sábado, 10 de março de 2012

Pernambucanas é processada por 'trabalho escravo'

SÃO PAULO - A rede Pernambucanas é alvo de um processo judicial por suposta exploração de mão de obra na cadeia produtiva, informou ontem o Ministério Público do Trabalho de São Paulo. A empresa foi investigada pela prática entre 2010 e 2011 e não concordou em assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo órgão para encerrar o caso. Essa é a primeira vez que uma investigação de trabalho análogo à escravidão no setor têxtil brasileiro segue para a Justiça.

O Ministério Público queria que a empresa aceitasse pagar uma multa de R$ 5 milhões e se comprometesse a assumir uma responsabilidade jurídica pela sua cadeia de fornecedores, afirmou a procuradora do Trabalho, Valdirene de Assis. "A Pernambucanas simplesmente não aceitou a responsabilidade que tem sobre a sua cadeia", disse. A informação da multa foi publicada ontem na coluna de Sonia Racy.

Desde julho de 2011, foram realizadas quatro audiências públicas entre o Ministério Público e a empresa para negociar os termos do TAC. Sem acordo, o órgão entrou com uma ação civil pública para tentar obrigar a empresa a se responsabilizar pelo cumprimento da lei trabalhista por seus fornecedores.

Flagrante

Duas oficinas de costura que produziam roupas das marcas Argonaut e Vanguard, da rede Pernambucanas, foram flagradas entre agosto de 2010 e março de 2011 com trabalhadores em condições análogas à escravidão, a maioria deles imigrantes bolivianos.

Segundo o Ministério Público, eles estavam em locais inapropriados, cumpriam jornadas de até 16 horas por dia e recebiam entre R$ 0,20 e R$ 0,60 por peça costurada. A empresa recebeu 41 autos de infração, como servidão por dívida, jornada de trabalho excessiva e degradação do meio ambiente.
Outras redes de varejo, como Zara, C&A e Marisa já foram investigadas por trabalho análogo à escravidão na sua cadeia produtiva. Todas, porém, assinaram Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público.

Como não há casos semelhantes na Justiça, o prazo e a sentença são imprevisíveis. O Ministério Público e a Pernambucanas podem firmar um acordo no Judiciário ou levar o caso a julgamento. Se a empresa for condenada, a punição determinada pelo juiz não necessariamente será nos termos propostos pelo Ministério Público. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ed Motta chama Paula Toller de 'burra'

Para usar um termo em voga nos últimos dias, o foco de Ed Motta desde quarta-feira, 11, é a "gente diferenciada". O cantor, lembrado por alguns hits que emplacou nos anos 1980 e 1990, fez de seu perfil no Facebook uma verdadeira metralhadora giratória.


"[Estou] em Curitiba, lugar civilizado, graças a Deus. O Sul do Brasil, como é bom, tem dignidade isso aqui. Frutas vermelhas, clima frio, gente bonita. Sim porque ooo povo feio o brasileiro, rsrs. Em Avião, dá vontade chorar rsrsrs. Mas chega no Sul ou SP gente bonita compondo o ambiance rsrsrsrs", escreveu.



Em outro post, fez a equação: "Mulher feia tem que ser mega competente rsrs. Se não, é Paula Toller nas cabeças rsrs. Linda, burra e sem talento." E depois: "Mulher feia tem que cantar igual [à cantora] Sarah Vaughn, se não eu não tenho tempo hahaha!".


Um internauta reagiu indignado aos comentários: "E tu bonitão? A cultura chata que tu vive, a grosseria que emergiu destes dois infelizes comentários, tambem não és um arquétipo de beleza".



Motta respondeu rapidamente: "Ô, xará, aprende comigo que é o máximo que você, mortal medíocre, pode fazer. Eu estou num plano superior, te respondi so porque tens o meu nome, mané. Essa porra é um lixo e eu tenho pena de ignorantes como vc... Brasileiros... A cultura que eu vivo é a CULTURA superior. Melhor que a maioria, ya know?"



Além de Toller, vocalista da banda Kid Abelha, Ed Motta atacou Caetano Veloso, Lenine, Daniela Mercury, Chico César e vários artistas da nova geração, como a cantora Tulipa, o compositor Romulo Fróes e a banda Hurtmold, que acompanha Marcelo Camelo em shows e discos.



"Coisa horrível, o ser humano deu errado demais", disse no post do Hurtmold. Um amigo pergunta: "Qualquer um pode se expressar?". Motta rebate: "Liberdade de expressão. Nego entendeu errado, eu sou a favor da censura, hahaha!!!!!"



Procurado pela Folha, Motta afirmou que não sabia que seu perfil no Facebook estava aberto ao público. Disse que eram apenas "brincadeiras com os amigos", "sacanagem".



"Reconheço que fiz comentários infelizes, como isso das mulheres feias. Mas todas as pessoas fazem isso nos bares, em casa", disse.

fonte: http://hipersessao.blogspot.com

sexta-feira, 9 de março de 2012

O início, o Fim e o Meio ( Sobre o filme )

Paulo Coelho acende as velas de um castiçal na mesa de jantar. “Raul é lenda, então por que contar a história?”, pergunta. O interior de sua casa em Genebra é clean. Ele está vestido de preto e começa a falar com tranquilidade sobre o antigo parceiro, com quem escreveu alguns clássicos do rock nacional, como Gita, Al Capone, Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás e Como Vovó Já Dizia, entre outros. Nesse momento aparece uma mosca. Paulo espanta o inseto e comenta: “Engraçado, aqui não tem mosca”. Ele continua a conversar e é interrompido novamente pelo zumbido do bicho, que voa em torno dele. Ele sorri. “É o Raul, não vou matar.”

