segunda-feira, 9 de abril de 2012
ATOR SE ENFORCA ACIDENTALMENTE AO INTERPRETAR JUDAS NA PAIXÃO DE CRISTO.
Um ator se enforcou acidentalmente quando interpretava Judas em encenação da Paixão de Cristo e está internado em estado grave em um hospital no interior de São Paulo. O episódio ocorreu na Sexta-Feira Santa (6) na cidade de Itararé, a 345 quilômetros ao oeste de São Paulo, onde o ator Thiago Klimeck, de 27 anos, fazia o papel de Judas, que segundo o Evangelho, se enforcou após entregar Jesus. Klimeck, do grupo Traças de Teatro, aparentemente se enganou ao puxar os nós da corda que tinha ao redor do pescoço. Os demais atores em cena não perceberam que ele estava inconsciente e acharam que tudo fazia parte de sua atuação, conforme informações da Guarda Municipal. Depois de alguns minutos, no entanto, os atores perceberam que ele estava inconsciente, e com a ajuda de socorristas o tiraram da corda e o levaram para um hospital. Devido à gravidade do caso, na manhã deste sábado ele foi transferido para um hospital da cidade vizinha de Itapeva. Peritos vão investigar se houve erro na colocação da cadeirinha e das cordas no cenário da peça.
Fonte: EFE/YAHOO/NOTÍCIAS
domingo, 8 de abril de 2012
Onde Andará Tatu da Ilha da fantasia?
No fim dos anos 70 e início dos anos 80, uma série que se passava em uma ilha com acontecimentos extraordinários era sucesso. Não, não era Lost, e sim A Ilha da Fantasia. Neste resort comandado pelo senhor Rourke, os freqüentadores estavam em busca de realizar seus sonhos e fantasias, e por mais estranho e absurdo que fossem, Rourke providenciava sua realização. E todo episódio começava igual, com o anão Tatu tocando o sino da torre e anunciando a chegada do hidroavião com os novos clientes aos gritos de “o avião, patrão, o avião!”, e em seguida o senhor Rourke , interpretado pelo cafona e canastra Ricardo Montalbán, sempre estava esperando os seus clientes em um impecável terno branco, falando para Tatu quem era cada cliente e o que cada um desejava na ilha. E depois recebia a todos, devidamente usando colares de flores, com a frase: “Bem-vindos a Ilha da Fantasia”.
Fatos marcantes do dia 9 de abril
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Após fechamento de aeroporto, novo ovni é visto na China
Após um objeto voador não identificado (ovni) fechar um aeroporto e causar o desvio de alguns voos no último dia 9, outro objeto voador foi visto na China na última quinta-feira. Segundo a CNN, o jornal The Shangai Daily afirma que o caso ocorreu em Chongqing e testemunhas disseram ter visto "objetos parecidos com lanternas que formavam um diamante" e que pairou sobre um parque durante cerca de uma hora.
"Após pairar por uma hora, a coisa começou a voar alto e finalmente saiu da vista", disse uma testemunha ao jornal chinês. Segundo a CNN, relatos de ovnis são comuns ao redor do planeta, mas um pouco raros na China.
O ovni de Hangzhou
No último dia 9, um objeto voador não identificado (ovni) cruzou os céus de Hangzhou, capital da província chinesa de Zhejiang, na China, assustou moradores e fechou o aeroporto e as autoridades do país ainda não explicaram o que era o estranho objeto. Segundo a ABC News, um representante da Administração da Aviação Civil da China, que não foi identificado pela reportagem, disse que o caso está sendo investigado, mas não deu maiores detalhes.
O China Daily afirmou na ocasião que o governo sabia o que era o objeto, mas não poderia divulgar sua origem por haver uma "conexão militar". Contudo, segundo a agência Xinhua, Wang Jian, chefe do controle de tráfego na região, disse que não havia nenhuma conclusão sobre o caso.
Segundo o britânico Daily Mail, especialistas afirmam que a luz vista em Hangzhou foi causada por destroços de um míssil americano. De acordo com a reportagem, testemunhas ficaram assustadas e reportaram terem visto uma bola de fogo no céu parecida com um cometa. Muitos moradores tiraram fotos do ovni. Segundo a imprensa local, um comunicado das autoridades chinesas era esperado para o dia 9, mas nada foi reportado.
Redação Terra
Quem foi Pedro Adams Filho? História Completa
Pedro Adams Filho (Santa Clara do Sul, 13 de abril de 1870 — 1935) foi um industrial brasileiro e um dos pioneiros do setor coureiro-calçadista no Rio Grande do Sul.
Filho de Johann Peter Adams e Maria Angelina Loeblein, foi o primeiro de sete irmãos. Teve somente três meses de escolaridade formal, com uma professora particular em Santa Clara. Quando tinha por volta de 16 anos a família mudou-se para Dois Irmãos e aos 18 anos iniciou seus trabalhos como aprendiz de seleiro com Jacob Bossle, dono de uma selaria e uma sapataria em Taquara. Logo depois volta a Dois Irmãos onde trabalhou num curtume e numa correaria. Passado pouco tempo, em 1888, estabelece seu próprio negócio como sapateiro e seleiro. Produzia arreios, selas, botinas, tamancos, chinelos, solas e sapatos. Na época com 12 empregados, Pedro Adams, embrenhava-se pelas picadas da colônia para vender seus produtos ao maior número de pessoas possível.
Casou em 1891 com Rosa Saenger, com quem teve 6 filhos.
Com a chegada da linha de trem de Porto Alegre a Novo Hamburgo em 1898, mudou-se para lá, percebendo as oportunidades geradas pelo aprimoramento da rede de distribuição.
