sábado, 31 de março de 2012

O melhor de Iron Maiden



Janick Gers, Steve Harris, Bruce Dickinson, Adrian Smith, Nick McBrain, Dave Murray

Então meus queridos metaleiros, como prometido, rapidamente estamos de volta com o sensacional Dossiê Iron Maiden. Se você perdeu o primeiro post, #corra, clique aqui e leia. Esse será mais um post gigante, assim como o primeiro, então você já sabe.
O post de hoje é audacioso, corajoso e opinativo, eu sei que estou mexendo com uma coisa que é complicada, ainda mais se tratando da maior banda de metal de todos os tempos. Sim, sou audacioso e corajoso o bastante para fazer uma lista dos 7(+1) melhores CD’s do Iron Maiden… e como eu gosto de ser polêmico – mas nem tanto – teremos uma lista com as 20 (+3) melhores músicas do Iron. Parece idiotice, e é. Mas só para quem conhece e é fã da banda. E eu disse que esse dossiê é também para pessoas conhecerem um pouco mais da Donzela de Ferro, e que espécie de Cara Que Indica Banda eu seria se não indicasse também o melhor material da banda?
De antemão eu aviso: AS LISTAS SÃO BASEADAS NO MEU GOSTO – e no meu limitado conhecimento de música. Então meu caro, não perca seu tempo dizendo que faltou isso ou aquilo, que eu sou um idiota por deixar tal disco de fora – ou música. Never the lass, acredito que tenha feito ambas listas com material para agradar quase todos os fãs e principalmente com o essencial do Iron para que mais e mais pessoas virem adeptos dessa “religião”. À, esqueci de avisar… se você é um xiita, você não é bem vindo neste post… muito menos neste blog.
Prontos?
***
Antes, apenas considerações:
- Essa lista é quantitativa, ou seja, o primeiro é melhor que o segundo e assim por diante

Os 7 (+1) Melhores Álbuns do Iron Maiden


Medalha de Ouro para o primeiro disco da banda

Iron Maiden: O primeiro álbum dos ingleses. Feita com uma produção podre de Will Malone, que não tinha muito interesse no projeto da banda e deixou os integrantes praticamente fazer o que queriam, este álbum esta na lista de muitos fãs pelo som meio roots, mais pobre do álbum, graças a péssima produção feita. O disco foi gravado com o guitarrista Dennis Stratton, que logo depois daria lugar a Adrian Smith. Antemão
O álbum não possui nenhum tipo de conceito. A música
“Phantom of the Opera” é baseada no romance do mesmo nome, a velha história do homem com a face disforme que se apaixona pela mulher da ópera.
“Charlotte, the Harlot” conta a história de uma prostituta, a primeira de uma série de músicas do Iron que fala sobre ela. “Iron Maiden”, a música título do nome do álbum e da banda, fala sobre o instrumento de tortura medieval que Steve Harris viu no filme “O Homem da Máscara de Ferro”.
O álbum foi bastante apreciado pelo público britânico, chegando a atingir a 4ª posição na lista de álbuns mais vendidos no país.
Os destaques do álbum são para as músicas “Phantom of the Opera” e “Iron Maiden”.


Medalha de Prata para o disco com a melhor capa da história

Powerslave: Em 1984 foi lançada uma das maiores lendas do Heavy Metal mundial. O álbum “Powerslave”. Totalmente ambientalizado, como você pode perceber pela capa, nas lendas e histórias egípcias, apresentadas também na música título. Mesmo não tendo o mesmo hype de “Number of the Beast”, ainda é um dos discos preferidos dos fãs.
Foi o último dos discos do grupo a ter uma música totalmente instrumental, “Losfer Words (Big ‘Orra)”. A música “Rime of the Ancient Mariner” é baseada em um poema de Samuel Taylor Coleridge de mesmo nome, com pedaços do original dentro da música, sendo também a música mais comprida já gravada pela banda, com mais de 13 minutos. “The Duelists” é baseado no filme de mesmo nome de Riddley Scott, além de falar sobre a tradição no século XVII e XVIII, quando se alguém apanhasse uma luva jogada no chão estaria aceitando um duelo até a morte em defesa da honra. “Aces High” fala sobre os conflitos da força aérea inglesa com a alemã durante a Segunda Guerra Mundial.
Os destaques do álbum são as músicas “Aces High” e “2 Minutes to Midnight”, que ainda se mantem firmes e fortes dentre as músicas do grupo que são tocadas ao vivo.


