sexta-feira, 16 de novembro de 2012

O rock garagem dos anos 80



Por: Rogério Ratner



 No início dos anos 80, o surgimento de diversas bandas no universo do rock nacional (muitas delas contando inclusive com roqueiros que já haviam passado por outras formações, sendo que alguns até iniciaram a sua trajetória ainda nos anos 60), especialmente catapultadas ao sucesso junto ao grande público a partir do estouro da banda carioca Blitz, que “puxou” o movimento e a abertura de melhores brechas para o estilo – aprofundando, por sua vez, o espaço alcançado por bandas como 
14 Bis,



                                      Rock garagem

 A Cor do Som, Roupa Nova, Tutti Frutti, Patrulha do Espaço, dentre outras do início da década, etc. - junto às grandes gravadoras, fez com que o gênero voltasse a ter um grande espaço dentro do mercado musical e da mídia brasileiros, tal como já havia ocorrido na Jovem Guarda, nos anos 60. E, quiçá, em proporções talvez até maiores. Diversamente do que ocorreu nos anos 70, época em que poucos artistas ligados ao rock tiveram realmente um destaque significativo em termos mercadológicos (Secos e Molhados, Raul Seixas, Rita Lee, O Terço, Made In Brazil, entre alguns outros poucos, sendo que dentre eles se inclui o gaúcho Bixo da Seda), o espaço que o gênero alcançou no mercado musical do Brasil nos anos 80 foi enorme, e ainda faz sentir o seu eco até hoje, uma vez que muitos de seus principais ícones participam ativamente do cenário atual, além de que outros que ficaram pelo caminho ainda influenciam de forma difusa os trabalhos de muitos dos novos roqueiros que surgem na exponencial, variadíssima e vertiginosa ampla cena que hoje se verifica, reunindo milhares de bandas de rock por todo o Brasil (ainda que, em realidade, poucas sejam as que alcancem o chamado “sucesso comercial”).

No Rio Grande do Sul não foi diferente, muito embora a produção local somente tenha realmente “atravessado o Mampituba” (rio que marca os limites dos estados gaúcho e catarinense) de maneira mais significativa apenas após um bom tempo depois que a cena do centro do país já estava “estourada” e consolidada. Isto não significa absolutamente, contudo, que a cena local já não estivesse bastante ativa desde o início daquela década, num processo semelhante ao descrito acima, ou seja, congregando bandas e artistas com já larga folha de serviços prestados à música urbana e ao rock do RS com novos nomes que iam surgindo. Com efeito, tal como ressaltamos, a exemplo do que ocorreu em diversos pólos de produção pelo país afora, alguns dos componentes de bandas e artistas-solo que ganharam evidência nos anos 80 já haviam inaugurado o seu caminho musical ao menos desde o fim dos anos 70.


 

É o caso de Alemão Ronaldo, que chegou a participar de uma das últimas formações do Bixo da Seda, e que integrou, no início dos 80, o Taranatiriça; posteriormente, assumiu como vocalista da Bandaliera.
 Sem dúvida, Alemão Ronaldo (agora em carreira-solo) e as bandas de que participou, bem como a banda Guerrilheiro Anti-nuclear, exemplificam a ponte que se formou entre o rock gaúcho feito na década de 70 e o da década de 80, especialmente porque parte significativa do repertório destas formações era fornecido por Fughetti Luz, vocalista do Liverpool e do Bixo. 
 

  

Das bandas de grande destaque que passaram por um processo semelhante, também impende invocar os “Garotos da Rua”, formação que contava com Bebeco Garcia e Edinho Galhardi, ambos ex- “A Barra do Porto” (banda em que Mutuca fazia os vocais), e com a experiência de passagem por outras bandas ainda antes disto, quando ainda estavam fixados em Rio Grande, sua cidade natal. Mitch Marini, também um roqueiro histórico que participou ativamente da cena setentista, integrou os Garotos da Rua nas origens da banda, e também, posteriormente, veio a integrar o grupo de hard rock Câmbio Negro (ao lado dos também “veteranos” Deio Escobar e Gélson Schneider, dentre outros) e a banda Swing - de que também fazia parte Gélson (Prosexo, Byzarro, Trovão, Bric), e que foi responsável por abrir um show do Van Halen em Porto Alegre. Outras bandas, como o Hallai Hallai, prosseguiram, na década de 80, com seu trabalho iniciado nos anos 70 (o Hallai lançou um LP em 87 pela gravadora 3M). 
 



Também o Grupo Impacto (resultante da reunião de ex-membros dos grupos sessentistas The Cleans, The Dazzles e The Coiners) lançou nesta década diversos LPs com muito sucesso, não obstante a trajetória fonográfica do grupo tivesse iniciado ainda nos anos 70. O Impacto emplacou alguns “hits” na então nascente Atlântida FM (atualmente, a rádio de maior alcance junto ao público no dial portoalegrense e gaúcho, ligada à RBS), como, por exemplo, em sua regravação de “Hey Tchê” (música que, em verdade, fazia parte do repertório dos Discocuecas – Júlio Fürst, Gilberto Travi, Beto Roncaferro e João Antônio). foto abaixo.

