segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Cerveja da Copa renova com Fifa. E ganha força para 2014

Copa do Mundo

A Budweiser estendeu seu contrato multimilionário de patrocínio até 2022. Fica ainda mais improvável manter a proibição às cervejas nos estádios brasileiros

Garrafa de cerveja da marca americana Budweiser, do grupo belga-brasileiro InBev

Garrafa de cerveja da marca americana Budweiser, do grupo belga-brasileiro InBev (Spencer Platt/Getty Images)

Executivo da InBev, também comemorou o acerto - e deixou claro que o patrocínio à Copa não é só uma questão de promoção da marca, mas também de venda de cervejas aos torcedores

A chance de o Brasil aprovar uma Lei Geral da Copa que não inclua uma autorização para a venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante o Mundial ficou ainda menor nesta terça-feira. Pouca gente ainda achava que a Fifa aceitaria ceder e manter em vigor a proibição ao consumo de álcool nos estádios brasileiros da Copa. Um anúncio oficial feito pela entidade tornou essa hipótese ainda mais distante da realidade. De acordo com a Fifa, o grupo belgo-brasileiro Anheuser-Busch InBev renovou seu contrato de patrocínio para a Copa do Mundo, estendendo sua parceria com a Fifa por mais de uma década. A marca americana Budweiser, um dos produtos globais da empresa, já era a cerveja oficial da Copa de 2014, no Brasil. Agora, a marca está garantida também nos Mundiais de 2018, na Rússia, e 2022, no Catar.


A renovação do contrato reduz a chance de exclusão das cervejas Budweiser dos estádios brasileiros na Copa porque sinaliza o tamanho do investimento feito pela empresa no evento. Considerada um dos parceiros comerciais mais importantes da Fifa, a InBev paga cerca de 25 milhões de dólares por ano à entidade no atual contrato. O valor do novo acordo não foi revelado, mas certamente torna inviável que a Fifa promova uma Copa do Mundo sem garantir à Budweiser um espaço de destaque nos estádios da Copa. A Bud foi patrocinadora oficial do torneio pela primeira vez na Copa do México, em 1986. A marca é a primeira a renovar seu contrato com a Fifa para os Mundiais de 2018 e 2022. E as declarações de Jeróme Valcke, o secretário-geral da entidade, deixam claro o tamanho do compromisso da Fifa com seus parceiros.



No anúncio do acerto com a InBev, o braço-direito de Joseph Blatter afirmou que está "ansioso para trabalhar em cooperação com os patrocinadores até 2022 e até depois disso". "Desde que se juntou à nossa família de patrocinadores, a Budweiser teve um papel vital no desenvolvimento da Copa do Mundo como grande evento", disse o francês. Chris Burggraeve, executivo da InBev, também comemorou o acerto - e deixou claro em suas declarações que o patrocínio à Copa não é só uma questão de promoção da marca, mas também de venda de cervejas aos torcedores. De acordo com ele, a Copa é um "momento chave de comemoração e consumo de cerveja". Com exceção de uma das sedes da Copa da Alemanha, todos os estádios das últimas Copas do Mundo só podiam vender cerveja da marca Budweiser.

O cabo-de-guerra entre a Fifa e o governo

A Lei Geral da Copa é cercada de controvérsias. Veja o que está em jogo na discussão do texto


Bebidas alcoólicas nos estádios

Por que é um problema: Conforme o Estatuto do Torcedor, é proibido vender qualquer tipo de bebida alcoólica nos estádios. Incapaz de conter a violência das torcidas e de fiscalizar a venda de álcool a menores de idade, o Brasil teve de adotar uma proibição que não existe nos países desenvolvidos, onde apenas o consumo excessivo é alvo de punições nos grandes eventos esportivos.
Por que a Fifa não quer ceder: Uma dos principais patrocinadoras da Copa do Mundo é a marca de cerveja Budweiser, do grupo belga-brasileiro InBev. Parceira da Fifa nos Mundiais desde 1986, a cerveja americana paga cerca de 25 milhões de dólares por ano para ter sua marca ligada ao torneio. Por contrato, a Budweiser tem de ser a única cerveja à venda nos estádios da Copa.
O que pode acontecer: A Lei Geral da Copa deverá permitir temporariamente a venda de bebidas alcoólicas durante o torneio. Como as partidas da Copa são cercadas por um rigoroso esquema de segurança - e como boa parte do público será formado por torcedores de países em que o consumo de cerveja nos estádios é permitido -, o risco de que essa mudança provoque problemas é pequeno.

Cerveja FIFA


Durante participação em audiência da Comissão Especial da Câmara dos Deputados sobre a Lei Geral da Copa, Jérôme Valcke, Secretário-Geral da Federação Internacional de Futebol (FIFA), defendeu a venda de cerveja dentro dos estádios durante os jogos da Copa, a isenção de impostos para FIFA. Na reunião, realizada na última terça feira (8/11), Valcke também declarou disposta a negociar uma solução para garantir a meia-entrada para idosos e estudantes.

O plenário no congresso ficou lotado com a presença de 40 deputados, incluindo o presidente da casa, Marco Maia (PT-RS) e muitos assessores, jornalistas e representantes da sociedade civil. Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014, também foi ouvido pelo parlamentares, mas falou menos de cinco minutos, deixando a maior parte das respostas para Valcke.

O clima do encontro entre o Secretário-Geral da FIFA e os deputados começou amistoso, mas nas últimas perguntas a temperatura da reunião subiu. O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) questionou a isenção de impostos federais concedida a FIFA, garantidos na Lei nº 12.350 de dezembro de 2010. Em seguida, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) declarou-se contrário a mudanças na legislação que possam ferir a soberania nacional. Mas o momento de maior tensão aconteceu quando o ex-jogador de futebol e hoje deputado Romário (PSB-RJ) questionou Valcke sobre uma carta em que o presidente da FIFA, Joseph Blatter o chama de “chantagista”.

Cópias dessa carta foram entregues durante a reunião e à presidenta Dilma Rousseff. Romário tambpem quis saber por que Blatter chamou Valcke de volta, seis meses depois de demiti-lo da FIFA, em 2001, por causa de problemas com a empresa de cartão de crédito Mastercard, uma das patrocinadoras da entidade na época.