Em 1901 resolveu associar-se a José Frederico Gerhardt e instalar uma fábrica de calçados em moldes mais modernos, com um maior número de máquinas e funcionários (mais de 100): a Fábrica de Calçados Sul RioGrandense. Aproveitou para contratar seu irmão Alberto para gerente técnico, e dedicou-se integralmente às questões administrativas. Apenas três anos depois de iniciada a empresa, José Frederico Gerhardt retirou-se da sociedade satisfeito com seu capital e lucro, tendo a fábrica passado a chamar-se Pedro Adams Filho & Cia. Ltda.
Foi co-responsável pela fundação do Esporte Clube Novo Hamburgo, fundado em uma festa que o empresário ofereceu a seus funcionários em comemoração ao dia do trabalho, em 1911.
Foi presidente da Sociedade Ginástica de Novo Hamburgo de 1910 a 1911 e fundador do Jockey Club de São Leopoldo por volta de 1912. No mesmo ano era agente do Banco da Província na cidade o que lhe facilitou a obtenção de créditos para suas empresas.
Preocupado com a modernidade de sua fábrica importou máquinas da Alemanha e Estados Unidos, também trouxe técnicos para operá-las do Uruguai e da Itália. Estes técnicos, Salvador Ingletto, Nicolas Daile e Paulo Triebses, transformaram sua fábrica numa verdadeira escola, da qual saíram várias outras fábricas do Vale do Sinos.
Em 1917 fundou o Curtume Hamburguez, na mesma rua de sua fábrica, aumentando seus negócios.
Nos anos da década de 1920 sua fábrica produzia mais de 700 modelos de calçados diferentes e sua produção diária era de 2 000 pares de calçados, sendo 1,500 sandálias e 500 sapatos masculinos.
Auxiliou de maneira indireta a Novo Hamburgo tornar-se um polo do calçado feminino, pois quando um de seus empregados saía da empresa para abrir um negócio próprio, procurava não competir com o antigo patrão, optando pela produção de calçados femininos, já que, muitas vezes, Pedro Adams Filho ajudava financeiramente essa nova fábrica.
Em 1924 faleceu sua primeira esposa, dois anos depois casa-se com Olga Maria Kroeff que residia em Porto Alegre. Mudou-se para lá, tendo com ela 3 outros filhos.
Foi representante do Partido Republicano Riograndense na cidade de Novo Hamburgo, desde 1917, tendo sido durante dez anos conselheiro municipal representando o distrito de Hamburger Berg na Câmara de São Leopoldo. Junto com Jacob Kroeff e Leopoldo Petry foi um dos líderes do movimento que emancipou Novo Hamburgo de São Leopoldo em 1927.
Fundou em 1927 a Energia Elétrica Hamburguêsa Ltda. para fornecer energia elétrica à cidade e garantir também o abastecimento da sua indústria.
Em 1929 fundou a Caixa Rural União Popular de Novo Hamburgo, com sede em sua empresa, sendo o primeiro diretor, tendo como auxiliares Oscar Adams, seu filho, e Alonso Bernd. A Caixa fornecia crédito rural e também financiamentos pessoais e para construção de moradias. Foi um dos criadores da Associação Comercial e Industrial de Novo Hamburgo.
Em 4 de abril de 1930 sua empresa foi alvo da primeira greve de Novo Hamburgo, motivada pelo desconto proposto pela empresa de 10% nos salários por conta da crise econômica pela qual estava passando a economia nacional. A manifestação foi tratada como caso de polícia, conforme prática da época.
Por sofrer de asma passava temporadas no clima mais ameno do Rio de Janeiro. Em 1933 sua saúde piorou drasticamente, sofrendo de insuficiência cardíaca. Foi obrigado a se afastar dos négocios definitivamente e faleceu em casa dois anos depois.
Família de Peter Petry e Barbara Lorscheider - pais de Leopoldo Petry
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Família de Peter Petry e Barbara Lorscheider na década de 1890 em Novo Hamburgo. Peter era natural de Theley e teve o primeiro moinho de Novo Hamburgo, no bairro que hoje é conhecido como Santo Afonso. O moinho ficava ao lado de um arroio, em frente a atual Avenida Pedro Adams Filho, antigo caminho usado pelos tropeiros de São Leopoldo a Novo Hamburgo. Petry foi pai do segundo prefeito de Novo Hamburgo, Leopoldo Petry, que é o segundo em pé (da esquerda para direita) na foto
O primeiro moinho de Novo Hamburgo
Este é o primeiro moinho de Novo Hamburgo. Pertencia a Peter Petry, natural de Theley, pai do segundo prefeito de Novo Hamburgo, Leopoldo Petry. No local hoje passa a avenida Pedro Adams Filho, antigamente o principal acesso entre Novo Hamburgo e São Leopoldo.
Barbara Krämer Steigleder
Na foto tirada por volta de 1870 está Barbara Krämer, imigrante nascida na Alemanha em 1823, filha de Johann Peter Krämer e Maria Emmerich. Barbara casou com Johann Philipp Steigleder no ano de 1846 e com ele teve apenas uma filha, Maria Teresa Steigleder. O casal possuía muitas terras, eram proprietários do parque Floresta Imperial, no bairro Rondônia, em Novo Hamburgo onde a cavalaria do Imperador Dom Pedro I esteve hospedada em visita imperial a Novo Hamburgo na década de 1840.
A única filha de Barbara, Teresa, casou com Jacob Kroeff, teve 12 filhos e 45 netos, entre eles o conhecido ecologista José Lutzenberger. Barbara é a matriarca de uma enorme família espalhada pelo Vale dos Sinos, totalizando entre netos, bisnetos e trinetos 361 descendentes.
