Quando Umar Fidai (foto), 14, acionou o seu cinturão de bombas, ficou decepcionado: o dispositivo falhou. Restava-lhe uma granada, mas, antes que pudesse detoná-la, foi atingido por um tiro de um policial.
O seu colega de 15 anos, contudo, já tinha se explodido, matando 7 pessoas e ferindo outras centenas que tinham ido a um santuário da minoria sufi no Paquistão, na cidade Dera Ghazi Khan. O atentado ocorreu no começo deste mês.
Fidai – que perdeu um braço – diz agora estar arrependido e que acreditava que o atentado fosse levá-lo para o paraíso, conforme lhe prometeram talibãs.
Disse que no dia do atentado seguiu à risca a orientação que recebera: após a explosão causada pelo seu colega, ele ficou o mais próximo possível do maior número de pessoas, que certamente morreriam, caso o seu cinto não tivesse falhado.
"Foi um momento de felicidade para mim quando notei que tinha chegado o momento certo [para a denotação das bombas]. Eu pensei que haveria um pouco de dor, mas logo estaria no céu."
Fidai afirmou que se arrependeu ainda no local da explosão, quando, atingido por uma bala, foi socorrido por policiais.
No hospital, ele pediu perdão às famílias dos mortos pelo seu “terrível engano”. Ela também se disse vítima, só que da lavagem cerebral dos talibãs. "Os talibãs rezam e leem o Alcorão o tempo todo, e eu pensei que eles fossem boas pessoas.”
Mesmo na prisão, o rapaz teme ser morto por talibãs por ter falhado no atentado,
Com informação da BBC.
Com informação da BBC.
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