A carta, segundo Romário, foi trazida a público pelo jornalista inglês Andrew Jannings, autor de um livro sobre corrupção na FIFA e que foi ouvido no mês passado na Comissão de Educação, Esporte e Cultura do Senado.

O secretário-geral da FIFA, visivelmente nervoso, declarou que o caso Mastercard “é uma cruz que carrega como uma pena” e que a levará “até o fim da vida”, mas não respondeu Às perguntas do deputado e ainda afirmou que que tudo “está superado há muito tempo”. Ele reconheceu a existência da carta de Blatter, no entanto não queria debater o assunto para não “chocar ninguém”. Reconheceu, porém, que o assunto é um dos temas da campanha do jornalista Andrew Jannings contra a FIFA.

Conheça melhor o posicionamento do secretário-geral da FIFA sobre meia-entrada, venda de cerveja, isenção de taxas, transporte e vendedores ambulantes.

Meia-entrada
O secretário-geral da FIFA admitiu que a entidade “não gosta” da ideia de meia-entrada para estudantes, mas disse que esse é um problema técnico e não financeiro. Segundo seu depoimento, seria difícil identificar quem são os estudantes que teriam acesso ao benefício e isso pode abrir uma brecha para a ação de cambistas. Na reunião que realizou com Dilma Rousseff em Zurique, ele compreendeu que não haveria como impedir o acesso a meia-entrada para as pessoas com mais de 60 anos já que esse direito é garantido por legislação federal, o Estatuto do Idoso.

Para resolver a questões, a FIFA propõe que os ingressos mais baratos para os jogos, a chamada categoria 4, sejam destinados prioritariamente para os estudantes e idosos, assim como pessoas de baixa renda. Os ingressos custariam aproximadamente 25 dólares, aproximadamente R$ 43. Somente os jogos de abertura e de encerramento ficariam de fora desse acordo.

De acordo com Valcke, a FIFA pretende disponibilizar 12% do total das entradas para esse tipo de ingresso de baixo custo e somente para brasileiros.

Essa categoria de ingresso mais barata foi criada para a Copa de 2010, realizada na África do Sul. No país africano, os valores dos ingressos da quarta categoria, normalmente cadeiras localizadas atrás dos gols, variava entre 140 Rands, ou 30 reais segundo cotação do Rand de hoje, para a fase de grupos, até 1050 Rands, 230 reais, na final.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) declarou que pode aceitar cotas de ingressos pela metade do valor para estudantes como acontece na cidade e no estado de São Paulo. A legislação nessas cidades, no entanto, fixa em 30% dos ingressos para meia-entrada estudantil, bem mais que os 12% dos ingressos da categoria 4.

Proibição da venda de bebidas alcoólicas
A disposição para negociar a meia-entrada por parte de Valcke, não foi reproduzida no debate sobre a venda de bebidas alcoólicas nos estádios. Ele defendeu a venda de cerveja em condições controladas, argumentando que isso ocorreu nas copas anteriores e não gerou guerras de torcidas nos estádios, nem mesmo em jogos de adversários históricos.

“A Fifa não está aqui para embebedar as pessoas”, declarou o executivo da FIFA. Mas ele ressalvou que a venda de cerveja nos locais dos jogos só será permitida em copos de plástico. Latas e garrafas serão proibidas. Valcke desafiou os deputados da Comissão Especial que analisa o projeto da Lei Geral da Copa a provar que a venda de cerveja causou algum tipo de problema relacionado à violência nas copas da Alemanha (2006) e da África do Sul (2010).

A Copa do Mundo é patrocinada pela cerveja Budweiser, da cervejaria InBev que tem participação brasileira no seu comando.

Transportes
Sobre o transporte de torcedores, ele afirmou ter conhecimento de que é um “pesadelo” se locomover em São Paulo e no Rio, por isso pediu linhas especiais para torcedores. Segundo ele, uma das formas de facilitar a mobilidade é criar um sistema de transporte público eficiente, de forma que os torcedores deixem os carros em casa.

Ambulantes e exposição de marcas nos estádios
Valcke disse ainda que a Fifa não interferirá no comércio de ambulantes nas proximidades dos estádios e explicou que haverá um perímetro de segurança de aproximadamente um quilômetro em torno dos estádios, no qual as marcas dos patrocinadores da Copa serão protegidas, isto é somente essas marcas poderão ser exibidas. Entretanto, segundo ele, essa regra se aplica a empresas e não a vendedores ambulantes.

De acordo com ele, os estádios precisam ser entregues livres de qualquer propaganda para a FIFA usá-los como arenas suas. Esse é outro ponto que a FIFA não abre mão. Para Valcke a medida é necessária para “proteger os parceiros” da federação. Ele garantiu que também não será permitida a propaganda de qualquer produto que não seja autorizado pela Fifa nos estádios.

Isenção de impostos
Em relação ao questionamento do deputado Anthony Garotinho a respeito da isenção de tributos federais, o secretário-executivo da FIFA disse a entidade não recebe recursos públicos. “Nós recebemos incentivos fiscais parecidos na Alemanha para organizar a Copa do Mundo de Futebol Feminino, quem disser ao contrário, estará mentindo”, afirmou categoricamente Valcke. Ele completou dizendo que o Comitê Olímpico Internacional (COI) também faz o mesmo tipo de exigência tanto em relação à impostos como para a proteção das marcas parceiras.



tags: cerveja, fifa, coi, une, dilma, copa, futebol, copa do mundo

fonte : http://www.jogoslimpos.org.br/

2012 ano do dragão


No calendário chinês, 2012 é o Ano do Dragão de Água, que começará em 23 de janeiro de 2012 e terminará no dia 9 de fevereiro de 2013: um período que, segundo os adivinhos orientais, traz novas experiências e oportunidades, mudanças e desastres naturais que nos exigirão sabedoria e capacidade de adaptação.