 

 

 Outros, ainda, “repaginaram” a sua trajetória, caso de Zezinho Athanásio, que virou “Joe Euthanásia”, e, depois, simplesmente “Joe”. Radicando-se no Rio, Joe, que iniciou seu caminho no sul flertando com a MPB, e inclusive com a música nativista do RS, esteve no “olho do furacão” da cena roqueira nacional dos 80, estabelecendo parcerias com Neusinha Brizola, Tavinho Paes, Bernardo Vilhena, dentre outros, e lançando LPs e compactos por “majors” (o último foi pela paulista Eldorado), além de ter músicas incluídas em trilhas de novelas da Globo e em inúmeros “bolachões” de coletâneas, tão comuns naquele período. Seu grande hit foi “Me leva pra casa”, regravada pela Bandaliera em versão acústica. O talentoso cantor e compositor infelizmente teve morte prematura, em face de um acidente de carro.

De outro lado, alguns compositores tradicionalmente vinculados à chamada MPG (música popular gaúcha, ou seja, a MPB feita no RS), tais como Nei Lisboa, Léo Ferlauto, e Bebeto Alves, dentre outros, criaram hits roqueiros e se aproximaram da linguagem do rock gaúcho, obtendo grande repercussão também naquele período. O “guitar hero” Deio Escobar também lançou o seu LP “Eclétiko”, de forma independente.



Nei Lisboa

 Um grande marco para a evidenciação do rock gaúcho nos anos 80 foi o surgimento da Ipanema FM. A Ipanema, em verdade, começou como Bandeirantes FM, rádio que tocava bastante MPB alternativa, incluindo a nossa chamada “MPG”, e um pouco de rock, especialmente no programa que Ricardo Barão fazia à meia-noite. A Ipanema, no início, manteve a linha de programação da Band, mas aos poucos foi se “roqueirizando” de forma tal até chegar ao status de “rádio rock”. Foi no programa do Barão, que rodava predominantemente rock “pesado” (hoje talvez fosse mais adequado classificarmos aquelas bandas como de “hard rock”, mas na época aquele tipo de som era realmente considerado “heavy metal”), que tive a oportunidade de ouvir pela primeira vez o som folk/country de Júlio Reny, um dos artistas que obteve bastante repercussão a partir do espaço aberto pela rádio. Barão rodava uma fita cassete gravada por Júlio, do qual o principal hit era “Cine Marabá”, e que Júlio mais recentemente relançou em forma de CD.

Barão realmente foi uma figura fundamental para o surgimento e o incremento da cena roqueira gaúcha daquele período, uma vez que, além de toda a força que dava em seu programa na rádio, produziu o disco “Rock Garagem I”, um antológico LP “pau-de-sebo” reunindo diversas bandas que estavam surgindo no cenário portoalegrense. No disco “Rock Garagem”, longe de apresentar um panorama monocórdio, Barão selecionou bandas de diversos estilos então em voga no cenário do rock gaúcho: 












rock “stoneano” (Taranatiriça/ Garotos da Rua), new wave/punk (Urubu Rei), punk (Fluxo/ Frutos da Crise/ Replicantes), blues (Moreirinha e os seus suspiram blues), e metal (Valhala/ Leviaethan/ Astaroth). Além disso, Barão esteve à frente de uma das principais casas de shows que abriram espaço para o rock gaúcho e nacional dos anos 80, o Taj Mahal. O Taj Mahal ficava na avenida Farrapos, tradicional região de Porto Alegre em que é exercido o comércio sexual (antes, no local, funcionava um “cabaré/boate”), sendo que, inclusive era comum o pessoal, depois dos shows, atirar-se na piscina que havia no pátio interno, e que foi construída pelos proprietários antecessores naturalmente para o deleite dos clientes das “garotas de programa”. Depois que a casa encerrou suas atividades, o local voltou a abrigar negócios voltados à sua destinação “tradicional”. Lá eu vi, por exemplo, um show da banda argentina de hard-rock Dragon, que fez boa fama na capital gaúcha (fui também no show da banda no Araújo Vianna, ao lado da paulista Patrulha do Espaço, em sua fase posterior àquela em que acompanhou Arnaldo Baptista, dos Mutantes), sendo que o baixista gaúcho Mitch Marini chegou a assumir o contrabaixo da formação portenha, dentre muitos outros shows-festa que lá aconteciam, sempre com a casa lotada. 
 

 

 Já no LP Rock Garagem II, que também saiu pela ACIT, em 1985, predominaram os grupos punk, tais como Os Eles, Produto Urbano, Prize, Os Bonitos, e Atahualpa e os Panques. Mas também teve rock humor new wave (com a Banda de Banda, do genial Cláudio Spritzer, que, além de músico, é cartunista e editor do clássico jornal de cartum “Hienas”), e metal, com Spartacus e Câmbio Negro.

Em 1993 saiu, ainda, o 3º volume, mas pela gravadora Nova Trilha, e com produção de Miguel Castilhos, dentre outros, mas aí já foi enfocada a geração “90” do rock gaúcho, que focaremos em outra oportunidade.


Com a consolidação da equipe da Ipanema FM, especialmente com Kátia Suman, Mery Mezzari, Barão, Mauro Borba e Newton Fernando, dentre outros, conforme se disse, a rádio foi ficando cada vez mais identificada como espaço privilegiado do rock sulino, embora boa parte do “mainstream” desta cena aos poucos já encontrasse repercussão em outras emissoras, consideradas mais comerciais, como a Atlântida FM e a Cidade FM. A Ipanema “clássica” seguidamente é referida como uma estação de rádio que guarda várias semelhanças com o papel desempenhado pela também inovadora “Fluminense FM”, a “maldita”, do Rio de Janeiro. Nos anos 2000, contudo, esta identificação imediata da rádio com o rock já não ficou mais tão evidenciada, ao menos na opinião de alguns “ipanêmicos” fiéis e juramentados.