Para Walter Carvalho, diretor de Raul – O início, o Fim e o Meio, cuja estreia está prevista para este mês, existe sempre uma alma generosa que protege os documentaristas e, de vez em quando, dá a eles um presente. “A mosca apareceu na hora da entrevista, em cima do Paulo, perturbando a conversa. Na hora, rimos e achamos curioso, mas depois, na montagem, vimos que era incrível que ela aparecesse”, conta.

O inusitado vem do fato de que Raul imortalizou o inseto no baioque – a junção de rock com baião que ele inventou – Mosca na Sopa: “Eu sou a mosca que pousou em sua sopa / Eu sou a mosca que pintou pra lhe abusar”, dizia o refrão. O documentário sobre Raulzito joga luz sobre um gênio que influenciou várias gerações com sua obra ácida, criativa e vigorosa e uma atitude irreverente e livre diante da vida. Walter é um dos diretores de fotografia mais premiados do país. Atuou em 70 filmes para cinema e TV, como Central do Brasil e Lavoura Arcaica. Na direção, assinou Cazuza e Budapeste. “Até para quem gosta e conhece bem o Raul, há enormes surpresas”, garante. O filme percorre épocas e movimentos distintos: a bossa nova, a ditadura, a abertura política, o rock brasileiro, o tropicalismo, os festivais. A assinatura de Walter se percebe desde o início, com a voz em off de Raul e imagens dele comendo peixe no Nordeste, em seguida emendando no sertão da Bahia e cortando para um deserto na Califórnia onde se veem Peter Fonda e Dennis Hopper em Sem Destino.

Uma das razões de o jovem produtor de São Paulo, Denis Feijão, ter encarado a empreitada é a paixão pelo artista, a mesma que move seus fãs inveterados, muitos dos quais ganham a vida como sósias. Embora contemporâneo de Raul, Walter não conhecia a fundo a história do personagem central. “Se ele fosse vivo teria 66 anos. Eu tenho 64. Somos da pós-contracultura, que vem no rastro dos beatniks”, diz. “Quando li que Raul viu mais de 20 vezes o filme Balada Sangrenta, com Elvis Presley, fiquei mexido. Eu próprio assisti pelo menos dez vezes.” Elvis era o elo que faltava entre eles. No filme, pode-se ouvir o roqueiro aos 9 anos fazendo uma imitação de Presley em gravação doméstica. Walter Carvalho também levantava a gola da camisa, fazia um topete no cabelo e fingia tocar guitarra quando garoto.

Raul Seixas nasceu em 1945, em Salvador, filho da classe média: o pai era engenheiro da estrada de ferro e a mãe, dona de casa. Ainda cedo criou com os amigos o Elvis Rock Clube. Daí para a formação do primeiro grupo foi um passo: era o Relâmpagos do Rock, que virou pouco depois Raulzito e Seus Panteras. Esse tipo de conjunto de quatro componentes se espalhou, curiosamente, pelo Nordeste. Em 1968, gravou no Rio seu primeiro disco, com Os Panteras, um estrondoso fracasso. Sua carreira só deslanchou quando inscreveu Let Me Sing, Let Me Sing no Festival Internacional da Canção de 1972. No ano seguinte, lançou o clássico Krig-Ha Bandolo, que continha o hino Metamorfose Ambulante e a canção Ouro de Tolo. Tinha formado com Paulo Coelho uma parceria produtiva. Paulo era hippie e apresentou o amigo a Euclides Lacerda, da Ordem dos Templários do Oriente, sociedade secreta antirreligiosa e cheia de rituais satânicos, baseada nos ensinamentos do ocultista inglês do século 19 Aleister Crowley. Seu lema, adotado pelos jovens discípulos: “Faz o que queres que há de ser tudo da lei”.

Paulo admite uma competição entre os dois e revela que foi ele quem apresentou as drogas ao colega. O produtor André Midani chora ao se lembrar de Raul, e o crítico musical Tárik de Souza afirma ter sido ele o precursor do rap no país. “Raul era vômito”, afirma um Pedro Bial totalmente tiete, que viu 17 vezes o show do ídolo no teatro Tereza Raquel. Caetano Veloso aparece cantando Ouro de Tolo. Os fãs e imitadores surgem reunidos em torno de lembranças marcantes. Foram ao todo 94 pessoas entrevistadas e 400 horas de filmagens. As imagens do próprio Raul são incríveis. “Verdade absoluta não existe, minha música só abre as portas para as liberdades individuais”, diz ele, a certa altura.

Mas os momentos mais reveladores estão reservados para as ex-mulheres e as três filhas. A filha Simone, que foi levada para os Estados Unidos pela mãe, a americana Edith Wisner, aos 4 anos, e nunca mais viu o pai, se emociona. Glória Vaquer fala ao lado da filha Scarlet e do neto de Raul, Dakota, muito parecido com o avô, aliás. Os três vivem no Texas. Lena Coutinho, sua última companheira, gravou sua participação em Washington, onde vive, e admitiu, referindo-se ao alcoolismo: “Perdi a batalha”. Há ainda as ex-companheiras Kika Seixas (com a filha deles,Vivian) e Tânia Mena Barreto. Todas abrem o coração e lamentam a trajetória tumultuada pelas drogas e pela bebida.

