sábado, 16 de junho de 2012

Mulher gasta R$900 por dia para manter pai congelado


O sonho de ressuscitar o pai, que morreu no começo deste ano, está causando uma disputa judicial entre três irmãs. Luiz Felippe Dias de Andrade Monteiro, engenheiro da Força Aérea Brasileira (FAB), faleceu em 22 de fevereiro, em plena Quarta-feira de Cinzas.

A filha mais nova dele, Lígia Cristina Mello Monteiro, do segundo casamento de Luiz Felippe, começou então uma saga para tentar congelar o corpo do pai com s da técnica conhecida como “criogenia”, que utiliza nitrogênio liquido para resfriar e preservar o corpo.

Segundo ela, o congelamento era um desejo expresso pelo pai antes de morrer. Como o pai, Lígia acredita que, com o avanço da ciência, será possível trazê-lo de volta à vida em algumas décadas.


Mas as irmãs de Ligia não concordam com o congelamento e abriram um processo para que o pai seja enterrado. As irmãs mais velhas alegam que "nunca o pai manifestou qualquer vontade” em ser congelado. O advogado delas disse que não há “qualquer prova, em momento algum, que esse senhor queria ser congelado nos EUA”. “As próprias irmãs declararam que, se soubessem desse desejo, fariam o congelamento. Mas elas não tinham qualquer conhecimento disso”, acrescenta.
Para impedir que o corpo fosse levado aos Estados Unidos, o advogado conseguiu uma liminar, no dia da morte de Luiz.

Desde então, já há mais de três meses, Ligia arca com as despesas para manter o corpo do pai preservado.
“Por dia, pago R$ 500 para a funerária e compro R$ 360 de gelo seco. Já gastei minhas economias da vida toda”, conta ela. Ao todo, já foram gastos quase R$ 95 mil.

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