O empresário Adolfo Jaeger
Adolfo era natural de Lomba Grande, ainda jovem transferiu residência com a família para o centro de Novo Hamburgo, trabalhou como balconista e na produção familiar de arames, profissão de seu avô paterno, de seu pai, tios e primos. Seu pai foi professor, o primeiro professor de português de Novo Hamburgo e trabalhava com arames para incrementar a renda da família. Em 1908 empregou-se no curtume de seu cunhado, José João Martins a qual posteriormente se associou. Constituiu em 1923, a firma A. Jaeger & Cia, tornando se um dos maiores curtumes da cidade. Adolfo faleceu em 1949 em Porto Alegre. Em Novo Hamburgo há uma praça e uma rua com seu nome.
Engenheiro Ignácio Plangg
O austríaco Ignácio Plangg se formou em engenharia na Alemanha e imigrou para o Brasil para a construção da "Hidrelétrica Hamburgueza" no final da década de 1920. Quando Novo Hamburgo se tornou município em 1927, foi necessária a construção de uma usina para ampliar a capacidade do fornecimento de energia para o município. Plangg fixou residência no município, onde nasceram seus filhos e demais descendentes.
Ruth Siegel Steigleder
Ruth Siegel Steigleder (na foto tirada em Novo Hamburgo em 9 de setembro de 1929), nasceu em Novo Hamburgo em 19 de janeiro de 1910. É filha de Ludwig Friedrich Siegel e Helena Emilie Olga Diefenthäler. Ruth foi a segunda rainha do Clube Juvenil no ano de 1929. O Clube Juvenil foi criado por hamburguenses após a emancipação do município no ano de 1927 para servir como encontro da comunidade através de bailes e festas.
Ruth casou em 1933 com o dentista Albano Oscar Steigleder, com quem teve as filhas Dorit, Carla e Maidi Steigleder. Ruth é atualmente umas das pessoas em idade mais avançada no município de Novo Hamburgo, em 19 de janeiro de 2011 completará 101 anos.
Pastor Johann Rudolph Dietschi
O pastor Dietschi nasceu na Suíça em 1849. Estudou em Württemberg onde foi ordenado sacerdote em 1873 e emigrou para o Brasil naquele mesmo ano como missionário religioso. Em 1874 Dietschi casou com Lydia Haury e passou a morar em Mundo Novo, atualmente município de Taquara.
Até o ano de 1900 o casal permaneceu em Taquara, de 1900 a 1918 Dietschi foi pastor em Sapiranga. Em 1919 ele permanece temporariamente na serra gaúcha e na localidade de Picada 48, regressando no mesmo ano para Taquara. Dos 8 filhos, dois também se tornaram pastores. Com avançada idade, na década de 1920, Dietschi e sua esposa foram morar em Novo Hamburgo com seu filho Samuel.
O pastor suíço, que dedicou sua vida a religião e a atender as famílias na região, passou seus anos finais em Novo Hamburgo onde faleceu 8 de fevereiro de 1930.
Pastor Johannes Friedrich Pechmann
O histórico do Pastor Pechmann, foi escrito pelo pastor Johannes Hasenack
Pechmann nasceu em Mönchen-Gladbach, Alemanha, em 26 de maio de 1851, fez estudos missionários, médicos e pedagógicos, foi ordenado para o ministério pastoral e foi enviado ao Brasil em 1882.
Em junho de 1882, Pechmann assumiu a Paróquia de Santa Maria da Boca do Monte, que abrangia parte da Campanha e Serra do Rio Grande do Sul, de Arroio Grande até Cruz Alta. Ainda no mesmo ano casou-se com Lydia Julie Emma Meyer, com quem teve quatro filhos e cinco filhas. Lydia Pechmann foi a primeira presidente da OASE de Hamburgo Velho, fundada em 31 de março de 1910 com o nome de Sociedade de Senhoras e Senhoritas Gustavo Adolfo.
Em Santa Maria, Pechmann protagonizou, com o apoio da sua Comunidade, um desafio à lei vigente, no apagar das luzes do Império, construindo uma torre no templo, inaugurando-a publicamente. Junto com a Comunidade Evangélica de Santa Maria, participou da fundação do Sínodo Riograndense em 19 e 20 de maio de 1886, em São Leopoldo.
A maior parte do ministério, de 1893-1922, ele exerceu em Hamburgo Velho, inicialmente incluindo Campo Bom, Travessão e Novo Hamburgo. De 1893 a 1900, foi presidente do Sínodo Riograndense; de 1906 a 1922, presidente do Distrito Leste do Sínodo. Foi também editor do jornal semanal Riograndenser Sonntagsblatt (1897-1915 e 1920-1925); livreiro, distribuidor de bíblias e livros didáticos; fundador de corais; criador de escolas de ensino fundamental em Hamburgo Velho e Novo Hamburgo. Ele presidiu a OGA da fundação até 1925, quando faleceu, motivou a criação de associações Gustavo Adolfo de mulheres, que viriam a formar a Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas-OASE da IECLB.
retirado de : http://historiadenovohamburgo.blogspot.com.br
APOMETRIA, O QUE É?
A utilização da APOMETRIA pode ser considerada como parte da evolução no tratamento espiritual, embora muitos espíritas e espiritualistas ainda não a aceitem ou a utilizem, talvez por falta de uma divulgação adequada e uma maior interação com o assunto.