O auge de Raul Seixas se deu entre 1973 e 1979. A partir daí, viria a decadência. Morreu só em seu apartamento, em agosto de 1989, aos 44 anos. Seu corpo foi encontrado pela empregada Dalva – que, no filme, desmaia ao voltar ao local. Tinha acabado de fazer uma turnê de 50 apresentações. Para Walter Carvalho, ele morreu de amor. Amor pela menina Edith, por quem se apaixonou na adolescência e que o abandonou quando soube que Glória estava grávida dele. Além disso, ela não teria aguentado a vida que ele escolheu. “Foi o amor que o acompanhou sempre”, afirma Walter. “Ele enveredou pelo caminho da boemia, perdeu o controle e, quando quis voltar, já não tinha mais forças e nem para onde. Sua vida tem uma carga criativa e irreverente, mas também melancólica, que passa por essa ruptura que ele não recupera. Alguma coisa se perdeu no tempo e no espaço.”



fonte: http://www.linkado.info/2012/02/toca-raul/

Bruce Dickinson diz que Iron Maiden é 'melhor' que Metallica



Da minha parte, sou muito mais Iron Maiden mesmo, mas e você o que pensa? Qual destas duas bandas é a melhor? deixe o seu comentário. Iron Maiden ou Metálica?





O vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson, comparou sua banda com o Metallica numa entrevista publicada na última edição da revista britânica Metal Hammer. Segundo ele, o Iron é "melhor" que a banda de James Hetfield e Lars Ulrich.

"Eles podem ser maiores que nós e podem vender mais ingressos que nós e podem ter mais fãs burgueses de classe média em seus shows, mas eles não são o MAIDEN", afirmou o cantor.



De acordo com o Dickinson, o que torna seu grupo melhor é que eles não têm medo de arriscar. "Você simplesmente tem que ser destemido", afirmou, ao explicar o segredo do sucesso do Iron Maiden.

As afirmações de Dickinson foram publicadas pouco dias depois do Metallica ter sido escolhido o maior grupo dos últimos trinta anos por leitores de outra revista, a Kerrang. Na eleição, o Iron Maiden ficou em terceiro lugar.

O curioso é que, ao comentar o primeiro lugar, o baterista do Metallica, Lars Ulrich, foi só elogios ao Iron Maiden. "São uma referência de tudo o que sempre quisemos ser", disse.



tags: metalica, iron maiden, bruce dickinson, have metal, metal,

Toca Raul!! - 20 anos da morte do Maluco Beleza



Raul Seixas, ou Raulzito, como é conhecido, faleceu no dia 21 de agosto de 1989, aos 44 anos. A causa foi uma parada cardíaca, motivada pelo consumo excessivo de álcool e pelo fato de não ter aplicado insulina na noite anterior, pois era diabético.
Além das clássicas e belas canções, algumas frases e pensamentos de Raul também conquistavam o público.
Veja alguns exemplos:
 
“A arte de ser louco é jamais cometer a loucura de ser um sujeito normal.”
 
“Ninguem tem o direito de me julgar a não ser eu mesmo. Eu me pertenço e de mim faço o que bem entender.”
 
“Só há amor quando não existe nenhuma autoridade.”
 
“O sonho do careta é a realidade do maluco.”
“A desobediência é uma virtude necessária à CRIATIVIDADE.”
 
“De que o mel é doce é coisa que eu me nego a afirmar, mas que parece doce eu afirmo plenamente.”


Tags: Raul, rauzito, frases de raul, pensamentos,
Fonte: http://festerblog.com/musica/20-anos-da-morte-de-raul-seixas/

atriz inglesa encontrada morta e sem cabeça

A atriz inglesa Gemma McCluskie, de 29 anos, confidenciou a amigos, semanas antes de desaparecer, que estava "com muito medo de um homem". O irmão da atriz, de 35 anos, foi detido e é considerado pela polícia o principal suspeito.


Homem "aterrorizava" atriz inglesa encontrada morta e sem cabeça
Gemma McCluskie

"É chocante. Gemma era tão bonita... mas estava com medo deste homem", disse um amigo da atriz inglesa ao tablóide "The Sun", sem revelar a identidade do homem que atormentava a vida de Gemma.

Vizinhos de Gemma disseram ter ouvido uma grande discussão na casa da família McCluskie poucas horas antes de a jovem desaparecer. A atriz, que trabalhou na série televisiva "Eastenders", da BBC, vivia com a mãe e o irmão Tony, considerado o principal suspeito pelas autoridades inglesas.

A polícia londrina encontrou um tronco feminino, sem cabeça nem membros, que supostamente seria da atriz, a boiar nas águas de um canal, em Londres, Inglaterra, na passada terça-feira. Uma tatuagem terá ajudado no reconhecimento do corpo, que, no entanto, ainda não foi identificado formalmente.

Um outro amigo de Gemma revelou que a atriz e a sua mãe, Pauline, de 56 anos, eram muito ligadas. "A relação das duas era mais de irmãs do que de mãe e filha", disse, acrescentando que Gemma passava grande parte do seu tempo a cuidar de Pauline, que está hospitalizada devido a um cancro.

Uma vizinha de porta da família McCluskie mostrou-se preocupada com o futuro de Pauline. "Não sei o que será da vida de Pauline sem a filha. Gemma levava a mãe de carro a todos os lados", disse Margaret O"Carroll. "Os três eram meus vizinhos. Eram uma família muito agradável e o Tony era uma pessoa tranquila", acrescentou.


fonte: http://www.jn.pt


Associação Europeia de Refrigerantes diz que “corante de caramelo” da Coca-Cola e Pepsi é seguro




A Associação Europeia de Refrigerantes garante que o “corante de caramelo” utilizado em refrigerantes como a Coca-Cola e a Pepsi é seguro e diz que os consumidores podem ter “confiança” que não potenciará o aparecimento de casos de cancro.

