásticas de critica aos jovens que seguem as modas sem entende-las, se tornou a música da hora nos clubes de rock.




E depois?

A crista da onda começou a descer até morrer, mas os 4 nerds de Orange County já tinham conquistado o mundo, vendido milhões de discos, tocado para milhões de pessoas, comprado casas nas mais badaladas praias da Califórnia, adquirido um jet pessoal...

Os shows deles continuam poderosos. Já passaram em terra tupiniquim varias vezes. Essa será a quarta tournée deles no Brasil.

A última vinda, há alguns meses, no Rock In Rio, fez história: com o último membro vivo dos Ramones, Marky, eles se exibiram em alguns clássicos da banda.




fonte: http://mygodisrocknroll.soubh.com.br/

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Documentário - Botinada, A historia do punk no Brasil



 Documentário contando um pouco da história do punk no Brasil!








Brasil

O movimento punk em São Paulo surgiu na Zona Norte, mais precisamente a turma roqueira da Vila Carolina, onde desde o início dos anos 70, já se formava uma cena pré-punk influenciada por bandas de protesto estado-unidenses e inglesas, como MC5, The Stooges e Dust. Aqui surge a primeira banda punk brasileira: Restos de Nada.






A banda foi formada em 1978 como uma forma de protestar contra a repressão do governo militar e mostrar que diversos jovens lutavam por uma sociedade melhor. O precursor dessas ideias foi o guitarrista Douglas Viscaino que criou a banda. Inspiradas nesse ideal, muitas outras bandas se formaram para também criticar o regime, tais quais como AI-5, Detrito Federal, Condutores de Cadáver, Cólera, Aborto Elétrico, entre outras.
Em Brasília, o punk rock chegou por volta de 1977, através de filhos de políticos e embaixadores que trouxeram do exterior álbuns de bandas de punk rock que estavam nas paradas inglesas da época.


No final de 2011 um grupo de punks anarquistas e antifascistas invadiu um prédio abandonado pela administração da Universidade de São Paulo dentro do campus Cidade Universitária, no Butantã, zona oeste da capital paulista.
No Brasil já ocorreram confrontos documentados entre grupos de punks e skinheads.Em Belo Horizonte uma briga entre punks e skinheads deixou duas pessoas feridas por facadas na Praça da Liberdade. Em São Paulo um skinhead obrigou um punk a pular da janela de um trem. Na rua augusta punks também mataram um skinhead.


Em São Paulo já foram registrados confrontos entre punks e e skinheads envolvendo aproximadamente 200 pessoas. Em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, uma briga envolvendo punks, skinheads e neonazistas resultou em 8 feridos.







fonte: wikipédia

 tags; punk, rock, documentário, história, movimento punk,

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Ex-baterista dos Ramones vende almôndegas nas ruas de Nova York

                              Marky Ramone, ex-Ramones 

O ex-baterista dos Ramones, Marky Ramone, único integrante ainda vivo do grupo, trabalha atualmente vendendo almôndegas com molho de tomate pelas ruas de Nova York.

Ramone criou a empresa Cruisin Kitchen (algo como fogão sobre rodas), que vende quatro tipos de pratos com almôndegas numa caminhonete negra pintada com labaredas de fogo e que tem impressa a imagem do músico com sua jaqueta de couro e tocando bateria, como pode ser visto no perfil do Facebook da marca.





As almôndegas, preparadas pelo cozinheiro Keith Album, são "ecléticas e internacionais" e são feitas com diferentes complementos, como o molho de tomate que também leva o nome do ex-baterista: "Marky Ramone's Brooklyn's Own Marinara Sauce".

O frasco de molho de tomate pode ser comprado pela internet por US$ 0,88. A cozinha sobre rodas de Ramone muda de localização com o tempo e desde 1º de abril se encontra nos arredores da sala de concerto The Bell House, no Brooklyn, onde o baterista fez uma apresentação ao lado de seu novo grupo, The Blitzkrieg.
Marky, de 54 anos, que na verdade se chama Marc Bell, participou de míticos discos dos Ramones, como Road to ruin e End of the century, mas foi expulso do grupo em 1983 por seus problemas com o álcool.


tags: ex-vocalista, ramones, punk rock, almondegas, nova york, marky ramone

fonte: http://virgula.uol.com.br

Os pioneiros do Punk Rock: Ramones!