Bronze para um dos CD's mais queridos dos fãs

Piece of Mind: Este grande album do Iron é o primeiro a ter Nicko McBrian no comando das baquetas. “Piece of Mind” é um grande caminho em torno dos mundos da ficção. O objetivo da banda neste álbum foi fazer uma pequena coletânea de composições relativas a livros e filmes que os músicos gostavam. A música “To Tame a Land” foi baseada no romance “Dune” de Frank Herbert. “The Trooper” teve inspiração no poema “Charge of the Light Brigade” de Alfred Lord Tennyson, baseado em um feito da cavalaria inglesa na Guerra da Criméia e “Still Life” foi baseada no escritor de terror Clarke Ashton Smith em seu livro “O Habitante do Lago”. Dentre outras inspirações podemos citar “Where Eagles Dare” filme e romance, “Quest for Fire”, baseada no filme de mesmo nome de Jean-Jacques Annaud e o escritor G. K. Chesterton que é citado no início de “Revelations”.
Outras influências que fogem a este tema incluem a Mitologia Grega na música “Flight of Icarus” e o lendário samurai Miyamoto Musashi em “Sun and Steel”.
O álbum foi aclamado mundialmente e vendeu mais de 1 milhão de cópias nos EUA.
“Oh Deus da Terra e do altar
Curve-se e escute nosso lamento
Nossos governantes terrenos vacilam
Nosso povo definha e morre
As paredes de ouro nos sepultam
As espadas do escárnio dividem
Não nos tome vosso trovão
Mas leve nosso orgulho”

G. K. Chesterton; Oração Inglesa
O maior destaque do álbum é a aclamada música “The Trooper”, uma das músicas de maior sucesso do grupo até hoje, sendo incluída em todas as turnês da banda desde o lançamento do álbum.


Primeiro disco da nova era da banda... e um dos melhores de sua história

Brave New World: O retorno do grande Iron Maiden foi marcado por este álbum. O guitarrista Adrian Smith, que deixou a banda em 1990 e o vocalista Bruce Dickinson retornaram, que fez seu último show em 1993, retornam a banda para “Brave New World”. O álbum teve um retorno fantástico, e vendeu mais de 50 mil cópias apenas no Brasil.
Como o nome indica, “Brave New World” (Admirável Mundo Novo) fala sobre nosso novo mundo, em como agimos e o que fazemos. “Brave” entra em um novo conceito para o Iron Maiden, que deixa a “fantasia do metal” e finca os dois pés na realidade.

“Reis despóticos, rainhas moribundas
Onde está a salvação agora?
Perdi minha vida, meus sonhos
Ossos arrancados da minha carne
Gritos silenciosos gargalhando aqui
Moribundos para te dizerem a verdade
Você é planejado e está condenado
Nesse admirável mundo novo”
De acordo com Adrian Smith em uma entrevista, quatro músicas do “Brave” foram escritas por Steve Harris e Janick Gers (alguns dizem que com a ajuda de Blaze Bayley) para o álbum “Virtual XI”.
Os destaques do álbum ficam para as músicas “Brave New World” e “The Wicker Man”.


Esse disco é o porque do +1, ou seja, impossível ficar de fora.

Seventh Son of a Seventh Son: Este album marcou a saída de Adrian Smith do Iron Maiden. O título do album, Sétimo filho de um sétimo filho, faz parte de uma lenda. Na América Latina este filho se torna um lobisomem, na Irlanda ele ganha poderes de cura e na Inglaterra, país da banda, o sétimo filho recebe poderes mágicos.
Ligadas ao conceito desta lenda estão músicas como “Moonchild”, “Infinite Dreams”, “Seventh Son of a Seventh Son”, “The Prophecy” e “The Clairvoyant”.
A música “The Evil that Man Do” foi inspirada em um texto de William Shakespeare. O personagem Marco Antônio na peça Julio César, diz: “O mal que os homens fazem vive após os homens morrerem, mas a bondade é enterrada juntamente com seus ossos”.
Os destaques deste album ficam para os clássicos “Can I Play with Madness” e “The Evil that Man Do”.