As declarações desta associação surgem depois de a Coca-Cola e a Pepsi terem decidido alterar as suas receitas, reduzindo a quantidade de 4-metilimidazol, conhecido como “corante de caramelo”. A relação entre o corante de caramelo e casos de cancro em humanos não está provada, mas os resultados em animais foram suficientes para as marcas alterarem as suas receitas. Caso contrário, de acordo com a legislação da Califórnia, nos Estados Unidos, as embalagens à venda neste estado da costa oeste teriam de passar a dizer ao consumidor que as bebidas contêm uma “substância potencialmente cancerígena”.

Por agora, as marcas optaram por alterar voluntariamente a receita para os níveis legalmente permitidos na Califórnia. No futuro ponderam reduzir a quantidade de corante em todos os estados daquele país, para facilitar a produção das bebidas. O mercado europeu para já não terá alterações.

As conclusões de um estudo pedido pelo Center for Science in the Public Interest (CSPI) – uma associação de defesa do consumidor norte-americana com sede em Washington –, indicam que as latas de Pepsi contêm entre 145 a 153 microgramas de 4-metilimidazol (4-MI) e que as de Coca-Cola têm entre 142 e 146, tanto nas versões normais como nas “light”. E, segundo a lei californiana, qualquer produto com mais de 29 microgramas desta substância deve ter um rótulo que alerte para os perigos oncológicos.

O problema do corante de caramelo destas bebidas é que, ao contrário do que se faz em casa, em que se mistura água e açúcar numa frigideira, aqui a reacção do açúcar é obtida com o auxílio de amónia e sulfitos, sujeitos a altas pressões e temperaturas para se obter o metilimidazol – associado a tumores do pulmão, fígado, tiróide e leucemia em estudos conduzidos em ratinhos, mas que ainda não foram comprovados em humanos.

No entanto, a Associação Europeia de Refrigerantes insiste, num comunicado, que várias entidades reguladoras em todo o mundo têm comprovado a segurança do uso de 4-metilimidazol em produtos alimentares. “A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar reafirmou a segurança do corante de caramelo em Março de 2011 numa revisão bibliográfica da literatura científica disponível”, lê-se na nota, que refere conclusões semelhantes reveladas em Novembro de 2011 no Canadá, mas desta vez relacionadas com doces.

O CSPI já fez uma petição para que a substância seja proibida em todo o país e enviou o documento à Food and Drug Administration (agência norte-americana que regula os alimentos e medicamentos). Pede também que o 4-metilimidazol não possa ser chamado apenas de “corante de caramelo” e que passe a ser designado por “corante de caramelo quimicamente modificado” ou “corante de caramelo obtido por processo de sulfito de amónia”.

A Food and Drug Administration assegurou que está a analisar o assunto mas, para acalmar os consumidores, exemplificou que para ingerir as quantidades potencialmente cancerígenas seria necessário beber diariamente 1000 latas de Coca-Cola ou Pepsi para obter as quantidades de 4-metilimidazol a que os ratinhos foram expostos em laboratório. Por seu lado, a Associação de Bebidas Americana, que representa a indústria do sector, também salientou que os estudos apenas mostram alguns efeitos cancerígenos em animais, mas que em humanos não há qualquer evidência científica.



fonte: http://www.publico.pt

MICHELE OBAMA E HILLARY CLINTON PRESTARAM HOMENAGEM A UMA PM DO RIO


Pricilla de Oliveira Azevedo foi uma das homenageadas no Dia da Mulher.
A major chegou a ser sequestrada em 2007 durante trabalho em favelas.



O Departamento de Estado americano premiou nesta quinta-feira (8) "a liderança e a coragem excepcional" da major da Polícia Militar Pricilla de Oliveira Azevedo, primeira mulher a comandar uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Rio de Janeiro.
Por conta do Dia Internacional da Mulher, a secretária de Estado, Hillary Clinton, presidiu em Washington a entrega anual dos prêmios com os quais os Estados Unidos distinguem mulheres com coragem ao redor do mundo.
A major Pricila chora ao ser homenageada durante cerimônia nesta quinta-feira (8) (Foto: Alex Wong/Getty Images/AFP)Ao lado de Michelle Obama, a major Pricila chora ao ser homenageada durante cerimônia nesta quinta-feira (8) (Foto: Alex Wong/Getty Images/AFP)
O Departamento de Estado louvou o papel de Pricilla na pacificação das favelas do Rio, onde enfrentou traficantes perigosos e chegou a sofrer um sequestro-relâmpago em 2007.
"Seu trabalho criou não apenas um programa modelo, também representou uma melhoria das condições das pessoas que vivem nessas circunstâncias", apontou um porta-voz do Departamento de Estado.
A major se emocionou e chorou durante a cerimônia. Ela foi uma das dez vencedoras do prêmio e recebeu o troféu das mãos da primeira-dama dos EUA, Michelle Obama.
Também participaram da homenagem Leymah Gbowee e Tawakkol Karman, que ganharam o Prêmio Nobel da Paz de 2011.
Desde 2007, o Departamento de Estado premiou 46 mulheres de 34 países diferentes por sua luta pelos direitos femininos, com o risco pessoal que isso costuma representar, informou em comunicado.
A major sorri para a foto entre a primeira-dama americana, Michelle Obama, e a secretária de Estado, Hillary Clinton (Foto: Alex Wong/Getty Images/AFP)A major sorri para a foto entre a primeira-dama americana, Michelle Obama, e a secretária de Estado, Hillary Clinton (Foto: Alex Wong/Getty Images/AFP)

Justiça decide que INSS deve pagar pensão por morte em união homossexual

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) foi condenado a conceder o benefício de pensão por morte a um homem que mantinha união homoafetiva com o falecido até a data do óbito. O juiz federal Fernando Henrique Correa Custódio, da 4ª Vara-Gabinete do Juizado Especial Federal em São Paulo, julgou procedente o pedido.