"É um ano de mudanças que nos convida a recomeçar, a sermos prudentes e adaptáveis e a proteger-nos da doença e do desastre natural", disse à Agência Efe Lin Zhihong, uma adivinha taiuanesa, no templo Sanyugong de Taipei.

O último ano do Dragão de Água foi 1952, um período tumultuado na política com a morte do rei George VI do Reino Unido e da argentina Evita Perón, além da revolução boliviana, a retomada do poder pelo ditador Fulgencio Batista em Cuba e o golpe de Estado do general Marcos Pérez-Jiménez na Venezuela.

Esse mesmo ano também ficou marcado pelo primeiro teste da bomba de hidrogênio e por vários acidentes marítimos, inundações, erupções vulcânicas e o tsunami e terremoto na península de Kamchatka, na Sibéria, de 8,25 graus na escala Richter.

"No ciclo de 70 anos, 1952 e 2012 estão relacionados e devem ter algo parecido, mas não se deve esperar o mesmo porque o que a astrologia chinesa assinala são influências, ventos favoráveis ou desfavoráveis em nossa vida e na da sociedade. No final, o importante é nossa resposta", esclareceu Lin.

Em 2012 também haverá numerosas mudanças políticas, oportunidades para criar mecanismos de paz e estabilidade, e irrupções de autoritarismo, com possíveis tensões entre as duas Coreias, dificuldades para que um democrata seja eleito nos Estados Unidos, risco de autoritarismo na Venezuela, erupções vulcânicas, inundações, tsunamis e terremotos, previu a adivinha.

"É preciso preparar-se para agitações políticas e fenômenos naturais destrutivos, principalmente nas regiões propensas a estes acontecimentos", completou.

Em relação à economia, o Dragão de Água não traz mudanças radicais ou positivas, e as finanças não registrarão melhorias notáveis, o que dificultará a reativação econômica mundial, comentou Lin.

Os signos mais favorecidos pela sorte neste Ano do Dragão serão o rato, o tigre, o coelho, o galo e o macaco. O boi e o cachorro enfrentarão sérias contradições sob a influência do dragão e da água, enquanto o resto dos signos terá uma sorte equilibrada, com oportunidades e contradições.

No que diz respeito às viagens, mudanças e relações internacionais, as direções do leste e oeste são positivas, a do sul não terá boa fortuna e a do norte apenas um pouco de sorte e por isso terá que tomar cuidado nos laços com o sul.

O calendário chinês surgiu, segundo a tradição, por volta do ano 2637 antes de Cristo, com a introdução de cinco ciclos de 12 anos regidos por cinco elementos (água, madeira, fogo, metal, terra) e 12 animais (rato, boi, tigre, coelho, dragão, serpente, cavalo, cabra, macaco, galo, cachorro e porco).

O zodíaco chinês é utilizado em outros países asiáticos com ligeiras modificações, e assim, por exemplo, no Vietnã o quarto animal é o gato, não o coelho, e no Japão o porco é substituído por seu par selvagem, o javali.




tags: horóscopo chines, javali, porco, zodiaco, asiatico

Fonte: terra

A estátua do Laçador (ou monumento ao Laçador)


é um monumento da cidade de Porto Alegre. É a representação do gaúcho tradicionalmente pilchado (em trajes típicos) e teve como modelo o tradicionalista . Foi tombada como patrimônio histórico em 2001 e, em 2007, foi transferida de seu local antigo, o largo do Bombeiro, para o sítio O Laçador para permitir a construção do viaduto Leonel Brizola. Apesar de Paixão Côrtes ter sido sempre atribuído como modelo para a estátua, o escultor usou como modelo um colono de origens alemãs, diferentemente de Paixão Côrtes que tem traços tipicamente gaúchos.

História

Em 1954, na Exposição do IV Centenário de fundação de São Paulo, no parque Ibirapuera, foi elaborado um concurso público para a execução de uma escultura que identificasse o homem rio-grandense. A escultura ficaria exposta no espaço reservado ao Rio Grande do Sul e o concurso foi disputado pelos artistas Vasco Prado, Fernando Corona e Antônio Caringi (natural da cidade de Pelotas). Este último foi o vencedor, com um modelo em gesso que deveria, após o término do evento, ser fundido em bronze e ofertado a São Paulo.

Houve reivindicação popular para a compra da estátua, o que foi feito pela prefeitura do município e, em 20 de setembro de 1958, ela foi inaugurada, sendo instalada na entrada

Após 48 anos no largo do Bombeiro, na avenida dos Estados, bairro São João, zona norte da cidade, no dia 11 de março de 2007, a estátua foi transferida para o Sítio do Laçador, em frente ao antigo terminal do Aeroporto Internacional Salgado Filho, na mesma avenida, mas a uma distância de seiscentos metros do seu antigo local. O motivo para a transferência do símbolo de Porto Alegre foi a construção do viaduto Leonel Brizola no local onde a estátua permanecia, já concluído. Paixão Côrtes não pôde assistir à transposição da estátua no dia previsto para a mudança pois foi hospitalizado devido ao seu estado emocional.

O Sítio do Laçador tem seis espaços diferenciados com as cores do estado do Rio Grande do Sul em 4 000 metros quadrados de área. A estátua permanece num espaço mais elevado denominado coxilha do Laçador. Para a construção do sítio O Laçador foram investidos 1 000 000 de reais com a intenção de valorizar o folclore e a tradição gaúcha, já que a estátua continua visível a todas as pessoas que chegam a Porto Alegre pela BR-116.



tags: estatua, laçador, homenagem, folclore, gaucho, porto alegre, simbolo, monumento

Mario Quintana


"Olho em redor do bar em que escrevo estas linhas. 
Aquele homem ali no balcão, caninha após caninha, 
nem desconfia que se acha conosco desde o início 
das eras. Pensa que está somente afogando problemas 
dele, João Silva... Ele está é bebendo a milenar 
inquietação do mundo!"



Mario de Miranda Quintana nasceu na cidade de Alegrete (RS), no dia 30 de julho de 1906, quarto filho de Celso de Oliveira Quintana, farmacêutico, e de D. Virgínia de Miranda Quintana. Com 7 anos, auxiliado pelos pais, aprende a ler tendo como cartilha o jornal Correio do Povo. Seus pais ensinam-lhe, também, rudimentos de francês.