O disco que colocou a banda no topo em todo o mundo e talvez o mais polêmico

The Number of The Beast: O terceiro album do Maiden. Não se tem muito que falar, sem dúvidas “The Number of the Beast” abriu as portas do mundo para os metaleiros ingleses, que ainda eram desconhecidos na composição de “Iron Maiden” e “Killers”. Igualmente marcou a estréia do lendário vocalista Bruce Dickinson, considerado uma das maiores vozes do metal de todos os tempos.
Algumas curiosidades do álbum são relatadas nas histórias da banda. O produtor Martin Birch sofreu um acidente de carro e quando foi retirá-lo recebeu a conta no valor de 666,66 libras. A música título do álbum alcançou as paradas na Grã-Bretanha na posição 18, ou seja, a soma de três números seis. O disco, além de marcar o nome do Iron Maiden na história da música, também se tornou uma espécie de apelido para a banda e também para Eddie, o mascote, que ainda são chamados de
“The Beast”.
As diferenças grandiosas deste álbum para os antecessores se deu, além da troca de Paul Di Anno por Bruce Dickinson, principalmente pela mudança dos compositores do álbum. “Number of the Beast” foi o único álbum que teve o baterista Clive Burr como compositor, além de ser o primeiro álbum com músicas escritas por Adrian Smith e apresentar um “novo” Steve Harris. O álbum também não possui nenhuma música feita por Dave Murray e foi o primeiro a não ter nenhum instrumental.
A recepção do álbum foi mundial, e é muito difícil o “Number of the Beast” não fazer parte das listas de maiores álbuns de todos os tempos no Heavy Metal. Dentre os diversos veículos de comunicação que colocam a importância do álbum, estão:
Guitar World (17º maior álbum de todos os tempos),
Q Magazine (100ª posição de todos os tempos e entre os 50 maiores do Heavy Metal),
IGN (3º maior de todos os tempos),
Metal Rules (O maior álbum do Metal de todos os tempos)
BBC (Documentário sobre os maiores álbuns clássicos)
O álbum é sem dúvidas também um dos mais polêmicos do Metal, principalmente pelos títulos das músicas e a arte de capa, que mostra Eddie controlando um demônio.
Apesar disso, nenhuma das músicas tem alguma ligação com o satanismo. A música título do álbum foi escrita por Steve Harris logo depois dele ter assistido o filme de terror “A Profecia II” e ter tido pesadelos com imagens de satanismo. “Children of the Damned” foi baseada, de acordo com Bruce Dickinson enquanto entrevistava Ronnie James Dio em seu programa de rádio na BBC, na música “Children of the Sea” do lendário álbum “Heaven and Hell” do Black Sabbath, além do filme de mesmo nome. “Run to the Hills”, outro clássico do grupo, foi baseada no combate entre os colonizadores ingleses e os índios na América do Norte.
Os grandes destaques do álbum são as músicas “The Number of the Beast” e “Run to the Hills”.


O último álbum de estúdio da banda e sim, um dos melhores.

A Matter of a Life and Death: O último lançamento de estúdio do Iron Maiden. “A Matter of Life and Death” manteve a formação de sucesso da banda, com Bruce e Adrian Smith. Como o “Brave New World”, o Iron continuou com os temas recorrentes. O album, mesmo não tendo um conceito pré-estabelecido mantem as ideias sobre Guerra e religião fortemente colocadas em todas as músicas.
O álbum obteve um grande sucesso, sendo muito bem resenhado por dúzias de publicações em todo o mundo. As revistas internacionais Kerrang!, Metal Hammer deram nota máxima ao lançamento, e a revista Classic Rock elegeu “A Matter” como o álbum do ano de 2006.
O CD foi vendido no mundo inteiro, e conquistou o topo das paradas em um grande número de países, dentre eles Itália, Finlândia, Alemanha e o próprio Brasil, onde vendeu também mais de 50 mil cópias.
Os destaques do álbum ficam para as músicas “The Reincarnation of Benjamin Breeg” e “Brighter than a Thousand Suns”.


Por último mas não menos importante um dos discos mais injustiçados da história do rock


Somewhere in Time: Este grande álbum do Maiden teve um trabalho duro: se mostrar tão bom quanto seus antecessores, “Powerslave” e o ao vivo “Life After Dead”, para uma grande parte dos fãs dois dos maiores álbuns da banda. Foi o primeiro álbum da banda utilizando sintetizadores de guitarra.

Este álbum também criou alguns conflitos internos na banda, pois o material de Bruce Dickinson foi rejeitado em favor das músicas de Adrian Smith.
“Somewhere”, mesmo sendo um grande disco, não conseguiu alcançar o mesmo nível de sucesso do poderoso “Powerslave”, e acabou tendo grande parte de suas músicas esquecidas pela banda e os fãs.
Este álbum, diferentemente de alguns outros citados anteriormente, não tem nenhum tipo de conceito específico. A música “Alexander The Great” fala sobre o grande imperador da Macedônia, um dos maiores conquistadores de todos os tempos, e duas músicas baseadas em obras do escritor Robert Heinlein, “The Loneliness of the Long Distance Runner” e “Stranger in a Strange Land”, este último baseado em fatos reais.
Os grandes destaques deste álbum são para as músicas “Wasted Years” e “Heaven can Wait”, que foram as únicas duas que ainda se mantêm rígidas dentro da lista de músicas tocadas ao vivo pela banda.
***
1 – Como você pôde perceber, a intenção deste post era também colocar a lista das melhores músicas, mas como eu achei grande demais, preferi deixar para um post separado e que será o próximo do Dossiê. Mais uma vez, peço encarecidamente que dê a sua opinião mas não seja um xiita chato.
2 – Você encontra – por enquanto – tudo, mas tudo mesmo sobre o Iron Maiden nesta seção do site Wiplash.
3 – Já conhece o mais novo portal de besteiras humor da blogosfera? Visite o Bobolhando

fonte: http://www.ocrepusculo.com

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