A APOMETRIA é uma técnica que consiste no desdobramento espiritual (emancipação da alma, viagem astral ou projeção da consciência) por intermédio do comando da mente. "Representa o clássico desdobramento entre os componentes materiais somáticos do homem e sua constituição espiritual", de acordo com a definição do livro Apometria- Novos Horizontes da Medicina Espiritual, escrito pelo médico Vitor Ronaldo Costa e publicado pela Casa Editora O Clarim, em 1997
Esse estado de emancipação da alma dá maior possibilidade ao médium de executar as tarefas assistenciais no plano espiritual, por poder expandir, dessa maneira, sua capacidade sensitiva, além de permitir que esteja no mesmo plano de atuação do desencarnado. Ao mesmo tempo, o paciente, que também fica em estado de emancipação, facilita seu atendimento. Isso ocorre porque no plano astral o campo energético, assim como os desequilíbrios, podem ser observados de uma forma mais ampla pela equipe tanto de trabalhadores encarnados como pelos espíritos benfeitores.
Porém, os estudiosos sérios alertam que não se trata de mediunismo e que deve ser utilizada por pessoas habilitadas, capazes e envolvidas em bons propósitos. "Tenhamos sempre em mente que a APOMETRIA é apenas um instrumento auxiliar de manuseio anímico-mediúnico, aplicado com a finalidade de facilitar o acesso do médium à intimidade energética do indivíduo enfermo", relata o médico e autor Vitor Ronaldo em seu livro. Ele complementa dizendo que a técnica da APOMETRIA, quando bem aplicada e sob a cobertura dos bons espíritos, realmente se destaca no diagnóstico de certeza e na condução da terapêutica mais indicada.
A DESCOBERTA
Implantada pelo farmacêutico-bioquímico porto-riquenho dr. Luiz Rodrigues, recebeu primeiramente o nome de HIPNOMETRIA, mas foi fundamentada e desenvolvida cientificamente pelo médico gaúcho Dr.José Lacerda de Azevedo.
Dr. Lacerda nasceu em 12 de junho de 1919, em Porto Alegre. Cursou o Instituto de Belas Artes e depois se formou em medicina pela Universidade do Rio Grande de Sul, em 1950. Antes mesmo de tornar-se doutor, em 1947, casou-se com Yolanda da Cunha Lacerda, uma prima que só veio a conhecer na idade adulta e que se tornou mais tarde sua grande companheira de ideais.
Cientista e pesquisador nato, Dr. Lacerda sempre buscou respostas para o desconhecido e foi esse desafio que o impulsionou a fundamentar cientificamente a APOMETRIA.
Tudo começou no ano de 1965, quando o pesquisador Dr. Luiz Rodrigues visitou o Hospital Espírita de Porto Alegre, local onde o Dr. Lacerda participava de trabalhos de atendimento socorrista. O médico assistiu duas dessas sessões e ficou impressionado com as demonstrações de HIPNOMETRIA apresentadas pelo farmacêutico, que não se considerava espírita. Desde então, iniciou sérias investigações sobre o assunto. Resolveu fazer experiências e escolheu sua esposa, Yolanda, para dar início às investigações. Para tanto, cumpriu a metodologia preconizada pelo pesquisador porto-riquenho. Logo constatou a eficiência da técnica, embora tenha preferido adotar a expressão grega APOMETRIA. "APÓ" significa "além de" e "METRON" se refere à "medida" por julgar mais apropriado ao invés de HIPNOMETRIA, já que não havia a presença de sono durante a aplicação da técnica.
Esse foi o ponto de partida para que o médico passasse a pesquisar o assunto cada vez mais, com o objetivo de socorrer os enfermos e implantar a terapêutica espiritual. Mas os estudos cresceram mesmo quando o Dr. Lacerda recebeu um convite do então presidente do Hospital Espírita de Porto Alegre, Conrado Ferrari, para assumir a Divisão de Pesquisas e levar em frente os experimentos APOMÉTRICOS. Para que o grupo pudesse intensificar os experimentos o trabalho foi implantado em uma casa, que inicialmente era designada para abrigar os próprios funcionários do hospital. Pelo fato da casa ser rodeada de flores e vegetação exuberante ficou conhecida como a Casa do Jardim.
Por muitos anos as pesquisas foram crescendo e se aprimorando, mas foi na década de 80 que os trabalhos de APOMETRIA se expandiram, principalmente na região sul do país. Em 1990 surgiu a idéia de um encontro de grupos de APOMETRIA e, em 1992, o projeto se concretizou. Criou-se a Sociedade Brasileira de Apometria, com o objetivo de promover o intercâmbio entre os grupos e difundir o conhecimento sobre a técnica.
Em decorrência do empenho em expandir o assunto, o médico gaúcho publicou dois livros: Espírito/Matéria - Novos Horizontes para a Medicina e Energia e Espírito. O primeiro está com a edição esgotada.
Dr. Lacerda desencarnou em 1997, porém o resultado de seu trabalho permanece.
A UTILIZAÇÃO
Por intermédio da projeção do perispírito, o médium pode ver e ouvir os espíritos, até mesmo trabalhar no resgate de espíritos sofredores. De acordo com Dr. Lacerda, no atendimento aos enfermos, por meio da projeção, coloca-se o médium em contato com as entidades médicas do plano espiritual. Simultaneamente, o mesmo procedimento é feito com o doente, o que possibilita o atendimento do corpo espiritual do enfermo pelos médicos desencarnados, assistidos pelos médiuns em projeção que relatam os fatos que estão ocorrendo durante o tratamento.
Também pode ser utilizada como técnica eficaz no tratamento das obsessões. Essa eficácia acontece em virtude dos espíritos protetores se encontrarem no mesmo plano dos assistidos, podendo agir com maior profundidade e mais rapidez.
Vale lembrar que a projeção do perispírito, tanto do médium quanto do enfermo é obtida por intermédio do emprego de um determinado número de impulsos magnéticos, semelhantes aos passes. Embora a APOMETRIA seja uma técnica bastante simples, sua aplicação exige cuidados especiais, como uma cobertura espiritual de nível elevado. Deve ser realizada por grupos de trabalho constituídos para essa finalidade, com atividades regulares como qualquer outro grupo dedicado aos trabalhos de caridade, além da harmonia entre os componentes da equipe.