No ano de 1914 inicia seus estudos na Escola Elementar Mista de Dona Mimi Contino.

Em 1915, ainda em Alegrete, freqüentou a escola do mestre português Antônio Cabral Beirão, onde conclui o curso primário. Nessa época trabalhou na farmácia da família. Foi matriculado no Colégio Militar de Porto Alegre, em regime de internato, no ano de 1919. Começa a produzir seus primeiros trabalhos, que são publicados na revista Hyloea, órgão da Sociedade Cívica e Literária dos alunos do Colégio.

Por motivos de saúde, em 1924 deixa o Colégio Militar. Emprega-se na Livraria do Globo, onde trabalha por três meses com Mansueto Bernardi. A Livraria era uma editora de renome nacional.

No ano seguinte, 1925, retorna a Alegrete e passa a trabalhar na farmácia de seu pai. No ano seguinte sua mãe falece. Seu conto, A Sétima Personagem, é premiado em concurso promovido pelo jornal Diário de Notícias, de Porto Alegre.

O pai de Quintana falece em 1927. A revista Para Todos, do Rio de Janeiro, publica um poema de sua autoria, por iniciativa do cronista Álvaro Moreyra, diretor da citada publicação.

Em 1929, começa a trabalhar na redação do diário O Estado do Rio Grande, que era dirigida por Raul Pilla. No ano seguinte a Revista do Globo e o Correio do Povo publicam seus poemas.

Vem, em 1930, por seis meses, para o Rio de Janeiro, entusiasmado com a revolução liderada por Getúlio Vargas, também gaúcho, como voluntário do Sétimo Batalhão de Caçadores de Porto Alegre.

Volta a Porto Alegre, em 1931, e à redação de O Estado do Rio Grande.

O ano de 1934 marca a primeira publicação de uma tradução de sua autoria: Palavras e Sangue, de Giovanni Papini. Começa a traduzir para a Editora Globo obras de diversos escritores estrangeiros: Fred Marsyat, Charles Morgan, Rosamond Lehman, Lin Yutang, Proust, Voltaire, Virginia Woolf, Papini, Maupassant, dentre outros. O poeta deu uma imensa colaboração para que obras como o denso Em Busca do Tempo Perdido, do francês Marcel Proust, fossem lidas pelos brasileiros que não dominavam a língua francesa.

Retorna à Livraria do Globo, onde trabalha sob a direção de Érico Veríssimo, em 1936.

Em 1939, Monteiro Lobato lê doze quartetos de Quintana na revista lbirapuitan, de Alegrete, e escreve-lhe encomendando um livro. Com o título Espelho Mágico o livro vem a ser publicado em 1951, pela Editora Globo.

A primeira edição de seu livro A Rua dos Cataventos, é lançada em 1940 pela Editora Globo. Obtém ótima repercussão e seus sonetos passam a figurar em livros escolares e antologias.

Em 1943, começa a publicar o Do Caderno H, espaço diário na Revista Província de São Pedro.

Canções, seu segundo livro de poemas, é lançado em 1946 pela Editora Globo. O livro traz ilustrações de Noêmia.

Lança, em 1948, Sapato Florido, poesia e prosa, também editado pela Globo. Nesse mesmo ano é publicado O Batalhão de Letras, pela mesma editora.

Seu quinto livro, O Aprendiz de Feiticeiro, versos, de 1950, é uma modesta plaquete que, no entanto, obtém grande repercussão nos meios literários. Foi publicado pela Editora Fronteira, de Porto Alegre.

Em 1951 é publicado, pela Editora Globo, o livro Espelho Mágico, uma coleção de quartetos, que trazia na orelha comentários de Monteiro Lobato.

Com seu ingresso no Correio do Povo, em 1953, reinicia a publicação de sua coluna diária Do Caderno H (até 1967). Publica, também, Inéditos e Esparsos, pela Editora Cadernos de Extremo Sul - Alegrete (RS).

Em 1962, sob o título Poesias, reúne em um só volume seus livros A Rua dos Cataventos, Canções, Sapato Florido, espelho Mágico e O Aprendiz de Feiticeiro, tendo a primeira edição, pela Globo, sido patrocinada pela Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande do Sul.

Com 60 poemas inéditos, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, é publicada sua Antologia Poética, em 1966, pela Editora do Autor - Rio de Janeiro. Lançada para comemorar seus 60 anos, em 25 de agosto o poeta é saudado na Academia Brasileira de Letras por Augusto Meyer e Manuel Bandeira, que recita o seguinte poema, de sua autoria, em homenagem a Quintana:



Meu Quintana, os teus cantares
Não são, Quintana, cantares:
São, Quintana, quintanares.

Quinta-essência de cantares...
Insólitos, singulares...
Cantares? Não! Quintanares!

Quer livres, quer regulares,
Abrem sempre os teus cantares
Como flor de quintanares.

São cantigas sem esgares.
Onde as lágrimas são mares
De amor, os teus quintanares.

São feitos esses cantares
De um tudo-nada: ao falares,
Luzem estrelas luares.

São para dizer em bares
Como em mansões seculares
Quintana, os teus quintanares.

Sim, em bares, onde os pares
Se beijam sem que repares
Que são casais exemplares.

E quer no pudor dos lares.
Quer no horror dos lupanares.
Cheiram sempre os teus cantares

Ao ar dos melhores ares,
Pois são simples, invulgares.
Quintana, os teus quintanares.

Por isso peço não pares,
Quintana, nos teus cantares...
Perdão! digo quintanares.



A Antologia Poética recebe em dezembro daquele ano o Prêmio Fernando Chinaglia, por ter sido considerado o melhor livro do ano. Recebe inúmeras homenagens pelos seus 60 anos, inclusive crônica de autoria de Paulo Mendes Campos publicada na revista Manchete no dia 30 de julho.

