segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A mistura explosiva de desemprego e desigualdade



Muitas têm sido as reuniões e as cimeiras mundiais organizadas por aqueles que criaram a crise e que continuam a clamar que são eles que têm a solução para a crise. E nunca sairemos do mesmo, porque são sempre as mesmas pessoas, não democráticas, que tomam as decisões. Grande parte destes eventos constituem-se como refúgios luxuosos, com grande cobertura dos media, mas com finais vazios de ideias, de como repensar profundamente os sistemas financeiros.
O planeta conta agora com mais de 225 milhões de desempregados, uma em cada três pessoas é pobre, 1% das famílias em todo o mundo carrega no bolso 40% de toda a riqueza existente, os salários, enquanto percentagem do PIB, estão em mínimos históricos e os lucros empresariais, enquanto percentagem do PIB, nos máximos igualmente históricos. Este modelo capitalista terá de ser repensado, enquanto não surgir um novo modelo económico alternativo.
O que é comum ao mundo inteiro na atualidade é a incerteza económica e financeira, o aumento da desigualdade de rendimentos e riqueza, os grandes desafios da pobreza e os efeitos do desemprego provocado pela crise financeira. A crise das dívidas soberanas europeias, em conjunto com os cortes orçamentais, está a piorar sobremaneira a recessão, principalmente na Europa. Estamos a viver um ciclo vicioso e a austeridade fiscal para resolver o problema da dívida só está a tornar tudo pior.
No velho continente europeu a mistura explosiva está a ser cozinhada. Os medos relativos à perda de cultura, competição pelos recursos económicos, desemprego galopante, falência do estado social constituem as principais causas que explicam a intolerância crescente na Europa. E, como seria de esperar, a atual crise económica e financeira, cuja grande consequência é a austeridade irá, muito provavelmente, exacerbar esta intolerância. A globalização corre o sério risco de descarrilar, o que constitui uma ameaça para a economia global.



Fonte: http://www.mundocontramao.com


O Porteiro do puteiro - Crônica





Não havia no povoado pior ofício do que 'porteiro do puteiro'. Mas que outra coisa poderia fazer aquele homem? O fato é que nunca tinha aprendido a ler nem escrever, não tinha nenhuma outra atividade ou ofício.

Um dia, entrou como gerente do puteiro um jovem cheio de idéias, criativo e empreendedor, que decidiu modernizar o estabelecimento.
Fez mudanças e chamou os funcionários para as novas instruções.
Ao porteiro disse:

- A partir de hoje, o Senhor, além de ficar na portaria, vai preparar um relatório semanal onde registrará a quantidade de pessoas que entram e seus comentários e reclamações sobre os serviços.

- Eu adoraria fazer isso, Senhor - balbuciou - mas eu não sei ler nem escrever!

- Ah! Quanto eu sinto! Mas se é assim, já não poderá seguir trabalhando aqui.

- Mas Senhor, não pode me despedir, eu trabalhei nisto a minha vida inteira, não sei fazer outra coisa.

- Olhe, eu compreendo, mas não posso fazer nada pelo Senhor. Vamos dar-lhe uma boa indenização e espero que encontre algo que fazer. Eu sinto muito e que tenha sorte.

Sem mais nem menos, deu meia volta e foi embora. O porteiro sentiu como se o mundo desmoronasse. Que fazer? Lembrou que no prostíbulo, quando quebrava alguma cadeira ou mesa, ele a arrumava, com cuidado e carinho.

Pensou que esta poderia ser uma boa ocupação até conseguir um emprego. Mas só contava com alguns pregos enferrujados e um alicate mal conservado. Usaria o dinheiro da indenização para comprar uma caixa de ferramentas completa. Como o povoado não tinha casa de ferragens, deveria viajar dois dias em uma mula para ir ao povoado mais próximo para realizar a compra.
E assim o fez. No seu regresso, um vizinho bateu à sua porta:

- Venho perguntar se você tem um martelo para me emprestar.

- Sim, acabo de comprá-lo, mas eu preciso dele para trabalhar ... Já que....

- Bom, mas eu o devolverei amanhã bem cedo.

- Se é assim, está bom.

Na manhã seguinte, como havia prometido, o vizinho bateu à porta e disse:

- Olha, eu ainda preciso do martelo. Porque você não o vende para mim?

- Não, eu preciso dele para trabalhar e além do mais, a casa de ferragens mais próxima está a dois dias mula de viagem.

- Façamos um trato - disse o vizinho. Eu pagarei os dias de ida e volta mais o preço do martelo, já que você está sem trabalho no momento. Que lhe parece?

Realmente, isto lhe daria trabalho por mais dois dias...aceitou.
Voltou a montar na sua mula e viajou. No seu regresso, outro vizinho o esperava na porta de sua casa.

- Olá, vizinho. Você vendeu um martelo a nosso amigo. Eu necessito de algumas ferramentas, estou disposto a pagar-lhe seus dias de viagem, mais um pequeno lucro para que você as compre para mim, pois não disponho de tempo para viajar para fazer compras. Que lhe parece?

