Baltazar, do Grêmio, relembra final do Brasileiro de 81 contra o São Paulo
Atacante já havia perdido um pênalti no primeiro jogo da decisão e, como autor do gol da vitória, alcançou a glória no Estádio do Morumbi
Baltazar, atacante do Grêmio, foi o convidado da vez na série “Jogos para Sempre”, que relembrou a final do Campeonato Brasileiro de 1981, contra o São Paulo. Autor do gol do título, o jogador havia perdido um pênalti na partida anterior em Porto Alegre. Após a vitória gaúcha por 2 a 1, o jogo final contou com a presença de cem mil torcedores no Morumbi.
- Eu fiquei muito preocupado pensando nas consequências daquilo, mas conseguimos logo recuperar com o Paulo Isidoro fazendo dois gols. E eu queria tanto fazer um gol em uma final, que Deus me agraciou com isto – conta Baltazar.
E o chamado “artilheiro de Deus” viu o time tomar um susto no começo de jogo. Em desvantagem no placar, o São Paulo precisava partir para cima a fim de vencer. E a primeira chance de gol veio de uma cabeçada rente à trave de Renato, apelidado de “pé murcho”.
- Foi um alívio muito grande. A gente se sentiu mais seguro e achou que não ia sair nenhum gol deles. Mas sempre que a bola chega na área, dá um frio na barriga, um receio de que algo podia acontecer – declara o atacante.
Em jogada de Baltazar, a reação do Grêmio. No entanto, além da defesa, os gaúchos teriam que passar por uma muralha do lado adversário: Valdir Peres.
- Eu toquei para o Odair e ele conseguiu driblar e chutar para o gol. Acompanhei o rebote e finalizei. O Valdir pegava muito. Não era tão alto, mas era muito ágil – lembra o jogador.
Nós sentimos o peso, no Rio Grande do Sul a cobrança é muito grande, "
Baltazar
No segundo tempo, o Grêmio começou melhor em campo. Mesmo sem estar acostumado a cobrar faltas, Baltazar chamou a responsabilidade e bateu, para defesa do goleiro são-paulino. A oportunidade seguinte viria, novamente, dos pés do camisa 9 e essa ele não desperdiçou. Aproveitou o rebote na entrada da área e chutou com rara felicidade no ângulo. O artilheiro se surpreende com a repercussão do gol, mesmo 31 anos depois.
- Eu fico admirado com quantas pessoas eu encontro na rua e se lembram desse gol. Realmente ele foi muito marcante, pelas circunstâncias, pelo estádio do Morumbi, por estar jogando contra o São Paulo – admite.
Uma conquista que a torcida esperava há muito tempo e cobrava do time. No mesmo local onde o “artilheiro de Deus” comemorou o gol, José Roberto Wright apitou pela última vez na partida.
- Nós sentimos o peso, no Rio Grande do Sul a cobrança é muito grande. Aí, foi só momento de comemorar, de nos abraçarmos, de parabenizar cada um pelo feito e comemorar junto com a torcida, com todos aqueles que nos acompanharam – celebra.
Baltazar fez o gol do título do Campeonato Brasileiro de 1981
O primeiro título a nível nacional abriria caminho para o time do Olímpico se consagrar na mesma década, ao vencer a Libertadores e o Mundial, dois anos depois, e a Copa do Brasil, novamente, em 1989.
O primeiro título a nível nacional abriria caminho para o time do Olímpico se consagrar na mesma década, ao vencer a Libertadores e o Mundial, dois anos depois, e a Copa do Brasil, novamente, em 1989.
fonte: globo esporte
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