Para obter o benefício de pensão por morte são necessários três requisitos: óbito do instituidor, qualidade de segurado do falecido e condição de dependente do requerente.

Segundo informações da Justiça, embora o artigo 226 da Constituição Federal reconheça como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, a própria Carta Magna, em outros artigos afirma que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza” e que constitui objetivo da República Federativa do Brasil “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”.


Para Fernando Custódio, “mesmo que não esteja de forma explícita no texto constitucional, das bordas de seus princípios e objetivos deve se extrair a conclusão de que a união homoafetiva deve ser amparada e protegida pelo Estado”.


Ainda, considerando que o requerente apresentou documentos suficientes comprovando que na data da morte do companheiro estava configurada a união estável, o juiz entendeu que é devido o benefício desde a data do requerimento administrativo.


O INSS terá 45 dias para implantar o benefício, pagar uma renda mensal de R$ 1.834,19, além do montante das prestações vencidas no valor de R$ 48.964,91.



fonte: uol.com

quinta-feira, 8 de março de 2012

Curiosidades sobre a Turma do Chaves

O seriado Chaves começou bem longe daqui, mais especificamente no México, e foi uma criação dos anos 70 de Roberto Gómez Bolaños, conhecido como Chespirito (Pequeno Shakespeare).


Silvio Santos foi o responsável por trazer o seriado Chaves para o Brasil, em 1984 foi ao ar o primeiro episódio (Caçando lagartixas) de Chaves no Brasil, mais precisamente no dia 24 de Agosto.

Para quem não conhece(o que eu duvido muito), o seriado se passa em torno de uma vila, e conta as travessuras de um garoto órfão e muito pobre chamado Chaves. Muitos pensam que sua casa é um barril que fica no pátio da vila, porém ele mora no número 8, com uma pessoa que não é mostrada. Durante os episódios, Chaves apronta várias com Quico e Chiquinha, e quase sempre sobra tudo para o Seu Madruga que sempre apanha de Dona Florinda. Pra quem nunca viu, recomendo!

Personagens


Roberto Gómez Bolaños
como Chaves – um menino pobre, faminto, adora um sanduíche de presunto, que mora num cortiço e que apesar de tudo, não perde o bom-humor.


Carlos Villagrán
como Quico – um garoto muito mimado e adora exibir sua riqueza para o Chaves


María Antonieta de las Nieves
como Chiquinha/Dona Neves (Chiquinha)Filha do Seu Madruga, adora enganar o Chaves e o Quico. (Dona Neves) Bisavó da Chiquinha


Ramón Valdés
como Seu Madruga – Sempre se irrita com as travessuras do Chaves, e sempre leva a pior apanhando de Dona Florinda injustamente na maioria das vezes. Da cascudos no Chaves e beliscões no Quico


Florinda Meza
como Dona Florinda/Pópis – (Dona Florinda)Mãe do Quico, sempre oferece uma xícara de café para o professor Girafales. (Pópis) sobrinha de Dona Florinda e prima do Quico.


Edgar Vivar
como Zenon Barriga y Pesado (Senhor Barriga)/Nhonho – (Seu Barriga) Dono da vila onde todos moram, sempre vai cobrar os alugueis e leva alguma pancada do Chaves . (Nhonho) Filho do seu Barriga, o mais inteligente da turma.


Rubén Aguirre
como Professor Girafales – Sempre leva um buquê de flor para Dona Florinda. Além de ser o professor das crianças (Chaves, Chiquinha e Quico)


Angelines Fernández
como Dona Clotilde (Bruxa do 71) – É apaixonada pelo Seu Madruga e não pensa duas vezes em se declarar


Raúl “Chato” Padilla
como Jaiminho – O carteiro preguiçoso que sempre tenta evitar a fadiga


Horacio Gómez Bolaños
como Godinez – Típico aluno do fundão. Geralmente distraído com seus próprios afazeres alheios à atividade em sala de aula

Boatos

Existem vários boatos por aí sobre Chaves. Um deles é que as gravações acabaram por causa de brigas internas. Isso não é verdade! Segundo Roberto Gómez Bolaños, o seriado Chaves acabou pelo fato de muitos atores terem falecidos e com a saída de Carlos Villagran (Quico), isso teria feito o programa perder a graça, sem contar com o fato de estarem bem mais velhos. Roberto realmente brigou com Carlos Villagran, porém foi bem depois da série acabar, e tempos depois também teve desavenças com Antonieta (Chiquinha).
Outro boato é que Dona Florinda e Quico eram casados na vida real, também mentira, mas talvez não passe de um mal entendido. Antes de Chaves os dois tiveram um romance, porém nada de casamento, ficou apenas no namoro.

