domingo, 8 de abril de 2012

Quem foi Pedro Adams Filho? História Completa





Pedro Adams Filho (Santa Clara do Sul, 13 de abril de 1870 — 1935) foi um industrial brasileiro e um dos pioneiros do setor coureiro-calçadista no Rio Grande do Sul.

Filho de Johann Peter Adams e Maria Angelina Loeblein, foi o primeiro de sete irmãos. Teve somente três meses de escolaridade formal, com uma professora particular em Santa Clara. Quando tinha por volta de 16 anos a família mudou-se para Dois Irmãos e aos 18 anos iniciou seus trabalhos como aprendiz de seleiro com Jacob Bossle, dono de uma selaria e uma sapataria em Taquara. Logo depois volta a Dois Irmãos onde trabalhou num curtume e numa correaria. Passado pouco tempo, em 1888, estabelece seu próprio negócio como sapateiro e seleiro. Produzia arreios, selas, botinas, tamancos, chinelos, solas e sapatos. Na época com 12 empregados, Pedro Adams, embrenhava-se pelas picadas da colônia para vender seus produtos ao maior número de pessoas possível.

Casou em 1891 com Rosa Saenger, com quem teve 6 filhos.

Com a chegada da linha de trem de Porto Alegre a Novo Hamburgo em 1898, mudou-se para lá, percebendo as oportunidades geradas pelo aprimoramento da rede de distribuição.

Em 1901 resolveu associar-se a José Frederico Gerhardt e instalar uma fábrica de calçados em moldes mais modernos, com um maior número de máquinas e funcionários (mais de 100): a Fábrica de Calçados Sul RioGrandense. Aproveitou para contratar seu irmão Alberto para gerente técnico, e dedicou-se integralmente às questões administrativas. Apenas três anos depois de iniciada a empresa, José Frederico Gerhardt retirou-se da sociedade satisfeito com seu capital e lucro, tendo a fábrica passado a chamar-se Pedro Adams Filho & Cia. Ltda.

Foi co-responsável pela fundação do Esporte Clube Novo Hamburgo, fundado em uma festa que o empresário ofereceu a seus funcionários em comemoração ao dia do trabalho, em 1911.

Foi presidente da Sociedade Ginástica de Novo Hamburgo de 1910 a 1911 e fundador do Jockey Club de São Leopoldo por volta de 1912. No mesmo ano era agente do Banco da Província na cidade o que lhe facilitou a obtenção de créditos para suas empresas.



Preocupado com a modernidade de sua fábrica importou máquinas da Alemanha e Estados Unidos, também trouxe técnicos para operá-las do Uruguai e da Itália. Estes técnicos, Salvador Ingletto, Nicolas Daile e Paulo Triebses, transformaram sua fábrica numa verdadeira escola, da qual saíram várias outras fábricas do Vale do Sinos.

Em 1917 fundou o Curtume Hamburguez, na mesma rua de sua fábrica, aumentando seus negócios.

Nos anos da década de 1920 sua fábrica produzia mais de 700 modelos de calçados diferentes e sua produção diária era de 2 000 pares de calçados, sendo 1,500 sandálias e 500 sapatos masculinos.

Auxiliou de maneira indireta a Novo Hamburgo tornar-se um polo do calçado feminino, pois quando um de seus empregados saía da empresa para abrir um negócio próprio, procurava não competir com o antigo patrão, optando pela produção de calçados femininos, já que, muitas vezes, Pedro Adams Filho ajudava financeiramente essa nova fábrica.

Em 1924 faleceu sua primeira esposa, dois anos depois casa-se com Olga Maria Kroeff que residia em Porto Alegre. Mudou-se para lá, tendo com ela 3 outros filhos.

Foi representante do Partido Republicano Riograndense na cidade de Novo Hamburgo, desde 1917, tendo sido durante dez anos conselheiro municipal representando o distrito de Hamburger Berg na Câmara de São Leopoldo. Junto com Jacob Kroeff e Leopoldo Petry foi um dos líderes do movimento que emancipou Novo Hamburgo de São Leopoldo em 1927.

Fundou em 1927 a Energia Elétrica Hamburguêsa Ltda. para fornecer energia elétrica à cidade e garantir também o abastecimento da sua indústria.