A APOMETRIA tem sido utilizada por muitos grupos como técnica eficiente em auxiliar nos processos obsessivos, já que em geral, as perturbações espirituais decorrem da ação de obsessores. Os espíritos obsessores – na verdade, espíritos infelizes – são afastados, recolhidos e conduzidos para hospitais espirituais, de acordo com seu padrão vibratório. O estado de emancipação da alma possibilita que os médiuns possam observar melhor as ligações obsessivas, as áreas do organismo perispiritual atingidas, entre outros fatores.
Isso torna o tratamento muito mais completo por possibilitar o atendimento tanto do paciente quanto dos espíritos perturbadores que o acompanham. Na maioria das vezes, o enfermo nada registra, a não ser em casos de pessoas com maior sensibilidade.
TRATAMENTO INTEGRAL
Chegará um tempo em que a medicina tratará o Homem de forma integral, unindo os tratamentos físico e espiritual realizados por médicos encarnados e desencarnados. Mesmo porque, a maioria das doenças se inicia no perispírito e depois se manifesta no corpo físico.
Segundo relatos de pesquisadores e de grupos que utilizam a metodologia, independente de religião ou credo, sua aplicação adequada poderá cada vez mais ajudar a expandir o campo da medicina integral. E quanto mais conhecida essa técnica, mais auxiliará os espíritas nos trabalhos de desobsessão e atendimentos espirituais. Paralelamente, novos horizontes se abrirão quando a medicina reconhecer a existência do espírito e que uma infinidade de enfermidades que se manifestam na atualidade podem ter sido causadas no corpo perispiritual em existência passada.
A apometria consiste em efetuar tratamentos através de vidas passadas, pois nesta encarnação, trazemos conosco traços, doenças e inclinações, obssessores, cobradores, etc, que ficaram mal resolvidas nas vidas passadas.
Os poderes de João de Deus
ESPERANÇA
João de Deus atende os visitantes na Casa de Dom Inácio. Na cadeira de
rodas, a menina alemã Lisa-Marie, 12 anos, levada pela mãe para Abadiânia
Abadiânia, cidade goiana distante 78 quilômetros do Distrito Federal, é desprovida de encantos. Não há cinema, teatro, sequer shopping center para entreter seus 13 mil habitantes. Mesmo assim, há mais de 30 hotéis no município e uma concentração de visitantes estrangeiros de causar inveja aos grandes polos turísticos nacionais. O poder de atração dessa localidade de chão batido e ar seco incrustada no cerrado brasileiro é um senhor corpulento, de roupas eternamente brancas e amarfanhadas, 1,80 metro e olhos de um azul profundo conhecido no Brasil por João de Deus. Ou John of God, para seu séquito de seguidores internacionais, que atravessam o oceano em busca de cura para seus males. Há 54 anos, João Teixeira de Faria, 69 anos, analfabeto funcional que nasceu em Cachoeiro da Fumaça (GO), filho de um alfaiate e uma dona de casa, caçula de seis irmãos, é um dos mais famosos e respeitados médiuns em atividade no mundo. Cerca de nove milhões de pessoas, segundo sua própria contabilidade, já se deslocaram até o interior de Goiás para se submeter a suas cirurgias espirituais, uma prática cada vez mais difundida no Brasil. Anônimas e famosas, dos mais variados quilates. O mais recente paciente estrelado é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em tratamento de um câncer na laringe.
São necessárias algumas poucas horas em Abadiânia para colecionar relatos de pessoas que mudaram suas vidas sob o impacto do encontro com João de Deus. Médicos renomados que largaram consultórios na Europa para se tornarem assistentes espirituais, executivas de alto escalão que viraram donas de pequenos estabelecimentos comerciais na cidade só para ficar perto dele. Além dos incontáveis relatos de cura de doenças – tumores, dores crônicas, paralisias... A saga do líder espiritual goiano já atravessou fronteiras e foi tema de programa da apresentadora americana Oprah Winfrey (“Você acredita em milagres?) e do canal fechado Discovery Channel, entre outros. Sua fama e seu poder ganharam dimensões continentais e são infinitamente maiores do que o local que ele escolheu para exercê-los. Discreto como ele.
EM AÇÃO
João realiza uma operação nas fossas nasais, uma das
intervenções mais comuns, ao lado das cirurgias de olho
O cenário onde João de Deus realiza suas cirurgias espirituais, ministra seus passes e recebe milhares de pessoas semanalmente (cerca de duas mil) é a Casa de Dom Inácio, uma construção azul e branca de mais de 12 mil metros quadrados que fica na rua principal da parte nova da cidade. Lá o médium atende três vezes por semana, às quartas, quintas e sextas-feiras, das 8h às 12h e das 14h às 17h. O interior da construção é adornado com imagens de Jesus Cristo, Nossa Senhora, Santa Rita de Cássia , Santo Inácio de Loyola e do próprio João de Deus, mas também há cristais e outros objetos holísticos. Para entrar na casa, é necessário estar vestido de branco. A entrada se dá pela secretaria, onde o visitante é orientado a preencher uma ficha com seu caso: primeira vez, segunda vez, revisão ou agradecimentos. Em seguida, é encaminhado a um pátio coberto, com cerca de 200 cadeiras de plástico, dispostas em frente a um palco, onde voluntários fazem a primeira prece. Nesse momento, recebe algumas orientações, como, por exemplo: “Os três medicamentos são sono (é importante dormir entre as 22h e 23h); alimento (não se deve comer somente pelo prazer) e pensamento (somos o que pensamos).
