Mahatma Gandhi (Mohandas Karamchand Gandhi) nasceu em Porbandar, na Índia, no dia 2 de outubro de 1869. Nessa época a Índia era uma colônia britânica. Estudou Direito em Londres e depois de formado mudou-se para a África do Sul, onde exerceu a advocacia até 1914, ano em que voltou para seu país. A partir de então, passou a se dedicar à luta pelos direitos dos trabalhadores e pela emancipação da Índia.
Mahatma Gandhi iniciou sua luta em 1919. Em março, convocou uma greve geral contra o domínio inglês. A greve foi um sucesso, mas escapou ao controle de Gandhi e acabou em choques com a polícia. Em Déli, a capital, oito grevistas foram mortos. No ano seguinte, passou a liderar o Partido do Congresso, organização reconhecida pelos colonizadores, que atuava legalmente pela independência da Índia. Gandhi seguia o princípio da não-violência e da desobediência civil, ou seja, a resistência pacífica aos dominadores.
Em sua luta pela independência, Gandhi recorria a jejuns, greves e marchas. Estimulava o não pagamento dos impostos e defendia o boicote aos produtos britânicos, e por isso usava roupas indianas tradicionais. O líder pacifista foi preso diversas vezes pelas autoridades britânicas.
A independência indiana, almejada desde 1885, só veio a se efetivar em 1947, depois de sangrentas lutas, envolvendo inclusive motivações religiosas. Hindus e muçulmanos tinham diferenças históricas e projetos políticos distintos, indicando que a unidade da nação seria impossível. Por isso o território foi dividido em dois países soberanos, a Índia e o Paquistão.
Gandhi aceitou a divisão do território e atraiu o ódio dos nacionalistas. A divisão interna gerou violenta migração de hindus e muçulmanos em direção opostas da fronteira, que resultou em sérios conflitos. Um ano após conquistar a independência, Gandhi foi morto a tiros por um hindu rebelde, quando se encontrava em Nova Déli, capital indiana, no dia 30 de janeiro de 1948. Suas cinzas foram jogadas no rio Ganges, local sagrado dos hindus.