Personagens que já morreram


Jaiminho
(Raul Padilla) era o simpático carteiro, que veio de Tangamandápio e evitava sempre a fadiga. Na vida real, vítima de diabetes, morreu no dia 3 de fevereiro de 1994. Apesar de não aparecer em muitos episódios, muitas pessoas lembram desse divertido personagem com carinho, principalmente do bordão: “É que eu quero evitar a fadiga”


Seu Madruga
(Ramón Valdéz) foi um dos personagens mais engraçados de todos os tempos, muitas de suas frases estão eternizadas como por exemplo “Não existe trabalho ruim, o ruim é ter que trabalhar.”, “A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena” e “As pessoas boas devem amar a seus inimigos”. Infelizmente Ramón morreu no dia 18 de agosto de 1988 vítima de infarte.


Godinez
(Horacio Gómez Bolaños) é outro personagem que apareceu muito pouco, porém é bem lembrado pelas frases “Mas por que eu? Se eu não fiz nada” e “Não fui eu, não fui eu”. Horacio é irmão de Chesperito na vida real, e faleceu no dia 21 de novembro de 1999 também vítima de infarte.


A Bruxa do 71 (Dona Clotilde)
(Angelines Fernandez) em 24 de março de 1994, Angelines faleceu vítima de infarte. Sua personagem era sempre lembrada por correr atrás de Seu Madruga, na vida real, Angelines foi fazer companhia ao Ramón Valdéz que fazia o Seu Madruga. Quem sabe agora eles vivam felizes para sempre.

Personagens hoje em dia

Chaves

Chiquinha

Quico

Professor Girafales

Final Trágico

Roberto Gómez Bolaños afirmou em uma entevista, que pensou em terminar o seriado de uma forma muito trágica. O episódio final seria de Chaves morrendo atropelado na tentativa de salvar uma criança, mas para a felicidade de todos, foi desencorajado por sua filha.

Curiosidades

- Tangamandápio, o local onde o carteiro Jaiminho nasceu, existe de verdade e é uma pequena cidade mexicana localizada no noroeste do estado de Michoacán
- O personagem Héctor Bonilla é representado por ele mesmo. Ele é um ator mexicano, de grande prestígio e sucesso por lá
- Um dos maiores erros da numeração das casas da vila foi a inversão de números. Normalmente, os números das casas são: 14 (Dona Florinda), 71 (Dona Clotilde) e 72 (Seu Madruga). Em alguns episódios, como “O Dia de São Valentim” e “Vamos Ao Cinema?”, o número da casa de Dona Florinda era 24, e em outros episódios chegou a ser 42. Quanto à Dona Clotilde, o número de sua casa já foi 73 e também 14 (apenas por uma cena). Finalmente, a casa de Seu Madruga chegou a ter o número 14, no episódio que o Chaves foi mordido por um cachorro. Em um episódio, era o primeiro da série, Seu Madruga morava no 14
- Uma das versões da Patty, que rivaliza com Chiquinha, foi vivida por Veronica Fernandez, filha de María Antonieta de las Nieves
- O último episódio do restaurante, foi gravado em 1990. Da vila em 1991.
- O SBT exibe a primeira parte do episódio “Abre a torneira”, sendo que a segunda parte é inédita no Brasil. No lugar desta, é exibida a segunda parte do episódio “As paredes de gesso”, de 1978 ,sendo que este episódio tem a primeira parte que tambem é inédita no Brasil.
- Nas dublagens mais antigas, Chiquinha é chamada de Francisquinha, que é o diminutivo do seu nome, Francisca; e Seu Madruga era chamado de “Seu Ramon” referência a Don Ramon, nome original.

Street Chaves


Street Chaves é um jogo estilo Street Fighter, porém os personagens e cenários são inspirados no seriado Chaves. É possível escolher personagens como o Chaves, Seu Madruga, Nhonho, Seu Barriga, Quico, Chiquinha entre outros.
Os golpes são diferentes para cada personagem, cada um tem seu golpe especial. É possível jogar sozinho, enfrentando 7 adversários até chegar no chefão, ou também no modo multiplayer, onde 2 jogadores podem jogar um contra o outro.
Aos que gostam de jogos com ótimos gráficos, boa jogabilidade, esqueça. Provavelmente você não vai jogar mais do que 1 dia, porém para quem gosta de Chaves, é muito legal (pelo menos no começo)
Para jogar, clique aqui para baixar

Não deixe de comentar,


fonte: http://blog.celomassao.com/

O lado negro da Turma do Chaves

Chaves é sem sombras de dúvida uma das clássicas séries de humor mais aclamadas do mundo, a comédia de origem mexicana fez tanto sucesso que adquiriu grande popularidade a nível internacional, sobretudo nos países sul-americanos, Espanha e é claro, no Brasil. Mas como toda boa trama tem um lado obscuro não poderia ser diferente com Chaves não é mesmo!

O que você lerá a seguir é uma creepypasta, que são lendas modernas difundidas pela internet, por fóruns, e-mails e redes sociais. O caso de hoje trata-se de uma lenda obscura que revela o real motivo que teria levado o ator mexicano Carlos Villagrán (Quico) a deixar o programa Chaves no ano de 1977.

Creepypastas normalmente podem ser fictícias, sem provas ou fontes confiáveis, ficando assim apenas como um conto de terror, mas… e se forem reais?



No final de 1977, Carlos Villagrán, que desde o início da série interpretava o Quico no “Chaves”, deixa a série. Os motivos reais nunca foram oficialmente divulgados, e inúmeras hipóteses foram levantadas na tentativa de explicar sua saída. O que é certo, é que Villagrán e Roberto Gomes Bolaños, criador da série e intérprete do personagem-título, nunca mais retomaram a amizade que mantinham desde o início dos anos 70.