Em termos de abertura do mercado nacional às bandas gaúchas, foi fundamental o lançamento do LP “Rock Grande do Sul” (de 1986), produzido por Tadeu Valério para a RCA/BMG, que veio a Porto Alegre para assistir ao Festival de Rock do Unificado (cursinho pré-vestibular), realizado no Gigantinho. Neste disco, gravaram Engenheiros do Hawaii, Replicantes, TNT, Garotos da Rua e De Falla. Com a boa repercussão do disco, estas bandas foram convidadas a gravar seus discos “solo” pela “major”, tornando-se os principais representantes do rock gaúcho da década de oitenta em termos de sucesso comercial e repercussão nacional. 

 

 

 Nesta leva, “Os Eles” também lançaram 2 LPs, um deles pela Polygram, sendo que, de seus membros, Régis Dubin participou posteriormente da banda de “surf music” “Off The Wall”, e Léo Henkin atualmente integra a “Papas da Língua”. A “Banda de Banda” também lançou um compacto (com o seu clássico “cheese galinha”). 

 

Em 1988, estreou em disco (da BMG, pelo selo Plug) a banda “Nenhum de Nós”, que, juntamente com os Engenheiros, são as bandas de maior sucesso comercial dentre aquelas surgidas na cena gaúcha dos anos 80.

 

 

 Além de lançar os discos já mencionados, a ACIT (gravadora originária de Caxias do Sul, e que se instalou posteriormente em Porto Alegre na antiga sede da ISAEC, e, mais tarde, criou o selo Antídoto, voltado ao pop rock gaúcho) lançou alguns LPs de bandas importantes da cena local, como o “Taranatiriça” e a “Colarinhos Caóticos”. Na coletânea “Projeto 1”, a Acit enfocou as bandas: Paralelo 30, Portal da Cor, Metrópole e Apollus Band.
 

 

 Outro LP “pau-de-sebo” importante lançado em âmbito nacional foi o “Rio Grande do Rock”, de 1987. Bandas como Prize, Apartheid, Fluxo, Cascavelletes, Justa Causa e Júlio Reny apareceram nesta compilação.
 


 


 A Rosa Tattoada, criada em 1988, lançou o seu primeiro disco por uma “major” já nos anos 90, sendo uma das principais bandas gaúchas do início da nova década.

A RBS discos também lançou algumas “bolachas” do gênero, como o da “Bandabsurda”, formação que reunia músicos que fizeram parte do grupo de MPB com influências de rock “Couro, Cordas e Cantos”. Já nos anos 90, saiu por este selo o primeiro disco da “Cidadão Quem”, banda formada pelos “oitentistas” Duca Leindecker (que antes foi guitarrista da Bandaliera, e lançou um LP “solo” pela ACIT, ainda nos 80), e Cau Hafner (baterista do Taranatiriça, tragicamente falecido em um acidente em salto de pára-quedas), mais Luciano Leindecker no baixo. 

 

 


 O disco do “Circuito do Rock”, festival organizado pela RBS em âmbito estadual, em LP produzido por Ayrton dos Anjos, contém gravações das bandas: Procurado Vulgo, 525, Cinzas, Fluxo M, Surubanda, Espelho das Águas, Apocalypse, Banda Absurda, Fuga, Sócios do Silêncio e Prole Proibida.

Além dos discos lançados por grandes gravadoras e selos maiores, algumas bandas chegaram a lançar seus discos independentes e por selos menores, tais como as gravadoras “Nova Trilha” e “Pealo”. De fato, um lançamento importante do período foi o LP “Porto Alegre Rock”, registrando o som de Byzarro, Fughetti Luz, Lionel Gomes, Bandaliera, Astaroth, Sodoma, V2, Vôo Livre e Pupilas Dilatadas. Este disco mesclou bandas e artistas célebres da cena setentista com bandas então novas. Vale destacar também os discos lançados por bandas como Justa Causa, Ato de Criação, Astaroth, Geração Perdida, Estado das Coisas, Guerrilheiro Antinuclear (recheado de canções de Fughetti Luz, do Liverpool e Bixo da Seda), Câmbio Negro, Vôo Livre, Paolo Casarin, Júlio Reny e Expresso Oriente, Bandida, Apocalypse, Procurado Vulgo, Graforréia Xilarmônica, Aristhóteles de Ananias Jr., Bando de Sandino, Bandaliera, dentre várias outras. 

 



Neste esquema mais independente foi lançado o disco da “Barata Oriental”, banda de Nenung, atualmente na “The Darma Lovers”, e da “Geração Perdida”. Também a banda “K 30” (do amigo e baterista Jorge Kazado, dono do estúdio homônimo, em que gravei a maior parte do meu primeiro CD, em 1995/96) lançou um LP independente em 1988, obtendo boa projeção. Vale destacar também os discos lançados por bandas como Justa Causa, Ato de Criação, Astaroth, Geração Perdida, Estado das Coisas, Guerrilheiro Antinuclear (recheado de canções de Fughetti Luz, do Liverpool e Bixo da Seda), Câmbio Negro, Vôo Livre, Paolo Casarin, Júlio Reny e Expresso Oriente, Bandida, Apocalypse, Procurado Vulgo, Graforréia Xilarmônica, Aristhóteles de Ananias Jr., Bando de Sandino, Bandaliera, dentre várias outras. 

