"O meu desejo é que possamos ver uma melhoria nas relações com a Venezuela. Infelizmente há uma tendência, de parte do governo venezuelano, de usar os Estados Unidos como desculpa para o fracasso de algumas das suas políticas internas e também para causar problemas a alguns dos seus vizinhos", disse.
As declarações de Barack Obama tiveram lugar no âmbito de uma entrevista divulgada na quinta-feira pela rede hispânica de televisão Univisión.
"As tensões com a Venezuela são manejáveis, apesar de nos usarem como desculpa para o fracasso", frisou.
Barack Obama referiu-se ainda à recente decisão da sua Administração de declarar "persona non grata" e expulsar a cônsul venezuelana em Miami, Lívia Acosta Noguera, precisando que "houve obviamente investigações e acompanhamento" das acusações que a apresentavam como cúmplice de um presumível projeto iraniano de atentados nos Estados Unidos.
"Iremos continuar a procurar uma via diplomática na América Latina, que defenda os valores que consideramos importantes, a democracia, o respeito pelos direitos humanos e pela liberdade de expressão, assegurando que nenhum país interfere nas queixas legítimas dos seus vizinhos", disse Barack Obama.
A expulsão da representante da Venezuela teve lugar a 08 de janeiro, depois de a Univision divulgar uma reportagem em que acusava a diplomata de ter participado no conluio quando ainda era segunda secretária da embaixada venezuelana no México em 2007.
Os atentados, que poderiam ser acompanhados de ataques informáticos, visariam locais vitais para a segurança dos Estados Unidos, como centrais nucleares e o aeroporto John F. Kennedy, em Nova Iorque.
A 13 de janeiro, o presidente Hugo Chávez defendeu Lívia Acosta Noguera e anunciou, em resposta, o encerramento do consulado venezuelano em Miami.
"Que vergonha! Que bom que a expulsaram. (...) Não há qualquer prova, nem uma só prova, de que estava a fazer espionagem", frisou.
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