Pontualmente às 8h ocorre a primeira oração, composta de palavras meditativas seguidas do pai-nosso. Em seguida, o médium, também vestido com a cor oficial local, atende aos visitantes sentado numa poltrona. Filas de pessoas passam por ele, sem muito tempo para explicar seu caso. Recebem uma receita do medicamento passiflora – uma planta que teria efeito calmante, manipulada na farmácia da casa – e a indicação de voltar à tarde ou ir para a cirurgia espiritual. Intervenção que pode ser com corte ou sem corte. A escolha é do cliente. “Não é necessário fazê-las com corte. Tem gente que só acredita vendo. Mas são raras. A causa da doença está no espírito, com efeito no corpo”, diz João de Deus. As cirurgias mais comuns na Casa de Dom Inácio são as de olho e fossas nasais, mas o líder religioso faz todo tipo de operação, com e sem faca. Procedimento que causa desconforto entre os espíritas tradicionais, que não estimulam as cirurgias espirituais com corte. “A gente conhece a legislação do País sobre o assunto e não recomenda, mas reconhecemos que, em alguns casos, ela pode funcionar, pois há muitos médiuns que manifestam o dom da cura”, diz César Perri, diretor da Federação Espírita Brasileira.
CURA
Médico e professor da UnB, Ícaro Batista chegou à Abadiânia com
diagnóstico de câncer de próstata avançado. Anos depois, se diz curado.
“Estou novinho em folha”
Para as cirurgias sem corte, o paciente recebe o passe, uma espécie de transmissão de energia. E segue para a meditação. No caso de corte, João de Deus pega uma faca de cozinha, para a raspagem do globo ocular, e uma agulha ou pinça de pressão com algodão cheio de água fluidificada – água abençoada – para introduzi-la pela fossa nasal. As cirurgias costumam durar cerca de dois minutos, mas podem demorar até 15. O paciente não emite um gemido de dor e é encaminhado numa cadeira de rodas para o repouso. O psiquiatra Frederico Camelo Leão, do Núcleo de Estudos de Problemas Espirituais e Religiosos da Universidade de São Paulo (Neper/USP), tem uma explicação para esse fenômeno. Segundo ele, uma cirurgia espiritual pode ser, basicamente, um conjunto de transes. “Não é à toa que a operação só acontece depois de várias visitas do paciente, que vai se tornando cada vez mais receptivo ao que lhe for apresentado”, afirma. Isso esclarece a predisposição à hipnose, por exemplo, que tem força para eliminar a dor dos cortes. Mesmo tendo na ponta da língua a explicação científica, o médico reconhece a dimensão dessas curas espirituais. “Tem muita gente relatando melhora, é um fenômeno digno de ser estudado.” Há 1,5 mil leitos para descanso na construção. As pessoas são instruídas a voltar para a revisão após 40 dias. Se a recuperação foi a contento, recebem alta. Nesse momento, são instruídas a fazer todos os exames necessários para constatar a inexistência da doença. João de Deus é contra abandonar a medicina convencional. “De forma alguma é recomendado suspender a medicação prescrita pelos médicos”, diz.
Na maioria das vezes, só se submete à cirurgia com corte quem já frequenta a casa há algum tempo. Mas esse não foi o caso do fisioterapeuta holandês Sebastian Wawerek, 30 anos. Ele diz que toda a sua vida sofreu de sinusite, com os sinos bloqueados. “Estava de férias em Buenos Aires e um amigo da Ucrânia me falou dele; por isso eu vim. Pedi a operação visível, porque acredito que só assim ele poderia resolver meu problema. Estou respirando muito melhor”, disse o holandês, deitado em repouso com um algodão no nariz, por onde entrou uma pinça cirúrgica de 15 centímetros. Quatro dias depois, Wawerek ainda sentia os benefícios da respiração desobstruída. “Acho que será permanente”, acredita. O médico austríaco Zsolt Pap de Pestény, 67 anos, diz ter se livrado de um câncer de cólon. “Fiz 11 operações na Áustria, antes de chegar aqui quase morrendo. Em três meses me curei, não pretendo ir embora”, garante Pestény, que se aposentou no país natal e agora é voluntário na casa.
MUDANÇA
A administradora paulista Moema Vilar é dona do restaurante Alquimia e frequenta a
Casa Dom Inácio desde 2007, quando levou o namorado para se tratar com João de Deus
Na Casa de Dom Inácio é comum encontrar médicos que acreditam na cura através de João de Deus. Caso de Ícaro Batista, 62 anos, professor na Universidade de Brasília (UnB), que diz ter se curado de um câncer de próstata em estado avançado por meio do médium goiano. “Posso afirmar que se não fosse o tratamento espiritual não estaria novinho em folha”, afirma Batista, que desde 2005 passa quatro dias em Brasília e três em Abadiânia. Em junho de 2011, a médica dinamarquesa Charlotte Bech Lund decidiu investigar o fenômeno João de Deus. “Vim, porque muitos pacientes meus vieram, melhoraram e voltaram para concluir o tratamento comigo, mas sem remédios”, afirma Charlotte, que voltou ao Brasil para passar as três primeiras semanas de janeiro em Abadiânia. “Cheguei ao topo da carreira prescrevendo receitas e vendo os efeitos colaterais que os medicamentos causam. Aqui, com passiflora, as pessoas se curam. É algo transcendental”, diz a dinamarquesa, que engrossa as estatísticas da Casa Dom Inácio: 80% dos visitantes são estrangeiros.