Preso à sua querida Porto Alegre, mesmo assim Quintana fez excelentes amigos entre os grandes intelectuais da época. Seus trabalhos eram elogiados por Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Morais, Cecília Meireles e João Cabral de Melo Neto, além de Manuel Bandeira. O fato de não ter ocupado uma vaga na Academia Brasileira de Letras só fez aguçar seu conhecido humor e sarcasmo. Perdida a terceira indicação para aquele sodalício, compôs o conhecido

Poeminho do Contra

Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!
(Prosa e Verso, 1978)


A Câmara de Vereadores da capital do Rio Grande do Sul — Porto Alegre — concede-lhe o título de Cidadão Honorário, em 1967. Passa a publicar Do Caderno H no Caderno de Sábado do Correio do Povo (até 1980).

Em 1968, Quintana é homenageado pela Prefeitura de Alegrete com placa de bronze na praça principal da cidade, onde estão palavras do poeta: "Um engano em bronze, um engano eterno". Falece seu irmão Milton, o mais velho.

1973. Nesse ano o poeta e prosador lançou, pela Editora Globo — Coleção Sagitário — o livro Do Caderno H. Nele estão seus pensamentos sobre poesia e literatura, escritos desde os anos 40, selecionados pelo autor.

Em 1975 publica o poema infanto-juvenil Pé de Pilão, co-edição do Instituto Estadual do Livro com a Editora Garatuja, com introdução de Érico Veríssimo. Obtém extraordinária acolhida pelas crianças.

Quintanares é impresso em 1976, em edição especial, para ser distribuído aos clientes da empresa de publicidade e propaganda MPM. Por ocasião de seus 70 anos, o poeta é alvo de excepcionais homenagens. O Governo do Estado concede-lhe a medalha do Negrinho do Pastoreio — o mais alto galardão estadual. É lançado o seu livro de poemas Apontamentos de História Sobrenatural, pelo Instituto Estadual do Livro e Editora Globo.

A Vaca e o Hipogrifo, segunda seleção de crônicas, é publicado em 1977 pela Editora Garatuja. O autor recebe o Prêmio Pen Club de Poesia Brasileira, pelo seu livro Apontamentos de História Sobrenatural.

Em 1978 falece, aos 83 anos, sua irmã D. Marieta Quintana Leães. Realiza-se o lançamento de Prosa & Verso, antologia para didática, pela Editora Globo. Publica Chew me up slowly, tradução Do Caderno H por Maria da Glória Bordini e Diane Grosklaus para a Editora Globo e Riocell (indústria de papel).

Na Volta da Esquina, coletânea de crônicas que constitui o quarto volume da Coleção RBS, é lançado em 1979, Editora Globo. Objetos Perdidos y Otros Poemas é publicado em Buenos Aires, tradução de Estela dos Santos e organização de Santiago Kovadloff.

Seu novo livro de poemas é publicado pela L&PM Editores - Porto Alegre, em 1980: Esconderijos do Tempo. Recebe, no dia 17 de julho, o Prêmio Machado de Assis conferido pela Academia Brasileira de Letras pelo conjunto de sua obra. Participa, com Cecília Meireles, Henrique Lisboa e Vinicius de Moraes, do sexto volume da coleção didática Para Gostar de Ler, Editora Ática.

Em 1981, participa da Jornada de Literatura Sul Rio-Grandense, uma iniciativa da Universidade de Passo Fundo e Delegacia da Educação do Rio Grande do Sul. Recebe de quase 200 crianças botões de rosa e cravos, em homenagem que lhe é prestada, juntamente com José Guimarães e Deonísio da Silva, pela Câmara de Indústria, Comércio, Agropecuária e Serviços daquela cidade. No Caderno Letras & Livros do Correio do Povo, reinicia a publicação Do Caderno H. Nova Antologia Poética é publicada pela Editora Codecri - Rio de Janeiro.

O autor recebe o título de Doutor Honoris Causa, concedido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no dia 29 de outubro de 1982.

É publicado, em 1983, o IV volume da coleção Os Melhores Poemas, que homenageia Mario Quintana, uma seleção de Fausto Cunha para a Global Editora - São Paulo. Na III Festa Nacional do disco, em Canela (RS), é lançado um álbum duplo: Antologia Poética de Mario Quintana, pela gravadora Polygram. Publicação de Lili Inventa o Mundo, Editora Mercado Aberto - Porto Alegre, seleção de Mery Weiss de textos publicado em Letras & Livros e outros livros do autor. Por aprovação unânime da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, o prédio do antigo Hotel Magestic (onde o autor viveu por muitos e muitos anos), tombado como patrimônio histórico do Estado em 1982, passa a denominar-se Casa de Cultura Mário Quintana.

Em 1984 ocorrem os lançamentos de Nariz de Vidro, seleção de textos de Mery Weiss, Editora Moderna - São Paulo, e O Sapo Amarelo, Editora Mercado Aberto - Porto Alegre.

O álbum Quintana dos 8 aos 80 é publicado em 1985, fazendo parte do Relatório da Diretoria da empresa SAMRIG, com texto analítico e pesquisa de Tânia Franco Carvalhal, fotos de Liane Neves e ilustrações de Liana Timm.

Ao completar 80 anos, em 1986, é publicada a coletânea 80 Anos de Poesia, organizada por Tânia Carvalhal, Editora Globo. Recebe o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade do Vale dos Sinos (UNISINOS) e pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Lança Baú de Espantos, pela Editora Globo, uma reunião de 99 poemas inéditos.

Em 1987, são publicados Da Preguiça como Método de Trabalho, Editora Globo, uma coletânea de crônicas publicadas em Do Caderno H, e Preparativos de Viagem, também pela Globo, reflexões do poeta sobre o mundo.

Porta Giratória, pela Editora Globo - Rio de Janeiro, é lançada em 1988, uma reunião de crônicas sobre o cotidiano, o tempo, a infância e a morte.

Em 1989 ocorre o lançamento de A Cor do Invisível pela Editora Globo - Rio de Janeiro. Recebe o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Campinas (UNICAMP) e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É eleito o Príncipe dos Poetas Brasileiros, entre escritores de todo o Brasil.

Velório sem Defunto, poemas inéditos, é lançado pela Mercado Aberto em 1990.