Quatro garotos dos subúrbios do Queens (Forest Hills, NY) e uma única paixão, o Rock ‘n’ Roll.
THE RAMONES, o que dizer deles? Hahaha
Para quem me conhece sabe que é a minha banda preferida, sabe que eu vivo lendo sobre eles, dizem que parece que só conheço Ramones por tanto que ouço e falo…
Pois é, sim… Ramones é e sempre será uma das melhores, se não a melhor banda que já existiu.
Joey, Johnny, Dee Dee e Marky (formação mais conhecida e a mais duradoura), quatro caras que transformaram a chatice musical de 1974 em algo espetacular.
A respeito de suas músicas, por mais que você não curta Ramones ou o estilo de música deles, você já ouviu por mais que não queira, vamos dizer… o grito de guerra deles, a música mais marcante e inesquecível deles, BLITZKRIEG BOP.
Quem nunca ouviu a estrondosa e única voz de Joey Ramone?
Johnny
em sua Mosrite em uma estupenda velocidade abalando o cérebro de quem ouvia?
Dee Dee
com seu “One-Two-Three-Four” mortal?




Marky
em suas baquetadas monstruosas que se transformavam em algum tipo de energia que fazia com que todos em sua volta entrassem em um tipo de sincronia super contagiosa que basicamente se transformou no famoso “bate-cabeça”?
QUEM NUNCA OUVIU? Haha peguei vocês! Todos já ouviram!
Agora falando dos integrantes…
Joey, um ex-hippie fã de Rolling Stones, vivia no Queens em grupinhos hippies, fazendo protestos e toda aquela coisa que hippies de verdade FAZIAM, fumava maconha e cheirava muita cola, foi vocalista durante todo o período de atividade da banda e morreu de câncer de linfoma (câncer que destrói suas imunidades, assim deixando o portador totalmente fraco!). (1951-2001) Descanse em paz!
Johnny, um cara extremamente rígido na regência dos Ramones, quando jovem era conhecido por “gordão”, mostrava uma postura anti-social com personalidade controladora, era extremamente contra as drogas e bebidas (exageradamente!), foi uma das causas de Joey ter largado o vício e Marky controlado o alcoolismo, foi o guitarrista durante todo o período de atividade e morreu de câncer de próstata. (1948-2004) Descanse em paz!


Dee Dee, filho de alemães, um garoto super inocente até conhecer o Rock n’ Roll, conheceu as drogas muito cedo, era muito viciado em heroína e cola, na falta de cola cheirava caborna, já se prostituiu para poder comprar drogas (a música 53rd & 3rd lembra-te algo?), foi um tremendo freqüentador do Clube CBGB, hoje é conhecido com o pai do punk ou rei do punk, pois basicamente foi ele que deu início a isso, foi um dos principais compositores dos Ramones, foi também o cara que pegou o sobrenome “Ramone” do Paul Ramone McCartney, foi o principal baixista da banda, mas ficou apenas até 1989, com sua saída, morreu de overdose (morfina). (1952-2002) Descanse em paz!





Marky começou como baterista dos Ramones em 1978, foi um tremendo de um bêbado, já se atrasou em alguns shows e inúmeras vezes chegava bêbado, também já chegou diversas vezes bêbado em ensaios da banda, foi um dos motivos de ter sido expulso da banda em 1983, mas se recuperou e voltou em 1987, ficando até o final da banda, 1996. (Ainda vivo, 1956-atualmente)
Então é isso, foi um pequeno resumo de cada integrante, um resumo muito estranho. Claro que teve outros integrantes, mas coloquei a formação mais duradoura, como eu tinha dito logo no começo.
A banda nos trouxe durante esses diversos anos de atividade muita diversão e loucura, muitas histórias maravilhosas, talvez algumas ruins… A banda hoje é lembrada como o “verdadeiro” punk rock, coisa que não se compara a nenhuma banda punk de hoje.




Os Ramones acabaram em 1996, foi aí que o “One-Two-Three-Four” se calou para sempre, a loucura acabou, o grito da Mosrite de Johnny se calou, tudo se calou… para sempre! :( Forever
Eu tenho apenas 15 anos, não vivenciei esse período e creio que nunca irei vivenciar algo parecido. É uma pena eu não ter visto Joey cantando “I Wanna Be Sedated”, “Beat On The Breat”, “Blitzkrieg Bop” ou qualquer música deles. Eu me sinto mal por isso, mas fico feliz por saber que muitos ainda guardam o espírito “Ramoniano” em seus corações.
Vida longa ao Rock n’ Roll.