Em 1929 fundou a Caixa Rural União Popular de Novo Hamburgo, com sede em sua empresa, sendo o primeiro diretor, tendo como auxiliares Oscar Adams, seu filho, e Alonso Bernd. A Caixa fornecia crédito rural e também financiamentos pessoais e para construção de moradias. Foi um dos criadores da Associação Comercial e Industrial de Novo Hamburgo.

Em 4 de abril de 1930 sua empresa foi alvo da primeira greve de Novo Hamburgo, motivada pelo desconto proposto pela empresa de 10% nos salários por conta da crise econômica pela qual estava passando a economia nacional. A manifestação foi tratada como caso de polícia, conforme prática da época.

Por sofrer de asma passava temporadas no clima mais ameno do Rio de Janeiro. Em 1933 sua saúde piorou drasticamente, sofrendo de insuficiência cardíaca. Foi obrigado a se afastar dos négocios definitivamente e faleceu em casa dois anos depois.
Família de Peter Petry e Barbara Lorscheider - pais de Leopoldo Petry

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Família de Peter Petry e Barbara Lorscheider na década de 1890 em Novo Hamburgo. Peter era natural de Theley e teve o primeiro moinho de Novo Hamburgo, no bairro que hoje é conhecido como Santo Afonso. O moinho ficava ao lado de um arroio, em frente a atual Avenida Pedro Adams Filho, antigo caminho usado pelos tropeiros de São Leopoldo a Novo Hamburgo. Petry foi pai do segundo prefeito de Novo Hamburgo, Leopoldo Petry, que é o segundo em pé (da esquerda para direita) na foto
O primeiro moinho de Novo Hamburgo





Este é o primeiro moinho de Novo Hamburgo. Pertencia a Peter Petry, natural de Theley, pai do segundo prefeito de Novo Hamburgo, Leopoldo Petry. No local hoje passa a avenida Pedro Adams Filho, antigamente o principal acesso entre Novo Hamburgo e São Leopoldo.


Barbara Krämer Steigleder





Na foto tirada por volta de 1870 está Barbara Krämer, imigrante nascida na Alemanha em 1823, filha de Johann Peter Krämer e Maria Emmerich. Barbara casou com Johann Philipp Steigleder no ano de 1846 e com ele teve apenas uma filha, Maria Teresa Steigleder. O casal possuía muitas terras, eram proprietários do parque Floresta Imperial, no bairro Rondônia, em Novo Hamburgo onde a cavalaria do Imperador Dom Pedro I esteve hospedada em visita imperial a Novo Hamburgo na década de 1840.


A única filha de Barbara, Teresa, casou com Jacob Kroeff, teve 12 filhos e 45 netos, entre eles o conhecido ecologista José Lutzenberger. Barbara é a matriarca de uma enorme família espalhada pelo Vale dos Sinos, totalizando entre netos, bisnetos e trinetos 361 descendentes.


O empresário Adolfo Jaeger







Adolfo era natural de Lomba Grande, ainda jovem transferiu residência com a família para o centro de Novo Hamburgo, trabalhou como balconista e na produção familiar de arames, profissão de seu avô paterno, de seu pai, tios e primos. Seu pai foi professor, o primeiro professor de português de Novo Hamburgo e trabalhava com arames para incrementar a renda da família. Em 1908 empregou-se no curtume de seu cunhado, José João Martins a qual posteriormente se associou. Constituiu em 1923, a firma A. Jaeger & Cia, tornando se um dos maiores curtumes da cidade. Adolfo faleceu em 1949 em Porto Alegre. Em Novo Hamburgo há uma praça e uma rua com seu nome.


Engenheiro Ignácio Plangg






O austríaco Ignácio Plangg se formou em engenharia na Alemanha e imigrou para o Brasil para a construção da "Hidrelétrica Hamburgueza" no final da década de 1920. Quando Novo Hamburgo se tornou município em 1927, foi necessária a construção de uma usina para ampliar a capacidade do fornecimento de energia para o município. Plangg fixou residência no município, onde nasceram seus filhos e demais descendentes.



Ruth Siegel Steigleder








Ruth Siegel Steigleder (na foto tirada em Novo Hamburgo em 9 de setembro de 1929), nasceu em Novo Hamburgo em 19 de janeiro de 1910. É filha de Ludwig Friedrich Siegel e Helena Emilie Olga Diefenthäler. Ruth foi a segunda rainha do Clube Juvenil no ano de 1929. O Clube Juvenil foi criado por hamburguenses após a emancipação do município no ano de 1927 para servir como encontro da comunidade através de bailes e festas.



