Provavelmente vocês já devem ter ouvido falar, ou viram alguma vez, um Tabuleiro Ouija, é usado para se comunicar com os mortos. Vejam a história de como tudo começou:
 O QUE É E COMO FUNCIONA SEGUNDO OS CRIADORES E USUÁRIOS
 O Tabuleiro Ouija ou Tábua Ouija é qualquer superfície plana com  letras, números ou outros símbolos em que se coloca um indicador móvel,  utilizada supostamente para comunicação com espíritos. Os participantes  colocam os dedos sobre o indicador que então se move pelo tabuleiro para  responder perguntas e enviar mensagens.
 No Brasil, há variantes como a brincadeira do copo ou o jogo do copo,  em que um copo faz as vezes do indicador para as respostas. Existem  também apoios para a utilização de lápis durante as sessões.
Recentemente, surgiu entre adolescentes a brincadeira do compasso, mas com princípios semelhantes.
 Cientistas e céticos em geral atribuem o funcionamento do tabuleiro  Ouija ao “efeito ideomotor”. Segundo eles, as pessoas participantes da  sessão involuntariamente exercem uma força imperceptível sobre o  indicador utilizado, e a conjunção da força exercida por várias pessoas  faz o objeto se mover.
 Além das tradicionais críticas dos céticos, o tabuleiro Ouija também é  criticado entre os espiritualistas. No meio especializado, há diversos  avisos contra o uso do tabuleiro por pessoas desavisadas.
 A doutrina espírita orienta, através do Livro dos Médiuns, que estas  práticas devem ser evitadas uma vez que, normalmente, são utilizadas  para curiosidades em geral e perguntas vãs, bem longe da seriedade  exigida no intercâmbio com a espiritualidade benfeitora, e, dessa forma,  é mais provável a presença de espíritos levianos e zombeteiros, sem  nenhum interesse com a verdade e com a dignidade, do que espírito bons e  esclarecidos comprometidos com a divulgação das propostas morais e  éticas da Vida.
 Na realidade, o que ocorre é uma evocação, ou seja,
convida-se um espírito de uma pessoa desencarnada a se comunicar.  Portanto deveria envolver conhecimento e muita responsabilidade.
 Espíritos estão por toda parte, ajudando ou não, pois espíritos nada  mais são que pessoas que desencarnaram, embora muitos ainda não conheçam  sua atual situação.
 - Seu anjo da guarda é um espírito.
- Uma pessoa qualquer falecida é um espírito.
- Nós somos espíritos, na carne, mas somos.
Para que exista uma comunicação (no tabuleiro) é necessário o uso de  uma substancia chamada Ectoplasma ou Bioplasma, a qual é desprendida por  um dos operadores da sessão.
 Diz-se que normalmente precisam-se de duas ou mais pessoas para  operar o tabuleiro – sendo que ao menos uma delas deva ter “facilidade”  em desprender esta substancia, mesmo sem o saber, atuando como um “elo  de ligação” entre as duas pontas, a espiritual e a material.
 O Tabuleiro Ouija, está longe de ser um jogo. Na verdade, é uma forma  de comunicação espiritual. Envolvendo portanto, além de conhecimento e  responsabilidade, os riscos de comunicação com espíritos infelizes e sem  esclarecimento.
  COMO SURGIU ESSE TABULEIRO?
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 Tudo começou em 1948 em uma pacata cidade chamada Hydesville, condado  de Nova Iorque. Duas irmãs, Kate e Margaret Fox, contataram o espírito  de um mascate que havia morrido em circunstâncias misteriosas anos  passados. Logo a notícia se espalhou pela América Latina e partes da  Europa. Era o nascimento do moderno Espiritismo.
 Todos queriam se comunicar com os mortos. As organizações espíritas  saiam para a luz, e os médiuns, a porta de comunicação com o outro lado,  eram solicitados para realizar sessões espíritas. Essas pessoas, que  atuavam como intermediários entre os espíritos e os seres humanos,  inventaram uma variedade de maneiras interessantes de contato com o  mundo dos mortos. A mesa que se movia era um deles. O médium e os  participantes da reunião colocavam seus dedos levemente sobre a mesa e  esperavam o contato espiritual. De repente, a mesa se inclinava e se  movia, batendo no chão, tão freqüentemente e dando o número de batidas  da letra do alfabeto que queria comunicar. Dessa maneira, a misteriosa  força que movia a mesa, ia soletrando as palavras uma a uma.
 Outra forma mais silenciosa era a da escrita automática, conhecida  como psicografia. O médium se concentrava para manter o contato com a  vida espiritual e, quando conseguia, começava a escrever em papel de  forma descontrolada, exibindo mensagens. A caneta só tinha que ser  apoiada sobre a mão do médium e o espírito tomava o controle da escrita.
