trajetória de um assaltante acabou pelas mãos de uma idosa de 87 anos. Por volta das 17h de sábado, ela matou o ladrão com três tiros, em Caxias do Sul. O homem havia invadido o apartamento da mulher na esquina da Rua Do Guia Lopes com a Sinimbu, no Centro. A idosa tem a identidade preservada a pedido da família.
Enquanto peritos examinavam o apartamento onde Márcio Nadal Machado morreu, vizinhos ressaltavam a atitude da idosa. Para um grupo de dois homens e três mulheres que aguardava em frente ao prédio, a mulher só agiu assim porque foi ameaçada.
Mãe de três filhas, a idosa mora no edifício construído pelo marido há pelo menos 60 anos. Ela ficou viúva em 2002. O revólver é herança de família.
Segundo parentes, ela guardava a arma municiada, mas nunca a havia usado. Por esse motivo, policiais e vizinhos ficaram espantados com a facilidade com que ela manuseou o revólver.
Há alguns anos, por conta de alguns furtos, a família reforçou a segurança do imóvel com grades nas portas e janelas. A idosa conversou com o jornal Pioneiro. Confira a seguir:
Pioneiro – Como a senhora percebeu o invasor dentro de casa?
Idosa – Não lembro direito. Eu estava deitada. Acordei com um clarão e, de repente, ele estava parado ao lado. Pensei que fosse meu neto. Ele começou a dizer para eu ficar calma e saiu. Não estava entendendo nada. Fiquei com medo. Não tinha visto por onde entrou. Ele não conseguia abrir o portão (no hall do apartamento).
Pioneiro – Qual foi sua reação?
Idosa – Peguei o revólver no roupeiro e fui atrás dele. Quando chegou ao portão, ele se virou e manifestou que ia vir para cima de mim. Me defendi, atirei. No chão, ele fez gesto para me atacar, daí atirei de novo.
Pioneiro – O que a senhora fez depois
Idosa – Fiquei apavorada. Liguei para todo mundo (familiares), mas ninguém atendia ao telefone na hora. Não sabia o que fazer.
ZERO HORA - Pioneiro
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