Ruth casou em 1933 com o dentista Albano Oscar Steigleder, com quem teve as filhas Dorit, Carla e Maidi Steigleder. Ruth é atualmente umas das pessoas em idade mais avançada no município de Novo Hamburgo, em 19 de janeiro de 2011 completará 101 anos.



Pastor Johann Rudolph Dietschi








O pastor Dietschi nasceu na Suíça em 1849. Estudou em Württemberg onde foi ordenado sacerdote em 1873 e emigrou para o Brasil naquele mesmo ano como missionário religioso. Em 1874 Dietschi casou com Lydia Haury e passou a morar em Mundo Novo, atualmente município de Taquara.




Até o ano de 1900 o casal permaneceu em Taquara, de 1900 a 1918 Dietschi foi pastor em Sapiranga. Em 1919 ele permanece temporariamente na serra gaúcha e na localidade de Picada 48, regressando no mesmo ano para Taquara. Dos 8 filhos, dois também se tornaram pastores. Com avançada idade, na década de 1920, Dietschi e sua esposa foram morar em Novo Hamburgo com seu filho Samuel.




O pastor suíço, que dedicou sua vida a religião e a atender as famílias na região, passou seus anos finais em Novo Hamburgo onde faleceu 8 de fevereiro de 1930.





Pastor Johannes Friedrich Pechmann





O histórico do Pastor Pechmann, foi escrito pelo pastor Johannes Hasenack


Pechmann nasceu em Mönchen-Gladbach, Alemanha, em 26 de maio de 1851, fez estudos missionários, médicos e pedagógicos, foi ordenado para o ministério pastoral e foi enviado ao Brasil em 1882.


Em junho de 1882, Pechmann assumiu a Paróquia de Santa Maria da Boca do Monte, que abrangia parte da Campanha e Serra do Rio Grande do Sul, de Arroio Grande até Cruz Alta. Ainda no mesmo ano casou-se com Lydia Julie Emma Meyer, com quem teve quatro filhos e cinco filhas. Lydia Pechmann foi a primeira presidente da OASE de Hamburgo Velho, fundada em 31 de março de 1910 com o nome de Sociedade de Senhoras e Senhoritas Gustavo Adolfo.


Em Santa Maria, Pechmann protagonizou, com o apoio da sua Comunidade, um desafio à lei vigente, no apagar das luzes do Império, construindo uma torre no templo, inaugurando-a publicamente. Junto com a Comunidade Evangélica de Santa Maria, participou da fundação do Sínodo Riograndense em 19 e 20 de maio de 1886, em São Leopoldo.


A maior parte do ministério, de 1893-1922, ele exerceu em Hamburgo Velho, inicialmente incluindo Campo Bom, Travessão e Novo Hamburgo. De 1893 a 1900, foi presidente do Sínodo Riograndense; de 1906 a 1922, presidente do Distrito Leste do Sínodo. Foi também editor do jornal semanal Riograndenser Sonntagsblatt (1897-1915 e 1920-1925); livreiro, distribuidor de bíblias e livros didáticos; fundador de corais; criador de escolas de ensino fundamental em Hamburgo Velho e Novo Hamburgo. Ele presidiu a OGA da fundação até 1925, quando faleceu, motivou a criação de associações Gustavo Adolfo de mulheres, que viriam a formar a Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas-OASE da IECLB.












retirado de : http://historiadenovohamburgo.blogspot.com.br

4 comentários:

Anônimo disse...

Gostei, interessante a pesquisa . Você possui mais fotos?

Auri Martini] disse...

Do Sr Pedro Adams filho, não consegui mais nada, apenas um convite para seu enterro, mas descendo a página irá notar que completei com pessoas imigrantes de NHamburgo, que marcaram a sua história. Espero que goste! Abraço.
Auri

Elenara Stein Leitão disse...

Adorei teu blog. Sou super interessada em história e sei que uma das irmãs de meu avô, Margarida Stein, casou com um Martini (Henrique) pela região de Feliz e/ou Bom Principio. Seriam antepassados teus?
Abraços

Auri Martini] disse...

Fico muito feliz Elenara por ter gostado do blog. Quanto ao parentesco, não serei categórico em afirmar que não, mas meus parentes vieram do interior de Taquara ( Morro Pelado, Fazenda Fialho, Santa Cristina, pega Fogo ), mas hoje moramos a maioria na região metropolitana de porto Alegre! Abraço.