– Já viram que bobos? Andando a pé, quando deveriam montar no burro! O fazendeiro então ordenou ao filho:
– Monte no burro, pois não devemos parecer ridículos. O filho assim o fez. Daí a pouco, passaram por uma aldeia. À porta de uma estalagem estavam alguns velhos, que comentaram:
– Ali vai um exemplo da geração moderna: o rapaz muito bem refestelado no animal, enquanto o velho pai caminha com suas pernas fatigadas. – Talvez eles tenham razão, meu filho, disse o pai. Ficaria melhor se eu montasse e você fosse a pé. Trocaram então as posições. Alguns quilômetros adiante, encontraram camponesas passeando, as quais disseram:
– A crueldade de alguns pais para com os filhos é tremenda! Aquele preguiçoso, muito bem instalado no burro, enquanto o pobre filho gasta as pernas. – Suba na garupa, meu filho. Não quero parecer cruel, observou o pai. Assim, ambos, montados no burro, entraram no mercado da cidade. – Oh!, gritaram outros fazendeiros, que se encontravam lá. – Pobre burro, maltratado, carregando uma dupla carga! Não se trata um animal dessa maneira. Os dois precisariam ser presos. Deveriam carregar o burro nas costas em vez dele carregá-los. O fazendeiro e o filho saltaram do animal e carregaram-no. Quando atravessavam uma ponte, o burro, que não estava se sentindo confortável, começou a coicear com tanta energia, assim que os dois caíram na água.
Moral: Quem quer agradar todo mundo não agrada ninguém. |
terça-feira, 27 de março de 2012
Fábulas de Esopo O fazendeiro, seu filho e o burro
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