Em 1992, a editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) reedita, em comemoração aos 50 anos de sua primeira publicação, A Rua dos Cataventos.

Poemas inéditos são publicados no primeiro número da Revista Poesia Sempre, da Fundação Biblioteca Nacional/Departamento Nacional do Livro, em 1993. Integra a antologia bilíngüe Marco Sul/Sur - Poesia, publicada Editora Tchê!, que reúne a poesia de brasileiros, uruguaios e argentinos. Seu texto Lili Inventa o Mundo montado para o teatro infantil, por Dilmar Messias. Treze de seus poemas são musicados pelo maestro Gil de Rocca Sales, para o recital de canto Coral Quintanares - apresentado pela Madrigal de Porto Alegre no dia 30 de julho (seu aniversário) na Casa de Cultura Mario Quintana.

Alguns de seus textos são publicados na revista literária Liberté - editada em Montreal, Quebec, Canadá - que dedicou seu 211o número à literatura brasileira (junto com Assis Brasil e Moacyr Scliar), em 1994. Publicação de Sapato Furado, pela editora FTD - antologia de poemas e prosas poéticas, infanto - juvenil. Publicação pelo IEL, de Cantando o Imaginário do Poeta, espetáculo musical apresentado no Teatro Bruno Kiefer pelo Coral da Casa de Cultura Mário Quintana, constituído de poemas musicados pelo maestro Adroaldo Cauduro, regente do mesmo Coral.

Falece, em Porto Alegre, no dia 5 de maio de 1994, próximo de seus 87 anos, o poeta e escritor Mario Quintana.

Escreveu Quintana:

"Amigos não consultem os relógios quando um dia me for de vossas vidas... Porque o tempo é uma invenção da morte: não o conhece a vida - a verdadeira - em que basta um momento de poesia para nos dar a eternidade inteira".

E, brincando com a morte: "A morte é a libertação total: a morte é quando a gente pode, afinal, estar deitado de sapatos".



Bibliografia: Em português:
- A Rua dos Cata-ventos (1940)
- Canções (1946)
- Sapato Florido (1948)
- O Batalhão de Letras (1948)
- O Aprendiz de Feiticeiro (1950)
- Espelho Mágico (1951)
- Inéditos e Esparsos (1953)
- Poesias (1962)
- Antologia Poética (1966)
- Pé de Pilão (1968) - literatura infanto-juvenil
- Caderno H (1973)
- Apontamentos de História Sobrenatural (1976)
- Quintanares (1976) - edição especial para a MPM Propaganda.
- A Vaca e o Hipogrifo (1977)
- Prosa e Verso (1978)
- Na Volta da Esquina (1979)
- Esconderijos do Tempo (1980)
- Nova Antologia Poética (1981)
- Mario Quintana (1982)
- Lili Inventa o Mundo (1983)
- Os melhores poemas de Mario Quintana (1983)
- Nariz de Vidro (1984)
- O Sapato Amarelo (1984) - literatura infanto-juvenil
- Primavera cruza o rio (1985)
- Oitenta anos de poesia (1986)
- Baú de espantos ((1986)
- Da Preguiça como Método de Trabalho (1987)
- Preparativos de Viagem (1987)
- Porta Giratória (1988)
- A Cor do Invisível (1989)
- Antologia poética de Mario Quintana (1989)
- Velório sem Defunto (1990)
- A Rua dos Cata-ventos (1992) - reedição para os 50 anos da 1a. publicação.
- Sapato Furado (1994)
- Mario Quintana - Poesia completa (2005)
- Quintana de bolso (2006) No exterior:

- Em espanhol:
- Objetos Perdidos y Otros Poemas (1979) - Buenos Aires - Argentina.
- Mario Quintana. Poemas (1984) - Lima, Peru.

Participação em Antologias:

No Brasil: - Obras-primas da lírica brasileira (1943)
- Coletânea de poetas sul-rio-grandenses. 1834-1951 - (1952)
- Antologia da poesia brasileira moderna. 1922-1947 - (1953)
- Poesia nossa (1954)
- Antologia poética para a infância e a juventude (1961)
- Antologia da moderna poesia brasileira (1967)
- Antologia dos poetas brasileiros (1967)
- Poesia moderna (1967)
- Porto Alegre ontem e hoje (1971)
- Dicionário antológico das literaturas portuguesa e brasileira (1971)
- Antologia da estância da poesia crioula (1972)
- Trovadores do Rio Grande do Sul (1972)
- Assim escrevem os gaúchos (1976)
- Antologia da literatura rio-grandense contemporânea - Poesia e crônica (1979)
- Histórias de vinho (1980)
- Para gostar de ler: Poesias (1980)
- Te quero verde. Poesia e consciência ecológica (1982)

No Exterior:

- La poésie brésilienne, 1930-1940 - Rio de Janeiro (para circulação no exterior) (1941)
- Brazilian literature. An outline. - New York (1945)
- Poesía brasileña contemporánea, 1920-1946 - Montevideo (1947)
- Antologia de la poesía brasileña - Madrid (1952)
- La poésie brésilliene contemporaine - Paris (1954)
- Un secolo di poesia brasiliana - Siena (1954)
- Antología de la poesía brasileña - Buenos Aires (1959)
- Antología de la poesía brasileña. Desde el Romanticismo a la Generación de Cuarenta y Cinco - Barcelona (1973)
- Chew me up slowly - Porto Alegre (para circulação no exterior) (1978)
- Las voces solidarias - Buenos Aires (1978)

Discos: - Antologia Poética de Mario Quintana - Gravadora Polygram (1983) Música: - Recital Canto Coral Quintanares (1993) - treze poemas musicados pelo maestro Gil de Rocca Sales.

- Cantando o Imaginário do Poeta (1994) - Coral Casa de Mario Quintana - poemas musicados pelo maestro Adroaldo Cauduro. Teatro: - Lili Inventa o Mundo (1993) - montagem de Dilmar Messias. Sobre o autor: - Quintana dos 8 aos 80 (1985)



Dados obtidos em livros do e sobre o autor e páginas na Internet, em especial a da Casa de Cultura Mario Quintana / Suzana Kanter.

Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender



01. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.

02. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.


03. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.


04. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.


05. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.


06. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.


07. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".


08. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".


09. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.


10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.






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Ford Maverick a história deste grande mito







No início dos anos 70, a Ford do Brasil, que havia incorporado recentemente a Willys, possuía no segmento de carros médios – padrão família – apenas os antiquados Aero e o pequeno Corcel, que não conseguiam fazer frente aos concorrentes de mercado.





A solução encontrada foi tentar aproveitar algum projeto já existente, para que os custos fossem baixos, e entre as opções encontradas, os ecolhidos eram o Ford Taunus, montado na Alemanha e o Ford Maverick, fabricado nos EUA. Algumas clínicas de opinião com potenciais consumidores foram realizadas, tendo sido vencedor o modelo Taunus.



Porém, percebeu-se que o motor planejado para equipar o novo carro, o Willys de 6 cilindros não cabia no compartimento. Para agravar a situação, a fábrica de motores da FORD na cidade de Taubaté/SP só ficaria pronta em 1975. Desta forma, a opção foi mudar o carro escolhido e o Maverick foi definido como a opção para ser o novo Ford brasileiro.



Lançado em Maio de 1973, sob o entusiasta slogan “A fórmula Ford contra a rotina”, o Maverick estreou no mercado com o conhecido motor Willys de 6 cilindros além do desejado motor V8, que gerou espera de até 12 meses pelo esportivo modelo GT.


Um fator externo foi determinante na trajetória do Maverick, a crise mundial de petróleo, que elevou sensivelmente os preços dos combustíveis e gerando até a escassez do produto. Este acontecimento fez com que as vendas de veículos grandes, pesados e com consumo elevado de combustível deixassem de ter interesse no consumidor.


As versões de acabamento oferecidas inicialmente eram a STD (standard), a SL (super luxo) e a GT (gran turismo), esta última, representando o veículo esportivo. Além das opções de motores, também existiam as opções de carrocerias, que podiam ser Cupê (2 portas) ou Sedan (4 portas); exceto para o GT, que sempre foi Cupê.


Em 1977, com vendas baixas, a Ford promoveu uma série de mudanças, alterando padrões de acabamento e de detalhes estéticos, tanto externos quanto internos. Surgiu a versão LDO (luxuosa decoração opcional), que possuía inúmeros itens de conforto mecânico e de acabamento, como câmbio automático, ar quente, direção hidráulica e motor V8. Externamente, as mudanças neste ano foram novas grades, emblemas frontais, frisos diferentes e um novo conjunto de lanternas traseiras, maiores e com três divisões. O modelo GT recebeu nova padronagem de faixas decorativas e as falsas entradas de ar no capô.



Em Abril de 1979, não sustentando mais a queda nas vendas e com o lançamento do Ford Corcel II que tinha o mesmo público-alvo, o Maverick saiu de linha, após terem sido fabricados 108.106 veículos em todas as versões e modelos.

MAVERICK 4 CILINDROS



Lançado em Maio de 1975, com o objetivo de salvar a imagem do veículo devido à fama de beberrão e em plena crise mundial de petróleo, o novo motor de 4 cilindros e 2.300 cm3 que rende 99 CV; prometia dar vida nova ao modelo, que apenas dois anos após seu lançamento, apresentava sinais de cansaço com vendas pouco expressivas.
O novo motor de 4 cilindros apresentava os seguintes resultados, tomando como base um modelo Cupê STD:



0 – 100 Km/h 16 seg.

Velocidade máxima 155 km/h

Consumo 8 km/litro




MAVERICK 6 CILINDROS

Foi o primeiro Maverick produzido que era equipado com o motor herdado do Aero-Willys. Devido à nova configuração do carro, o último cilindro costumava “explodir” durante os testes de adaptação deste motor à carroceria.

A solução ideal era fundir um novo bloco para que o problema de refrigeração fosse corrigido, mas isso geraria um custo muito alto. Então, uma pequena mangueira externa foi instalada e fez com que a circulação da água fosse mais eficiente para o último cilindro. O motor de 6 cilindros, que gerava 3.000 cm3 e rendia 112 CV, apresentava os seguintes resultados, tomando como base um modelo Cupê STD:

0 – 100 Km/h 20 seg.

Velocidade máxima 150 km/h
Consumo 7km/litro



MAVERICK GT V8





Um verdadeiro esportivo, com força e dirigibilidade inigualáveis.

Aspecto externo com faixas decorativas e internamente com detalhes únicos, como o mais famoso e charmoso opcional, o conta-giros instalado em cima da coluna de direção.





Além disso, era o único modelo que possuía as garras do capô (73-76) e as falsas entradas de ar (77-79), além do faróis de milha instalados à frente da grade dianteira. Outra característica exclusiva dos GT eram os aros dos faróis com pintura na cor preta e as faixas decorativas laterais, traseiras e no capô em cor preto fosco.O motor de 8 cilindros apresentava os seguintes resultados :


0 – 100 Km/h 11,5 seg.


Velocidade máxima 190 km/h


Consumo 6 km/litro





MAVERICK PERUA (SW)



Foi idealizado para fazer diferença no segmento de peruas grandes, destinadas ao público familiar, pois na época, a Ford não possuía um veículo tipo perua para o mercado de carros grandes, restando a tarefa de tentar agradar a este segmento de público, com a perua de tamanho médio, a Belina.O concessionário Ford, Souza Ramos, por meio de sua empresa, a SR Veículos, que fazia transformações em caminhonetes F-100, surgiu com a novidade.


A proposta era produzir em série uma versão perua com quatro portas, ou seja, era baseada no Maverick Sedan. Para tanto, o interessado podia encomendar uma 0 Km ou levar uma usada para ser transformada.