 Uma variante engenhosa, mas que com o tempo foi cada vez menos  utilizada, consistia em colocar na base de uma pequena prancha de  madeira em forma de coração, duas suaves guias na parte mais larga, e um  lápis na ponta, o que seria o terceiro apoio dessa guia, permitindo  rodar e escrever a mensagem em uma folha de papel. Porém, escrever com  essa prancheta era um desafio – apenas se manteria o instrumento  centrado no papel o tempo suficiente para obter uma mensagem decifrável.  Por isso muitos médiuns preferiram transmitir a voz do outro mundo  através de um estado alterado de consciência, ou seja, entrando em  transe.
 E assim foram surgindo diversos instrumentos para manter o contato  com o mundo espiritual, muito embora a maioria carecesse de eficácia,  sobrava imaginação. Apesar disso tudo, as empresas de brinquedos  aproveitaram a oportunidade de trazer esses produtos para o mercado,  alcançando grande popularidade nos Estados Unidos e Europa, a tal ponto  que em 1886 um novo tabuleiro com as letras do alfabeto e números,  deixou todos os demais em segundo plano. Chamaram-no de “tabuleiro  falante.”
 Um jornal da Califórnia publicou um artigo que dizia algo como:
 “Um tabuleiro que fala misteriosamente… Não há nenhum nome para  defini-lo. Porém eu tenho visto e ouvido coisas maravilhosas, coisas que  estão além da compreensão humana. Mas o que é esse tabuleiro? Ele pode  ser retangular, com tamanho de umas 18 ou 20 polegadas. E nele está  escrito um “sim” e um “não” para iniciar a conversa. Algumas palavras de  saudação, letras do alfabeto. E qualquer um pode usá-lo. Tome o  tabuleiro em seu colo, outra pessoa da mesma maneira se senta na sua  frente e ambos colocam sobre o indicador o dedo polegar. Então se faz a  primeira pergunta, como, por exemplo, “alguém quer falar com a gente? E  logo você acha que a outra pessoa está empurrando o indicador. E ele  pensa que é você. Mas, o indicador se move sozinho para sim ou para o  não. Então, se for para o sim você decidiu quais perguntas fazer e as  respostas vão sendo mostradas, uma letra após a outra. ”
 Era assombroso e sua fama se espalhou como fogo em toda a América e  Europa. O novo tabuleiro era simples, não requeria nenhuma habilidade  especial dos participantes. Quando o indicador se movia por si mesmo,  era fascinante, não importava o que ele dissera, o fato era misterioso  por si só e cheio de encanto.
 Foi Charles Kennard quem chamou o tabuleiro de Ouija. A origem do seu  nome não se sabe muito bem, diz-se vir de uma antiga palavra egípcia  que significa boa sorte. Mas é mais provável que o nome venha do nome da  cidade marroquina Oujda.
 Mas foi William Fuld, quem entrou para a história como o pai do  tabuleiro Ouija. As empresas de Fuld elaboraram truques de marketing  para reinventar a história da Ouija, inclusive até dizendo que foi o  inventor e que seu nome era a fusão entre a palavra francesa “oui”, que  significa, sim, com a palavra alemã “ja” com o mesmo significado. Também  disse outras coisas tão improváveis que o povo tomou a Ouija como  diversão, como qualquer outro jogo. Fuld dirigiu a companhia durante 25  anos e, em fevereiro de 1965, subiu para o telhado de sua fábrica na Rua  Harford, em Baltimore, para supervisionar o transporte de algumas  mercadorias. Uma madeira do teto cedeu e Fuld caiu, encontrando a morte.
 A partir de então começam a produzir Ouijas com muitas variações e  desenhos, inclusive fazia-se tabuleiros em edições especiais e de alta  qualidade, para colecionadores.
 As imitações adotaram nomes variados, como “o mensageiro sem fio”, ou  “o tabuleiro falante”, inundando as lojas com uma grande variedade de  desenhos. Os mais valiosos eram aqueles de estilo egípcio, chamados de  tabuleiros místicos. Todos queriam ter um, e era difícil a casa que não  tinha um tabuleiro Ouija – os fabricantes enganavam as pessoas dizendo  que o tabuleiro falante era um jogo e que, com ele, ninguém ficaria  entediado. Hoje, como no passado, existem empresas que produzem  variantes interessantes dos tabuleiros falantes. Muitos têm desenhos  luminosos, os quais tentam esconder o grande cuidado que se deve ser com  esse tipo de coisa que até hoje não sabemos muito bem como funciona.
 Fonte parcial: Blog A Simplicidade das Coisas