Kikukawa. Ex-presidente da Olympus foi preso por envolvimento em fraude contábil
Três ex-executivos da Olympus, incluindo o ex-presidente Tsuyoshi Kikukawa, e outras quatro pessoas foram presas por envolvimento numa fraude contábil de mais de US$ 1,5 bilhão, segundo veículos de comunicação internacionais.
A fabricante de câmeras e equipamentos médicos está enfrentando processos movidos por acionistas desde que o esquema fraudulento veio à tona. Em dezembro, a sede da empresa e escritórios afiliados foram invadidos pela polícia e reguladores de valores mobiliários, depois de a Olympus revelar o conluio de Kikukawa e duas pessoas para encobrir prejuízos com investimentos feitos nos anos 1990, conta a BusinessWeek.
O site lembra que as ações da empresa caíram 49% desde a demissão, em 14 de outubro, do primeiro presidente não-japonês da companhia, Michael Woodford, que ficou menos de um mês no cargo. Nessa época, Kikukawa acumulou as posições de presidente da empresa e presidente do conselho, para depois renunciar aos cargos em outubro.
Uma porta voz da Olympus afirmou à BusinessWeek que a empresa leva a situação a sério e cooperará com as investigações. A imprensa internacional trata o caso como um dos maiores escândalos corporativos do Japão. Na versão em inglês da Wikipedia, há uma lista detalhada de oito pessoas envolvidas no caso.
Também foram presos o ex-vice-presidente Hisashi Mori e o ex-auditor Hideo Yamada, além do ex-corretor Akio Nakagawa.
O escândalo arranha a reputação da Olympus, segundo analistas do mercado. “A questão-chave que ainda pesa sobre o futuro da companhia é se as prisões e as investigações criminais revelarão novos detalhes que possam dificultar os esforços da Olympus em abafar o escândalo e reconstruir sua reputação e saúde financeira”, diz o Wall Street Journal.
O jornal conta que os investidores de Tóquio reagiram calmamente à notícia, há muito esperada. As ações da companhia, ao meio-dia em Tóquio, caíam 1,8%.
Fundada em 1919, a Olympus tinha como negócio principal a produção de microscópios e termômetros. A empresa produziu sua primeira câmera em 1936. Catorze anos mais tarde, ela fabricou o predecessor do endoscópio usado nos dias atuais. Hoje, a empresa controla 75% do mercado global de endoscópios, instrumentos para observar o interior de cavidades do organismo.
fonte: estadão.com
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