A proposta não vingou por questões de custo de produção e também pela ausência de garantia de fábrica. Poucas unidades foram produzidas. Não existem números exatos, mas as pesquisas realizadas indicaram um número mínimo de 100 e máximo de 216 unidades produzidas entre os anos de 1978 e 1979.





tags; história, maveco, mavecão, maverick
Fonte: http://mundoautomotivo.blogspot.com

A história do Maverick


O Ford Maverick, surgiu nos EUA, em 1969, concebido para combater a invasão de europeus e japoneses no mercado americano, foi considerado o "anti-fusca", como o modelo que tiraria compradores da Volkswagen.
No período em que o carro alemão foi planejado, suas vendas cresciam a passos largos, com vendas superiores a 300.000 unidades anuais, e em 1968 chegavam a quase meio milhão, era o início da invasão de carros baratos, de fácil manutenção e muito mais práticos no dia-a-dia. Foi nesse cenário que, em 17 de abril de 1969 surgiu o Ford Maverick. A receita era simples: um carro compacto de manutenção simples e barata, fácil de manobrar. Com aparência inspirada no Mustang, pois a idéia era identificá-lo como um carro para a família, prático, moderno e econômico, com um leve toque esportivo. Em seu primeiro ano vendeu 579.000 unidades - quase 5.000 a mais que o Mustang em seu primeiro ano de vendas.

Na época no Brasil existiam dois modelos Ford, e claro dois modelos de sucesso, o bom e velho Corcel e o luxuoso Galaxie. Só que entre o popular e o luxuoso havia um espaço a ser preenchido. Esse espaço aparentemente estava ocupado pelo Aero-Willys e Itamaraty (versão luxuosa do Aero), que já estavam ficando ultrapassados e fora do estilo da época, sem contar os inúmeros problemas mecânicos deixando a desejar e abrindo uma brecha no mercado.

A briga por um mercado de populares de médio porte (confortáveis mais econômicos) estava começando.
A Chrysler desenvolvia o Dodge 1800 (Dodginho). A Volkswagen preparava um "fusca quadrado" que se chamaria Brasília, além de uma aposta alta no Passat, que em tese mudou o mercado nacional. Mais isso é outra história, que não me interessa. Pois se não for beberrão, para mim não vale nada.

A Ford preparou uma pesquisa que por sinal teve por resultado uma das ações mais estranhas da história do marketing automobilistico nacional. A Ford definiu seu público-alvo, e utilizando quatro veículos, todos brancos e sem qualquer identificação quanto ao nome e fabricante, sendo eles: um Opala, um Corcel, um Maverick norte-americano e um Ford Taunus europeu, tentou identificar qual seria sua meta de trabalho. A pesquisa elegeu o Taunus, e este traduzia os desejos de consumo daquele público acostumado com os padrões de conforto e economia dos veículos europeus.

Ótimo, mãos à obra e aos problemas. O Taunus exigiria um motor, que só seria possível em 1975, com a conclusão de uma outra fábrica. A suspensão traseira, independente, era bem mais moderna que a de eixo rígido do Aero/Itamaraty. A adaptação do Taunus ao nosso mercado começou a se mostrar inviável. O tempo era curto e a competição seria acirrada. A idéia era utilizar ao máximo os componentes do velho Aero. A pesquisa foi posta de lado e para surpresa dos profissionais de marketing e estratégia, a empresa optou por lançar o Maverick.

Os objetivos maiores da empresa falaram mais alto, que eram a urgência e economia de investimentos.
Começaram os problemas. Alguns motores de seis cilindros 3,0 litros do Aero-Willys "derreteram" em testes devido ao sistema de arrefecimento mal dimencionado e ineficiente. A lubrificação deu problema e foi necessário uma nova bomba de óleo com sentido trocado, ou seja, no bombeamento o óleo era sugado dos mancais para o cárter... Sanados os problemas, e com mais uma "passagem" externa de água para o sexto cilindro, lançaram o Maverick em junho de 1973, que por sinal era igual ao modelo americano de 1970.

As versões lançadas foram a Super e Super Luxo. Logo apareceu a versão esportiva GT com motor V8 importado, de 4,95 litros, a qual saia de fábrica, com pintura metálica e direção hidráulica como únicos opcionais. Além das faixas pretas e o novo motor, tinha tantos (ou quase tantos) cromados quanto as outras versões. Tinha seus problemas: freios traseiros com tendência ao travamento das rodas e radiador subdimensionado para o clima tropical (padrão dos Maverick´s).

Nos testes no Brasil, o "capô do motor V8" chegava a abrir e era jogado de encontro ao "pára-brisa. Dai os GTs sairem com pequenas presilhas no capô. Apesar da baixa taxa de compressão do primeiro motor, 7,5:1, o desempenho era bastante bom para a época: aceleração de 0 a 100 km/h em 11,5 segundos e 178 km/h de velocidade máxima. Como comparação, o velho "seis bocas" chegava a gastar quase 30 segundos na aceleração e mal chegava na marca de 150 km/h. Ao final do mesmo ano chegava o Maverick de quatro portas, oferecendo mais espaço aos passageiros de trás por conta de entre-eixos mais longo, mas não agradou ao público.

"Como as coisas mudam. Hoje toda família quer ter carro 04 portas"

Resolvido o velho problema do radiador, o GT e as outras versões, equipadas opcionalmente com o V8, atingiram vendas significativas, o esportivo chegou a 2.000 unidades no primeiro ano e mais de 4.000 no segundo.

Os concorrentes não chegaram sequer perto em questão de vendas.
Na época eram o Opala 6cc (cú de burro) e os Dodge Dart e Charger RT, equipados com V8 308.

O Maverick "seis bocas" foi realmente o desatre, pois era mais pesado que o Opala e seu desempenho era próximo de qualquer quatro-cilindros. Mais vale ressaltar que o motor 06 cilindros era muito silencioso.

O V8 era a resposta aos concorrentes. Até chegar a crise do petróleo no final dos anos 70, uma ameaça ao bolso dos consumidores. Como o seis "bocas" bebia como um V8 e andava praticamente como um carro médio de quatro cilindros, o Maverick ganhou fama de Beberrão, e foi caindo em desgraça.

Com isso em 1979 depois de mais de 100.000 unidades vendidas o nosso lendário Maverick saia de linha para dar lugar a uma porcaria por nome de "Corcel II".


tags: mavecão, ford,


Fonte: http://www.maverick73.com.br/historia-do-maverick.php