Em 1977, quando da saída de Villagrán, o jornal mexicano “El Universal” publicou uma matéria que explicava as razões da rusga entre Villagrán e Bolaños. Segundo o periódico, a saída do Quico deu-se por diferenças criativas. Durante as filmagens de um episódio piloto, que abriria a temporada de 1978 do programa, Villagrán teria considerado o conteúdo do programa como “repulsivo”, e deixado a equipe na seqüência. Contudo, o jornal não dizia qual era o conteúdo do episódio em questão.

Vilagran, até hoje, recusa-se a comentar esse assunto. Qualquer entrevista em que seja abordado esse imbróglio é imediatamente encerrada pela equipe de assessores de Villagrán.

Supostamente, o jornal teve acesso a uma cópia do roteiro do episódio em questão, mas não publicou nem mencionou nada acerca de seu conteúdo. Isso seria fruto de um acordo entre a diretoria do periódico com altos executivos da Televisa, que desembolsaram uma quantia substancial em dinheiro para evitar a publicação deste roteiro. É dito que cópias do tal roteiro sobreviveram, guardadas por funcionários do jornal.

O episódio piloto chegou a ser gravado, e mesmo editado, para posterior apresentação perante os executivos da Televisa. É dito que eles teriam ficado horrorizados com o conteúdo. Um diretor de programação, à época, teria dito que o programa era “absolutamente impróprio para crianças, e, na verdade, absolutamente impróprio para qualquer um”.

A gravação original deste episódio foi destruída pela Televisa. Contudo, uma cópia clandestina foi feita por um funcionário da emissora. Essa copia teria sido vendida para um colecionador argentino em 1996, numa transação que teria envolvido algo em torno de 4 mil dólares.

O depoimento a seguir é um compêndio de declarações de alguns funcionários da Televisa que, à época, foram submetidos à exibição do programa. Todos eles pediram para não ser identificados. Poucos chegaram a ver o episódio finalizado e editado, e alguns destes já vieram a falecer.

“A partir da temporada de 1974, o Chaves foi ganhando destaque na programação da Televisa, e conseguindo cada vez mais sucesso junto ao público. Bolaños, porém, artista inquieto que era, queria introduzir mudanças no programa. Poucos sabem, mas à época, Bolaños fazia planos de escrever roteiros de mistério e horror, e abandonar os humorísticos.

Durante a temporada de 1975, Bolaños tenta introduzir alguns desses elementos no ‘Chaves’. Neste ano, vai ao ar o célebre episódio em que Chaves, Quico e Chiquinha entram na casa de Dona Clotilde, e lá, descobrem que ela era, de fato, uma bruxa. Originalmente, o roteiro previa que a incursão deles à casa da bruxa realmente aconteceria, e a descoberta deles teria implicações em episódios futuros. Executivos da Televisa interviram, e impuseram o final que foi ao ar: tudo não passava de um delírio das crianças.

Ainda nesse ano, vai ao ar um episódio em que as travessuras e trapalhadas de Chaves fazem com que vários moradores da vila comam insetos embebidos em gasolina. O roteiro original previa um programa mais sombrio e grotesco, mas novamente foi alterado por diretores da Televisa.

Nos dois anos seguintes, Bolaños continuou a introduzir elementos sobrenaturais, de horror ou mistério, nos episódios do Chaves. Episódios como aquele em que as crianças assistem um filme de terror, e a ‘saga’ dos espíritos zombeteiros são frutos dessa influência de Bolaños.

No início de 1978, Bolaños decidiu mudar radicalmente o programa. O Chaves, a partir de então, seria um programa de comédia com elementos de horror, mirando um público mais adulto. Mal comparando, algo semelhante à série de filmes ‘Evil Dead’. Ele escreveu um episódio piloto nessa linha, que chegou a ser filmado e exibido aos executivos de programação da Televisa. A reação foi absolutamente negativa. Os executivos vetaram terminantemente a mudança de rumo proposta por Bolaños. Carlos Villagrán, o Quico, ficou tão horrorizado com o resultado final do episódio que deixou a série.”

A seguir, uma sinopse do conteúdo de tão controverso episódio. Essa sinopse foi escrita a partir de diversos depoimentos de funcionários da Televisa que chegaram a ver o programa finalizado e editado, ou que participaram da gravação, ou mesmo que tiveram acesso ao roteiro.

O episódio começa com Chaves brincando no pátio da vila, indo para lá e pra cá em um patinete. Quico sai de sua casa, vê Chaves brincando e faz expressão zangada. Vai até ele, e segura o guidom do patinete com as duas mãos. Segue-se um diálogo:

-Chaves, quem te deu permissão para mexer nos meus brinquedos?

-É que o patinete estava jogado ali no outro pátio e eu… eu…

Quico fica mais zangado:

-Eu coisa nenhuma Chaves, devolve aqui meu patinete.

Ato contínuo, Quico puxa o patinete bruscamente, derrubando o Chaves. Quico deixa o patinete no chão e ri escandalosamente. Chaves levanta, pega do patinete, empunha-o e avança sobre Quico.

-Agora você vai ver só uma coisa, Quico!

Quico corre e grita “Mamãe!”. Neste meio tempo, Seu Madruga sai de sua casa, e toma o patinete de Chaves, impedindo que ele acerte Quico. Dona Florinda vem para o pátio, apressadamente.

-Mamãe, ele queria me bater com o patinete!