 



No LP “Geração Rock”, do selo Som Art, foram gravadas as bandas: Borboleta Negra, Quarto Poder, Bad Flowers, Silêncio Oculto, Última Gota, Rockanalha, Arte e Manha, Cinema, Puberdade, Hedera Helix, Silueta Sonora e Criado Mudo.



 

 O apresentador Bibo Nunes,( foto acima ) que atualmente exibe o seu programa à noite na Ulbra TV, produziu dois discos importantes para o rock gaúcho dos 80, “O Som do Sul” I e II. No primeiro, gravaram as bandas: MHZ, Liberdade Condicional, Agentes da KGB, Thule, Choque Térmico, Inovação, Farol, Porcos do Espaço, Paranóia, Os Rebeldes, Transe e Iskar. No volume 2, foi a vez das bandas Capitães de Areia, Logos, 525, Vergonha da Família, Rivais da Capital, Guerrilheiro Anti nuclear, Êxito Letal, Retrato Falado, Fluxo M, Luta, e Zabrinskie.

Lory F. (irmã da também cantora Laura Finocchiaro e da atriz Déborah Finocchiaro), infelizmente falecida, só deixou um CD lançado postumamente, .


Várias das capas dos discos que mencionamos podem ser vistas no meu blog http://bandasdorockgauchoforever.musicblog.com.br, em fotos que eu (toscamente, é bem verdade, rss) tirei e postei.


Outras bandas, ainda, marcaram forte presença na cena gaúcha do período, tais como Tinta Neutra, Brick Brothers, Os Totais, Irmãos Brothers, Holandês Voador, Lorenzo Y La nota falsa, Rabo de Galo, Abelha Rainha, Pére Lachaise, Frutos da Crise, Barba Ruiva e os Corsários, Carqueja, Bandaneon, Elétrika Tribo, O Beco, Bandaneon, Armaggedon, Auge Perplexo, Panic, Gladiator, Leviaethan, Pupilas Dilatadas, Porcos de Escort, Jack e os Estripadores, Insanidade, Frutos da Crise, dentre várias outras.


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Em termos de televisão, ganhou grande destaque na época o “Programa Pra Começo de Conversa”, da TVE, que era inicialmente apresentado por Cunha Jr., e que depois foi substituído por Peninha. Neste programa rolavam apresentações de muitas bandas e artistas gaúchos que estão vicejavam na cena local. Eu mesmo fui à gravação de um programa especial de aniversário gravado no Teatro do Museu do Trabalho, lá no final da Rua da Praia, reunindo diversas bandas do rock gaúcho de então. 

 Peninha

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Cabe enfatizar, como mudança significativa no cenário dos anos 80 em relação ao que ocorria nos anos 70 - em que a quase totalidade dos shows de rock aconteciam em teatros ou no auditório Araújo Vianna ( foto abaixo )




 o fato de que a então nova cena roqueira encontrou desaguadouro em bares e danceterias que foram surgindo na capital gaúcha voltados especificamente ao público jovem. Assim, a produção roqueira escoou por um verdadeiro circuito de casas noturnas, não obstante os teatros (de Câmara, Leopoldina-Ospa, Presidente, Renascença – Álvaro Moreira, da Terreira da Tribo) e o auditório Araújo Vianna continuarem sendo utilizados pelos roqueiros para shows. Locais como Bar Ocidente, Porto de Elis, Theatro Mágico, Escaler (que também abriu um circo ao lado do Gigantinho, no estilo do Circo Voador do Rio, O “Escaler Voador”), Ovo de Colombo, Fim de Século, Ópera Rock, Kafka Bar (depois, no mesmo espaço, funcionaram a Hooters, o Zappa, e, atualmente, o Bodega), Cord, Villa, Publicitá Café, Elo Perdido, Kilt, Theatro & Cia., Opinião (que começou sendo um bar de MPB, no início dos 80, ainda quando ficava embaixo de um prédio, na rua Joaquim Nabuco), Rocket 88 (bar de que Mutuca era proprietário), dentre outros diversos locais, deram vazão à grande produção roqueira portoalegrense. Outros botecos “clássicos” reuniam a galera jovem, como o Bar João, o Lola, o Bar do Beto, o Luar Luar, o Feito à mão, a Lancheria do Parque, o Cais, todos no Bom Fim (havia outros também cujo nome não me recordo, como um que ficava localizado no andar de cima da imobiliária Adacon e um outrp na rua Fernandes Vieira).
 Na Cidade Baixa, o Marcelina, o Zelig, o Pecados Mortaes, o Caminho de Casa, o Doce Vida, embora fossem mais voltados ao pessoal da “MPB”, também congregavam alguns roqueiros. Ainda, várias discotecas que haviam surgido no “Portinho” a partir dos meados dos anos 70, foram “convertidas” em danceterias, de forma a se “atualizarem” junto aos públicos adolescente e jovem, como foi o caso da Looking Glass, que virou “New Looking” (hoje, no mesmo local, na rua Marcílio Dias, Menino Deus, funciona a boate GLS Refúgiu’s), a Crocodilo’s, o Encouraçado 936 (Butikin), a Juliu’s, a Discoate. Quanto aos clubes, houve uma certa segmentação: ao invés de as festas ocorrerem na forma como era comum nos anos 60, e boa parte dos 70, em que os pais e os filhos compareciam no mesmo evento, o esquema mais comum nos anos 80 foi aquele que já vinha surgindo fortemente ao final da década anterior, ou seja, o da segmentação. Geralmente, à exceção de bailes de debutantes e formaturas, os clubes promoviam “jantar-baile” ou “jantar-dançante” para os “coroas”, com música romântica, ao passo que a gurizada tinha as suas próprias “festas-show”, em que os “velhos” não entravam (no máximo largavam os filhos nas portas dos clubes), nas quais era comum uma banda do nascente cenário roqueiro local abrir o show de outra “nacional”. Muitas destas festas eram organizadas por produtores ou radialistas de alguma forma ligados às rádios. 