Apesar de atrair profissionais de saúde, João de Deus não esconde sua mediunidade. Ele tinha 8 anos quando as primeiras manifestações teriam começado. “Demorou muito para eu acreditar nas coisas que via e sentia”, afirma. Só aos 16 anos diz ter aceitado sua missão, ao ter uma visão com Santa Rita de Cássia e seguir para um centro espírita em Campo Grande (MS). Depois, passou algum tempo com o médium Chico Xavier, a quem chama de “papa do espiritismo”. “Íamos em caravanas para o interior de Minas e Goiás”, diz. Foi, segundo ele, Chico Xavier quem lhe pediu para que não deixasse Abadiânia, apesar das perseguições que sofria na cidade, acusado de exercício ilegal da medicina. Em bilhete datado de 18 de setembro de 1993, Chico diz: “Prezado João, caro amigo, Abadiânia é abençoado recinto de sua iluminada missão e de sua paz.” Na época em que João de Deus sofria perseguições, a Constituição combatia o charlatanismo, o curandeirismo e o exercício ilegal da medicina. Atualmente, a nova Constituição, em vigor desde 1988, prioriza a liberdade religiosa, o que tornou a fiscalização das cirurgias espirituais mais complicada. “Hoje a vigilância é feita só quando alguém faz uma denúncia, o que é bem mais raro”, diz o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Emanuel Cavalcanti.
REPOUSO
Após a cirurgia, os pacientes são encaminhados para
o descanso. Há 1,5 mil leitos na Casa de Dom Inácio
João de Deus, alcunha recebida em 1977, realiza cirurgias espirituais e promove passes, mas se diz católico. Foi ordenado padre pela Full Life Fellowship, uma organização religiosa americana que reúne diversas igrejas cristãs. E seus seguidores afirmam que ele é acompanhado por 30 espíritos diferentes. Assunto vetado pelo médium. “Se alguém diz que incorpora essa ou aquela entidade, fuja. Está mentindo”, afirma. De todo modo, o ecumenismo reina na casa azul e branca da empoeirada Abadiânia. Para lá se dirigem pessoas de todos os credos, ávidas por aliviarem suas aflições ou apenas se aproximarem do líder espiritual. Caso da apresentadora Xuxa, que esteve no local para gravar um programa e acabou atendida por João de Deus. “Ele é um iluminado”, disse, à época. A galeria de famosos é invejável e intercontinental. Quem abriu as portas de Hollywood para João foi a atriz Shirley MacLaine, que declarou ter se curado de um tumor abdominal em 1991 por meio dele. A partir daí a fama do religioso goiano ganhou o mundo. Ele iniciou a construção de duas casas, uma na Alemanha e outra na Itália, e é convidado a operar, pelo menos uma vez por ano, em centros holísticos nos Estados Unidos, na Suíça e na Áustria.
O empresário Marcus Elias, controlador do fundo Laep Investiments e um dos donos da Parmalat, conhece João de Deus há mais de 20 anos, quando levou um familiar com câncer para ser atendido. “Ele se curou e fiquei tão impressionado com aquilo que sempre que me deparo com pessoas com diagnóstico terminal levo ao seu João”, diz. Elias coleciona histórias de suas idas à Abadiânia. “Vi paraplégicas que voltaram a andar, cura de câncer... Conheço pessoas notáveis, mas talvez o João de Deus seja a mais notável de todas.” Fundador do Comitê Científico para Investigação de Afirmações Paranormais, o americano James Randi olha com ressalva as pilhas de testemunhos sobre o médium goiano. “O problema é que se recorre demais aos pacientes para entender o fenômeno”, diz. “Claro que eles dirão que estão melhores ou curados.” O ator Marcos Frota chegou a ser assistente do líder espiritual. O encontro se deu em 1996, quando o religioso foi assistir a um espetáculo do circo de Frota, em Goiânia. “Nunca vi exploração. Ele é uma pessoa muito simples, tranquila e sem performance.”
CURIOSIDADE
A médica dinamarquesa Charlotte Bech Lund decidiu investigar o
fenômeno João de Deus atraída pela melhora de seus pacientes
Nos dias em que não atende, João fica em sua fazenda em Anápolis, distante 40 quilômetros de Abadiânia, com a mulher Anna, com quem é casado há nove anos. Tem nove filhos, de mulheres diferentes. Motivo de arrependimento para ele, pois gostaria de ter tido filhos apenas com Anna, com quem não tem nenhum. “Sou apenas um homem. E, como homem, também erro”, diz. Em sua propriedade há criação de galinha, porco e gado, além de plantação de arroz, feijão e soja. Também possui um garimpo em Nova Era, Minas Gerais, em sociedade com um empresário local. A Casa de Dom Inácio não lhe garante rendimentos. O médium não cobra pelo atendimento nem pelas cirurgias, apenas pelo medicamento passiflora – a caixa com 175 comprimidos custa R$ 50. A farmacêutica da Dom Inácio, Bárbara Saraiva, diz que os comprimidos de passiflora são os mesmos vendidos em qualquer farmácia. “A diferença é a energização que, aqui, os remédios recebem”, afirma.
A Casa de Dom Inácio tem área de descanso com vistas para um mirante, livraria, lanchonete, farmácia e sala de banho de cristal. Além da cirurgia, os visitantes também podem participar do banho de cachoeira, uma bica d’água natural a aproximadamente um quilômetro do prédio principal. A instituição mantém a Casa da Sopa, que distribui cesta básica, roupas e brinquedos. O gerente financeiro da casa, Hamilton Pereira, secretário de Finanças do município e ex-prefeito de Abadiânia, afirma que os gastos mensais da instituição giram em torno de R$ 90 mil. “Às vezes ele tem de tirar do próprio bolso para pagar as contas”, afirma Pereira.
