
A Visa e a Mastercard estão, desde o início da semana, a alertar os bancos norte-americanos para uma falha nos seus processadores de cartões de créditos. Os dados de mais de 10 milhões de clientes podem ter sido comprometidos. As duas empresas admitem que parte dessa informação está nas mãos de terceiros e que pode, assim, ser usada para criar cartões falsos.
 Os alertas chegaram aos responsáveis bancários de forma  discreta, mas acabaram por ser revelados nesta sexta-feira por Brian  Krebs, um antigo jornalista do Washington Post, no seu blogue dedicado à segurança. Horas depois, a história chegava ao Wall Street Journal,  que escrevia por sua vez que a falha de segurança tinha sido  responsabilidade da Global Payments. O que conduziu a uma queda superior  a 9% no valor das acções daquela empresa de processamento de cartões.
A Global Payments, que diz liderar o seu segmento de mercado, informou, através de um comunicado,  que “identificou e reportou o acesso não autorizado a parte do seu  sistema de processamento” no início de Março. Foi então que avisou a  Visa e a Mastercard, para permitir “minimizar o potencial impacto” nos  clientes. A empresa não especifica o tipo de dados comprometidos, mas  admite que a acção de hackers esteja na base desta falha.
Segundo  Brian Krebs, o processador da Global Payments manteve-se vulnerável de  21 de Janeiro a 25 de Fevereiro. O número que está a ser avançado de  clientes potencialmente envolvidos – mais de 10 milhões – é referido no  seu blogue. No entanto, nenhuma das três empresas afectadas pela falha  de segurança se compromete com qualquer número.
Além da Visa e da  Mastercard, também foi afectada parte dos clientes da Discover, a  terceira maior empresa do sector. São as três norte-americanas. A  Discover está, segundo a BBC,  a monitorizar as suas contas e, se necessário, irá proceder à emissão  de novos cartões. A Visa e a Mastercard, por outro lado, asseguram que  os dados dos seus clientes não foram comprometidos – e referem as  sucessivas camadas de segurança que aplicam aos seus cartões. Mas também  estão a investigar.
No alerta endereçado aos bancos, a Visa –  que remete todas as responsabilidades pela falha a “terceiros”, ou seja,  a Global Payments – refere que a investigação “ainda está na fase  inicial”. No entanto, a acreditar na Global Payments, esta já decorre há  quase um mês. A empresa diz que, no início de Março, deu conta do  problema às autoridades federais e deu início à sua própria  investigação, “envolvendo imediatamente peritos externos em análise  forense de tecnologias da informação”.
Nesta fase, os  especialistas estão a cruzar os dados de utilização dos cartões de  crédito das três empresas, no período afectado, para tentar encontrar  padrões ou dados coincidentes – o que significa que estão convencidos de  que a falha de segurança se deve à acção de hackers e não ocorreu devido a problemas no sistema.
fonte: http://economia.publico.pt
 
 
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