Bandas como Blitz, Paralamas, Legião Urbana, Ira, Barão Vermelho, Kid Abelha, participaram de diversos eventos deste tipo, abrindo geralmente espaço, antes de se apresentar, para as bandas gaúchas. De fato, muitas festas neste formato rolaram em clubes como Petrópole Tênis Clube, Grêmio Náutico União, Sogipa, Grêmio Náutico Gaúcho, Leopoldina Juvenil, dentre tantos outros. 

 

Como fecho destes apontamentos, cabe enfatizar novamente que, paralelamente ao mainstream formado por várias das bandas mencionadas, que estavam então no topo de sua popularidade, foi se consolidando aos poucos uma consistente cena alternativa em Porto Alegre, que, com o tempo, desaguou no cenário atual, que é de grande vitalidade.





fonte:  http://www.overmundo.com.br
 tags: rock, gaúcho,rock grande do sul, 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Importante: Médico naturalista ensina... Não deixem de ler

Um médico naturalista estava muito triste porque participou de
 
congressos e, embora comprovados, os resultados não são divulgados, como ele disse

'NÃO DÁ IBOPE''.
Então ensinou a fazer um exercício simples que evita problemas cardíacos

1º.
Antes do banho, exercitar a panturrilha (levantar o corpo na
ponta dos pés) , primeiro rápido até esquentar as panturilhas e depois uma sequência de 10 movimentos lentos.
Pronto. Esse exercício bombeia o sangue para o coração, melhora os
batimentos cardíacos e evita obstrução das veias. Nos primeiros 6
meses, se a pessoa estiver com excesso de peso, ela emagrece da cintura para baixo e, nos 6 meses seguintes, da cintura para cima; depois de 2 anos, não engorda mais e, alem de tudo, diminui o risco de uma cirurgia cardíaca que custa em média, hoje em dia, R$ 38.000,00 e, de um modo geral, os planos de saúde nem sempre pagam.


Melhora o problema de micro varizes


2º. Ao chegar em casa, coloque os seus pés em uma bacia com água bem quente (o famoso escalda pés - alem de relaxar, esse processo
desencadeia a dilatação dos vasos sanguíneos dos pés, melhora o cabelo e melhora, inclusive, a visão. Esse processo foi pesquisado com pessoas diabéticas e o resultado evidenciou a melhora na circulação sanguínea, diminuindo os casos de gangrena, o quadro geral de saúde dos pesquisados melhorou, e como um fato relevante, a melhora da visão.

Evita o encurvamento da coluna
3º.
Ao acordar, deitado de barriga para cima pedalar 120 vezes no
ar. Esse exercício melhora o posicionamento da coluna e da postura,
diminuindo ou retardando o encurvamento das costa e aliviando as dores nas costas.
Baixando a pressão

4º.
Ao perceber que a pressão subiu, coloque as pernas dentro de um balde com água muito gelada até os joelhos. Permaneça nesta imersão por 20min. Este processo fará com que o organismo, na busca de aquecer os membros inferiores, faça com que o acúmulo de sangue na cabeça desça, baixando a pressão.



Simples não é?????
tags: saude, pressão, circulação, dicas, importante

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

VERA LOCA - BORRACHO Y LOCO







Vera Loca é uma banda gaúcha formada somente por gremistas e costuma fazer apresentações nas jantas dos inúmeros consulados gremistas existentes em todo nosso Brasil. Tive o prazer de conhecê-los certa vez em uma janta do consulado do grêmio de Campo Bom - RS, a dois anos atras aproximadamente em que tocaram suas músicas e de outras bandas, inclusive AC/DC. Neste dia estavam presentes, o goleiro do Grêmio e representante de Campo Bom, Marcelo Grohe e ex-jogadores do clube, como Tarciso, Iura, Dinho e China. Mas fica a dica aí seja você gremista, colorado, flamenguista, corintiano ou de qualquer clube do país, pois música de boa qualidade não deve ser pra todos. Abraço espero que gostem!




tags: banda gaucha, rock gaucho, gremista, rock nacional, musica

AGORA FICOU FÁCIL EXPLICAR PARA SEU FILHO COMO ELE NASCEU…






terça-feira, 13 de novembro de 2012

Morre americano conhecido como homem - gato


Onorte-americano Dennis Avner, que ficou conhecido internacionalmente como o "Homem-gato", teve sua morte divulgada nesta terça-feira, 13, apesar de ter falecido no último dia 5 deste mês. As causas da morte não foram divulgadas até o momento.
Descendente de índios huron e lakota, da América do Norte, Avner morreu aos 54 anos. Ele, que tinha como nome indígena Stalking Cat (Felino Caçador), começou a modificar seu corpo aos 23 anos. Em 2009, o "Homem-gato" esteve no Brasil para uma apresentação em São Paulo.
Homem_Gato (6)
Dennis Avner mais conhecido como Homem Gato pagou do próprio bolso várias cirurgias plásticas para obter uma aparência semelhante a de um tigre. Abaixo você confere no cabuloso visual que resultou todas elas. Confira!