VENDA
O médico não cobra pelo atendimento nem pelas cirurgias.Apenas pelo
medicamento passiflora – a caixa com 175 comprimidos custa R$ 50
Atualmente, a Casa de Dom Inácio emprega mais pessoas que a prefeitura local, que tem 436 funcionários. “Essa parte da cidade só existe porque João de Deus está aqui”, garante o ex-prefeito. O turismo espiritual inchou a região. O comércio está voltado para atender às necessidades dos visitantes, que precisam de roupa e calçados brancos para vestir durante a estadia, de um ambiente harmonioso nas pousadas e de alimentação especial. Dona do restaurante Alquimia, a administradora paulista Moema Vilar, 34 anos, frequenta a casa desde 2007, quando veio com o namorado, vítima de câncer na coluna. Viu o companheiro sobreviver mais dois anos e meio – ele morreu em 2009, aos 33 anos, com 11 pontos de metástase no corpo e pouca dor – e decidiu morar no município em outubro do ano passado. “Abri o restaurante porque preciso viver. Mas não estou aqui para ficar rica. Se fosse esse o objetivo voltaria ao meu antigo emprego na avenida Paulista”, afirma. O comerciante Falciney Claudino de Castro, também com 34 anos, tem uma loja de acessórios de cristais e roupas brancas. “Tem muita gente que compra o armário completo aqui”, diz. “Não sei o que será de Abadiânia quando João de Deus morrer. A economia da cidade vai para o buraco”, afirma o prefeito Itamar Vieira Gomes.
João de Deus, por sua vez, diz que está pronto para viver pelo menos mais 30 anos. “Eu quero chegar aos 100”, garante. Apesar de realizar curas, ele tem problema de coração. Já colocou três stents e, atualmente, tem tido febre. Nada que altere sua disposição. O médium tem viajado a São Paulo, a fim de atender o ex-presidente Lula. “Mas não vou falar dele. Já viu médico falando de paciente?”, diz. Sobre Lula, apenas garante que o novo amigo será presidente do Brasil novamente e afirma que está orando por seu restabelecimento.
DEVOÇÃO
A figura de João de Deus está nas paredes da Casa de Dom Inácio,
ao lado da imagem de Jesus Cristo, Nossa Senhora e alguns santos
Para quem crê na força de João, o poder de sua oração tem dimensões concretas. Caso da alemã Beate Obermeier, 45 anos, que chegou ao interior de Goiás pouco antes do Natal com a filha Lisa-Marie, 12 anos, numa cadeira de rodas. Há seis anos, a menina entrou em coma e quando voltou, acordou sem falar, ouvir, comer ou conseguir segurar o próprio pescoço. Em duas semanas de tratamento, passou a comer, a ouvir e até a desenhar. “Só temos a agradecer aos espíritos de luz que encontramos aqui”, diz Beate. Para a mãe que assiste à melhora da filha, não há dúvidas. Mas João de Deus sabe que, para cada Beate, há milhares de incrédulos. Para esses, tem uma resposta pronta: “Não sou eu que curo. Quem cura é Deus. Muitos não acreditam, poucos acreditam, e um número expressivo tem dúvidas. Mas recorro à manifestação de Santo Inácio de Loyola: ‘Para quem acredita, nenhuma palavra é necessária; para quem não acredita, nenhuma palavra é possível.”
DEPENDÊNCIA
Abadiânia, perdida no cerrado goiano, orbita em torno da figura de João de Deus.
“Não sei o que será da cidade quando ele morrer”,
afirma o prefeito Itamar Vieira Gomes
Colaborou Juliana Dal Piva
fonte: istoé.com
Seis seres pré-históricos vivendo nos dias de hoje
São chamados fósseis-vivos as espécies que tem mesma estrutura que seus fósseis encontrados a milhões de anos atrás, o que quer dizer que não sofreram nenhuma mutação que seja. E, além disso, essas espécies não tem nenhum parente ou antecedente conhecido.
É importante saber também que essas espécies sobreviveram a adversidades tremendas e eventos catastróficos do meio-ambiente, e, por isso, ganharam o título de fósseis-vivos. Não há como ver um organismo atravessar tanta coisa sem mutar e não se impressionar. Boa leitura.
1- Tubarão-cobra (Chlamydoselachus anguineus)
Que coisa é essa?
- Essa espécie horrenda pois a primeira nadadeira defeituosa na água há 80 milhões de anos atrás. E desde lá não pára de aterrorizar pequenos peixes do fundo do mar.
- Ele vive em profundidades que vão de 600 a 1500 metros, onde não há luz e a pressão é enorme, sendo que um mergulhador profissional (sem equipamentos especiais) chega a no máximo 200 metros.
- Seus dentes são em formato de tridentes pequenos e finos, mas extremamente afiados. Apesar de sua aparência de corcunda-de-notre-dame depois de uma surra, ele consegue se dar bem na caça em águas profundas.
- Pensava-se que esse tubarão estava extinto até 2007. O que me faz pensar que se uma espécie de 80 milhões de anos estava “escondida” por aí, o que mais não vai sair lá do fundo do mar? Medo.
Curiosidade:
Em um raro acontecimento, alguns mergulhadores japoneses acharam um Tubarão-cobra em águas rasas, provavelmente em busca de alimento, o que não foi uma boa idéia.
Por causa da temperatura muito mais alta e da baixa pressão da água, o tubarão morreu horas depois de ser encontrado. O tubarão pré-histórico parece ter saído diretamente de um filme de terror de baixo orçamento, porque do jeito que ele se movimenta parece uma produção mal feita.
http://www.oversodoinverso.com
No nosso grupo apométrico, costumamos dizer que temos um arquivo das nossas vidas passadas, onde existem gavetas que contem papéis amassados e que não foram fechadas. Temos a tarefa de auxiliar o assistido, procurando retornar a essas vidas e resolver aquilo que ficou pendente.
Mariana Zamuner