Dee Dee, Marky, Johnny e Joey, respectivamente.

tags: ramones, musica, punk rock, banda, dee dee, marky, joey
fonte: http://therapypsycho.wordpress.com/

quinta-feira, 22 de março de 2012

Joey Ramone: A entrevista perdida de 1989

Autor: NachoBelgrande





Em 1989, Christine Natanael, jornalista estadunidense radicada em Nova Iorque e com larga experiência no meio musical entrevistou o então já emblemático e icônico JOEY RAMONE, que na época divulgava o recém-lançado ‘Brain Drain’, e particularmente, o single ‘Pet Sematary’, que embalava o filme ‘Cemitério Maldito’, baseado num livro de Stephen King.
A entrevista, muito extensa para ser publicada na época, teve uma versão condensada finalmente impressa na edição de verão [do hemisfério Norte] de 2009 da Classic Rock Magazine inglesa. É dessa versão que seguem alguns trechos, traduzidos.



Os Ramones tocaram no [finado clube punk nova-iorquino] CBGB durante os anos 70. Quais suas opiniões sobre o local agora?

Minhas opiniões meio que mudaram. Nós fomos umas das primeiras bandas a tocar lá. Quando eu o descobri, era apenas um boteco que não vingou como bar de música caipira. E eu me lembro de quando falei pela primeira vez com o dono Hilly Krystal, ele disse: “Ninguém vai gostar de vocês, mas eu vou deixar vocês voltarem.” E eu nunca vou me esquecer disso.
O TELEVISION ficava com as melhores noites, mas nós tocávamos assiduamente – o tanto quanto pudéssemos. Eu acho que costumávamos tocar toda noite de segunda-feira e daí finalmente conseguimos tocar aos finais de semana. As primeiras pessoas para as quais tocamos foram o barman e o cachorro dele. E dois caras do The Cockettes [N. do trad.: banda precursora do glam e que tinham grande aceitação na comunidade gay], Tomata Du Plenty e Gorilla Rose. Era meio aquela galera do Andy Warhol, entende? Então foram os gays que gostaram da gente primeiro.
Eu me lembro que Danny Fields estava sempre por lá. Nós realmente admirávamos Danny. Nos anos 60 ele trabalhava de olheiro pra Elektra. Ele descobriu Jim Morrison, ele descobriu Lou Reed, o MC5, ele simplesmente conhecia todo mundo. E nós éramos grandes fãs do Stooges também, então, você sabe, houve uma empatia instantânea ali, naquela época. Danny era editor da [revista de celebridades] 16 Magazine, e ele nos adorava. Gradualmente mais e mais pessoas começaram a vir, mas muita gente não ia naquela parte da cidade naquela época.
As cenas realmente em voga começam em lugares assim ou em algum lugar favelão, entende o que quero dizer? Nós começamos em 74, e nosso primeiro show no CBGB foi em Dezembro de 1974. E não tinha ninguém. Éramos nós, Television; Patti Smith ainda era poeta. Muito mais tarde, eu acho que em 1976, ela se juntou a Lenny Kaye. E tinha os Stilettos, que eram pré-Blondie, e mais algumas pessoas. [...]