Homem_Gato7

Antes das modificações, Dennis Avner era assim:
 
 Homem_Gato
 O Homem Gato começou suas modificações aos 23 anos, depois que um chefe Nativo lhe disse que ele deveria “Seguir os caminhos do Tigre” e diz nunca ter se arrependido de suas modificações, que o tornaram uma celebridade na cidade onde mora e lhe garantiram ser parte do Guinness Book, o livro dos recordes


Homem_Gato (1) Apesar da aparência exótica, o Homem-Gato não vive em nenhum circo ou freak show, trabalhou por vários anos como técnico em hardware, atualmente trabalha como programador e também faz apresentações em convenções de tatuagem e aparições em programas de TV pelo mundo. O Homem-Gato já visitou 43 países pelo mundo, tendo passado por alguns mais de uma vez.
 Homem_Gato (2)
 Homem_Gato (3)
O Homem-Gato não tem ideia de quanto já gastou em suas modificações, mas estima que já gastou um grande valor, a lista de modificações é bem extensa e a maioria se encontram no rosto:
-Tatuagens pelo rosto e pelo corpo, no rosto ele tem algumas listras e uma maquiagem definitiva sobre os olhos;
-A linha superior do cabelo foi afastada para traz cirurgicamente, para deixar a testa mais extensa;
-Implantes transdermais nos lábios superiores, nos quais ele pode prender bigodes;
-Implantes subdermais na testa, sobrancelhas e sobre o nariz;
-O nariz foi achatado cirurgicamente;
-Implantes de silicone no queixo, lábios e bochechas;
-Bifurcação dos lábios superiores;
-Modificação dos dentes (alongamento e afinamento da arcada dentária);
-Orelhas cirurgicamente alongadas;
-Faz uso constante de lentes verdes com fenda vertical;
-Mantém as unhas sempre longas;

 Homem_Gato (4) Os planos do Homem-Gato são de colocar implantes transdermais no topo da cabeça para poder encaixar orelhas de tigre e assim, ser um tigre completo. A maioria das modificações do Homem-Gato foram feitas por Steve Haworth.
Avner teve apenas uma irmã, mas ela e seus pais já morreram. Após ter se relacionado com 15 mulheres, ele está solteiro no momento. Segundo o “homem-gato”, sua aparência nunca criou nenhum empecilho ou atrapalhou seus relacionamentos.



Homem_Gato (5)Infelizmente, há certos veículos de mídia e psicólogos que classificam o Homem-Gato como sendo portador de uma doença psicológica chamada transtorno dismórfico corporal, algo que eu não acredito ser realmente cabível, tendo em vista o fato de a maior parte da população mundial estar insatisfeita com sua aparência.
Homem_Gato (6)

domingo, 11 de novembro de 2012

Famosos lamentam morte de Marcos Paulo no Twitter


Claudia Leitte, Fernanda Paes Leme, entre outros, usaram o microblog para comentar a morte do ator e diretor, que faleceu neste domingo, 11.

do EGO, no Rio
Marcos Paulo (Foto: Fernando Schlaepfer/ EGO) 
Marcos Paulo (foto de arquivo)

Famosos usaram suas respectivas páginas no Twitter para lamentar a morte de Marcos Paulo. A cantora Claudia Leitte, os atores José de Abreu e Fernanda Paes Leme e a autora Glória Perez foram alguns famosos que usaram o microblog para se manifestar sobre a morte do ator e diretor, que morreu neste domingo, 11, no Rio, de embolia pulmonar.
Claudia Leitte: “Marcos Paulo... Tive o prazer de trabalhar algumas vezes sob sua direção! Estava me preparando para revê-lo no show da virada...”
Angélica: "Triste notícia! Toda paz do mundo pra familia do nosso querido Marcos Paulo".
Mariana Rios: “Que Deus conforte a familia do querido Marcos Paulo! Muito triste essa noticia!”
Fernanda Paes Leme: “Marcos Paulo! Tão jovem...Me dirigiu em ‘Desejo Proibido’! Sentirei saudades! Força querida Antonia e família! Triste!”
Juliana Knust: “Muito triste com essa notícia do Marcos Paulo! Q ele descanse em paz! Deus o receba de braços abertos!!! Mta força, Antônia Fontenelle!”
José de Abreu: “Chocado com a morte de Marcos Paulo!”
Rodrigo Andrade: “Noticía triste demais, acabei de saber que o Marcos Paulo faleceu...”
Ângela Bismarchi: “Que dor! Ator e diretor Marcos Paulo morre aos 61 anos, diz TV”.
Alice Wegmann: “Tô jantando aqui em Fortaleza e fiquei sabendo. Muita luz pra toda a família do Marcos Paulo! Muito triste mesmo... O cara era top!”
Preta Gil: “Muito triste com a perda de Marcos Paulo, um homem digno, talentoso, grande pai, avô, marido, descanse em paz e força para a família”.
Cristiana Oliveira: “Muito triste...”
Gloria Perez: “Triste!”
Juliana Alves: “Triste com essa notícia... Muita luz na sua passagem, esteja em paz. Força à toda família e amigos de MarcosPaulo!”
Paulo Gustavo: “O ator e diretor Marcos Paulo acabou de falecer! Que droga! Vai com deus querido! Vou rezar antes de dormir!”
Pereio: “Morreu Marcos Paulo. Bom ator, boa figura humana, bom amigo. Amou a arte e as mulheres. Deu sentido à vida. E isso é o que importa.”
Giovanna Antonelli: “Gente! Que triste a morte do Marcos Paulo. Muito triste. Muita luz pra família!”
Daniele Valente: “Marcos Paulo muito querido. Vá em paz e muita luz!”
Dany Bananinha: “Meu Deus... Tô chocada com a morte do Diretor Marcos Paulo. Que triste. Que ele descanse em paz e meus sentimentos a família.”
Carla Díaz: “Descanse em paz Marcos Paulo! Muita força minha querida Antônia Fontenelle, Giulinha e a toda família!”
Rita Guedes: “Estou chocada e muito triste. Soube agora que o querido MarcosPaulo nos deixou. Que Deus cuide te ti.”
Eriberto Leão: "Que perda!!! Quanta saudade vai deixar. Quanta falta vai fazer. Querido, iluminado, coração de ouro, parceiro. muita dor."
Milena Toscano: "Uma pessoa mto especial! Q descanse em paz! Marcos Paulo, uma honra ter trabalhado ele."
Marina Ruy Barbosa: Triste noticia... Marquinhos foi meu primeiro diretor! Tive o prazer de contracenar e ser dirigida por ele. Descanse em paz!