O ex-porteiro abriu sua caixa de ferramentas e seu vizinho escolheu um alicate, uma chave de fenda, um martelo e uma talhadeira. Pagou e foi embora. E nosso amigo guardou as palavras que escutara: 'não disponho de tempo para viajar para fazer compras'.
Se isto fosse certo, muita gente poderia necessitar que ele viajasse para trazer as ferramentas. Na viagem seguinte, arriscou um pouco mais de dinheiro trazendo mais ferramentas do que as que havia vendido.

De fato, poderia economizar algum tempo em viagens. A notícia começou a se espalhar pelo povoado e muitos, querendo economizar a viajem, faziam encomendas.

Agora, como vendedor de ferramentas, uma vez por semana viajava e trazia o que precisavam seus clientes. Com o tempo, alugou um galpão para estocar as ferramentas e alguns meses depois, comprou uma vitrine e um balcão e transformou o galpão na primeira loja de ferragens do povoado.

Todos estavam contentes e compravam dele. Já não viajava, os fabricantes lhe enviavam seus pedidos. Ele era um bom cliente. Com o tempo, as pessoas dos povoados vizinhos preferiam comprar na sua loja de ferragens, do que gastar dias em viagens.

Um dia ele lembrou de um amigo seu que era torneiro e ferreiro e pensou que este poderia fabricar as cabeças dos martelos. E logo, por que não, as chaves de fendas, os alicates, as talhadeiras, etc..
E após foram os pregos e os parafusos... Em poucos anos, nosso amigo se transformou, com seu trabalho, em um rico e próspero fabricante de ferramentas.

Um dia decidiu doar uma escola ao povoado. Nela, além de ler e escrever, as crianças aprenderiam algum ofício. No dia da inauguração da escola, o prefeito lhe entregou as chaves da cidade, o abraçou e lhe disse:

- É com grande orgulho e gratidão que lhe pedimos que nos conceda a honra de colocar a sua assinatura na primeira página do Livro de atas desta nova escola.

- A honra seria minha - disse o homem. Seria a coisa que mais me daria prazer, assinar o Livro, mas eu não sei ler nem escrever, sou analfabeto.

- O Senhor?? - disse o prefeito sem acreditar. O Senhor construiu um império industrial sem saber ler nem escrever? Estou abismado. Eu pergunto:

- O que teria sido do Senhor se soubesse ler e escrever?

- Isso eu posso responder - disse o homem com calma. Se eu soubesse ler e escrever ... Ainda seria o PORTEIRO DO PUTEIRO!!!



Polícia diz ter identificado menor de jet ski que matou menina de 3 anos em Bertioga, no litoral de SP


Grazielly Almeida Lames, 3, morreu ao ser atingida na cabeça por um jet ski desgovernado
  • Grazielly Almeida Lames, 3, morreu ao ser atingida na cabeça por um jet ski desgovernado

Os dois menores que estavam no jet ski que atropelou e matou na tarde do último sábado (18) uma menina de três anos na praia de Guaratuba, em Bertioga (121 km de São Paulo), já foram identificados pela polícia. Eles fugiram após o acidente, mas serão chamados a depor ainda nesta semana.

Grazielly Almeida Lames, que visitava o mar pela primeira vez, brincava com a mãe na área rasa da praia quando o jet ski, desgovernado e sem ninguém ao controle, a atingiu na cabeça. Ela foi levada de helicóptero ao Hospital Municipal de Bertioga, com traumatismo craniano, e chegou já morta.

Uma jovem que estava perto da menina também acabou sendo atingida pela embarcação. Ela sofreu apenas escoriações, sem gravidade, na perna esquerda.

Jet ski estava desgovernado

  • Reprodução de TV

    Foto mostra o jet ski usado pelo jovem

Segundo informações dadas ao delegado Mauricio Barbosa Junior, que investiga o acidente, o piloto, um adolescente de 14 anos, fugiu do local sem prestar socorro. Ele estava em um condomínio de luxo na cidade.

A polícia não soube informar se o outro adolescente, de 12 anos, estava junto com o piloto no momento do acidente.

A família do adolescente mais velho, que tem casa no mesmo condomínio onde estavam hospedados os parentes de Grazielly, teria saído do local de helicóptero. Essa informação, porém, não foi confirmada. Os policiais disseram que chegaram a procurá-los, mas a casa estava vazia.

Enterro

O enterro de Graziele aconteceu na manhã desta segunda, em Arthur Nogueira, região de Campinas, interior de São Paulo. O corpo chegou ao velório do cemitério municipal de Arthur Nogueira por volta das 20h30 de ontem e foi sepultado às 10h de hoje.

A Capitania dos Portos de São Paulo informou que instaurou um inquérito administrativo, com prazo de 90 dias para a conclusão, para investigar o caso. Segundo a capitania, 50 homens do órgão patrulham as praias paulistas no período de verão. (*Com Agência Estado)

Local do acidente

  • Arte UOL

    Guaratuba fica no litoral norte de SP

Para pilotar jet ski é preciso ser maior de 18 anos