Joey Ramone e Wendy O. Williams



[...] Eu acho que em 1976 o Ramones revolucionou o rock n’ roll e trouxe uma aura e uma postura novas e espírito e energia bruta e emoção ao que não estava mais ali. Havia um vazio. Em 1976, nos EUA, só dava Eagles, o Doobie Brothers e rock corporativo como Styx, Foreigner e Journey, e não havia tal coisa como música legal. Também foi o ápice da disco music. Então nós estávamos definitivamente sacudindo a cena, enquanto o Foreigner e o Journey e o Styx e a Donna Summer eram a nova hierarquia. Nós estávamos indo contra a onda, sem bajular, sem nos comprometer. Nós queríamos sacudir o mundo. Nós queríamos que as pessoas sentissem de novo. É como se todo mundo estivesse dormente e nós demos um tapa na cabeça das pessoas e dissemos: ‘Acordem! Vocês são seres humanos!’ Você me entende? Sentir. Queremos que você sinta de novo [...]
Mas vocês fizeram algo de bom. Eu fico muito feliz pelos Ramones e toda aquela época porque isso realmente trouxe vida à indústria do disco.
Bem, daquele dia em diante, a indústria do disco nunca seria a mesma. O rock nunca seria o mesmo. Seria muito mais saudável e sob uma luz muito melhor. Quero dizer, afetou todo tipo de banda daquele tempo até agora. Mesmo bandas como o Pretenders e todas aquelas bandas que podem não ter soado como bandas punk. Isso afetou todo mundo e todo mundo foi influenciado, seja musicalmente, seja na imagem, na postura, ou no vocabulário, psicologicamente, filosoficamente. Todo mundo foi tocado, em algum ponto. E agora em 1989 há uma nova geração e é a nova juventude. E bandas como o Metallica, Anthrax, Guns N’ Roses – mais uma vez os Ramones foram diretamente responsáveis pela segunda onda dez anos depois.
Uma banda como o Metallica estava basicamente pegando nosso som, de novo, mas eles são meio que a nova tendência. O que eu gosto em bandas como o Metallica e o Anthrax e tudo mais é que eles estão fazendo as coisas do jeito deles. E há uma honestidade. Há uma animação. Há uma energia. Há uma chaga na qual eles dizem: “Vai se foder. Isso somos nós.” Essas bandas são radicais numa época onde o tipo de coisa que impera nas paradas da Billboard, você sabe, tipo os Bon Jovis – os Foreigners de novo, o que seja. E o que eu curto é que mesmo sem tocar na rádio, eles vendem tipo, um milhão de discos. Eu acho que isso é ótimo.
Houve um tempo quanto tudo era sintetizado no power pop e toda essa merda – techno/pop. Agora dá pra cravar os dentes em algo de novo. Você pode mastigar algo. Você pode sentir o osso por baixo da carne. Bandas como Flock of Seagulls se foram. Os dias do Human League acabaram.
Agora é a hora de mandar ver e tocar rock e ouvir a rock de novo. Claro, sempre haverá a merda Techno do outro lado. Sempre haverá um Information Society, grupos como esses. Isso nunca vai morrer porque é inofensivo e seguro. Então os programadores de rádio e pessoas desse naipe sempre tocarão esse tipo de coisa. Mas, por outro lado, é bom ver que há uma necessidade real de hard rock e vigor e realismo.
Há muitas bandas boas por aí, como, o Georgia Sattelites, e há um espectro muito amplo, diversificado de música. E na verdade, da maneira que eu vejo, há muita coisa boa e não há espaço pra barreiras. Você me entende? Não há razão pra você não gostar de Led Zeppelin e Ramones e Patsy Cline ao mesmo tempo. Se for bom, é bom. Tem tanta coisa pra se jogar de cabeça.
Muitas pessoas não são muito cabeça-aberta. Quero dizer, uma vez que você escute Jeff Beck e Jimi Hendrix Experience, isso é começo, meio e fim. Não uma banda como o Guns N’ Roses – que são bons, mas eles não são o Jeff Beck Group e eles não são o Jimi Hendrix Experience e eles não são o Doors.
Eu não sei se o Guns N’ Roses realmente merece ser o número um, e eu tenho certeza de que isso é uma piada pra eles. Mas é engraçado. Se nós já precisamos alguma vez de um modelo de inspiração, é agora e é engraçado termos o Guns N’ Roses – um bandao de noiados. Esse país, os EUA, é um lugar muito estranho.





Do que você gosta, particularmente? Por exemplo, qual seu grupo favorito na atualidade?


Uma de minhas bandas favoritas? Bem, eu sempre amei Motörhead. Eles são uma de minhas bandas favoritas de todos os tempos. AC/DC, bem, eu adorava o AC/DC com Bon Scott, mas o outro cara é bom também. Ele parece um taxista, mas ele é um sujeito legal. E o que mais? Eu curto o Georgia Satellites. Eu gosto do Dickies.
Eu curto o Guns N’ Roses também. E vou te dizer o porquê, porque eles não bajulam ninguém. Eu curto a postura deles porque é uma postura legitimamente rock n’ roll. Eu não curto essa merda toda de droga. E do jeito que a coisa vai indo… eu não vejo eles durando mais cinco anos. Mas eu acho que eles escrevem ótimas canções e eles têm a postura certa e eles têm um bom visual e eles são uma porra duma banda. Você entende o que quero dizer? Eles são uma banda boa, agitada. Eles são modelos de inspiração para o mundo, especialmente pros EUA. Eles têm o disco #1 nos EUA. Então os garotos olham pro Guns N’ Roses e montam uma banda de rock de verdade. As bandas que estão por aí hoje em dia são autênticas, tipo, mais bandas de rock com o pé no chão do que os Bon Jovis de merda e coisa do tipo. O que é bom.





 tags: ramones, entrevista, punk rock,
fonte: http://lokaos.net