tags: morte, twiter, marcos paulo, morre ator, cancer
fonte: ego

Kart Ferrari FXX da Berg Toys


   
O kart Ferrari FXX da Berg Toys não tem motor, e é movido a pedais, mas mesmo assim de certeza que vai fazer muito sucesso entre as crianças que sonham pilotar um Ferrari de verdade na Fórmula 1, e também vai fazer a alegria de todos os fanáticos da Ferrari.

 
Esta Ferrari tem sete velocidades, um computador de bordo para monitorizar a velocidade e tempo de cada volta, travões de disco, rodas de corrida Super Slick X-treme, spoilers aerodinâmicos, volante em couro, cintos de segurança, e muito mais. 
 ferrari_fxx_pedal_car-03.jpg

O Ferrari FXX custa £1239, mas se você preferir, pode escolher um modelo mais simples por £415. É o preço que se paga para ter o lendário símbolo do Cavallino Rampante no seu kart.para dar uma de Felipe Massa ou Kimi Raikkonen!




tags: ferrari, kart, corrida, pista, piloto, 
fonte:  http://i9action.wordpress.com/

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Camisinha antiestupro - Falso ou verdadeiro?

 

O estupro tornou-se um problema endêmico na África do Sul, então uma técnica da área médica, chamada Sonette Ehlers desenvolveu um produto que imediatamente chamou a atenção nacional. Ehlers nunca se esqueceu de uma vítima de estrupo lhe dizendo, "Se ao menos eu tivesse dentes lá embaixo." Algum tempo depois, um homem chegou ao hospital no qual Ehlers trabalha com uma dor terrível, por conta do zi
pper que havia fechado sobre seu pênis. Ehlers misturou as duas imagens e desenvolveu um produto chamapo Rapex. O produto parece um tubo, com fisgas dentro. A mulher o coloca como um absorvente interno, através de um aplicador, e qualquer homem que tentar estuprar a mulher irá se rasgar com as fisgas e precisará ir a um hospital para remover o Rapex. 
 Quando os críticos reclamaram que se tratava de uma punição medieval, Ehlers respondeu, "Uma punição medieval para uma atitude medieval."
 
 

Será que isso é verdadeiro ou farsa?

É verdade. O produto existe mesmo!
De acordo com a rede de notícias CNN, a Dra. Sonnet Ehlers estava de plantão quando atendeu em seu consultório uma moça que acabara de sofrer um estupro. Muito assustada, a moça disse à doutora: “Se eu tivesse dentes lá em baixo…”. A doutora, então, prometeu a ela que um dia iria fazer algo para ajudar pessoas como aquela sua paciente.
40 anos depois, nascia o Rapex (algo parecido com “Estuprex”), um dispositivo parecido com um absorvente interno feito de látex e com farpas afiadas que se grudam à pele do agressor, dando à vítima tempo para fugir, além de ajudar a identificar os culpados.

Dra. Sonnet Ehlers e sua invenção
Dra. Sonnet Ehlers e sua invenção 

O “rapex” também reduz bastante a possibilidade da mulher ficar grávida ou pegar Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, já que funciona como uma camisinha feminina.

Notícia antiga

Apesar da ideia ser muito boa, a invenção não é recente! Essa reportagem do UOL foi publicada em 2005 e, apesar da Dra. Ehlers afirmar à CNN que seriam dsitribuídas 30.000 camisinhas para a população mais pobre da África do Sul, até hoje não há nenhum indício de que o produto já esteja à venda ou distribuído gratuitamente para as africanas.
Veja algumas fotos do dispositivo aqui!

