Dezenas de pessoas morreram e centenas ficaram feridas em distúrbios ocorridos nesta quarta-feira na cidade de Port Said (nordeste do Egito) após torcedores invadirem o gramado durante a partida entre Al Masry e Al Ahly válida pelo Campeonato Egípcio.
O secretário-geral do Ministério da Saúde egípcio, Hisham Shiha, anunciou à televisão estatal que há pelo menos 25 corpos no hospital da cidade, vítimas dos confrontos eclodidos após o confronto que terminou com a vitória do Al Masry por 3 a 1. No entanto, após o anúncio, emissoras locais deram conta de que esse número já poderia ter aumentado para mais de 50.
- Temos 11 mortes computadas no meu hospital. Dois outros hospitais disseram terr têm 25 mortos. Outros três torcedores faleceram no estádio. Alguns morreram pisoteados e outros sufocados – disse Medhat El-Esnawy, diretor do hospital El-Amiry, em Port Said, em declarações publicadas pelo portal egípcio "Ahram Online” .
A invasão começou logo após o apito final. Empolgados com a vitória de virada sobre o atual campeão nacional,que ainda não havia sido derrotado na temporada, torcedores do Masry, que já haviam paralisado a partida no meio do segundo tempo por conta de fogos de artifício lançados após a comemoração de um dos gols (foto ao lado), invadiram o gramado e exageraram na dose ao agredirem jogadores e comissão técnica do Al Ahly.
- Todos jogadores foram brutalmente agredidos. Ficamos presos no vestiário e o nosso técnico não está conosco agora – disse o lateral-direito Ahmed Fathi em entrevista por telefone ao portal local “Ahram Online”.
O técnico português Manuel José, do Al Ahly, revelou a uma emissora portuguesa que levou muitos socos e pontapés, mas conseguiu fugir. Ele e os jogadores do time, entre eles o atacante brasileiro Fabio Junior, ex-Vasco, Flamengo e Madureira, foram levados para um quartel de polícia próximo.
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