Na Arábia, uma decisão real que determinava que as lojas de lingerie devem empregar mulheres sauditas tem até a amanhã para ser cumprida. O rei Abdullah promulgou, em junho, decreto dando um prazo de seis meses às lojas de lingerie para substituir os vendedores homens por funcionárias sauditas.
"É uma decisão positiva e corajosa. Como muitas mulheres, ficava constrangida em comprar minhas roupas íntimas das mãos de um vendedor que, por sua vez, era obrigado a me perguntar as minhas medidas", afirma Samar Mohammed, uma professora primária de 37 anos.
A decisão foi precedida de uma campanha na internet feita por mulheres. Mas elas vão continuar sem poder experimentar as peças, uma vez que as cabines de prova são proibidas no reino.
Seundo Fahd al-Takhifi, do ministério do Trabalho, 28.100 mulheres já apresentaram suas solicitações de emprego às lojas de lingerie e de cosméticos em todo o reino.
O ministro do Trabalho, Adel Faqih, informou que a medida diz respeito a 7.300 estabelecimentos, que devem criar até 44.000 empregos para as sauditas.
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