Dona Florinda dá um tapa em Seu Madruga. Diz:

-Vamos tesouro. Não se junte com essa gentalha.

Volta para dentro. Quico aplica o tradicional “gentalha gentalha” em Seu Madruga, e também volta para sua casa.

Nesse momento, um primeiro plano de Seu Madruga revela que seu nariz está sangrando. Ele tenta estancar o sangramento, sob o olhar preocupado de Chaves, mas sem sucesso. Ambas as narinas deitam uma grande quantidade de sangue, até que Seu Madruga cai no chão do pátio.

Corta para Quico, Chiquinha e Chaves na escada da vila. A iluminação do cenário sugere ser noite. Os três choram muito. Em Chaves, cada personagem possui um modo característico de chorar, mas neste momento, não. Eles choram de forma comum, aos soluços. Esse plano dura aproximadamente 1 minuto.

Em seguida, chegam o Professor Girafales e Seu Barriga, acompanhados de 2 policiais. Eles dirigem-se à casa de Dona Florinda. O Professor bate na porta, ninguém atende. Ele chama:

-Dona Florinda, abra a porta por favor.

Não há resposta. O professor abre a porta, os policiais entram, e saem com Dona Florinda algemada. Seu rosto exibe uma imensa apatia enquanto os policiais a levam. Quico, ao ver sua mãe sendo levada, desespera-se: tenta atacar os policiais, mas é contido por Seu Barriga. Dona Florinda nem parece tomar conhecimento da situação, mantendo sempre a expressão apática e o olhar vazio. Quico, seguro por Seu Barriga, chora muito e balbucia “mamãe” algumas vezes. Depois que os policiais deixam a vila, levando Dona Florinda, Seu Barriga tenta consolar Quico, mas ele corre para casa.

Segue-se um diálogo entre Seu Barriga e Professor Girafales:

- Que tragédia horrível tivemos aqui, Senhor Barriga.

- É verdade professor. Eu devia ter previsto que isso acabaria acontecendo.

- Qual foi a causa da morte?

- Seu Madruga foi boxeador na juventude. Os socos que ele levava causaram um afundamento no crânio. O tapa que a Dona Florinda deu hoje causou um traumatismo bem nessa região. Ele teve uma hemorragia cerebral e não resistiu.

-Uma tragédia horrível, Senhor Barriga!

-Sim.

-Quem cuidará dos preparativos do funeral?

-Eu cuido de tudo Professor. Não se preocupe. O senhor vai ficar aqui com as crianças?

-Sim, naturalmente.

Seu Barriga deixa a vila. Professor Girafales entra na casa de Dona Florinda.

Chiquinha e Chaves continuam sentados na escada. Agora, pararam de chorar, apenas olham fixamente para o vazio.

Dona Clotilde sai de sua casa e vem em direção às crianças. Ela usa uma roupa diferente do que costumamos ver, uma espécie de roupão preto com vários símbolos bordados em vermelho e roxo.

Nesse momento, os depoimentos são contraditórios. Há quem afirme que Dona Clotilde traz consigo um livro semelhante à uma Bíblia. Outros dizem que a fita falha quando ela aparece, e só volta ao normal num momento mais avançado do episódio. Uma fonte descreve que Dona Clotilde vai até a escada e conversa, aos cochichos, com Chiquinha.

O que é consenso é o conteúdo que vem na seqüência. O pátio da vila está vazio, a iluminação é mais tênue do que na seqüência anterior, provavelmente sugerindo que a noite está mais avançada. Uma panorâmica pelo cenário mostra as escadas vazias, em seguida o centro do pátio, onde está desenhado um grande pentagrama vermelho; e em seguida Chiquinha sentada à porta de sua casa, abraçando os joelhos. Seus pulsos estão enfaixados, e as bandagens sujas de algo que parece ser sangue.

Então, começa a ventar no pátio. Ouvimos um estrondo, é a porta da frente se abrindo. Corta para um reaction shot de Chiquinha: seus olhos estão arregalados, sua boca entreaberta, uma expressão de puro horror. Ouvimos o som de algo pegajoso. Nunca é possível ver claramente o que ou quem entrou no pátio, mas planos breves, de no máximo 1 segundo, mostram uma figura magra, enrolada num pano branco, deixando atrás de si um rastro de uma substância pegajosa, aparentemente negra.

A figura aproxima-se. Novo reaction shot de Chiquinha: agora ela sorri.

A partir daí, os depoimentos novamente tornam-se contraditórios. Há quem afirme que a fita só apresentava estática depois dessa cena. Outros afirmam que não, mas não souberam dizer o que acontecia depois. Outros preferiram apenas não dizer nada.

O que é certo é que o episódio teve péssima recepção junto aos executivos da Televisa, e que Carlos Villagrán deixou o programa em seguida. Supostamente, uma cópia do episódio existe no acervo de um colecionador argentino, mas, procurado para este trabalho, ele negou veemente possuí-la, e pediu para não ter o nome divulgado.

Diz-se que Bolaños pretendia desdobrar os acontecimentos desse episódio ao longo daquela temporada do Chaves. Não se sabe exatamente o que ele tinha em mente, mas funcionários da Televisa que tiveram acesso à fragmentos do conteúdo, por meio de anotações que Bolaños fazia em seus cadernos; ou mesmo em conversas com o Chesperito, dizem tratar-se de um material absolutamente sombrio e perturbador, obviamente inadequado para um humorístico infantil.

O conteúdo desses fragmentos, porém, permanece desconhecido.



fonte: minilua.com