Conclusão

A camisinha antiestupro realmente existe. Mas até agora não está à venda.
 
tags: camisinha, estupro, contra, sexo, preservativo, áfrica, 


fonte: www.e-farsas.com.br

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Mulher dá a luz a 11 bebes na India - Falso ou verdadeiro

Foto circula pela web mostrando 11 bebês gêmeos que teriam nascido no dia 11/11/2011 na Índia. Mas será que essa história é real? Veja o que descobrimos!
No comecinho de fevereiro de 2012, a notícia apareceu na web! Vários sites e em blogs – além de várias páginas do Facebook – publicaram que uma mulher havia dado à luz 11 crianças de uma só vez!
De acordo com a notícia, a moça seria uma indiana e os partos teriam acontecido todos no dia 11 de novembro de 2011 (11/11/11).
A história inusitada veio acompanhada de uma foto mostrando os 11 rebentos, deitados numa cama. Coisa mais linda!
Indiana deu a luz 11 gêmeos! Será verdade?
Indiana deu a luz 11 gêmeos! Será verdade? 

Será que essa história é verdadeira ou falsa?
É uma história muito bonita, mas é mais uma farsa da web! Para chegarmos a essa conclusão, bastaram algumas perguntas:
  • Qual o nome da super mamãe?
  • Qual o nome de hospital em que ela estava hospitalizada?
  • Por que a notícia só foi aparecer agora, 3 meses depois do ocorrido?
O primeiro site a publicar a falsa notícia foi o Zumart. Lá, podemos ver outras fotos dos recém-nascidos. Ao mesmo tempo, o Tumfweko também publicou a mesma história.

Recorde em nascimento múltiplo

De acordo com o jornal New York Times, uma australiana deu à luz 9 crianças em 1971. Infelizmente, os bebês morreram seis dias depois.
Anos mais tarde, em 1999, uma mulher teve 9 gêmeos na Malásia. Os bebês morreram algumas horas depois de nascidos.
Casos de 11 gêmeos de uma vez, nunca houve!

As fotos

Se a história da mãe (que nem nome tem) é falsa, o que dizer das imagens? Será que são montagens?
As fotos são reais. Ou seja, não houve manipulação digital nas fotografias.
Acontece que, para comemorar o dia 11/11/11, um grupo de médicos juntou 11 bebês que nasceram exatamente naquele dia em um hospital em Surat na Índia. Mas, antes que você fique confuso, explico:
Os 11 bebês são de mães diferentes!
O site de notícias indiano Banglabox explica que as crianças não são da mesma mamãe e que os pimpolhos da foto são muito grandes para serem de uma mesma gestação.

Nascimento programado

O jornal The Times of India afirma que os 11 bebês são “de proveta” e foram programados para que seus nascimentos ocorressem exatamente no dia 11 de novembro. As operações foram feitas pelos doutores Purnima Nadkarni e Pooja Dr Nadkarni . Todas as 11 mulheres que fizeram a inseminação In Vitro (a mais velha tem 43 anos de idade!) insistiram que a cegonha lhes entregasse seu bebê na data especial, dia 11/11/11.

Conclusão

Foto real. História falsa!

fonte: www.efarsas.com

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Trabalhadora demitida por emissão de gases barulhentos



A petição inicial sustentava que a demissão por justa causa da trabalhadora - pelos motivos que circularam na empresa - por injusta e lhe causara dano moral.


Mas, na defesa, a reclamada ponderou que a reclamante fora dispensada por fazer sistematicamente “barulhos imotivados, acompanhados de odores inaceitáveis".

Durante a instrução, a juíza surpreendeu-se com a constatação do verdadeiro motivo determinante da demissão: "habitualidade de flatulência não controlável".

A magistrada admitiu na sentença que "embora extremamente constrangedor, qualquer pessoa, nos mais variados locais, está sujeita a ter um problema semelhante". Por isso, reverteu a justa causa e condenou a reclamada ao pagamento de todos os direitos trabalhistas, além de deferir R$ 10 mil de reparação pelo dano moral.
       
No âmbito do tribunal que o relator enriqueceu enriqueceu colegas, advogados e partes com explicações sobre os odores humanos: "trata-se de reação orgânica natural à ingestão de alimentos e ar, os quais, combinados com outros elementos presentes no corpo humano, resultam em gases que se acumulam no tubo digestivo, que o organismo necessita expelir, via oral ou anal".

O revisor foi convicto: "estrepitosos ou sutis, os flatos nem sempre são indulgentes com as nossas pobres convenções sociais".

E a vogal lembrou que "disparos históricos têm esfumaçado as mais ilustres biografias. Por exemplo, Jô Soares já relatou a comprometedora ventosidade de Dom Pedro II".

Por isso, o TRT - reconhecendo que "a empregada não agia de má-fé" - concluiu que "resta insubsistente, por injusta e abusiva, a advertência pespegada, e bem assim, a justa causa que lhe sobreveio".

Afinal, o colegiado ementou que “a imposição dolosa, aos circunstantes, dos ardores da flora intestinal, pode configurar, no limite, incontinência de conduta, passível de advertência pelo empregador, mas a eliminação involuntária, conquanto possa gerar constrangimentos e, até mesmo, piadas e brincadeiras, não há de ter reflexo para a vida contratual".

O advogado da reclamante festejou, um dia desses, com os colegas de escritório, o sucesso da demanda. Comprou duas garrafas de bom espumante e, com todos, brindou efusivo:

- Tim tim!...

Um estagário foi espirituoso:

- Tim tim, sim. Pum pum não!...


 
 

 tags: processo, peido,pum, trabalhista, foro, direito, demissão

fonte:  http://www.espacovital.com.br